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Artigo A importancia do Capital de Giro nas Empresas

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A importância do Capital de Giro nas Empresas 
 
* Ana Paula dos Santos Burget 
*Taiany Portella Thiesen 
 Valmira Trapp 
 
RESUMO 
 
O capital de giro é o montante de recursos que uma empresa dispõe para 
desempenhar suas atividades no dia-a-dia, como pagamentos, investimentos, entre 
outros. É um recurso disponível para o giro de capital da empresa e depende de 
diversos fatores. Assim como o investimento em bens imobilizados, o investimento 
em Capital de Giro deve fazer parte do leque de investimentos da empresa, pois é 
ele que vai garantir o pagamento das dívidas. Duarte (2009) define o capital de giro 
contabilmente como “a diferença entre o passivo circulante e o ativo circulante. É a 
parcela de reursos de longo prazo que financia as atividades de curto prazo”. O 
capital de giro é um recurso que pode ser utilizado por qualquer empresa, 
independente de seu porte. Uma empresa sem capital de giro fica impedida de 
crescer. Normalmente, uma empresa sem capital de giro vive por sobrevivência com 
recursos de terceiros. 
 
Palavras-chave: Capital de Giro; Recursos; Investimento, Fluxo de Caixa. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A gestão do capital de giro é uma atividade diária e recorrente, com objetivo 
de assegurar que a empresa tenha recursos suficientes para dar continuidade às 
suas operações e evitar possíveis interrupções; é o capital necessário que uma 
empresa precisa para funcionar. Esta atividade é uma das mais importantes dentro 
da gestão financeira de uma empresa. O capital de giro constitui um ciclo de 
operações, que gira até se transformar em dinheiro corrente. 
 

 Docente do Curso de Administração da Universidade Luterana do Brasil. 
Segundo Chiavenato (2014, p.61), o capital de giro é constituído por ativos 
circulantes (também chamados de ativos correntes). Os investimentos em ativos 
circulantes sofrem alterações muito frequentes, quase cotidianas, pois o capital de 
giro está relacionado sobre tudo com as vendas que são realizadas diariamente e 
sofrem oscilações frequentes. 
Apesar da grande importância que o capital de giro tem no fluxo operacional 
das empresas, ainda existem organizações que dispensam o uso, impactando a 
saúde financeira da mesma. Pode-se definir o capital de giro como o coração da 
empresa, que faz pulsar o funcionamento do fluxo de capital. Uma empresa com 
uma baixa pulsação tende a estar financeiramente doente. É importante que o pulso 
dos negócios se mantenha em ritmo estável e balanceado. 
 
 
1. Tipos de Capital de Giro 
 
 
1.1. Capital de Giro Bruto (CGB) 
 
O capital de giro bruto é constituído pelas disponibilidades de caixa (cash e 
banco), investimentos temporários (aplicações), contas a receber (clientes) e 
estoques, ou seja, o total dos ativos circulantes. 
 
 
1.2. Capital de Giro Líquido (CGL) 
 
É o capital de giro bruto menos os compromissos de curto prazo com 
fornecedores, funcionários, imposto e etc. A definição mais comum do CGL é a 
diferença entre os ativos circulantes e os passivos circulantes da empresa. O CGL é 
um dos indicadores de liquidez da empresa, pois se os ativos circulantes cobrem as 
obrigações de curto prazo, a empresa terá capacidade de pagar suas contas em dia. 
Este tipo de indicador é utilizado, inclusive, como base para investidores. 
 
 
2. Dilemas da gestão do capital de Giro 
 
Por se tratar diretamente de ativos circulantes, a gestão do capital de giro 
deve ter atenção com três dilemas a serem trabalhados: 
 
2.1. O ativo circulante deve ser compatível com os prazos das dívidas a 
pagar. Ou seja, se a empresa possuir um ativo circulante menor, estará 
sujeita ao endividamento; 
 
2.2. A liquidez e a rentabilidade dos ativos circulantes devem estar 
interligadas e equilibradas. Os ativos circulantes são os investimentos 
necessários para sustentara empresa, mas o retorno destes investimentos é 
baixo, forçando a empresa a optar pela liquidez. É neste caso que os ativos 
circulantes perdem mais rentabilidade ainda e a empresa precisa equilibrar a 
liquidez e a rentabilidade. 
 
2.3. A gestão dos ativos circulantes não podem gerar grandes saldos ou 
insuficiência. O desafio é encontrar um meio termo que evite o excesso ou a 
escassez, pois em qualquer situação a empresa pode perder capital. 
 
 
Dentre estes dilemas, podem ser citados outros comuns às empresas e que 
impactam diretamente nos itens citados antes, como a redução das vendas, o 
aumento da inadimplência, elevação dos custos e despesas financeiras. Estes são 
pontos que devem ser trabalhados e analisados cuidadosamente, pois são fatores 
aos quais as empresa não controla. Para reduzir estes impactos, por exemplo, é 
importante que a empresa mantenha um reserva de capital, para que qualquer baixa 
nas vendas não seja um ultimato para a falência. Outra forma prática e que pode ser 
aplicada sem maiores custos, é o controle de inadimplência e análise de crédito dos 
clientes. Mediante este controle e análise é possível que a empresa reduza 
significativamente qualquer possível impacto financeiro. O alongamento do 
endividamento é um fator que contribui para o bom desempenho do capital de giro, 
pois se as dívidas são pagas a longo prazo, mais o capital permanecerá em caixa 
para investimentos rentáveis. A redução de custo também tem forte influencia 
positiva sobre o capita de giro e a identificação de possíveis reduções privilegiam o 
caixa, pois serão menos saídas, com mais entradas. 
 
