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ATPS - Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras

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ESTRUTURA E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ���
Universidade Anhanguera – Uniderp
Centro de Educação a Distância
Curso de Graduação em Ciências Contábeis
Atividade Avaliativa - ATPS
Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras
Prof. EAD: Wagner Luiz Villalva
 Acadêmicos RA
 Ana Cristhina Oliveira Bueno 6506284394
 Edvaldo Tiago Moreira 7703631885
 Patrícia Oliveira Fernandes 6571293202
 Simone de Paula Queiroz 6990464845 
 Victorio Augusto Lima Carizzio 6397239308
 
ANÁPOLIS/GO
2015
Ana Cristhina Oliveira Bueno 6506284394
Edvaldo Tiago Moreira 7703631885
Patrícia Oliveira Fernandes 6571293202
Simone de Paula Queiroz 6990464845
Victorio Augusto Lima Carizzio 6397239308
ATIVIDADE AVALIATIVA ATPS
Prof. EAD: Wagner LuizVillalva
Professor tutor presencial: Alvaro Morais
Professor tutor à distância: 
Atividade Avaliativa: ATPS apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis na modalidade EAD, como requisito para a avaliação da Disciplina de Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras para a obtenção e atribuição de nota da Atividade Avaliativa.
Anápolis/GO
2015
�
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO​​-------------------------------------------------------------------------------------------------4
2. DESENVOLVIMENTO---------------------------------------------------------------------------------------5
2.1. ETAPA 1 – ANÁLISE VERTICAL E ANÁLISE HORIZONTAL------------------------------------5
2.1.1. ANÁLISE DAS POSSÍVEIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES----------------------------------------10
2.2. ETAPA 2 – ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS--------------------------------------------11
2.2.1. ANÁLISE GERAL DOS ÍNDICES----------------------------------------------------------------------14
2.3. ETAPA 3 – MÉTODO DUPONT E O TERMÔMETRO DA INSOLVÊNCIA---------------------15
2.3.1. RENTABILIDADE DO ATIVO PELO MÉTODO DUPONT---------------------------------------15
2.3.2. MODELO DE STEPHEN KANITZ – O TERMÔMETRO DA INSOLVÊNCIA----------------16
2.4. ETAPA 4 – ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA E NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO-18
2.4.1. RELATÓRIO GERAL DA SITUAÇÃO ECONÔMICA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL DA EMPRESA ROMI S.A.---------------------------------------------------------------------------------------19
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS--------------------------------------------------------------------------------22
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS---------------------------------------------------------------------23
�
1 INTRODUÇÃO
A análise de demonstrativos contábeis é uma técnica bastante utilizada por investidores, acionistas, clientes, fornecedores, mercado de capitais, entre outros, e pela gerência das empresas com a finalidade de ajudar os responsáveis a tomar decisões acertadas de investimentos ou de financiamento, em um contexto econômico relevante. 
A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro a tomar decisões que possibilitam grandes retornos financeiros e crescimento à empresa. Com estes conhecimentos, eles podem ainda identificar e descobrir a política financeira dos concorrentes, e adotar critérios que poderão superá-los. Com estas demonstrações contábeis podemos desenvolver análises de liquidez, endividamento, atividade, lucratividade, alavancagem e projeções financeiras.
Este trabalho tem o desafio de produzir um parecer sobre a saúde patrimonial das Indústrias Romi S.A., a empresa que nos referimos é uma empresa de renome internacional, cujos produtos e serviços são consumidos tanto no mercado nacional quanto no mercado externo, exportados para todos os continentes e utilizados pelos mais variados setores da indústria, dentre outros, fabricantes e fornecedoras da cadeia automobilística, bens de consumo em geral, máquinas e implementos agrícolas e máquinas e equipamentos industriais. A marca ROMI destaca-se pela qualidade, tecnologia e confiabilidade dos seus produtos e serviços.
�
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 ETAPA 1 - ANÁLISE VERTICAL E ANÁLISE HORIZONTAL
As principais características da Análise Vertical e da Horizontal são a comparação de valores de um determinado período com os valores apresentados em períodos anteriores e o relacionamento entre eles.
ANÁLISE VERTICAL
Tem como objetivo o estudo das tendências da empresa que permite conhecer a estrutura financeira e econômica da empresa. A análise ajuda a verificar quanto, percentualmente, cada conta de custo ou despesa impacta no resultado das vendas. Ao longo do tempo, o gestor pode monitorar se os percentuais permanecem estáveis, caso contrário, consegue identificar imediatamente as contas com necessidade de serem colocadas nos parâmetros definidos pelo orçamento geral da empresa.
	ANÁLISE VERTICAL – DRE
	DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
	2007
	2008
	
	R$
	A.V. %
	R$
	A.V. %
	RECEITA BRUTA
	761.156
	120,4
	836.625
	120,2
	Mercado interno
	679.099
	107,4
	728.313
	104,6
	Mercado externo
	82.057
	13,0
	108.312
	15,5
	Impostos incidentes sobre vendas
	(129.168)
	(20,4)
	(140.501)
	(20,2)
	RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
	631.988
	100,0
	696.124
	100,0
	Custo dos produtos e serviços vendidos
	(359.903)
	(56,9)
	(416.550)
	59,8
	Lucro Bruto
	272.085
	43,0
	279.574
	40,2
	Receitas (Despesas) Operacionais
	
	
	
