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Fontes de Financiamento - Livro Texto Completo

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Prévia do material em texto

Autor: Prof. Sérgio Macedo Oliveira
Colaboradores: Prof. Santiago Valverde
Prof. Jean Carlos Cavaleiro
Prof. Livaldo dos Santos
Fontes de Financiamento
Professor conteudista: Sérgio Macedo Oliveira 
Sérgio Macedo Oliveira é economista (FAAP), professor de História (USP), historiador (USP), pós‑graduado em 
Economia pelo FIPE‑USP e em História Econômica do Brasil pela PUC‑SP, sendo mestre em Educação na área de 
Políticas Públicas pela Universidade Nove de Julho, onde estudou a variação salarial dos professores contratados em 
sistema de Cooperativas de Trabalho com os professores contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Na área financeira permaneceu por mais de trinta anos no Banco do Brasil, onde exerceu o cargo de supervisor 
e gerente administrativo (1976‑1984), analista de custos (1985‑1991), analista de crédito e negociador de créditos 
inadimplidos entre 1991 e 2004, quando se aposentou nessa instituição. Durante seu trajeto como funcionário dessa 
empresa estatal, realizou diversos cursos, sendo os mais importantes: Análise Financeira e Financiamento (FGV – RJ, 
1985), Teoria da Qualidade (UFMG, 1988) e Qualidade de Crédito (FGV – RJ, 1995).
Na área educacional, entre os anos de 1973 e 2001, lecionou em escolas particulares e públicas de 1º e 2º graus, 
em cursos supletivos, regulares e técnicos, vindo a adentrar ao 3º Grau em 1980, como professor de História Econômica 
no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), passando também por várias outras Instituições 
de Ensino Superior, a saber:
– Grupo Educacional Flamingo, (1980‑2007);
– Universidade do ABC (FEC, ABC e UNIABC) (1988‑1989);
– Universidade São Francisco (USF) (1990‑1991);
– Universidade Anhembi Morumbi (UAM) (1992‑2006);
– Faculdades Renascentistas (UNIESP) (2006‑2007);
– Grupo Educacional Carlos Drummond de Andrade (2007‑atual).
Desde 2007 é professor na Universidade Paulista, na área de Gestão Financeira, leciona no curso presencial como 
também na UNIP Interativa. Atualmente é líder da disciplina Fontes de Financiamento.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
O48f Oliveira , Sérgio Macedo 
Fontes de financiamento / Sérgio Macedo Oliveira. – São Paulo: 
Editora Sol, 2013.
148 p. il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2‑014/13, ISSN 1517‑9230.
1. Financiamento. 2. Empréstimo. 3. Capital de giro. I.Título.
CDU 658.14
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona‑Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Carla Regina Moro
 Amanda Casale
Sumário
Fontes de Financiamento
APRESENTAçãO ......................................................................................................................................................9
INTRODUçãO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 DEFINIçõES DE EMPRéSTIMO E FINANCIAMENTO ............................................................................ 11
1.1 Instituições financeiras ...................................................................................................................... 12
1.1.1 Banco do Brasil S.A. (BB) ...................................................................................................................... 12
1.1.2 Caixa Econômica Federal (CEF) .......................................................................................................... 13
1.1.3 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) .................................. 14
2 INTRODUçãO AO CAPITAL DE GIRO E POLíTICA DE CAPITAL DE GIRO...................................... 15
2.1 Introdução ao capital de giro – conceito de capital de giro .............................................. 15
2.2 Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL).................................. 18
2.3 índices financeiros ou de desempenho empresarial – liquidez ......................................... 19
2.3.1 índice de Liquidez Corrente (ILC)...................................................................................................... 19
2.3.2 índice de Liquidez Seca (ILS) .............................................................................................................. 19
2.3.3 Participação das Disponibilidades (PD) .......................................................................................... 20
2.3.4 Participação das Contas a Receber (PCR) ..................................................................................... 20
2.3.5 Participação dos Estoques (PE) .......................................................................................................... 21
2.3.6. índice de Financiamento (IF) ............................................................................................................. 21
2.4 Política de capital de giro de uma empresa .............................................................................. 21
2.4.1 Tradicional ou política liberal de investimentos em ativos circulantes ............................ 22
2.4.2 Política restritiva de investimentos em ativos circulantes .................................................... 22
2.4.3 Política moderada de investimentos em ativos circulantes .................................................. 22
2.4.4 Políticas alternativas.............................................................................................................................. 22
2.4.5 Políticas de crédito de curto prazo .................................................................................................. 23
2.5 Necessidade de Capital de Giro (NCG) ......................................................................................... 24
2.5.1 Cálculo com base no ciclo financeiro da empresa .................................................................... 24
2.5.2 Cálculo com base no Balanço Patrimonial da empresa .......................................................... 24
2.5.3 Efeito tesoura ........................................................................................................................................... 25
2.6 Administração do capital de giro ................................................................................................... 30
2.6.1 Reserva de capital de giro ................................................................................................................... 30
2.6.2 Redução da necessidade de capital de giro dentro do ciclo financeiro ........................... 30
2.6.3 Controle da inadimplência .................................................................................................................. 31
2.6.4 Controle das dívidas e de financiamento de terceiros ............................................................ 32
2.6.5 Alongamento do perfil das dívidas ..................................................................................................32
2.6.6 Redução de custos ................................................................................................................................. 32
2.6.7 Substituição de passivos ...................................................................................................................... 33
2.6.8 A solução definitiva para administração do capital de giro para uma empresa .......... 34
Unidade II
3 COMO AUTOFINANCIAR O CAPITAL DE GIRO DAS EMPRESAS COM 
RECURSOS PRóPRIOS ....................................................................................................................................... 39
3.1 Aumento de capital por parte dos sócios .................................................................................. 39
3.2 Aumento no número de sócios ...................................................................................................... 39
3.3 Obter junto a fornecedores maiores prazos para pagamento de compras .................. 40
3.4 Crescimento da empresa – autogestão – investimento ....................................................... 40
3.4.1 Modelo de crescimento empresarial para autofinanciamento de capital de
giro de Donaldson (1984) ............................................................................................................................... 41
3.4.2 Modelo alternativo: Brito/Brito e Sousa (EAD/FEA/USP) – modelo alternativo ............ 42
3.5 Outros modelos de autofinanciamento de empresas ............................................................ 43
3.5.1 Distribuição de dividendos .................................................................................................................. 43
3.5.2 Geração de poupança ........................................................................................................................... 44
3.5.3 Retenção de lucros ................................................................................................................................. 44
3.6 Vantagens e desvantagens do autofinanciamento ................................................................ 44
3.6.1 Vantagens do autofinanciamento ................................................................................................... 44
3.6.2 Desvantagens do autofinanciamento ............................................................................................ 45
3.7 Determinação dos indicadores da capacidade de autofinanciamento: CCL e 
o uso da Doar ................................................................................................................................................ 45
4 ESTRUTURA DE CAPITAL, CLASSIFICAçãO DO CAPITAL DE GIRO E CICLOS 
OPERACIONAIS ..................................................................................................................................................... 48
4.1 Estrutura de capital ............................................................................................................................. 48
4.1.1 Estrutura convencional ........................................................................................................................ 48
4.1.2 Estrutura de capital – análise dinâmica ........................................................................................ 48
4.2 Classificação do capital de giro ...................................................................................................... 51
4.3 Ciclos operacionais .............................................................................................................................. 51
4.3.1 Ciclo Operacional Total (COT) ............................................................................................................. 54
4.3.2 Ciclo Econômico (CE)............................................................................................................................. 54
4.3.3 Ciclo Financeiro (CF) .............................................................................................................................. 54
4.3.4 índices Operacionais .............................................................................................................................. 55
4.4 Equilíbrio, liquidez, duration e risco ............................................................................................. 56
4.4.1 Equilíbrio .................................................................................................................................................... 56
4.4.2 Liquidez ....................................................................................................................................................... 57
4.4.3 Duration (duração do tempo para recebimento de juros) ..................................................... 58
4.4.4 Risco ............................................................................................................................................................. 60
4.5 Autofinanciamento com recursos próprios no longo prazo – subscrições
de ações e debêntures ............................................................................................................................... 63
4.5.1 Ações ............................................................................................................................................................ 63
4.5.2 Debêntures ................................................................................................................................................ 67
Unidade III
