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Órgãos do sistema imune Órgãos linfoides primários: São aqueles que dão origem a linfócitos - Medula óssea, timo e Bursa de Fabricius. Medula óssea: Dá origem a duas linhagens linfocíticas, a B e a T, a B continua na medula para sua maturação, enquanto que a T vai para o timo. A medula dá origem a CÉLULA TRONCO HEMATOPOIÉTICA, que sofre mitose e se diferencia no PROGENITOR MIELOIDE e no PROGENITOR LINFOIDE, este dá origem aos LINFÓCITOS T, LINFÓCITOS C e as CÉLULAS NK. Timo: É um órgão presente em animais jovens, que involui durante a puberdade e fase adulta, suas células funcionais são substituídas por tecido adiposo. Ele faz a MATURAÇÃO DE LINFÓCITOS T. Sua estrutura é dividida em lóbulos, nos quais, os córtex possuem linfócitos imaturos e sua medula possui linfócitos maduros e células epiteliais com função de apresentação de antígenos. Maturação dos linfócitos T: Pode ser feita por meio de SELEÇÃO POSITIVA, na qual os linfócitos T tem que ser capazes de se ligar ao MHC de células apresentadoras de antígenos por meio do seu TCR - receptor de linfócito T reconhecendo que aquele MHC pertence às células do organismo próprio, se não forem capazes sofrem apoptose. Pode, também, ser feita por SELEÇÃO NEGATIVA, na qual os linfócitos têm de se ligar ao MHC + antígeno fracamente, o que indica que ele reconhece o MHC próprio mas não o antígeno = linfócito funcional, se se ligar fortemente é porque reconhece o MHC e o antígeno como próprios e sofre apoptose. Bursa de Fabricius: Órgão presente em aves, porém dura, no máximo, 2 semanas de vida. Realizam a MATURAÇÃO DE LINFÓCITOS B. Órgãos linfoides secundários: São aqueles que não produzem, mas armazenam, maturam e diferenciam linfócitos, fazendo efetivamente parte das respostas imunes humoral ou celular. Baço: Responsável pela resposta imune contra antígenos da corrente sanguínea, uma vez que faz a filtração do sangue. Possui uma polpa branca, onde se localizam os linfócitos B e T, e uma polpa vermelha, onde há macrófagos e a destruição de hemácias velhas. Não é um órgão vital, embora sua retirada, esplenectomia, aumenta em 40% as infecções graves bacterianas, justamente pelo fato de ele ser o responsável pela filtração do sangue que captura antígenos. Linfonodos: Local onde as respostas imunes são montadas. Possui 3 divisões, a CORTICAL onde ficam linfócitos B e seus centros germinativos, locais onde ocorre a proliferação e diferenciação deles, a PARACORTICAL, onde ficam os linfócitos T, e a MEDULAR, onde ficam os dois. Assim como o baço, fazem filtração, mas apenas da LINFA que quando entra nos linfonodos, por meio de vasos aferentes, deixa os antígenos e linfócitos trazidos de espaços intersticiais, e quando sai, pelo vaso eferente, leva novos linfócitos para a circulação uma vez que a circulação linfática cai na sanguínea através do tronco torácico. Placas de Peyer: São aglomerados de tecido linfóide associado a mucosa presentes nas submucosas do íleo e jejuno. MALT - tecido linfoide associado a mucosa: Tecido linfoide que formam grânulos em certas partes da mucosa, como as tonsilas linguais, tonsilas faríngeas, as placas de Peyer, dentre outros. Em sua composição possuem CÉLULAS M, células que fazem parte do epitélio intestinal e possuem função de apresentação de antígenos, através da endocitose deles do lúmen intestinal para apresentá-los aos linfócitos, o que acaba sendo uma porta de entrada para alguns patógenos. O MALT pode ser chamado de BALT nos pulmões e GALT quando no intestino. Linfócitos: Tem origem na linhagem linfoide da medula óssea. sua diferenciação em linfócitos T, linfócitos B ou células natural killer(NK) são proteínas expressas em sua superfície. Linfócitos T: possuem CD3, podendo ter CD4 ou CD8, além do TCR, receptor de linfócito T. Linfócitos B: possuem imunoglobulinas, além do BCR, receptor de linfócito B. Células NK: não possuem nem CD3 nem imunoglobulinas. Para que um linfócito seja ativado é necessária a ligação entre TCR+MHC+Ag+CD, para linfócitos T e BCR+Ag+CD, para linfócitos B, Essa ativação inicia o processo de EXPANSÃO CLONAL, no qual os linfócitos se proliferam nos órgãos linfoides secundários como os linfonodos e baço. Assim, para ativação do LT é necessária ajuda do MHC para apresentar os antígenos a ele sendo o CD4 DEPENDENTE DO MHC II E O CD8 DEPENDENTE DO MHC I, já o LB reconhece DIRETAMENTE o antígeno por meio do BCR, que é específico para cada antígeno. Função efetora: LB: após ativados são chamados de PLASMÓCITOS = linfócito B efetor cuja função é PRODUZIR ANTICORPOS. Para sua ativação só é necessário o reconhecimento do antígeno pelo BCR diretamente, sem MHC ou moléculas co estimulatórias. LT: Os CD4 OU CITOTÓXICOS têm função de produzir CITOCINAS para regular a resposta hormonal e/ou a resposta celular. Já os CD8 OU HELPER OU AUXILIARES têm função de MATAR AS CÉLULAS INFECTADAS, principalmente vírus e células tumorais por meio da produção de GRANZIMAS E PERFORINAS, cuja ação se dá pela perforina abrindo pequenos poros nas células para que a granzima entre e induza apoptose, ou por meio da proteína FasL - ligante de Fas dos linfócitos, que reconhece e se liga a Fas expressas nas superfícies celulares, além do MHC, produzindo apoptose dessas células. Células natural killer: Não possuem TCR ou BCR, reconhecem células sem/com baixa quantidade de MHC, sendo ativadas pela falta de ligação com o MHC levando a apoptose. Mecanismos efetores dos linfócitos T: Os linfócitos T efetores podem se diferenciar em citotóxicos, helper ou ainda em LT de memória, que não têm função na infecção atual, apenas em futuras, nas quais eles identificam o antígeno pelo MHC e logo inicia a expansão clonal pulando etapas, o que aumenta rapidamente seu número em uma infecção secundária. A ativação dos linfócitos T é feita em duas etapas: Reconhecimento do TCD4 (TCR + CD4) + antígeno (MHC II + Ag) ou então TCD8 e antígeno com MHC I. Depois deve haver interação a outras moléculas co estimulatórias, B7 e CD87.Maturação dos linfócitos T: Após o reconhecimento do antígeno, expansão clonal, diferenciação em linfócitos efetores ou de memória os efetores executam suas funções.
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