	
	Vendas
	(59.786)
	(9,4)
	(65.927)
	(9,5)
	Gerais e administrativas
	(45.428)
	(7,2)
	(63.800)
	(9,2)
	Pesquisa e desenvolvimento
	(26.340)
	(4,2)
	(28.766)
	(4,1)
	Honorários da administração
	(8.025)
	(1,3)
	(8.278)
	(1,2)
	Tributárias
	(6.742)
	(1,1)
	(2.913)
	(0,4)
	Resultado de equivalência patrimonial
	-
	-
	-
	-
	Outras receitas operacionais líquidas
	1.031
	0,2
	1.673
	0,2
	Total das Despesas Operacionais
	(145.290)
	(2,30)
	(168.011)
	(24,1)
	Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro
	126.795
	20,1
	111.563
	16,0
	Resultado Financeiro
	
	
	
	
	Receita financeira
	30.508
	4,8
	36950
	5,3
	Despesa financeira
	(5.048)
	(0,8)
	(5.061)
	(0,7)
	Variação cambial ativa
	(3.796)
	(0,6)
	10.752
	1,5
	Variação cambial passiva
	6.258
	1,0
	(7.338)
	1,0
	Total do Resultado Financeiro
	27.922
	4,4
	35.303
	5,1
	Lucro Operacional
	154.717
	24,5
	146.866
	21,1
	Imposto de Renda e Contribuição Sindical
	
	
	
	
	Corrente
	(27.457)
	(4,3)
	(33.324)
	(4,8)
	Deferido
	1.914
	0,3
	4.715
	0,7
	Lucro Líquido antes das Participações
	129.174
	20,4
	118.257
	17,0
	Participação minoritária
	(555)
	(0,1)
	(881)
	(0,1)
	Participação da administração
	(4.400)
	(0,7)
	(4.423)
	(0,6)
	LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	124.219
	19,6
	112.953
	16,2
	ANÁLISE VERTICAL – BALANÇO PATRIMONIAL EM 2007 E 2008
	ATIVO
	2007
	2008
	CIRCULANTE
	R$
	A.V. %
	R$
	A.V. %
	Caixa e equipamentos de caixa
	189.010
	14,1
	135.224
	8,1
	Títulos mantidos para negociação
	111.512
	8,3
	53.721
	3,2
	Duplicatas a receber
	62.888
	4,7
	77.463
	4,7
	Valores a receber – repasse finame fabricante 
	223.221
	16,6
	306.892
	18,4
	Partes relacionadas
	-
	-
	-
	-
	Estoques
	183.044
	13,6
	285.344
	17,2
	Impostos e contribuições a recuperar
	11.537
	0,9
	17.742
	1,1
	Impostos de renda e contribuição social deferido
	2.149
	0,2
	3.243
	0,2
	Outros créditos
	3.479
	0,3
	7.247
	0,4
	Total do Circulante
	786.840
	58,6
	886.87653,3
	NÃO CIRCULANTE
	
	
	
	
	Realizável à longo prazo
	-
	-
	-
	-
	Duplicatas a receber
	1.149
	0,1
	1.686
	0,1
	Valores a receber – repasse finame fabricante
	409.896
	30,5
	479.371
	28,8
	Partes relacionadas
	-
	-
	-
	-
	Impostos e contribuições a recuperar
	5.391
	0,4
	18.245
	1,1
	Imposto de renda e contribuição social deferido
	5.867
	0,4
	9.488
	0,6
	Outros créditos
	2.928
	0,2
	5.405
	0,3
	Investimentos em controladoria incluindo ágio e deságio
	-
	-
	-
	-
	Outros Investimentos
	1.935
	0,1
	3.163
	0,2
	Imobilizado líquido
	127.731
	9,5
	252.171
	15,2
	Intangível
	-
	-
	6.574
	0,4
	Total do Não Circulante
	554.897
	41,4
	776.103
	46,7
	TOTAL DO ATIVO
	1.341.737
	100
	1.662.979
	100
�
	ANÁLISE VERTICAL – BALANÇO PATRIMONIAL EM 2007 E 2008
	PASSIVO
	2007
	2008
	CIRCULANTE
	R$
	A.V. %
	R$
	A.V. %
	Financiamentos
	29.498
	2,2
	26.375
	1,6
	Financiamentos – finame fabricante
	192.884
	14,4
	270.028
	16,2
	Fornecedores
	25.193
	1,9
	31.136
	1,9
	Salários e encargos sociais
	35.934
	2,7
	33.845
	2,0
	Impostos e contribuições a recolher
	8.013
	0,6
	7.357
	0,4
	Adiantamento de clientes
	9.702
	0,7
	14.082
	0,8
	Dividendos e juros sobre o capital próprio
	2.375
	0,2
	11.777
	0,7
	Participações a pagar
	4.400
	0,3
	4.500
	0,3
	Outras contas à pagar
	4.524
	0,3
	15.044
	0,9
	Provisão para passivo descoberto – controlada
	-
	-
	-
	-
	Total do Circulante
	312.523
	23,3
	414.144
	24,9
	NÃO CIRCULANTE
	
	
	