5 IDENTIFICAçãO DAS FONTES DE FINANCIAMENTOS NãO PRóPRIOS ....................................... 72
5.1 Empréstimos com garantia em curto prazo .............................................................................. 72
5.1.1 Caução de duplicatas a receber ........................................................................................................ 72
5.1.2 Factoring de duplicatas a receber .................................................................................................... 73
5.1.3 Estoque como colateral ........................................................................................................................ 73
5.1.4 Empréstimos com alienação fiduciária .......................................................................................... 73
5.1.5 Empréstimos com Certificado de Armazenagem ...................................................................... 73
5.2 Financiamento (longo prazo) .......................................................................................................... 74
5.2.1 Custo do financiamento em longo prazo ..................................................................................... 75
5.2.2 Risco financeiro do tomador.............................................................................................................. 75
5.2.3 Custo básico do dinheiro ..................................................................................................................... 75
5.3 Fontes de financiamentos, garantias, custos financeiros e métodos 
de amortização. ............................................................................................................................................ 76
5.3.1 Garantias do Sistema Financeiro Nacional................................................................................... 76
5.3.2 Custos financeiros .................................................................................................................................. 77
5.3.3 Métodos de amortização: sistemas de amortização de empréstimos 
e financiamentos ............................................................................................................................................... 77
6 FONTES DE FINANCIAMENTO NO CURTO E MéDIO PRAzO: PRODUTOS BANCáRIOS ......... 82
6.1 Produtos bancários ..............................................................................................................................82
6.1.1 Factoring .................................................................................................................................................... 83
6.1.2 Hot money ................................................................................................................................................. 86
6.1.3 Conta garantida ...................................................................................................................................... 87
 6.1.4 Descontos de duplicatas ou notas promissórias ....................................................................... 89
6.1.5 Vendor Finance ........................................................................................................................................ 90
6.1.6 Compror finance ..................................................................................................................................... 90
6.2 Financiamento: crédito e cobrança, adimplência, manutenção e 
inadimplência (controle) ........................................................................................................................... 91
6.2.1 Crédito e cobrança – estrutura ......................................................................................................... 91
6.2.2 Adimplência e manutenção do crédito ......................................................................................... 99
6.2.3 Inadimplência financeira ...................................................................................................................103
Unidade IV
7 FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAzO – CAPITAL FIXO – BNDES E CRéDITO 
AGROPECUáRIO: BRASIL RURAL ................................................................................................................112
7.1 Produtos .................................................................................................................................................112
7.1.1 Produtos em geral ................................................................................................................................ 112
7.1.2 Indústria ...................................................................................................................................................113
7.1.3 Comércio, serviços e turismo ........................................................................................................... 115
7.2 Financiamento agrícola e agropecuário – crédito rural – Banco Central 
do Brasil (Bacen) .........................................................................................................................................116
8 FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAzO .............................................................................124
8.1 Exportação – BNDES .........................................................................................................................124
8.1.1 Financiamento a exportação – produtos ................................................................................... 124
8.1.2 Desconto de títulos cambiais .......................................................................................................... 126
8.1.3 Financiamento com títulos emitidos pelo exportador ......................................................... 126
8.2 Fontes de financiamento de longo prazo – importação – BNDES e outros bancos .......... 127
8.2.1 BNDES – importação de bens de capital – BNDES Finem ................................................... 127
8.2.2 Finamim – BNDES ................................................................................................................................ 128
8.2.3 Finimp– Banco do Brasil ................................................................................................................... 128
8.2.4 Banco Itaú/ Unibanco ........................................................................................................................ 128
8.2.5 HSBC ......................................................................................................................................................... 129
8.2.6 Bradesco – financiamento/refinanciamento de importação ............................................. 130
8.2.7 Banco do Nordeste .............................................................................................................................. 130
8.3 Modelo externo – Eximbank: financiamentos alternativos e outros ............................131
8.3.1 Eximbank ..................................................................................................................................................131
8.3.2 Banco Mundial ...................................................................................................................................... 135
8.3.3 Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) ............................... 136
9
APreSentAçãO
De acordo com o Plano Pedagógico do Curso Superior Tecnológico de Gestão Financeira da 
Universidade Paulista (UNIP), os objetivos da disciplina Fontes de Financiamento são:
• analisar e identificar a necessidade de financiamento para o capital de giro de uma empresa, 
verificando os custos e as despesas;
• conhecer, analisar e identificar a melhor fonte de financiamento a curto, médio e longo prazo, como 
o autofinanciamento dessa empresa, sua política de crédito e a possibilidade do financiamento 
bancário.
No prosseguimento do conteúdo anteriormente explicitado, sempre de acordo com o Plano 
Pedagógico da Instituição, torna‑se importante munir o aluno de ferramentas para poder realizar as 
seguintes tarefas:
• levantar o valor do capital de giro para operacionalizar a empresa e a verificação da necessidade 
de captação de financiamento para compor o capital de giro;
• identificar os custos e despesas das fontes de financiamento;
• analisar a viabilidade de financiamento para o capital de giro, empréstimos bancários e 
financiamentos de curto e longo prazo, via sistema bancário privado e público (BNDES), nacional 
e internacional.
IntrOduçãO
Olá aluno,
O objetivo deste livro‑texto de Fontes de Financiamento é demonstrar como as empresas podem 
administrar seu capital de giro para financiar novos projetos no curto, médio e longo prazo.
Para tal, as empresas devem ter em mente a elaboração de um Plano de Negócios bem estruturado, 
no qual deverá ficar patente qual das três formas de financiamento será adotada nesse projeto.
No curto prazo, a empresa, por meio dos recursos contábeis e analíticos de controle e de análise 
financeira, deverá identificar a possibilidade de utilizar o capital próprio na administração de capital 
de giro. Dada à impossibilidade de contar com esse tipo de capital, sempre que for constatada a sua 
necessidade, a empresa deverá recorrer a outra forma de financiamento, isto é, procurar no mercado 
empréstimos denominados de produtos bancários no curto prazo.
No médio e longo prazo, a empresa pode se autofinanciar por meio de abertura de capital no mercado 
de capitais ou mesmo recorrer à expedição de debêntures para essa capitalização.
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No longo prazo, a empresa pode procurar formas de financiamento de terceiros, recorrendo a 
financiamento na área de crédito público e privado no mercado financeiro.
Dessa maneira, pretendemos contemplar essas três formas de financiamento que o livro‑texto irá 
desenvolver de uma forma simples e direta, procurando demonstrar as diversas fontes de financiamento 
com as quais uma empresa pode trabalhar.
Assim, dividimos esse livro‑texto em quatro unidades. Na primeira unidade observaremos a 
diferenciação entre Empréstimo e Financiamento; também procederemos a um exame das principais 
instituições financeiras públicas do país que processam esses empréstimos/financiamentos. Para encerrar 
a primeira unidade,estudaremos a noção de capital de giro.
Na segunda unidade, estudaremos o capital de giro em seu autofinanciamento, bem como a estrutura 
de capital da empresa e seus ciclos operacionais.
Na terceira unidade, abordaremos a identificação das fontes de financiamentos não próprios de uma 
empresa: empréstimos e financiamentos bancários, bem como garantia e produtos da área financeira.
Na quarta e última unidade do livro‑texto, abordaremos as fontes de financiamento de longo prazo, 
desde capital fixo, passando pelo modelo internacional de exportação e importação.
Agora convidamos você, aluno, a navegar conosco para adentrar em uma empresa e saber qual é sua 
real necessidade de um financiamento. Vamos lá.
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Fontes de Financiamento
Unidade I
1 deFInIçõeS de eMPréStIMO e FInAncIAMentO
Empréstimo é uma operação financeira que procura receber o pagamento do credor no curto 
prazo, tornando‑se diferente do financiamento, cujo pagamento é feito em longo prazo. Além disso, 
no empréstimo, a instituição financeira não se interessa em saber qual será o destino do recurso. No 
financiamento, o recurso que a empresa receber estará vinculado a uma finalidade, ou seja, esse recurso 
tem um fim específico que é previamente conhecido pela instituição financeira, sendo que ele não 
poderá ser utilizado para outro fim.
Existe, então, uma diferença entre empréstimo e financiamento?
Resposta: sim.
Empréstimo é uma operação bancária destinada ao atendimento de necessidades dos clientes, sem 
destinação específica. Pode ser usado, por exemplo, para custear insuficiências de caixa, pagamentos 
de despesas diversas, cobertura de saldos devedores em bancos, suprimento de caixa para cobertura 
de folha de pagamento, cobertura de saldos devedores para cheques especiais empresariais (Conta 
Garantida) etc.
Financiamento é uma operação bancária com destinação específica em contrato, o que demanda 
garantias, podendo ser: aquisição de bens ou realização de empreendimentos, compra de máquinas e 
equipamentos, financiamento de imóveis e edificações, reformas, custeio de safra agrícola (crédito rural) 
etc.
