Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FISIOLOGIA – REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO Scheila Maria (meus resumos) O desenvolvimento testicular não depende do hormônio testosterona. É necessária a diferenciação testicular para depois iniciar a secreção do hormônio. Células de Sertoli secretam hormônio antimülleriano, inibina, ativina, fatores de crescimento, enzimas e proteína ligadora de androgênios (ABP). Além disso nutrem e sustentam o desenvolvimento das espermatogônias. Já as células de Leydig secretam testosterona fetal e após a puberdade e DHT. Além disso convertem parte da testosterona em estradiol. Obs: A ABP tem como função deixar a testosterona menos lipofílica para que não se difunda para fora do lúmen tubular. Função dos hormônios: Antimülleriano: regressão do ducto de Müller Testosterona: converte os ductos de Wolf em estruturas masculinas acessórias e controla a migração dos testículos. DHT: diferenciação da genitália externa e próstata. DUCTO DE WOLF: testosterona presente -> epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal testosterona ausente -> regressão (mulher) DUCTO DE MÜLLER: AMH presente -> regressão (homem) AMH ausente -> tuba uterina, útero e colo e vagina superior. A gametogênese em homens e mulheres está sob o controle hormonal do encéfalo e células endócrinas das gônadas. No homem, testosterona secretada pelo testículo e 5% supra renal. Convertida em DHT nos tecidos periféricos e em estradiol nos testículos. ESTRADIOL: Testículos e ovários contem a enzima aromatase que converte testosterona em estradiol (principal estrogênio humano). Há ainda uma pequena quantidade produzida nos t. periféricos. Na mulher, ovário e córtex suprarrenal produzem androgênio (pequenas quantidades). Ovário também produz estrogênio e progestogênio. GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) -> Hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). FSH: junto com hormônios esteroides inicia e mantém a gametogênese. LH: atua em células endócrinas estimulando produção dos hormônios sexuais. Inibinas e ativinas regulam FSH. Ativinas promovem espermatogênese, maturação do ovócito e desenvolvimento do SN. Os androgênios sempre mantém uma retroalimentação negativa sobre a liberação de gonadotrofinas: quando os níveis de androgênio aumentam a secreção de FSH e LH diminuem. Os estrogênios alternam entre retroalimentação positiva e negativa. Baixas concentrações de estrogênio = retroalimentação negativa e altas concentrações = retroalimentação positiva (estímulo às gonadotrofinas, principalmente LH). REPRODUÇÃO MASCULINA Barreira hematotesticular: formada pelas junções de oclusão entre as células de Sertoli. Restringe o movimento de moléculas entre túbulo e LEC. Por causa dessas barreiras o liquido luminal tem composição diferente do intersticial pois tem baixa concentração de glicose e alta de K+ e esteroides. O alvo do FSH é a célula de Sertoli por que as céls germinativas do homem não possuem receptores para FSH. Este estimula a síntese de moléculas parácrinas pela célula de Sertoli necessárias para espermatogênese. Também estimula a produção de ABP e inibina. O alvo do LH é a célula de Leydig para a produção de testosterona que retroalimenta inibindo o LH. É essencial para a espermatogênese junto com as ações das céls de Sertoli. Os espermatócitos não possuem receptores para os androgênios mas possuem receptores para a ABP. Testosterona se liga a ABP, Sertoli ou vai para efeitos secundários no corpo. As glândulas bulbouretrais contribuem com muco e tampões; A vesícula secreta prostaglandinas (motilidade) e nutrientes; A próstata contribui também com tampões e nutrientes. REPRODUÇÃO FEMININA Fase folicular inicial: Inicia no 1º dia da menstruação (É o primeiro dia do ciclo). Pouco antes a secreção de gonadotrofinas pela adeno-hipófise aumenta. Sob a influencia de FSH vários folículos no ovário começam a amadurecer. Á medida que o folículo cresce suas céls da granulosa (influenciadas por FSH) e da teca (influenciadas por LH) começam a produzir hormônios esteroides (estrogênio). Obs: As céls da granulosa também produzem AMH, que diminui a sensibilidade do folículo a FSH impedindo o recrutamento de folículos primários adicionais. A teca sintetiza androgênios que é convertido em estrogênios pela aromatase. Estrogênio excerce retroalimentação negativa sobre FSH e LH. E retroalimentação positiva estimulando mais produção de estrogênio pelas céls da granulosa. A fase folicular inicial termina quando os folículos se enchem de líquido no antro, a menstruação termina e endométrio começa a crescer. Fase