	
	Exigível à longo prazo
	-
	-
	-
	-
	Financiamentos
	49.306
	3,7
	68.943
	4,1
	Financiamentos – finame fabricante
	348.710
	26,0
	453.323
	27,3
	Impostos e contribuições a recolher
	1.896
	0,1
	3.578
	0,2
	Provisão para passivo eventuais
	1.659
	0,1
	2.073
	0,1
	Outras contas a pagar
	-
	-
	9.626
	0,6
	Deságio em controladas
	4.199
	0,3
	29.513
	1,8
	Total Não Circulante
	405.770
	30,2
	567.056
	34,1
	Participações Minoritária
	1.871
	0,1
	2.536
	0,1
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	
	
	
	Capital Social
	489.973
	36,5
	489.973
	29,5
	Reserva de Capital
	2.052
	0,1
	2.052
	0,1
	Ajustes de avaliação patrimonial
	(968)
	(0,1)
	(349)
	(0,0)
	Reserva de lucros
	130.516
	9,7
	187.567
	11,3
	Total do Patrimônio Líquido
	621.573
	46,3
	679.243
	40,8
	TOTAL DO PASSIVO
	1.341.737
	100
	1.662.979
	100
ANÁLISE HORIZONTAL
É a análise horizontal que identifica a evolução dos diversos elementos patrimoniais e de resultados ao longo de determinado período de tempo, a análise ajuda a monitorar a produtividade e a rentabilidade da empresa, auxiliando a identificando a proporção entre o aumento ou diminuição das vendas e as respectivas contas de custos e despesas. O aumento das vendas não deve impactar os custos e despesas fixas na mesma proporção, 
�
	ANÁLISE HORIZONTAL – DRE EM 2007/2008
	DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
	2007
	2008
	
	R$
	A.V. %
	R$
	A.V. %
	RECEITA BRUTA
	761.156
	100
	836.625
	109,9
	Mercado interno
	679.099
	100
	728.313
	107,2
	Mercado externo
	82.057
	100
	108.312
	132,0
	Impostos incidentes sobre vendas
	(129.168)
	100
	(140.501)
	108,8
	RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
	631.988
	100
	696.124
	110,1
	Custo dos produtos e serviços vendidos
	(359.903)
	100
	(416.550)
	115,7
	Lucro Bruto
	272.085
	100
	279.574
	102,7
	Receitas (Despesas) Operacionais
	
	
	
	
	Vendas
	(59.786)
	100
	(65.927)
	110,3
	Gerais e administrativas
	(45.428)
	100
	(63.800)
	140,4
	Pesquisa e desenvolvimento
	(26.340)
	100
	(28.766)
	109,2
	Honorários da administração
	(8.025)
	100
	(8.278)
	103,1
	Tributárias
	(6.742)
	100
	(2.913)
	43,2
	Resultado de equivalência patrimonial
	-
	-
	-
	-
	Outras receitas operacionais líquidas
	1.031
	100
	1.673
	162,3
	Total das Despesas Operacionais
	(145.290)
	100
	(168.011)
	115,6
	Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro
	126.795
	100
	111.563
	88,0
	Resultado Financeiro
	
	
	
	
	Receita financeira
	30.508
	100
	36950
	121,1
	Despesa financeira
	(5.048)
	100
	(5.061)
	100,2
	Variação cambial ativa
	(3.796)
	100
	10.752
	283,2
	Variação cambial passiva
	6.258
	100
	(7.338)
	117,2
	Total do Resultado Financeiro
	27.922
	100
	35.303
	126,4
	Lucro Operacional
	154.717
	100
	146.866
	94,9
	Imposto de Renda e Contribuição Sindical
	
	
	
	
	Corrente
	(27.457)
	100
	(33.324)
	121,4
	Deferido
	1.914
	100
	4.715
	246,3
	Lucro Líquido antes das Participações
	129.174
	100
	118.257
	91,5
	Participação minoritária
	(555)
	100
	(881)
	158,7
	Participação da administração
	(4.400)
	100
	(4.423)
	100,5
	LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	124.219
	100
	112.953
	90,9
	ANÁLISE HORIZONTAL – BALANÇO PATRIMONIAL EM 2007 E 2008
	ATIVO
	2007
	2008
	CIRCULANTE
	R$
	A.V. %
	R$
	A.V. %
	Caixa e equipamentos de caixa
	189.010
	100
	135.224
	71,5
	Títulos mantidos para negociação
	111.512
	100
	53.721
	48,2
	Duplicatas a receber
	62.888
	100
	77.463
	123,2
	Valores a receber – repasse finame fabricante 
	223.221
	100
	306.892
	137,5
	Partes relacionadas
	-
	-
	-
	-
	Estoques
	183.044
	100
	285.344
	155,9
	Impostos e contribuições a recuperar
	11.537
	100
	17.742
	153,8
	Impostos de renda e contribuição social deferido
	2.149
	100
	3.243
	150,9
	Outros créditos
	3.479
	100
	7.247
	208,3
	Total do Circulante
	786.840
	100
	886.876
	112,7
	NÃO CIRCULANTE
	
	
	
