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AP1 Estágio I Raphael Soares da Silva Letras Paracambi

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense Curso de Licenciatura em Letras - UFF / CEDERJ
Disciplina: Estagio Supervisionado I Aluno: Raphael Soares da Silva
Avaliação Presencial 1 – 2019/1
As colocações da Professora Doutora Bernadete Gatti, no vídeo Diálogos, feito pela UNESP cujo o tema traz o tema 'Formação de professores mostra uma percepção da educação ser presa a métodos tradicionalistas não são concepções discutidas de hoje. [2: Universidade do Estado de São Paulo. ]
Com as afirmações da professoras podemos citar, por exemplo, que em linha gerais a formação de professores no Brasil tem uma situação dramática que não muda seu funcionalismo a mais ou menos um século, sendo preocupante estes aspectos da educação de um país a qual a atribuímos características de um pais que necessita de melhoria principalmente na educação. Outro ponto importante a ser questionado é a participação das instituições privadas que segundo a professora compreende cerca de 80% dos professores formados. 
A realidade é que hoje não se pensa ou prioriza a formação de professores em um âmbito pedagógico como exemplo citado pela professora: “formamos biólogos e não professor de biologia”. Esse ponto de vista é no mínimo preocupante, pois o professor sai com a formação de licenciatura que na verdade apenas mescla alguns princípios de professores com metodologias reais de ensino. Esta falta causa um certa deficiência em todo o sistema educacional do país. A professora acredita que a disciplina de estagio supervisionado deve ser feito desde o primeiro semestre em todas as licenciaturas, pois há a necessidade de aprender a trabalhar com o aluno desde o inicio, atrelando as mudanças tecnológicas, cientificas e sociais. Alega-se também que a graduação presencial deixa a desejar na formação do profissional professor, uma vez que os cursos de licenciaturas não tem uma base pedagógica plausível. 
Outro ponto importante apresentado é sobre a graduação EaD. Devido a uma serie de questões que dificultam um aprendizado decente, desde o material defasado ou ineficiente até a disciplina do aluno a estudar o conteúdo. 
O pesquisador Gaudêncio Frigotto mostra como a PEC 247 vai atrapalhar principalmente as questões educacionais, alegando que, graças ao ultimo governo, que representou o maior retrocesso dos últimos 70 anos ou mais, tendo a Emenda Constitucional 95, não haverá mais nenhum investimento além de repor a inflação em toda a esfera pública por 20 anos, atingindo assim as áreas como a educação e saúde. Outro ponto importante de sua fala para o programa “Educação em pauta” diz que a única meta que foi mais ou menos cumprida diz respeito à formação de professores de mestrado e doutorado. É uma meta importante, mas não é central. A meta fundamental seria a universalização do ensino médio, da educação básica, os 10% do PIB voltados para a educação! Primeiro que o PIB não está crescendo e, segundo, mesmo que isso aconteça, o crescimento não vai ser incorporado, enterrando assim, o Plano Nacional e nocauteando a educação, assim como a saúde.[3: Produto Interno Bruto]
Para Frigotto, O movimento “Escola sem Partido” se insere neste contexto e incentiva a desconfiança, a fiscalização e as denúncias dos responsáveis e estudantes contra educadores que tratarem de temas relacionados à política nacional, à diversidade étnica e à diversidade sexual. O papel da escola, porém, segundo Frigotto, deveria ser a formação “omnilateral” dos seres humanos, ao ensiná-los ao mesmo tempo o trabalho manual e o intelectual, levando-os a compreender o caráter humano do trabalho – o “mundo das necessidades” – relacionado às esferas sociais, intelectuais, culturais, lúdicas, estéticas, artísticas e afetivas – o “mundo das liberdades”
Por fim, uma traição aos alunos filhos dos trabalhadores, ao achar que deixando que eles escolham parte do currículo vai ajudá-los na vida, sendo uma reforma que legaliza a existência de uma escola diferente para cada classe social. Justo estes intelectuais que em seus escritos negam a existência das classes sociais.
O debate sobre toda essa situação na formação inicial de professores para a educação básica tem mobilizado e muito os profissionais da educação. O que se necessita é, a partir da situação mapeada, do conjunto de idéias e ideais postulados, criar condições concretas para um novo tipo de formação inicial, no ensino superior, para a docência na educação básica.
Há necessidade de melhor estruturar, qualificar e avaliar o trabalho desenvolvido nas licenciaturas, na formação inicial de docentes para a educação básica. É tarefa de ontem, mas ousar mudar de fato não é uma questão simples nos contextos de nossas instituições e das normatizações.

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