A empresa, ao fazer um Financiamento, solicita recursos para uma instituição financeira para que possa 
adquirir alguma coisa ou fazer algum serviço ou obra. Empresas e pessoas podem pedir financiamento 
para instituições financeiras legalmente autorizadas a operar no setor de Crédito. A instituição financeira 
que financia a compra de alguma coisa irá cobrar juros sobre a quantia financiada. Esses juros são um 
percentual cobrado para remunerar ou recompensar a instituição por ter disponibilizado o recurso.
Quando a empresa financia recursos da instituição financeira, cria uma dívida. Normalmente, essa 
dívida tem data certa para começar e para terminar, que é o prazo do financiamento. Quando a empresa 
toma recursos financiados, assina um contrato, onde fica estabelecido o valor principal da dívida e os 
juros e correções, que deverão ser pagas ao longo do tempo em datas aprazadas.
Como exemplo, temos uma instituição financeira que faz financiamento de casa própria para 
pessoas físicas, a Caixa Econômica Federal. Exemplo: Programa Minha Casa Minha Vida. Outro exemplo 
é a empresa pública denominada de BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a 
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qual financia bens móveis e imóveis em curto, médio e longo prazo. Exemplos: máquinas, equipamentos 
(Sistema FINAME), edificações etc. No mesmo seguimento, temos o Banco do Brasil, um banco de 
economia mista (governo + iniciativa privada) e que possui o programa Brasil Rural, responsável pelo 
financiamento de grande parte do investimento agropecuário no Brasil.
Temos também a modalidade de financiamento denominada leasing, que é um arrendamento 
mercantil, ou seja, uma espécie de aluguel de máquinas e equipamentos praticado pelas instituições 
financeiras. No final do contrato, se a empresa liquidar as contraprestações poderá ficar com o bem; do 
contrário, terá de devolvê‑lo para instituição de arrendamento mercantil.
No Brasil, todas as instituições financeiras denominadas bancos podem realizar empréstimo e 
financiamento. O empréstimo é mais realizado pelos bancos privados na modalidade de até doze meses. 
O financiamento no Brasil tem por conta, desde o início de seu negócio, a configuração de agente 
público. São empresas e entidades públicas e mistas que praticam há mais de um século o serviço de 
financiamento.
Para entendermos melhor essa configuração do financiamento, iremos explanar estas instituições: 
Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social).
 Lembrete
A diferença entre empréstimo e financiamento reside em que o 
empréstimo não tem objeto definido, sendo que o financiamento o tem e 
solicita como garantia bens móveis e imóveis.
1.1 Instituições financeiras
1.1.1 Banco do Brasil S.A. (BB)
Com mais de 200 anos, o Banco do Brasil foi fundado em 15 de outubro de 1808, pelo então rei 
de Portugal, D. João VI, numa época em que havia apenas três bancos emissores no mundo, na Suécia, 
na França e na Inglaterra. Surgiu com a finalidade de aumentar o numerário existente para suprir a 
escassez de moedas, pois o processo de mineração estava em declínio e, com a abertura dos portos, as 
atividades comerciais se intensificavam. As despesas com a família real e sua corte, recém‑chegadas 
ao Brasil, também exigiam um montante maior de moedas. Após a abolição da escravatura, em 1888, 
o Banco do Brasil foi o primeiro a abrir linhas de crédito para que os fazendeiros pudessem recrutar os 
imigrantes europeus.
Em 1906, no Congresso de Taubaté, tornou‑se a instituição de maior financiamento nos negócios do 
café. Em 1937, o Presidente Getúlio Vargas criou o CREAI – Crédito Agrícola Industrial, que passou a ser 
administrado pelo Banco do Brasil de tal modo que, após 1964, este se converteu no maior banco rural 
do mundo, posição que ocupou até 1986, financiando projetos destinados a uma produção agrícola 
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Fontes de Financiamento
que se restringia a gêneros alimentícios destinados à exportação. Com a reforma bancária, em 1965, 
tornou‑se “Instrumento de Execução da Política Creditícia e Financeira do Governo Federal”.
Hoje o BB é o maior agente de empréstimo e financiamento do BNDES e responsável pelo crédito 
agropecuário, denominado Brasil Rural, tendo como produto diferenciado a Poupança Verde, um fundo 
investidor de financiamento na agropecuária e na agroindústria brasileira. Vale também ressaltar o FIES, 
Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior, em que estudantes de instituições privadas 
de ensino superior são beneficiados com a prática de juros baixos. O Banco do Brasil faz por excelência 
a política de empréstimos e financiamento fornecendo também outros produtos como Banco Múltiplo:
– pessoas físicas: crédito imobiliário e outros tipos de empréstimos;
– pessoas jurídicas: cheque especial (conta garantida), capital de giro, antecipação de recebíveis, 
financiamento (próprio) para ampliar, reformar ou modernizar empresas, leasing, leasing financeiro 
e leasing imobiliário para aquisição de imóveis para instalação da sede administrativa, linha de 
produção ou loja comercial.
Figura 1
1.1.2 Caixa Econômica Federal (CEF)
A Caixa Econômica Federal é uma instituição financeira, sob a forma de empresa pública do governo 
federal brasileiro. é um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda e integra o Sistema Financeiro Nacional, 
auxiliado pela política de crédito do Governo.
Criada em 1861, pelo Imperador D. Pedro II, com o nome de Caixa, teve como propósito inicial 
conceder empréstimos a pessoas fisicas. Desde a criação do BNH (Banco Nacional de Habitação) em1962, a Caixa foi o principal agente de financiamento para a casa própria e importante programa de 
moradia nos anos 1960, 1970 e 1980. Assumiu o setor de hipoteca imobiliária (Sistema Financeiro de 
Habitação) em 1991, com a desativação do BNH pelo então presidente da República Fernando Collor 
de Mello. Após 2008, tornou‑se o principal agente de Financiamento do Programa da casa própria 
das Classes C e D denominado “Minha Casa Minha Vida”. A CEF tem o monopólio das loterias desde 
o Governo de Dutra (1946‑1950), do penhor para as pessoas físicas e administra mais de 80% da 
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caderneta de poupança das pessoas físicas, a qual é o maior fundo de financiamento para a casa própria 
no Brasil. A CEF administra também o FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço), que serve como 
fundo do trabalhador para, em parte, utilizá‑lo na compra de sua casa própria.
A Caixa Econômica Federal não é um banco, mas sim uma caixa de guarda de valores e empréstimos. 
Todavia, podemos classificá‑la hoje como um banco múltiplo, tendo também diversos produtos bancários 
para pessoas físicas e jurídicas.
Figura 2
1.1.3 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
 Criado em 1952, no segundo Governo de Getúlio Vargas (1950‑1954), com a denominação de 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), teve como meta formular a política nacional 
de desenvolvimento econômico. A partir dos anos 1960, o setor agropecuário e as pequenas e médias 
empresas passaram a contar com linhas de financiamento do BNDES. Em 1971, tornou‑se uma empresa 
pública, passando a investir em informática e microeletrônica. Mudanças políticas e sociais fizeram 
por mudar novamente sua nomenclatura, sendo que, em 1982, passou a chamar‑se Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nos anos de 1990, o BNDES teve papel importante 
na privatização das grandes estatais brasileiras. O Banco foi o órgão responsável pelo suporte 
administrativo, financeiro e técnico do Programa Nacional de Desestatização, iniciado em 1991. Em 
1993, incrementou investimentos em projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro‑Oeste. Em 1995, o 
Banco começou o apoio ao setor cultural, com o investimento na produção de filmes e na preservação 
do patrimônio histórico e artístico nacional. A partir de 2006, passou a investir na economia da cultura, 
com financiamentos para todas as etapas de sua cadeia produtiva.
O BNDES, nos dia de hoje, é o maior financiador de programas de investimentos do país, com 
um elenco de inúmeros produtos, programas e linhas de financiamento que iremos apresentar na 
Unidade IV.
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Figura 3
 Observação
Grande parte dos empréstimos é realizada por bancos múltiplos públicos 
e privados, enquanto as maiores fontes de financiamento no país são 
bancos públicos: BNDES, Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal.
 Saiba mais
Para melhor entender sobre empréstimos e financiamentos, visite os 
sites:
<http://www.bb.com.br>;
<http://www.caixa.gov.br>;
 <http://www.bndes.gov.br>.
2 IntrOduçãO AO cAPItAL de gIrO e POLítIcA de cAPItAL de gIrO
2.1 Introdução ao capital de giro – conceito de capital de giro
As empresas, para administrar seus negócios, utilizam recursos materiais de lenta reposição (imóveis, 
instalações, máquinas, equipamentos), denominados capital fixo ou permanente, conhecidos também 
como imobilizado, e recursos de rápida reposição (dinheiro, disponibilidade bancária, créditos e estoques) 
que formam seu capital circulante ou capital de giro.