	
	Realizável à longo prazo
	-
	-
	-
	-
	Duplicatas a receber
	1.149
	100
	1.686
	146,7
	Valores a receber – repasse finame fabricante
	409.896
	100
	479.371
	116,9
	Partes relacionadas
	-
	-
	-
	-
	Impostos e contribuições a recuperar
	5.391
	100
	18.245
	338,4
	Imposto de renda e contribuição social deferido
	5.867
	100
	9.488
	161,7
	Outros créditos
	2.928
	100
	5.405
	184,6
	Investimentos em controladoria incluindo ágio e deságio
	-
	-
	-
	-
	Outros Investimentos
	1.935
	100
	3.163
	163,5
	Imobilizado líquido
	127.731
	100
	252.171
	197,4
	Intangível
	-
	-
	6.574
	-
	Total do Não Circulante
	554.897
	100
	776.103
	139,9
	TOTAL DO ATIVO
	1.341.737
	100
	1.662.979
	123,9
	ANÁLISE HORIZONTAL – BALANÇO PATRIMONIAL EM 2007 E 2008
	PASSIVO
	2007
	2008
	CIRCULANTE
	R$
	A.V. %
	R$
	A.V. %
	Financiamentos
	29.498
	100
	26.375
	89,4
	Financiamentos – finame fabricante
	192.884
	100
	270.028
	140,0
	Fornecedores
	25.193
	100
	31.136
	123,6
	Salários e encargos sociais
	35.934
	100
	33.845
	94,2
	Impostos e contribuições a recolher
	8.013
	100
	7.357
	91,2
	Adiantamento de clientes
	9.702
	100
	14.082
	145,1
	Dividendos e juros sobre o capital próprio
	2.375
	100
	11.777
	495,9
	Participações a pagar
	4.400
	100
	4.500
	102,3
	Outras contas à pagar
	4.524
	100
	15.044
	332,5
	Provisão para passivo descoberto – controlada
	-
	-
	-
	-
	Total do Circulante
	312.523
	100
	414.144
	132,5
	NÃO CIRCULANTE
	
	
	
	
	Exigível à longo prazo
	-
	-
	-
	-
	Financiamentos
	49.306
	100
	68.943
	139,8
	Financiamentos – finame fabricante
	348.710
	100
	453.323
	130,0
	Impostos e contribuições a recolher
	1.896
	100
	3.578
	188,7
	Provisão para passivo eventuais
	1.659
	100
	2.073
	124,9
	Outras contas a pagar
	-
	-
	9.626
	-
	Deságio em controladas
	4.199
	100
	29.513
	702,8
	Total Não Circulante
	405.770
	100
	567.056
	139,7
	Participações Minoritária
	1.871
	100
	2.536
	135,5
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	
	
	
	Capital Social
	489.973
	100
	489.973
	100,0
	Reserva de Capital
	2.052
	1002.052
	100,0
	Ajustes de avaliação patrimonial
	(968)
	(100)
	(349)
	36,0
	Reserva de lucros
	130.516
	100
	187.567
	143,7
	Total do Patrimônio Líquido
	621.573
	100
	679.243
	109,3
	TOTAL DO PASSIVO
	1.341.737
	100
	1.662.979
	123,9
2.1.1 ANÁLISE DAS POSSÍVEIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES
As variações se verificam normalmente em qualquer organização, dado a dinamicidade da economia e das inúmeras variáveis que circundam a vida de qualquer empresa.
As possíveis causas das variações sobre as vendas com base em dois períodos de tempo da companhia observa-se um crescimento de 10,3% nas vendas de 2008 comparado a 2007, apresentando um crescimento de 10,1% na receita operacional líquida, devido ao bom desempenho geral de suas operações. Podemos observar também que na análise do ativo aponta que o circulante apresentou um aumento significativo e foi no circulante que esteve concentrada a maior parte do capital.
A companhia apresenta uma alta competitividade no mercado externo apresentando um aumento de 32%, e a participação das exportações na receita operacional liquida representou 13% em 2007 e 15,5% em 2008. 
Outro aspecto que se destaca é o aumento 40% no período na conta “Financiamentos –
Finame do Passivo Circulante que são diretamente relacionados com o saldo de Valores a
receber – repasse Finame fabricante do Ativo Circulante que também aumentou 37,5% no
período. Essas contas são diretamente vinculadas às vendas a clientes específicos. As
condições contratuais relacionadas aos valores encargos e aos prazos financiados no programa
são integralmente repassados aos clientes financiados, sendo os recebimentos mensais
oriundos de “Valores a Receber – repasse Finame fabricante” são integralmente utilizados
para as amortizações dos contratos de financiamento vinculados.
A margem bruta apresentou uma redução atingindo a 40,2% em 2008 contra 43,1% em 2007, essa redução é resultado dos fatores acima mencionados, sendo reflexo da crise econômica mundial. As despesas operacionais apresentam um aumento se comparado a 2007, sendo 23% e 24,1% em 2008.
Em resumo, a empresa investiu maciçamente no Ativo Permanente, fez ainda algum
investimento no Ativo Circulante, financiou a maior parte dessa expansão com Capitais de
Terceiros e aumentou o risco global. Enquanto os investimentos tiveram grande impulso no período analisado, as vendas apresentaram pequena expansão. O crescimento real foi de 10% no período.
Podemos observar ainda que houve um aumento nos custos dos produtos vendidos, decorrente da conjuntura cambial e da instabilidade do preço de algumas matérias-primas metálicas. A empresa teve um aumento dos gastos nos Custo dos Produtos vendidos, os quais passaram de 56,9% para 59,8% de absorção das vendas. 
Pela análise podemos observar também que ativo apresenta um aumento de aumento de 41,4% em 2007 para 46,7% em 2008, do total do Ativo não Circulante pelo aumento do imobilizado. O passivo teve um aumento de 23,9% em 2008 devido a diminuição dos financiamentos e salários e pelo aumento da reserva de lucro.
Com isso o Lucro Bruto que representava 43,1% das vendas
baixou para 40,2%. Os resultados financeiros tiveram uma melhora de 0,7% no período principalmente com ganhos de variação cambial. 
2.2 ETAPA 2 – ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS
O principal instrumento utilizado para analisar a situação econômico-financeira de uma empresa é o índice, ou seja, o resultado da comparação entre grandezas. Os índices estabelecem a relação entre as contas ou grupo de contas das demonstrações contábeis, visando evidenciar determinado aspecto da situação econômico-financeira de uma empresa.
Facilitam sensivelmente o trabalho de análise, uma vez que a apreciação de certas relações ou percentuais é mais significativa que a observação de montantes. Servem como um termômetro da saúde financeira da empresa. Os principais índices são: 
	