folicular tardia: Pico da secreção de estrogênio ovariano. Céls da granulosa começam a secretar inibina e progesterona. A retroalimentação positiva do estrogênio que se inicia com seu aumento leva ao pico pré-ovulatório de GnRH aumentando a produção de FSH e LH. O LH estimula a retomada da meiose e o folículo cresce preparando para liberar o ovócito. O endométrio cresceu e está produzindo muco para a entrada de espermatozoides. Ovulação: Folículo maduro libera colagenase que dissolve o colágeno entre as céls foliculares. Produtos provocam uma resposta inflamatória atraindo leucócitos e secretam prostaglandinas. As prostaglandinas causam contração do mm liso rompendo a parede. O pico de LH forma as células do corpo lúteo que secreta progesterona. A síntese de estrogênio então diminui. Fase lútea inicial: Corpo lúteo produz progesterona em grandes quantidades e estrogênio em nível baixo. Estrogênio, progesterona e inibina = retroalimentação negativa sobre gonadotrofinas. Progesterona produz muco que impede entrada de bactérias e espermatozoides no útero. Além disso, tem função termogênica. Fase lútea tardia e menstruação: O corpo lúteo dura 12 dias e em caso de não gestação entra em apoptose e forma o corpo albicante. Este por sua vez diminui a produção de estrogênio e progesterona e portanto inibe a retroalimentação negativa sobre as gonadotropinas aumentando FSH e LH. Essa diminuição da progesterona causa contração muscular e morte das células do endométrio. Dois dias após o corpo lúteo parar de funcionar o endométrio começa a descamar e a menstruação ocorre. PROCRIAÇÃO: Ereção: Neurônios sensoriais sinalizam para o centro integrador espinal o qual inibe o estímulo vasoconstritor simpático sobre as arteríolas do pênis. Simultaneamente o óxido nítrico produzido por estímulo parassimpático dilata as arteríolas do pênis. GESTAÇÃO E PARTO Quando o blastocisto se implanta na parede uterina e a placenta começa a se formar o corpo lúteo perto de começar a degenerar. Quando degenera progesterona e estrogênio diminuem. Diversos hormônios (gonadotrofina coriônica, lactogênio, estrogênio e progesterona) são secretados pela placenta para evitar que o embrião seja menstruado. Gonadotrofina coriônica humana: Faz com que o corpo lúteo permaneça ativo durante o início da gestação para que continue produzindo progesterona. (hCG se liga aos mesmos receptores de LH). 7ª semana a placenta assume a produção de progesterona e o corpo lúteo não é mais necessário e degenera. O pico de hCG é aos três meses depois diminui progressivamente. hCG estimula a produção de testosterona pelo testículo em desenvolvimento em fetos masculinos. Lactogênio placentário humano (hPL): altera o metabolismo da glicose para sustentar o crescimento fetal. A glicose se move através das membranas placentárias e entra na circulação fetal. A resistência a insulina pode causar diabetes gestacional. Estrogênio e progesterona são produzidos continuamente durante a gestação, primeiro pelo corpo lúteo sob a influência da hCG e depois pela placenta. A supressão por retroalimentação da hipófise continua durante toda a gestação. Estrogênio contribui para desenvolvimento de ductos secretores de leite das mamas. E a progesterona faz a manutenção do endométrio e suprime contrações uterinas. Parto: o trabalho de parto é marcado por redução de estrogênio e progesterona, para que ocorra as contraçõesrítimicas. A ocitocina também é um indutor do parto e é liberada pela neuro-hipófise. As contrações rítimicas do parto são estimuladas por: estrogênios, ocitocina, corticotrofina (CRH) e relaxina, além de prostaglandinas. GLÂNDULAS MAMÁRIAS E SECREÇÃO DE LEITE. As glândulas mamárias se desenvolvem por estímulo de estrogênio, hormônio do crescimento e cortisol. Além disso a progesterona estimula a formação de tecido secretório mamário. Estrogênio e progesterona inibem secreção do leite. A produção é estimulada pela prolactina liberada pela adeno-hipófise e controlada pelo hormônio inibidor da prolactina (PIH) secretado pelo hipotálamo. A prolactina tem uma secreção tônica em homens e mulheres e está relacionada ao hormônio do crescimento alem de outros processos reprodutivos e não reprodutivos. É sintetizada pelo endométrio durante os ciclos menstruais normais. CRESCIMENTO E ENVELHECIMENTO Leptina contribui para o início da puberdade. MENOPAUSA: A cessação dos ciclos reprodutivos não é causada pela hipófise, mas pelos ovários que não respondem mais as gonadotrofinas. Essas então aumentam por falta de retroalimentação negativa se esforçando para estimular os ovários a amadurecer mais folículos.
Compartilhar