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O capital de giro representa, em média, 30 a 40% do total dos ativos de uma empresa. O capital fixo 
ou permanente (imobilizado) tem um peso maior sobre o total dos ativos, atingindo entre 60% e 70% 
da sua composição em estrutura de capital.
 Mesmo com uma menor participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de giro exige 
um esforço do administrador/gestor financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo, pois o 
capital de giro necessita de um acompanhamento permanente, visto que está continuamente sofrendo 
o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa no dia a dia do mercado financeiro.
Já o capital fixo (imobilizado) não exige a mesma atenção, uma vez que os fatos capazes de afetá‑lo 
ocorrem com uma frequência bem menor. Dessa forma, grande parte dos esforços do administrador/
gestor financeiro é voltada para resolução de problemas de capital de giro.
Segundo Hoji (2000, p.109): “capital de giro, também conhecido como capital circulante, corresponde 
aos recursos aplicados em ativos circulantes, que se transformam constantemente dentro do ciclo 
operacional”. Devemos entender que cada momento que o capital de giro sofre alguma mudança positiva 
ou negativa, gera um reflexo contábil e administrativo financeiro.
 Observação
O estudo do capital de giro é relevante para a administração financeira, 
pois as empresas necessitam recuperar todas as despesas e custos financeiros 
para obter o lucro almejado por meio da venda de produtos e serviços.
Sendo assim, o capital de giro é o agente da empresa e podemos denominá‑lo, contabilmente, como 
Ativo Circulante, o qual remunera as operações diárias, representando o investimento na condução 
normal dos negócios. Assim:
Capital de giro = Ativo circulante
O volume de capital de giro utilizado por uma empresa depende de suas vendas, de sua política de 
crédito comercial e do seu nível de estoques.
Para podermos fazer essa administração via empresarial teremos de levar em conta duas condições:
a) O ciclo econômico do negócio: qual é a temporalidade (tempo entre produção, venda e entrega 
do produto).
b) A sazonalidade dos produtos vendidos: os produtos vendidos podem ser sazonais, isto é, vendem 
conforme a época do ano. Exemplo: panetones, ovos de Páscoa, pescados como bacalhau, entre 
outros.
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As condições apresentadas levam as indústrias a concentrar seu capital em necessidades de caixa 
no longo prazo. Já as empresas de comércio necessitam de maior volume de capital de giro, por 
exemplo, contas a receber e estoques, buscando, assim, os financiamentos e empréstimos de curto 
prazo. Já a empresas de serviços dependem das contas a receber, isto é, dependem do curtíssimo 
prazo (45‑60 dias).
O capital de giro necessita de recursos para seu financiamento. Assim, quanto maior for o capital 
de giro, maior será a necessidade de financiamento, seja com recursos próprios, seja com recursos de 
terceiros. Para que isso ocorra, é necessário que a empresa apresente liquidez.
 Lembrete
A base para uma adequada gestão financeira está no estudo e na análise 
contínua do capital de giro das organizações.
A liquidez de uma empresa é a capacidade que ela possui para satisfazer suas obrigações de 
curto prazo, nas datas dos vencimentos de seus compromissos, ou seja, a facilidade com a qual ela 
pode pagar suas contas. Para esse estudo, devemos analisar os índices de liquidez que a empresa 
abrange.
São eles abaixo discriminados:
• Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CGL).
• índice de Liquidez Corrente (ILC).
• índice de Liquidez Seca (ILS).
• Participação das Disponibilidades (PD).
• Participação de Contas a Receber (PCR).
• Participação dos Estoques (PE).
• índice de Financiamento (IF).
Para estudarmos os índices de liquidez empresarial, usaremos como exemplo o Balanço Patrimonial, 
exercício 2010, da empresa Lucas Autopeças Ltda.
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Tabela 1 – Balanço Patrimonial
Empresa Lucas AutopeçasLtda. — ano 2010
Balanço patrimonial
Ativo Passivo
Ativo circulnte Passivo circulante
Caixa 150.000 Fornecedores 150.000
Bancos 150.000 Empréstimos 50.000
Estoque 50.000 Passivo n. circulante
Clientes 50.000 ELP 100.000
Total do A. C. 400.000 Patrimônio líquido
Não circulnte Capital social 300.000
Imobilizado 300.000 Lucros 100.000
Total do Ativo 700.000 Total do Passivo 700.000
2.2 capital de giro Líquido (cgL) ou capital circulante Líquido (ccL)
Também chamado de Capital Circulante Líquido (CCL), corresponde à diferença entre o Ativo 
Circulante e o Passivo Circulante. Representa a liquidez da empresa e demonstra a sua capacidade de 
gerenciar as relações com fornecedores e clientes. Logo:
Capital de Giro Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Ex: CGL ou CCL = 400.000,00 – 200.000,00 = 200.000,00
O Ativo Circulante representa as disponibilidades da conta Caixa e da conta Bancos, mais recebimento 
de clientes dentro do exercício contábil. Já o Passivo Circulante representa as obrigações junto a 
fornecedores a curto prazo (menos de 360 dias).
Quando o valor do Ativo Circulante é maior que do Passivo Circulante, significa que a 
empresa possui CGL ou CCL positivo. Nesse caso, o CGL ou CCL representa que as contas 
do Ativo Circulante estão financiadas pelo Passivo Não Circulante (Exigível a Longo Prazo 
e Patrimônio Líquido), os quais ultrapassam as necessidades de financiamento dos ativos 
permanentes (imobilizado).
Quando o valor do Ativo Circulante for menor que o do Passivo Circulante, significa que a empresa 
possui CGL ou CCL negativo. Nesse caso, o CGL ou CCL representa que o ativo permanente (Imobilizado) 
da empresa está sendo financiado pelo Passivo Circulante (obrigações de curto prazo). Então, é necessário 
o financiamento do Capital de Giro.
Devido às dificuldades de contabilização entre entradas e saídas em uma empresa no Ativo 
Circulante, torna‑se comum o Ativo Circulante ser maior que o Passivo Circulante, sendo que uma 
parte dele é financiada pelo Passivo Não Circulante (ELP). Sabe‑se que, quanto maior for o CGL ou 
CCL de uma empresa, menor será o seu risco, porque sua liquidez reduz a possibilidade de que ela se 
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torne insolvente. Todavia, pode‑se incorrer em um erro comum, dado que um CGL ou CCL muito alto 
acaba significando que obrigações de Longo Prazo (ELP) estão financiando parte do Ativo Circulante. 
Como os custos dos recursos de longo prazo são mais altos que os de curto prazo, a empresa poderá ter 
problemas financeiros no futuro.
2.3 índices financeiros ou de desempenho empresarial – liquidez
2.3.1 Índice de Liquidez Corrente (ILC)
Indica a capacidade da empresa para liquidar seus compromissos financeiros no curto prazo (até 360 
dias). O índice demonstra a relação entre Ativo Circulante e Passivo Circulante e deve ser sempre maior 
que 1, isto é, quanto maior for o índice, melhor a situação financeira da empresa.
ILC = Ativo Circulante/Passivo Circulante
Esse índice considera todos os valores incluídos no Ativo Circulante, não fazendo a diferenciação 
sobre a qualidade dos componentes desse ativo. Dessa forma, atribui aos estoques a mesma liquidez 
das contas: caixa, bancos e aplicações financeiras de curto prazo, ou seja, os estoques, em caso de 
necessidade, devem ser vendidos e transformados em dinheiro.
Exemplo:
Ativo Circulante = R$ 400.000,00
Passivo Circulante = R$ 200.000,00
Então, ILC = 400.000,00/200.00,00 => 2,00 ou 100%
A empresa poderia reduzir em até 100% o seu Ativo Circulante que o Passivo Circulante seria coberto 
pelo Capital de Giro.
2.3.2 Índice de Liquidez Seca (ILS)
Indica a capacidade da empresa em liquidar seus compromissos financeiros de curto prazo, 
considerando no Ativo Circulante as contas: Caixa, Bancos e Contas a Receber (clientes), não levando 
em consideração a conta Estoques.
índice de Liquidez Seca = (Ativo Circulante − Estoques)
 Passivo Circulante
Exemplo:
ILS = 400.000,00 – 50.000,00 / 200.000,00 = 1,75
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Comentários: esse índice deverá ser sempre maior que 1,00 para que a empresa tenha certa folga 
nos pagamentos das obrigações de curto prazo. No exemplo anterior, a empresa apresenta certa folga 
para suas obrigações.