	
ÍNDICES
	
ÍNDICES
	
FÓRMULA E INTERPRETAÇÃO
	
ESTRUTURA
	
PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS
	Capitais de terceiros / Passivo Total X 100
2007 – 718.293 / 1.341.737 x 100 = 53,53 %
2008 – 981.200 / 1.662.979 x 100 = 59 %
Indica quanto a empresa possui de capital de terceiros em relação ao capital próprio.
	
	
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
	Passivo circulante / Capitais de Terceiros X 100
2007 – 312.523 / 718.293 x 100 = 43,51 %
2008 – 414.144 / 981.200 x 100 = 42,20 %
O índice de composição do endividamento tem o objetivo de demonstrar a política adotada para captação de recursos de terceiros. Pode-se identificar através desse índice se a empresa concentra seu endividamento a curto ou longo prazo.
	
	IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Investimento+Imobilizado+Intangível/Patrimônio Líquido X 100
2007 – 129.666/ 621.573 x 100 = 20,86 %
2008 – 261.908 / 679.243 x 100 = 38,55 %
 Esse índice mostra quanto do ativo permanente da empresa é financiado pelo seu patrimônio líquido e, portanto, a maior ou menor dependência de aporte de recursos de terceiros para manutenção dos seus negócios
	
	IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES
	Investimento + Imobilizado + Intangível / Patrimônio líquido + Exigível a longo prazo X 100
2007 – 129.666 / 1.027.343 x 100 = 12, 62 %
2008 – 261.908 / 1.246.299 x 100 = 21,01 %
Este índice mostra a utilização de recursos não correntes na aquisição de investimentos, imobilizado e intangível. Recursos não correntes são recursos a longo prazo, quer por meio do capital próprio (PL), quer por meio do capital de terceiros (ELP), assim quanto menor for esse índice, melhor.
	
LIQUIDEZ
	
LIQUIDEZ GERAL
	Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo / Passivo Circulante + Exigível a longo prazo
2007 – 786.840 / 718.293 = 1,10
2008 – 886.876 / 981.200 = 0,90
A liquidez geral, ou índice de solvência geral, é uma medida de capacidade da empresa em honrar todas as suas exigibilidades, contando, para isso, com os seus recursos realizáveis a curto e longo prazos.
	
	
LIQUIDEZ CORRENTE
	Ativo Circulante / Passivo Circulante
2007 – 786.840 / 312.523 = 2,52
2008 - 886.876 / 414.144 = 2,14
A liquidez corrente é um dos índices mais utilizados em análise econômico-financeira mostrando quanto a empresa poderá dispor em recursos a curto prazo (caixa, bancos, clientes, estoques, etc.) para pagar suas dívidas circulantes (fornecedores, empréstimos e financiamentos a curto prazo, contas a pagar, etc.).
	
	
LIQUIDEZ SECA
	Ativo Circulante - Estoques / Passivo Circulante
2007 – 603.796 / 312.523 = 1,93
2008 – 601.532 / 414.144 = 1,45
Esse índice é uma medida mais rigorosa da liquidez da empresa, sendo tratado por muito especialista como “teste do ácido”. Mostra quanto a empresa poderá dispor de recursos circulantes, sem levar em consideração seus estoques, para fazer face às suas obrigações a curto prazo..
	
RENTABILIDADE
	
GIRO DO ATIVO
	Vendas líquidas / Ativo total
2007 – 631.988 / 1.341.737 = 0,47
2008 – 696.124 / 1.662.979 = 0,42
O ativo total é considerado pela soma dos investimentos da empresa. Esse indicador mede a eficiência com a qual a empresa usa seus ativos para gerar vendas.
	
	
MARGEM LÍQUIDA
	Lucro líquido / Vendas líquidas X 100
2007 – 124.219 / 631.988 x 100 = 19,65 %
2008 – 112.953 / 696.124 x 100 = 16,22 %
Este índice demonstra o quanto a empresa obteve lucro líquido em relação a receita líquida, indicando também a capacidade da empresa em gerar lucro.
	
	
RENTABILIDADE DO ATIVO
	Lucro líquido / Ativo total X 100
2007 - 124.219 / 1.341.737 x 100 = 9,26 %
2008 – 112.953 / 1.662.979 x 100 = 6,80 %
Este índice demonstra o quanto a empresa conseguiu rentabilizar o seu ativo, qual foi o lucro líquido em relação ao ativo total. Trata-se de um indicador de desempenho que mostra o quanto a empresa foi rentável em relação ao total dos seus recursos.
	