 
3. A relação Capital de Giro X Fluxo de Caixa 
 
O capital de giro tem relação direta com o fluxo de caixa de uma empresa, 
conforme visto antes. Se a empresa possui um fluxo de caixa rápido e curto, logo 
precisa ter capital de giro suficiente para girar mais vezes durante o ano. No caso 
oposto, com um fluxo de caixa lento, o capital de giro também irá demorar mais para 
girar, exigindo menos. Dessa forma, entende-se que o fluxo de caixa é o que define 
o montante a ser disponibilizado para capital de giro e quando será necessário o 
aumento ou a redução do mesmo. O fluxo de caixa possibilita a empresa visualizar 
as entradas e saídas futuras, possibilitando que a mesma se antecipe, tomando 
decisões financeiras a partir de uma análise criteriosa, evitando custos ou prejuízos 
desnecessários. Segundo Nascimento (2014) , quando a empresa consegue reduzir 
seu ciclo financeiro, mais cedo receberá de seus clientes e pagará mais tarde seus 
fornecedores. Porem esta redução financeira não é tão simples, pois será 
necessária redução de prazos relacionados ao estoque, produção e vendas. 
 
 
4. A gestão do Capital de Giro 
 
O gestor financeiro é o responsável por controlar as entradas e saídas de 
caixa e tem função de identificar previamente o excesso ou a escassez de dinheiro. 
É ele que decide como proceder nestes casos, definindo a melhor estratégia para 
empresa. O risco e retorno de uma empresa está ligada diretamente a este cuidado, 
pois se houver necessidade de buscar recursos de terceiros, é preciso que o gestor 
utilize de uma análise bastante criteriosa, levando em consideração as taxas e o 
retorno esperado. Utilizar capital de terceiros nem sempre é uma boa ideia, pois 
quanto mais recursos a empresa captar, mais taxas e juros serão pagas também. 
Segundo Nascimento (2015, p.12), o gestor financeiro deve realizar a gestão 
do capital de giro em três aspectos: operacional, econômico e financeiro: 
No aspecto operacional é analisada a estrutura do ativo e passivo circulantes, 
visando controlar o poder de sobrevivência da empresa no mercado onde está 
inserida; no aspecto econômico é necessárioanalisar como estão sendo aplicados 
os recursos, de modo podem estar gerando retorno ou custo e como melhorar; no 
aspecto financeiro, o gestor precisa ter o conhecimento dos pagamentos e 
recebimentos para fins de controle dos prazos. 
A boa gestão do capital de giro trás muitas vantagens a empresa e uma delas 
é a possibilidade de expansão da riqueza a longo prazo, caracterizado pelo 
crescimento e desenvolvimento, servindo de reflexo desta gestão. 
 
 
5. Considerações Finais 
 
Toda empresa necessita de capital de giro para tocar suas operações, porém 
nem todas utilizam esta ferramenta financeira. O valor disponibilizado para capital de 
giro deve ser definido pela empresa, conforme sua necessidade de negócio, pois 
não há um valor pré-estabelecido. 
O capital de giro permite que a empresa honre seus compromissos 
financeiros sem gerar problemas no fluxo de caixa. Uma empresa só poderá ter uma 
saúde financeira saudável se tiver uma gestão adequada e coerente do seu capital 
de giro e conhecimento das entradas e saídas. 
O fluxo de caixa está ligado diretamente ao capital de giro, pois é por 
intermédio de sua análise que a empresa poderá enxergar compromissos futuros, 
sobras ou faltas de capital, possibilitando ao gestor tomar a decisão mais adequada 
para atender as demandas da empresa. 
O capital de giro é um cuidado diário e estratégico e tem como principal 
objetivo garantir que a empresa tenha condições de pagamento a curto e a longo 
prazo, otimizando o fluxo financeiro e garantindo o crescimento. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CAPITAL DE GIRO <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-
importancia-do-capital-de-giro/33799/> ACESSO EM 27/05/2016. 
 
IMPORTANCIA DO CAPITAL DE GIRO 
<https://meusucesso.com/artigos/financas/qual-e-a-importancia-do-capital-de-giro-
para-a-expansao-da-minha-empresa-31/> ACESSO EM 27/05/2016. 
 
CAPITAL DE GIRO: ENTENDA SUA IMPORTANCIA 
http://www.asseinfo.com.br/blog/capital-de-giro-entenda-o-que-eh-e-importancia/ 
ACESSO EM 27/05/2016. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão financeira: uma abordagem introdutória. 3. ed. 
Barueri, SP: Manole, 2014 
 
NASCIMENTO, André. Gestão do Capital de Giro. São Paulo: Pearson Education 
do Brasil, 2014.

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