Esse índice dependerá do setor em que a empresa atua e de suas características operacionais. Como 
exemplo, se uma empresa tiver forte sazonalidade em suas vendas, terá um índice de liquidez seca baixo, 
devendo manter altos volumes de estoques. Essa condição apresentada não denota sinais de ameaça 
para seu quadro financeiro.
2.3.3 Participação das Disponibilidades (PD)
Esse índice indica a quantidade de participação das disponibilidades financeiras (caixa, bancos, 
aplicações financeiras de curto prazo) na estrutura do giro da empresa.
Participação das disponibilidades = Disponibilidades
 Ativo Circulante
Exemplo:
PD: 300.000,00 / 400.000,00 = 0,75, ou seja, 75% representam a disponibilidade da empresa Lucas 
Auto Peças Ltda.
Comentários: a empresa apresenta certa liquidez para seus compromissos de curto prazo devido ao 
montante de suas disponibilidades.
2.3.4 Participação das Contas a Receber (PCR)
Esse índice indica a participação das contas: Duplicatas a Receber, Contas a Receber ou Clientes da 
empresa sobre o Ativo Circulante. Quando o índice é muito alto, indica uma política de crédito agressivo 
a terceiros ou forte inadimplência dos clientes.
Participação das contas a receber = Contas a Receber
 Ativo Circulante
Exemplo:
PCR: 50.000,00 / 400.000,00: 0,125 ou 12,5 %
Comentários: o índice apresentado pela empresa mostra uma alternativa inteligente, pois os 
recebimentos de terceiros no curto prazo representam 12,5%. Assim, não compromete a liquidez da 
empresa com seus compromissos de curto prazo, tendo bons clientes que não margeiam a inadimplência 
financeira.
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2.3.5 Participação dos Estoques (PE)
Esse índice representa o saldo dos estoques em relação ao Ativo Circulante da empresa. Um índice 
muito expressivo significa alto investimento em estoques.
Participação dos estoques = Estoques 
 Ativo Circulante
Exemplo:
PE: 50.000,00 / 400.000,00: 0,125 ou 12,5 %
Comentários: a empresa não apresenta um alto índice em estoques, pois estoques são realizáveis que 
dependem do pagamento de clientes/terceiros. Como já foi dito, um índice muito expressivo significa 
que a empresa não está vendendo ou mesmo que seu estoque está sucateado.
2.3.6. Índice de Financiamento (IF)
Esse índice indica o quanto do percentual do Capital de Giro está suportado por empréstimos 
bancários e financiamentos de curto prazo. Um índice baixo pode indicar que a empresa está utilizando 
financiamento dos fornecedores. índices altos significam o uso excessivo de linhas de crédito bancário.
Índice de Financiamento = Empréstimos + Financiamentos + Encargos Fin.
 Ativo Circulante
Exemplo:
IF: 50.000,00 / 400.000,00 = 01,25 ou 12,5 %
Comentários: a empresa apresenta índices médios de financiamento de terceiros e o seu capital de 
giro está financiado pelas suas disponibilidades (Ativo Circulante).
2.4 Política de capital de giro de uma empresa
Agora, iremos estudar a Política de Capital de Giro das empresas.
Segundo Brigham (2001, p. 561), “a política de capital de giro se refere às políticas da empresa com 
respeito a níveis desejados de cada categoria de ativos correntes e como os ativos circulantes serão 
financiados”.
Dessa forma, existem dois pontos que devem ser estudados:
1 – Como os ativos circulantes deveriam ser financiados?
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2 – Qual o nível adequadodos ativos circulantes?
Dentre as políticas de investimento de ativos circulantes, temos as que expomos a seguir.
2.4.1 Tradicional ou política liberal de investimentos em ativos circulantes
Segundo Santos (2000, p. 54):
é a política sob a qual quantias relativamente grandes de caixa, títulos 
negociáveis e estoques são mantidos e em que as vendas são estimuladas 
por uma política de crédito liberal, resultando em alto nível de contas a 
receber.
é considerada uma linha de maior aceitação entre empresas.
2.4.2 Política restritiva de investimentos em ativos circulantes
De acordo com Weston e Brigham (2000, p. 385): “é a política sob a qual a posse de dinheiro, títulos, 
estoques e contas a receber é minimizada”.
2.4.3 Política moderada de investimentos em ativos circulantes
Segundo Weston e Brigham (2000, p. 385): “é a política que se situa entre as políticas liberal e 
restritiva”.
2.4.4 Políticas alternativas
2.4.4.1 Política de abordagem de equiparação de vencimentos (maturity matching)
é a política na qual os vencimentos de ativos e passivos são equiparados, sendo considerada uma 
diretriz moderada. Não podemos esquecer que não existe a equiparação exata de vencimentos, já que 
ocorre incerteza na vida dos ativos e quando o capital próprio é utilizado não possui vencimento.
Temos como exemplo dessa incerteza quando uma empresa financia seus estoques por meio de 
empréstimo de curto prazo, com o objetivo de comercializá‑los e utilizar o caixa gerado para saldar esse 
respectivo empréstimo. Se as vendas forem baixas, o caixa pode não se realizar e a utilização do crédito 
de curto prazo pode causar um problema financeiro.
2.4.4.2 Política agressiva
Prevê a maior utilização da dívida de curto prazo para financiamento dos ativos circulantes 
permanentes e imobilizados.
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2.4.4.3 Política conservadora
Prevê a menor utilização da dívida de curto prazo para financiamento dos ativos circulantes 
permanentes e alguns temporários.
2.4.5 Políticas de crédito de curto prazo
De acordo com Assaf Neto (2003, p. 89): “o uso do crédito de curto prazo é geralmente mais arriscado 
do que o uso do crédito de longo prazo”.
Apesar de ser mais arriscado, o uso do crédito de curto prazo apresenta suas vantagens e desvantagens, 
como veremos a seguir.
2.4.5.1 Flexibilidade
As empresas acreditam que suas necessidades de recursos diminuirão em curto prazo, devendo 
escolher uma dívida em função da flexibilidade gerada por elas. Nesse caso, os acordos de crédito de 
curto prazo são menos onerosos do que os de longo prazo.
2.4.5.2 Velocidade
Os empréstimos de curto prazo são adquiridos de forma mais rápida do que o crédito de longo 
prazo, pois os bancos exigem uma análise financeira mais completa antes de aceitar esse segundo tipo 
de empréstimo.
2.4.5.3 Taxa de juros
As taxas de juros dos empréstimos de curto prazo são, na maioria das vezes, mais baixas do que as 
taxas de juros de longo prazo (exceto no financiamento público).
2.4.5.4 Risco extra (desvantagem)
Nessa situação, o financiador pode requerer o pagamento imediato e o custo do empréstimo pode 
elevar‑se no caso de aumento nas taxas de juros.
 Saiba mais
Como financiar Capital de Giro (Sebrae): <http://www.sebraesp.com.
br/TenhoUmaEmpresa/PodCast/Paginas/Financiamentoparacapitaldegiro.
aspx>.
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2.5 necessidade de capital de giro (ncg)
A Necessidade de Capital de Giro (NCG) representa os valores investidos em ativos operacionais, 
estoques e créditos com clientes, cujo valor pode ser obtido por meio da diferença entre o Ativo 
Circulante Operacional (ACO) e o Passivo Circulante Operacional (PCO).
Ativo Circulante Operacional (ACO): compreende as aplicações de recursos em contas que estejam 
relacionadas com atividades de compras, transformação e vendas. Ou seja, está relacionado com o ciclo 
operacional da empresa (clientes, duplicatas a receber, estoques, adiantamentos a fornecedores etc.).
Passivo Circulante Operacional (PCO): compreende as contas que identificam os financiadores 
da atividade da empresa, constituindo fontes de recursos (fornecedores, salários e encargos a pagar, 
impostos sobre vendas a recolher), não compreendendo empréstimos bancários de curto prazo.
Fórmula: NCG = ACO – PCO
Um grande volume de capital de giro poderá ser desviado e aplicado nos ativos permanentes da 
empresa. Deste modo, um capital de giro muito reduzido restringirá a capacidade operacional e as 
vendas da empresa.
 A necessidade de capital de giro pode ser estimada de dois modos:
• com base no ciclo financeiro;
• com utilização dos demonstrativos contábeis (Balanço Patrimonial).
2.5.1 Cálculo com base no ciclo financeiro da empresa
Esse método deve ser empregado em novas empresas com implantação recente, pois ainda não irão 
dispor de demonstrativos contábeis. A necessidade de capital de giro corresponde ao caixa operacional, 
ou seja, ao montante mínimo de recursos financeiros necessários para garantir o ciclo operacional de 
uma empresa.