	
RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOLucro líquido / Patrimônio líquido médio X 100
2007 – 124.219 / não tem o valor
2008 – 112.953 / 650.408 x100 = 17,37 %
Este índice mostra a rentabilidade do capital aplicado na empresa pelos sócios e a taxa de rendimento do capital próprio. Nesse indicador, verifica-se a rentabilidade do capital, que não é a mesma coisa que lucratividade, pois a rentabilidade é o quanto o capital está sendo remunerado pelo lucro, o quanto está se ganhando sobre ele, já a lucratividade é o quanto a empresa está tendo de lucro sobre suas operações de venda.
	
DEPENDÊNCIA BANCÁRIA
	
	Neste grupo de índices é analisado o nível de dependência bancária da empresa, o grau de participação das instituições de crédito nos recursos investidos. Com base nesses indicadores pode-se ter uma visão do risco financeiro da empresa
1 - Financiamento de ativo;
2 - Participação de instituições de créditos no endividamento;
3 - Financiamento do ativo circulante por instituições financeiras;
4 - Duplicatas descontadas.
2.2.1 ANÁLISE GERAL DOS ÍNDICES
De acordo com a análise dos índices econômicos e financeiras da Empresa ROMI em 2007 e 2008, interpretamos e concluímos que o Capital de Terceiros demonstra que em 2007, este percentual representou 53,53 % do total dos recursos investidos na empresa, e em 2008, seu percentual aumentou para 59,00%. E o mesmo revela que a empresa possui mais dependência de capital de terceiros.
A Composição do Endividamento indica que em 2007 a empresa apresentava 43,51% em 2007, no ano de 2008, o percentual diminuiu para 42,20% havendo menor concentração de compromissos a saldar em prazos de pagamentos menores, havendo uma reação positiva.
O grau de Imobilização do Patrimônio Líquido apresenta 20,86% em 2007, já em 2008, o percentual aumentou para 38,55% ,assim, sendo direcionado seus recursos para ativo permanente e prejudicando o ativo circulante. No grau de Imobilização dos Recursos Não Correntes, em 2007 apresenta 12,62%, porém, em 2008 apresenta um aumento para 21,01%, demonstrando que a empresa optou por mais recursos para o ativo permanente.
No Índice de Liquidez Geral, a empresa em 2007 foi de R$ 1,10 pra cada R$ 1,00 de dívida, em 2008, foi para R$0,90 de recursos para R$ 1,00 de dívida. Apresentando a capacidade de saudar suas dívida à longo prazo. Já no Índice de Liquidez Corrente, a empresa possuía em 2007, para cada R$1,00 de dívida, R$ 2,52 de recursos disponíveis para pagamento de obrigações à curto prazo. Já em 2008, para cada R$ 1,00 de dívida, R$ 2,14 de recursos disponíveis. Mesmo havendo diminuição em sua empresa, ele ainda possui capacidade de realizar o pagamento à curto prazo, mas necessitando ficar mais atenção a sua gestão de caixa.
A Liquidez Seca, em 2007 possuía R$1,93 de recursos de rápida conversibilidade para R$ 1,00 de dívida. Em 2008, houve uma diminuição para R$ 1,45 em sua capacidade de pagamento em curto prazo. Mesmo assim, conseguindo realizar seu pagamento.
O Giro do Ativo de 2007 apresenta 0,47 vezes no volume anual de vendas no Ativo Total, já em 208, houve uma queda de 0,42, em relação à Margem Líquida, mostra que em 2007 possuía 16,22% depois de já descontados todos os custos e despesas. Porém, em 2008, esse índice foi aumento para 19,65%, indicando que a empresa aumentou seu lucro.
A Rentabilidade do Ativo se mostrou ineficientes entre os dois períodos. Em 2007, a rentabilidade foi de 9,26% ao passo que, em 2008, esse índice diminuiu para 6,80%, demonstrando que a empresa não remunerou a utilização de seus Ativos com a mesa eficiência que no ano anterior.
2.3 ETAPA 3 – MÉTODO DUPONT E O TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA
O ambiente empresarial é totalmente dinâmico e repleto de variáveis que interferem diretamente nos processos organizacionais, onde as mesmas devem ser preparadas para as constantes mudanças exercidas nesse ambiente, sendo sempre necessário fazer uma análise quantitativa e qualitativa para analisar as causas de suas mutações.
O Modelo Dupont é um estudo que aborda os aspectos quantitativos das interferências patrimoniais e de resultado no retorno sobre os investimentos, sua função é demonstrar a eficiência no uso dos ativos da empresa, essa técnica funciona como uma busca para localizar as áreas responsáveis pelo desempenho financeira da empresa, utilizando o balanço patrimonial e a demonstração do resultado.
2.3.1 RENTABILIDADE DO ATIVO PELO MÉTODO DUPONT
Com base nos dados demonstrados no Balanço Patrimonial da empresa Romi temos os seguintes cálculos:
EXERCÍCIO DE 2007
RA = Vendas Líquidas / Ativo Líquido x Lucro / Vendas Líquidas
Vendas Líquidas = R$ 631.988
Ativo Líquido = Ativo Total – Passivo Operacional
Ativo Líquido = R$ 1.341.737 – R$ 271.726 = R$ 1.070.011
Lucro = Lucro antes das despesas financeiras
Lucro = R$ 126.795