2.5.2 Cálculo com base no Balanço Patrimonial da empresa
Para se calcular a NCG de uma empresa com base em seu balanço patrimonial, é necessário que se 
reclassifiquem algumas contas tanto do ativo como do passivo.
Passa‑se a considerar o balanço patrimonial da seguinte maneira:
Ativo Não Circulante (ANC) – formado pelos itens de longo prazo do ativo. Seu valor é igual à 
soma dos seguintes itens: realizável em longo prazo, investimento, imobilizado e diferido.
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Ativo Operacional (AO) – formado pelos recursos utilizados nas operações do ciclo operacional da 
empresa. é composto por: duplicatas a receber, estoques e outros valores a receber.
Ativo Flutuante (AF) – formado de itens de curtíssimo prazo do ativo circulante que possuem 
natureza transitória como caixa, bancos e aplicações financeiras de curto prazo.
Passivo Não Circulante (PNC) – formado pelas contas de longo prazo do passivo e representa a 
fonte permanente de recursos financeiros da empresa. é igual à soma do exigível a longo prazo (ELP) 
com o patrimônio líquido.
Passivo Operacional (PO) – formado pelas contas do passivo vinculadas ao ciclo operacional da 
empresa, tais como fornecedores, salários, encargos, impostos, taxas e contas a pagar.
Passivo Flutuante (PF) – formado pelos itens de curtíssimo prazo do passivo circulante que não 
têm vinculação direta com as operações da empresa. São eles: empréstimos, financiamentos e outras 
obrigações financeiras de curto prazo.
A fórmula de cálculo da necessidade de capital de giro (NCG) é:
NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional
O capital de giro líquido (CGL) calculado com base nessa reclassificação de contas será:
CGL = Passivo não circulante – Ativo não circulante
O resultado será o mesmo se for usada a fórmula:
CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante
2.5.3 Efeito tesoura
é o descontrole no crescimento das obrigações de curto prazo da empresa. Ocorre quando as 
disponibilidades (saldo de Tesouraria) crescem em nível superior à necessidade de Capital de Giro. A 
necessidade de Capital de Giro (NCG) cresce a uma taxa superior ao Capital Circulante Líquido (CCL) da 
empresa. Representa a fragilização das condições de solvência de uma empresa.
O efeito tesoura pode ser caracterizado pelo seguinte indicador:
Efeito Tesoura = T / NCG
Se o índice crescer negativamente, em exercícios seguidos, teremos caracterizado o Efeito Tesoura.
Exemplo:
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Tabela 2 – Efeito Tesoura
ANO T NGC T/NGC
2002 500 900 0,55
2003 (500) 900 (0,27)
2004 (1500) 2000 (0,65)
 Observação
As possíveis causas do Efeito Tesoura são as seguintes: crescimentodas 
vendas nominais (por inflação ou crescimento real) a taxas muito elevadas; 
endividamento de perfil de retorno inadequado; imobilização excessiva; 
prejuízos; distribuição excessiva de dividendos; relação NCG/Vendas crescendo 
em ritmo maior que a relação Autofinanciamento/Vendas; e altas taxas de juros.
Examinaremos agora dois gráficos que caracterizam o Efeito Tesoura:
T(‑)
1
CDG NCDG
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Figura 4 – Efeito tesoura
Sejam CDG, Capital de Giro e NCDG, Necessidade de Capital de Giro.
Podemos ver na linha azul do gráfico o efeito Tesoura caracterizado por T (‑), abaixo da linha vermelha.
 
NIG
T>0 T<0
CCL
Tempo (anos)
R$
Figura 5 – Efeito tesoura
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Nesse gráfico, fica caracterizado o Efeito Tesoura após a intersecção das duas linhas: NIG (Necessidade 
de Investimento em Giro) ou NCG (Necessidade de Capital de Giro) e CCL (Capital Circulante Líquido), 
onde T é menor que zero.
Outra forma de calcular o efeito tesoura (ET) seria: o valor do capital de giro líquido excede a 
necessidade de capital de giro. Tal valor corresponde ainda à diferença entre o Ativo Flutuante (AF) e o 
Passivo Flutuante (PF). Assim, têm‑se as seguintes fórmulas para seu cálculo:
CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Efeito Tesoura = Ativo Flutuante – Passivo Flutuante
Ou
Efeito Tesoura = CGl – NCG
Exemplo: calcular a necessidade de capital de giro, o capital de giro líquido e o efeito tesoura com 
base no balanço patrimonial da empresa a seguir.
Empresa Dummont Ltda. Ano 2011.
Tabela 3 – Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Caixa 100 Fornecedores 1.000
Bancos 900 Salários a pagar 2.000
Aplic. Financeiras 2.000 Encargos a pagar 1.000
Contas a receber 3.000 Impostos e taxas 1.000
Estoques 3.900 Empréstimos 2.000
Outros valores a rec. 100 Exigível a longo prazo 4.000
Realizável a longo prazo 2.000 Capital 7.500
Investimentos 2.000 Reservas 1.000
Imobilizado 5.500 Lucros acumulados 500
Diferido 500
Total do ativo 20.000 Total do passivo 20.000
Reclassificando‑se o Balanço Patrimonial, temos:
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Tabela 4 – Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Caixa 100 Fornecedores 1.000
Bancos 900 Salários a pagar 2.000
Aplic. Financeiras 2.000 Encargos a pagar 1.000
Ativo flutuante 3.000 Impostos e taxas 1.000
Passivo operacional 5.000
Contas a receber 3.000
Estoques 3.900 Empréstimos 2.000
Outros valores a rec. 100 Passivo circulante passivo flutuante
7.000
2.000
Ativo operacional 7.000
Ativo circulante 10.000 Exigível a longo prazo 4.000
Realizável a longo 2.000 Capital 7.500
Investimentos 2.000 Reservas 1.000
Imobilizado 5.500 Lucros acumulados 500
Diferido 500 Passivo não circulante 13.000
Ativo não circulante 10.000
Total do ativo 20.000 Total do passivo 20.000
Cálculo da Necessidade de Capital de Giro (NCG)
NCG = AO – PONCG = 7.000 – 5.000
NCG = 2.000
Cálculo do Capital de Giro Líquido (CGL)
CGL = PNC – ANC
CGL = 13.000 – 10.000
CGL = 3.000
Ou
CGL = AC – PC
CGL = 10.000 – 7.000
CGL = 3.000
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Fontes de Financiamento
Cálculo do Efeito Tesoura (ET)
ET = CGL – NCG
ET = 3.000 – 2.000
ET = 1.000
Ou
ET = AF – PF
ET = 3.000 – 2.000
ET = 1.000
Cálculo da necessidade do capital de giro, segundo método do Sebrae
A necessidade de capital de giro da empresa é calculada das formas a seguir descritas.
Por meio do saldo das contas no Balanço Patrimonial
NCG = Valor das Contas a Receber + Valor em Estoque – Valor das Contas a Pagar.
Exemplo: Contas a Receber: R$ 25.000,00 + Estoques R$ 40.000,00 – Contas a Pagar R$ 35.000,00 
= Necessidade Capital de Giro: R$ 30.000,00.
Através do Ciclo Financeiro
(Prazo Médio de Estoques + Prazo Médio de Recebimentos + Prazo Médio de Pagamentos).
NCG = Ciclo Financeiro x Valor das Vendas por Dia PM Recebimentos 30 dias + PM Estoques 45 dias 
– PM Pagamentos 35 dias = Ciclo Financeiro: 40 dias
Vendas por dia: R$ 750,00 = Necessidade Capital de Giro: R$ 30.000,00 (R$ 750,00 x 40 dias).
 Saiba mais
A escolha por um dos métodos depende das necessidades do momento. 
O cálculo, por meio do ciclo financeiro, possibilita mais facilmente prever a 
necessidade de capital de giro em função de uma alteração nas políticas de 
prazos médios ou no volume de vendas.
Entre no site do Sebrae e procure por “necessidade de capital de giro”: 
<http://www.sebrae.com.br>.
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2.6 Administração do capital de giro
Estudaremos agora como administrar o capital de giro existente na empresa pelo autofinanciamento, 
ainda sem procurar outra forma: financiamento de terceiros.
A gestão do capital de giro de uma organização tem por objetivos proteger e utilizar de forma 
eficaz os recursos financeiros da empresa. Busca, também, manter certo grau de liquidez para que a 
organização consiga cumprir seus compromissos, abrangendo as decisões de:
• planejamento: previsão das necessidades de recursos financeiros para todos os tipos de operações 
e atividades;
• financiamento: identificação e escolha de alternativas de fontes de recursos;
• controle: acompanhamento e avaliação dos resultados financeiros da organização;
• investimento: seleção de alternativas para aplicação dos resultados financeiros da organização.