Giro= 631.988 / 1.070.011 = 0,60 vezes
Margem = 126.795 / 631.988 x 100 = 20,06 %
Retorno sobre o Ativo = 0,60 x 20,06 % = 12,03%
EXERCÍCIO DE 2008
RA = Vendas Líquidas / Ativo Líquido x Lucro / Vendas Líquidas
Vendas Líquidas = R$ 696.124
Ativo Líquido = Ativo Total – Passivo Operacional
Ativo Líquido = R$ 1.662.979 – R$ 356.448 = R$ 1.306.531
Lucro = Lucro antes das despesas financeiras
Lucro = R$ 111.563
Giro= 696.124 / 1.306.531 = 0,53 vezes
Margem = 111.563 / 696.124 x 100 = 16,02%
Retorno sobre o Ativo = 0,53 x 16,02% = 8,50%
2.3.2 MODELO DE STEPHEN KANITZ – O TERMÔMETRO DA INSOLVÊNCIA
Termômetro de Kanitz é um instrumento que prevê a possibilidade de falência de empresa. A forma com que é utilizada de certa forma é relativa a empresas isoladas, pois analisa-se determinada empresa com a possibilidade de abrir ou não falência, principalmente em curto prazo.
Pelo modelo de Stephen Kanitz, usamos vários indicadores que tem como base o balanço patrimonial da empresa Industrias Romi S/A, no caso, visando em especial os índices ou medidores de liquidez e endividamento, para que possamos a partir destes cálculos, ter uma visão sobre a solvência ou insolvência, seja em nível imediato ou em médio e longo prazo, de forma que a alta diretoria da empresa possa tomar as melhores decisões por meio desse método.
Utilizando o Balanço da Empresa Romi, apuramos os seguintes indicadores de insolvência: 
A = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido x 0,05
2007 - 124.219 / 621.573 x 0,05 = 0,01
 2008 - 112. 953 / 679.243 x 0,05 = 0,01
B = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo / Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo x 1,65
2007 – 786.840 + 554.897 / 312.523 + 405.770 x 1,65 = 3,08
2008 – 886.676 +776.103 / 414.144 + 567.056 x 1,65 = 2,80
C = Ativo Circulante – Estoques / Passivo Circulante x 3,55
2007 – 786.840 – 183.044 / 312.523 x 3,55 = 6,86
2008 – 886.876 – 285.334 / 414.144 x 3,55 = 5,16
D = Ativo Circulante / Passivo Circulante x 1,06
2007 – 786.840 / 312.523 x 1,06 = 2,67
2008 – 886.876 / 414.144 x 1,06 = 2,27
E = Exigível Total / Patrimônio Líquido x 0,33
2007 – 718.293 / 621.573 x 0,33 = 0,39 
2008 – 981.200 / 679.243 x 0,33 = 0,48
FI = A + B + C – D – E
2007 – 0,01 + 3,08 + 6,86 – 2,67 – 0,39 = 6,90
2008 – 0,01 + 2,80 + 5,16 – 2,27 – 0,48 = 5,22
Análise: Tanto em 2007 quanto em 2008, à empresa encontra-se no estado de solvência, ou seja, com total capacidade de arcar com suas obrigações, pois os resultados foram maiores que 5 , sendo 6,90 em 2007 e 5,22 em 2008
2.4 ETAPA 4 - Análise do Fluxo de Caixa e Necessidade de Capital de Giro
	A utilização das análises de fluxo de caixa de uma empresa revela os compromissos assumidos no curto prazo e a disponibilidade de ativos circulantes, com elevado grau de liquidez para honrar os compromissos.
	Quando consideramos os ativos circulantes de uma empresa nos referimos aos valores em caixa e equivalentes de caixa. Também compõem o ativo circulante o valor total dos estoques, as aplicações financeiras de curto prazo, das duplicatas a receber no curto prazo.
	Para pagar os exigíveis de curto prazo a empresautiliza os ativos de caixa e equivalentes de caixa. Levando em conta o grau de liquidez dos ativos, não é interessante para a empresa honrar seus compromissos tendo que resgatar uma aplicação de curto prazo, ou promovendo uma liquidação total dos estoques.
	A necessidade de capital de giro de uma empresa é medida pelo ativo circulante operacional diminuído do passivo circulante operacional. Esses dois indicadores formam o Ciclo Operacional e o Ciclo Financeiro da empresa.
	Para determinação do ciclo operacional e do ciclo financeiro, vamos calcular inicialmente o Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE), o Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV), e o Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC). Os prazos médios referem-se aos dias do período analisado. No exemplo da análise da Empresa ROMI, os Dias do Período são referentes a um ano, logo a multiplicação desses indicadores se dará por 360.
	Calculando os índices de PMRE, PMRV e PMPC, do exercício de 2008 temos:
PMRE = Estoques / CMV X 360
PMRE = 285.344 / 416.550 X 360
PMRE = 246,61 dias 
	Como estamos considerando o PMRE de uma indústria, este prazo “engloba as matérias primas e outros materiais de produção, como também os produtos em elaboração correspondente a mão de obra direta e os custos indiretos” (Braga, 19995, p.126).
PMRV = Duplicatas a Receber / Receita Bruta de Vendas X 360
PMRV = 77.463 + 1.686 / 836.625 X 360
PMRV = 34,06 dias
PMPC = Fornecedores / Compras X 360 – (não possuímos o total das compras)
	 
CMV – Estoque Inicial (2007) + Estoque Final (2008) = Compras
416.550 – 183.044 + 285.344 = Compras
Compras = 518.850
PMPC = 31.136 / 518.850 X 360
PMPC = 21,60 dias
	