2.6.1 Reserva de capital de giro
O capital de giro é influenciado pelas incertezas inerentes a todo tipo de atividade empresarial. 
Assim sendo, a empresa deve manter uma reserva financeira para enfrentar os eventuais problemas que 
poderão surgir no futuro.
Dessa forma, quanto maior for a reserva financeira contabilizada na manutenção do capital de giro, 
menores serão as possibilidades de problemas financeiros, ou seja, menor será o risco de a empresa 
deixar de honrar suas obrigações no curto prazo.
O gestor financeiro deve buscar um equilíbrio entre o volume necessário à manutenção dessa reserva 
e o valor a ser imobilizado (aplicação no ativo permanente da empresa). A empresa pode aguardar por 
uma recuperação de lucros, mas o capital de giro não. Assim, o Capital de Giro é muito importante. 
Como se diz em um velho ditado da área financeira: “sem o lucro, a empresa fica estagnada ou encolhe, 
agora sem o capital de giro, ela simplesmente desaparece”.
2.6.2 Redução da necessidade de capital de giro dentro do ciclo financeiro
Um curto ciclo financeiro permite maior giro de caixa, que implicará menor necessidade de capital de giro.
O ciclo financeiro de uma empresa depende de três fatores, os quais veremos a seguir.
2.6.2.1 Prazo de pagamento das compras
Os prazos de pagamentos e de recebimentos são determinados pelas condições de mercado. 
Alterações desses prazos devem ser negociadas com fornecedores e clientes.
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2.6.2.2 Prazo de produção ou estocagem
A diminuição do prazo de produção ou estocagem modifica o ciclo financeiro da empresa. Essas 
medidas, mesmo estando fora da área da administração financeira, exigem um esforço das áreas técnicas, 
como a produção e a logística. Várias técnicas podem ser utilizadas para proporcionar o encurtamento 
da etapa de produção ou da logística operacionalizada pela empresa. Podemos destacá‑las abaixo:
• just-in-time: é um sistema de administração desenvolvolvido no Japão após 1960; ele determina 
que tudo deve ser produzido e transportado na hora exata. Confirmado o pedido, inicia‑se a 
produção;
• administração com qualidade total (QTC): é uma técnica administrativa e produtiva 
desenvolvida nos EUA e Japão após 1970, procurando obter o menor custo de produção com a 
melhor qualidade produtiva;
• supply chain management: é um sistema de empresasque procuram entregar seus pedidos 
(produtos e serviços) por meio de uma cadeia organizada para esse fim. O objetivo desse sistema é a 
redução da estocagem com total garantia de que os consumidores não ficarão sem seus produtos.
2.6.2.3 Prazo de recebimento das vendas
O prazo de recebimento de vendas é muito importante para a administração do capital de giro, pois 
se sabe que receber é muito difícil, principalmente quando falamos de mercado financeiro. Todavia, para 
esse fato ser menos problemático, necessitamos criar uma carteira de bons clientes pagadores. Para tal, 
a política de crédito da empresa precisa ser muito criteriosa e responsável.
2.6.3 Controle da inadimplência
A inadimplência dos clientes de uma empresa pode decorrer do quadro econômico geral do país ou 
de fatores internos da própria empresa.
No primeiro caso, a contração geral da atividade econômica e a consequente diminuição da renda 
das famílias e empresas levam ao aumento da inadimplência. Nessa situação, a empresa estará de mãos 
atadas diante da conjuntura econômica.
O segundo caso ocorre devido às práticas de crédito inadequadas estabelecidas pela empresa, 
existindo uma solução interna e viável para esse problema. Dessa forma, é preciso dar mais atenção à 
qualidade das vendas do que seu volume. No caso das vendas a crédito, também é recomendável uma 
redução do prazo de pagamento concedido aos clientes.
A empresa deverá criar uma qualidade de crédito para com seus clientes, formando assim uma 
carteira de clientes adimplentes, isto é, de bons clientes pagadores e rejeitar aqueles que atrasam ou 
põem em risco o capital de giro. Esse assunto será examinado com maior cuidado na Unidade III.
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2.6.4 Controle das dívidas e de financiamento de terceiros
Todas as empresas contraem dívidas que terão de honrar. Na tentativa de suprir a insuficiência de 
capital de giro, muitas delas utilizam empréstimos de terceiros com custos elevados.
Todo recurso financiado a custos maiores do que a rentabilidade normal da empresa torna‑se 
incompatível. Assim, uma linha de crédito de curto prazo, com juros compostos, que custa acima do 
nível rentável da empresa, fica antieconômica.
O financiamento de capital de giro contratado de terceiros a uma taxa real maior do que a empresa 
rende, poderá resolver o problema imediato de caixa, mas acaba criando um novo problema à frente em 
seu pagamento.
Para ganhar tempo, o gestor financeiro aguarda uma melhoria nas condições de mercado, as quais 
permitiriam pagar o capital financiado por terceiros. Todavia, quando essa recuperação das vendas 
acontece, a empresa já acumulou um estoque de dívidas cujo pagamento será impraticável. Assim, essa 
prática no modelo financeiro não é nada recomendável.
2.6.5 Alongamento do perfil das dívidas
Quando a empresa consegue negociar um prazo maior para o pagamento de suas dívidas, ela adia as 
saídas de caixa e melhora seu capital de giro. Nessa prática provisória espera‑se que a empresa se ajuste 
financeiramente no tempo.
Também é importante uma atenção especial para o custo do alongamento de prazo. Ele precisa ser 
suportado pela rentabilidade da empresa.
De uma maneira geral, as empresas procuram, junto a terceiros nesse alongamento de prazo de 
dívidas, uma melhor parcela de pagamento conveniente com suas disponibilidades. No alongamento do 
perfil da dívida, isto é, maior prazo de pagamento de principais e juros, devemos levar em consideração 
a nova taxa de juros, que deverá ser bem menor que a atual; também é preciso considerar o indexador 
de reajuste monetário e IOF (Imposto sobre as Operações Financeiras).
2.6.6 Redução de custos
A redução de custos em uma empresa compreende que o gestor financeiro entenda a diferença entre 
custo e despesa. Valendo‑se do velho ditado econômico‑administrativo, isto é, “custos se administram e 
despesas se cortam”, temos de identificar o que seriam custos ou despesas.
Baseados nessa frase, podemos classificar:
• custos: gastos necessários em uma empresa; gastos com aquisição de matéria‑prima, salários e 
gastos de manutenção e operação;
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• despesas: gastos coadjuvantes que podem ser melhores administrados e até mesmo cortados: 
despesas gerais etc.
Portanto, custos podem ser reduzidos, mas não cortados de vez; também, não se cortam custos 
pensando serem despesas, pois os resultados no médio prazo não são compensadores.
Dessa forma, uma implantação de um programa racional de redução de custos teria um efeito 
positivo sobre o capital de giro da empresa, desde que não trouxesse restrições às suas vendas ou à 
execução de suas operações. Uma empresa com problema de capital de giro estará com sua capacidade 
de investimento comprometida. Nessa fase, a redução de custos em atividades como modernização, 
automação ou informatização não poderá ser realizada, pois comprometerá compromissos futuros e 
produções a advir (faturamentos futuros).
Numa crise de capital de giro em uma empresa, o programa de redução de custos tem por natureza 
obrigatória, e seu grande desafio, identificar os itens de gastos que possam ser reduzidos/cortados sem 
grandes prejuízos para as atividades operacionais da empresa.
2.6.7 Substituição de passivos
A política de substituição de passivos consiste em trocar uma dívida por outra de menor custo 
financeiro, que, na verdade, seria trocar o que chamamos de perfil de endividamento.
Nas grandes empresas isso não seria a mesma coisa. Como exemplo, uma empresa de grande porte 
poderia adotar esta solução por meio do lançamento de títulos no exterior ou mesmo fazendo um 
lançamento de ações no mercado financeiro denominado de Debêntures. Examinaremos com maior 
cuidado essa matéria mais adiante.
Já empresas de pequeno e médio porte não têm essa opção do mercado financeiro. Um programa 
tradicional de substituição de passivos para essas empresas não traria resultados significativos no médio 
prazo. Seria na verdade o alongamento do perfil da mesma dívida, buscando ou carência (isenção de 
pagamento por determinado tempo), ou novos prazos maiores, lastreados por menores taxas de juros.
Numa outra situação, pequenas e médias empresas poderiam trocar passivos exigíveis (dívidas de 
curto prazo) por patrimônio líquido, ou seja, integralização de capital social, por meio da admissão de 
novos sócios.
Em resumo, divergindo dessas políticas de administração de capital de giro, teremos diversos 
problemas, obrigando as empresas a recorrer a capital de terceiros para subsidiar seu giro empresarial.
Assim, podemos destacá‑las:
a) má administração da empresa em diversas áreas elevando demais os custos fixos (excesso de 
imobilização);
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b) aumento demasiado de despesas financeiras por uso de bancos e financeiras;
c) redução das vendas de diversos motivos (conjuntura econômica);
d) sazonalidade das vendas (vendas registradas por época);
e) ciclo operacional e ciclo financeiro muito longos;
f) excesso de inadimplência por parte de clientes (falta de política de crédito);
g) empréstimos e financiamentos obtidos a custos muito elevados.
2.6.8 A solução definitiva para administração do capital de giro para uma empresa
A solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na recuperação da lucratividade da 
empresa e a consequente recomposição de seu fluxo de caixa.
Essa solução exige a adoção de um Plano de Negócios com estratégia de grande alcance, que vai 
desde o lançamento de novos produtos ou serviços e mesmo a eliminação de outros, formulação e 
adoção de novos canais de vendas ou até mesmo a reconfiguração de todo o negócio que a empresa 
estiver alocada.
Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer muito maisdo 
que medidas financeiras. Estratégias, práticas gerenciais, ciclos financeiros e operacionais, entre outros, 
precisarão ser repensados para que o capital de giro volte ao estado de normalidade.
Para que isso ocorra, o gestor financeiro deverá levantar o valor necessário para o capital de giro de 
uma empresa, tendo as seguintes tarefas:
• tomar decisões mais firmes e sensatas, procurando administrar ativos e Passivos Circulantes;
• quando a empresa decide pelo financiamento deve focar dois pontos:
– administrar as suas receitas;
– reduzir os custos;
• analisar o custo efetivo (real) do financiamento, não só observar o valor nominal das prestações 
a serem pagas:
– maior prazo: maior risco e maior juro;
– menor prazo: menor risco e menor juro;
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 Observação
No Brasil, esse fato não acontece quando o financiamento é concedido 
por empresa financeira pública.
• examinar também as garantias, não colocando em penhora as peças fundáveis de produção e 
serviços;
• examinar as contas a receber de forma rigorosa por meio de criteriosa política de crédito;
• examinar os riscos financeiros (análise de risco para cada operação);
• gerir as contas a pagar, procurando pagá‑las à vista, sempre solicitando desconto.
 Saiba mais
Saiba como administrar seu capital de giro em 7 dicas no blog. 
Empreendedores da Caixa (CEF) é: <http://blogdosempreendedores.com.
br/2011/03/20/saiba‑como‑administrar‑seu‑capital‑de‑giro‑em‑7‑dicas/>.
 resumo
O capital de giro, também denominado capital circulante, corresponde 
aos recursos aplicados em ativos circulantes, que se transformam 
constantemente dentro do ciclo operacional. O capital de giro depende 
da liquidez, que significa a capacidade da empresa para liquidar seus 
compromissos financeiros no curto prazo (até 360 dias). Quanto à política 
de capital de giro, ela se refere às políticas da empresa com respeito a 
níveis desejados de cada categoria de ativos correntes e como os ativos 
circulantes serão financiados.
Temos as seguintes condições na administração de capital de giro:
• Necessidade de Capital de Giro (NCG) – é o montante de recursos de 
que a empresa necessita para financiar suas operações e quitá‑las 
nas datas aprazadas. Quanto maior, mais delicada é a situação da 
empresa;
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• Capital de Giro Próprio (CGP) – é a existência de recursos próprios da 
empresa. Quanto maior o CGP, a empresa terá melhores condições 
para suas atividades operacionais;
• Saldo Líquido de Caixa (SLC) – é o saldo existente na empresa para 
liquidar as contas a pagar. Maior SLC demonstra que a empresa tem 
liquidez, mais condições de operacionalidade e menor dependência 
do NCG.
Outros métodos de análise pelo balanço Patrimonial da Empresa:
• Ativo Circulante – Passivo Circulante: Capital de Giro Líquido (CGL);
• Reclassificação de contas:
– ativo operacional: duplicatas a receber, estoque e recebíveis.
– passivo operacional: fornecedores, salários, encargos, impostos, 
taxas e contas a pagar;
– NCG: ativo operacional – passivo operacional.
O capital de giro é de grande importância na gestão de uma empresa, 
pois está ligado diretamente ao seu ciclo operacional. Por isso, há a 
necessidade de se conhecer seu impacto, conhecendo os fatores que levam 
a uma política de alternativas para uma gestão eficiente das empresas.
Essa política de alternativas consciente permite ao gestor financeiro o 
preparo de ações sobre qualquer eventualidade que possa comprometer 
a saúde financeira da empresa e de que maneira buscar estratégias mais 
corretas para uma boa gestão. Desta forma, o gestor financeiro poderá 
visionar o crescimento da empresa, maximizando, assim, a sua lucratividade.
As alternativas de uma política gestora do capital de giro com sucesso 
estão correlacionadas à prevenção com um planejamento administrativo e 
financeiro como fluxo eficiente do ciclo operacional, isto é, o giro rápido 
dos estoques traçado pela política de vendas, boa administração do fluxo 
de caixa e política ótima de crédito (contas a receber).
Dessa forma, cabe ao gestor financeiro planejar, organizar, controlar, 
dirigir e formar estratégias que venham ao encontro das expectativas da 
maximização do lucro, objetivo maior da empresa.
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Questão 1 (Cesgranrio, 2011 – Transpetro, com adaptações). O Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES) é, no Brasil, uma importante fonte de financiamento de longo prazo. Para 
tanto:
A) é responsável pela liquidez do setor financeiro.
B) Efetua o pagamento de dividendos pelas empresas.
C) Cuida da tomada de crédito por parte dos compradores de bens de consumo não duráveis.
D) Oferece linhas de financiamento específicas para empresas industriais que desejam efetuar 
investimentos produtivos.
E) Organiza as operações entre bancos e as pessoas que desejam hipotecar seu imóvel.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das alternativas:
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: o responsável pela liquidez do sistema financeiro, no Brasil, é o Banco Central do Brasil 
e o faz com o auxílio dos bancos comerciais.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o pagamento de dividendos, quando efetuado em função de resultados positivos, é 
exercido pelas próprias empresas.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: a instituição que cuida da seleção do crédito, no Brasil, é o Banco Central do Brasil. O 
BNDES cuida das linhas de financiamento de longo prazo.
D) Alternativa correta.
Justificativa: o principal papel desempenhado pelo BNDES é a oferta de diferentes linhas de 
financiamento para que empresas tenham condições de adquirir bens de capital e, portanto, elevar sua 
capacidade produtiva.
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E) Alternativa incorreta.
Justificativa: a hipoteca, como forma de refinanciamento de um imóvel, é efetuada diretamente no 
mercado de crédito não sendo objeto de operação do BNDES.
Questão 2 (UNIP – PSA 2012, Ciências Contábeis). A fim de avaliar o comportamento econômico 
e financeiro da empresa nos vários períodos de operação, são utilizados quocientes (índices) entre os 
valores das contas constantes de seus relatórios e as posições contábeis. Com relação a esses índices, 
podemos afirmar que:
A) Os índices de liquidez, como os de prazos médios de estoques e liquidez corrente, auxiliam 
na identificação das condições de pagamento e da adimplência da empresa junto aos seus 
fornecedores e terceiros em geral.
B) Os índices de rentabilidade sobre o patrimônio líquido mensuram o resultado percentual obtido 
pelo capital investido pelo acionista, sócio ou proprietário na empresa.
C) Os indicadores de prazos médios de pagamentos de compras e de recebimentos de vendas indicam 
a situação de solvência da empresa.
D) Para se conseguir uma visão mais precisa da situação da empresa, não é necessário conduzir a 
análise dos quocientes de rentabilidade, se houver a possibilidade de, rapidamente, obter os de 
liquidez.
E) Os indicadores de retorno sobre o ativo e retorno sobre o patrimônio líquido apresentam, 
invariavelmente, o mesmo resultado.
Resolução desta questão na plataforma.
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Unidade II
3 Como autofinanCiar o Capital de Giro das empresas Com 
reCursos próprios
O autofinanciamento do Capital de Giro é a forma pela qual as empresas podem se gerir internamente 
sem utilizar recursos de terceiros. As empresas terão maior proveito se seus recursos próprios forem 
suficientes para fazer seus próprios investimentos.
Gerir e autofinanciar o Capital de Giro de uma empresa

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