Ciclo operacional da Empresa ROMI, no exercício de 2008:
Ciclo Operacional = PMRE + PMRV = 246,61 + 34,06 = 280,67
Ciclo financeiro da Empresa ROMI em 2008:
Ciclo Financeiro = CO – PMPC = 280,67 – 21,60 = 259,07
	Logo, o ciclo operacional da Empresa ROMI ocorre em 280,67 dias e o Ciclo Financeiro em 259,07 dias.
2.4.1 Relatório Geral da Situação Econômica, Financeira e Patrimonial da EMPRESA ROMI
	Ao final da atividade prática supervisionada para elaboração da análise da situação financeira, econômica e patrimonial da Empresa ROMI, apresentamos a seguir o relatório circunstanciado, evidenciando as análises efetuadas.
	A participação de capitais de terceiros no total de ativos da empresa aumentou de 53,53 % observada em 2007, para 59% em 2008, o que demonstra que a empresa está mais dependente de captais de terceiros. Dessa forma, incide maior necessidade de pagamento de despesas financeiras.
	A composição do endividamento revela que houve uma ligeira redução no seu percentual, passando de 43,51% em 2007, para 42,21% em 2008. Demonstra que a empresa conseguiu maior prazo para pagar seus compromissos, diminuindo um pouco a necessidade de ativo circulante com alto grau de liquidez para honrar seus compromissos de curto prazo.
	O grau de imobilização do patrimônio líquido cresceu de 20,86% em 2007, para 38,55% em 2008. Demonstra que a empresa passou a utilizar mais recursos do patrimônio líquido para investimentos no ativo imobilizado. Esse não é um bom indicador, uma vez que é mais interessante para a empresa manter os recursos do patrimônio líquido, que não é oneroso, para custear as despesas de curto prazo.
	O grau de imobilização dos recursos não correntes cresceu de 12,62% observado em 2007, para 21,01% em 2008. Esse indicador revela que houve necessidade da empresa de captar recursos em longo prazo para investir no ativo permanente, possivelmente devido a expansão realizada durante o exercício 2008, com a modernização de equipamentos e instalações. Percebemos isso quando analisamos o crescimento de 97,42% do ativo não circulante imobilizado líquido.
	O índice de liquidez geral diminuiu de 1,10 registrado em 2007, para 0,90 registrado em 2008. Isso significa que para cada R$ 1,00 de dívidas a empresa passou a ter menor disponibilidade para pagamento.
	No índice de liquidez corrente diminuiu de 2,52 em 2007, para 2,14 em 2008. Representa que houve diminuição dos recursos correntes para pagamento de exigíveis de curto prazo.
	O índice de liquidez seca demonstra que houve redução de 1,93 em 2007, para 1,45 em 2008. A importância deste índice se manter elevado, deve-se ao longo ciclo operacional da empresa, de 280 dias, e o ciclo financeiro de 259 dias.
	Na análise do giro do ativo percebemos que houve redução do índice observado em 2007 que era 0,47, e em 2008 0,42.
	Percebemos que a margem líquida sofreu redução de 19,65% observada em 2007, para o índice de 16,22% observado em 2008. 
	Com relação à rentabilidade do ativo observamos que houve redução de 9,26% em 2007, para 6,80% em 2008. É uma redução bastante considerável, em um índice que influencia diretamente na captação de investimentos de terceiros, deve-se considerar o crescimento da empresa.
A rentabilidade do patrimônio líquido representa que a empresa remunerou o capital investido pelos sócios em 17,37% no ano de 2008. Comparados com os rendimentos apresentados no mercado financeiro, esse índice pode ser considerado satisfatório, uma vez que remunerou mais do que a caderneta de poupança e na média dos fundos de investimento.
	Concluímos, com base nos dados financeiros que a Empresa ROMI encontra-se numa boa situação financeira, ou seja, a empresa encontra-se com uma boa saúde, apesar de alguns pontos que precisam ser melhorados, diminuindo o índice de dependência bancária. Como indicação, sugerimos que se aumente a ingestão de capital próprio na empresa, aumentando o número de ações cotas de participação negociada, buscando recursos no mercado de capitais. Também é importante buscar a redução do PMRV, que atualmente apresenta um ciclo maior do que o PMPC. Para o investidor, indicamos que a empresa ROMI é um bom caminho para investir, pois o grau de solvência da empresa é 5,22, encontrando-se numa boa situação econômica e financeira.
�
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A contabilidade deve ser vista como uma ferramenta extremamente importante para empresa, fornecendo informações úteis para tomada de decisões, a principal finalidade da contabilidade é permitir a ação de informações econômicas e financeiras da entidade, através do planejamento e controle, utilizando as demonstrações contábeis geradas, como um instrumento de grande importância para seus usuários, pois ela permite que a empresa se organize.
Com o surgimento de novas tecnologias, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de geração de informações confiáveis para a tomada de decisão, por isso a contabilidade vem sendo inserida dentro do ambiente das empresas. 
Nas organizações, a qualidade das decisões depende da qualidade da informação nas quais estas se baseiam. As informações contábeis dão suporte aos processos táticos e estratégicos de uma organização, auxiliando e coordenando as decisões de planejamento e execução das metas traçadas pela empresa.
Sabendo utilizar de maneira correta os demonstrativos contábeis nos possibilita ter dados para tomar decisões acertadas das empresas, tendo a oportunidade de gerir melhor os seus negócios, competir melhor no mercado que atua, consequentemente, melhorar os resultados e garantir a continuidade dos negócios da empresa.
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