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Bovinos de leite

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Bovinos de leite
O gado leiteiro, de forma geral, compreende indivíduos de Tipo Zootécnico de linhas finas e delicadas. O seu corpo acompanha o formato de cunhas e retângulos. Assim, de acordo com as posições com é olhado, apreciamos as seguintes figuras: 
Bovino de corte.
Perfil 
1 - Peso e Estatura 
Variáveis de médio a grande, dependendo da Raça. 
2 - Pelagem 
Variável com a Raça, de couro médio ou fino, no geral mais fino do que no gado de corte, solto e bem coberto de pêlos finos e macios. 
3 - Cabeça 
Seca, entre média e fina, relativamente mais comprida e com a fronte mais cavada que nas Raças de Corte; a fronte é larga, com marrafa média, de acordo com a Raça; chanfro fino e focinho úmido, largo ou médio com narinas amplas e abertas; mandíbulas secas e separadas; olhos proeminentes e vivos; chifres finos; orelhas de tamanho médio, finas e alertas, mais expressivas que nas raças de corte. 
4 - Pescoço 
Tendendo para longo e leve, quase magro; deve ser fino na união com a cabeça e tornando-se mais largo e profundo, porém se une abruptamente com o corpo, de maneira bem definida, ao contrário do que acontece com os Bovinos de Corte. 
5 - Corpo 
Com linha dorso-lombar longa, aparente, direita ou enselada em certas raças. Larga no lombo, bacia comprida, ancas largas, garupa não muito cheia, cauda saindo em ângulo reto, não grosseiro e de bom comprimento. Quartos anteriores mais delgados que os posteriores. 
Espáduas apertadas e aparentes, em cima; peito largo em baixo mas não proeminente, com a ponta em forma de cunha, tórax largo e volumoso, costado longo e alto, costelas largas, bem separadas, arqueadas na parte de baixo; cilhadouro visível e sem depressões. Linha inferior mais ou menos pendurada devido ao grande desenvolvimento do ventre. Flanco fino, mas não enterrado. Nádegas direitas um pouco cavadas, com as pontas afastadas e proeminentes, períneo grande, alto e espaçoso. 
6 - Membros 
De tamanho médio, direitos, regularmente afastados (notadamente os posteriores) com ossatura fina; braços e antebraços pouco carnudos, coxas pouco musculosas, mais ou menos cavadas por dentro para dar lugar a um úbere volumoso. 
7 - Úbere 
Comprido, largo e profundo, estendendo-se bem para frente e para trás. Bem conformado, glanduloso e fazendo pregas, quando vazio. Elástico, não carnudo, com veias aparentes, coberto de pelos macios, com tetas de tamanho médio, dispostos em quatro ou apontando um pouco para fora. As veias mamárias são grandes, tortuosas, de preferência ramificadas, grossas de acordo com a idade. 
As diferenças no touro são decorrentes da sexualidade; maior peso, ossatura mais forte, musculatura mais abundante, sobretudo no pescoço e quartos anteriores; cabeça forte e larga; tórax muito largo, sobretudo no cilhadouro; temperamento mais vivo, que em touros de Raças de Corte; costado e ventre amplos; finalmente, deve locomover-se com facilidade. 
PRINCIPAIS RAÇAS DE BOVINOS DE LEITE - ESTRANGEIRAS 
Raça Holandesa (preta e branca)
A pelagem referente a esta Raça é Preta Malhada ou Malhada de Preto, possuindo três manchas pretas clássicas, bem definidas: 
a - Abrangendo cabeça e pescoço. 
b - Lombo e costado em forma de cela. 
c - Extremidade posterior do corpo, pegando a ponta da garupa, nádegas e base da cauda. 
OBS: As manchas pretas do padrão racial, não devem descer nos membros, abaixo da articulação do joelho ou curvilhão; estrela branca na testa, mucosa preta ou malhada de preto. 
Aptidão 
Alta produtora de leite magro, com cerca de 3,91% de gordura. Precoces sexualmente e, nos cruzamentos com vacas azebuadas, observam excelentes produtos meio sangue, resistentes ao clima tropical e com boa produção leiteira. O novilho Zebu ½ sangue apresenta excelente carcaça. 
Raça Jersey 
Originária da Ilha Jersey (Inglaterra), É uma Raça de origem remota, não se conhecendo bem a sua história. É provável que seja originária do cruzamento de animais provenientes da Normandia e Bretanha, predominando o sangue Bretão. A Jersey tipo americana é maior, com o corpo e cabeça mais longos. Acredita-se que as condições climáticas e o trato tenham influenciado nestas modificações. No Brasil, as maiores importações foram realizadas pelos Órgãos Oficiais dos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. 
Distinguem-se as tonalidades: amarelo fosco, cor de veado, amarelo mais ou menos claro, indo do pardo escuro até o quase negro nos machos, que se apresentam mais escuros que as fêmeas. Em volta do focinho se observa um anel de pêlos claros, apresentando manchas escuras na face extremidades do corpo. Prefere-se a pelagem uniforme, no entanto, admitem-se malhas brancas no úbere, ventre, flancos e peito. O focinho e língua são pretos ou cor de chumbo. Os chifres são de cor âmbar com pontas negras, de preferência. 
Pelagem 
Aptidões e Qualidades 
É uma Raça manteigueira. A manteiga é firme, amarela, com glóbulos de gordura grandes, facilitando, assim, o desnate. A sua carne é de qualidade inferior, quando comparada com outras Raças e a gordura na carcaça apresenta coloração amarela. É a mais precoce das Raças leiteiras. 
Apresenta elevada tolerância ao calor tropical, adaptando-se com muita facilidade às regiões quentes e secas, dada esta rusticidade. Tem a característica de, nos cruzamentos, aumentar, consideravelmente a gordura dos rebanhos que produzem leite magro. 
Raça Guernsey 
 Esta Raça é originária da Ilha Güernsey (França). Há cerca de mil anos, frades que migraram para a Bretanha, levaram consigo a Raça. Posteriormente, outros frades que vieram da Normandia trouxeram gado desta Região (Gado Normando). Pode-se admitir assim, que o Gado Güernsey, seja derivado do cruzamento do Gado Bretão com Normando, onde predominaram as características do último. 
Pelagem 
Amarela malhada com tonalidades que vão desde o amarelo claro até o amarelo pardo ou vermelho queimado. A cor preferida é a de intensidade média, amarelo escuro ou laranja. A vassoura da cauda, extremidade dos membros, úbere e baixo ventre devem ser brancos. O branco deve aparecer também na testa (estrela), na paleta e na anca. O contorno dos olhos e do focinho é claro e, a mucosa em torno do focinho e olhos são de cor âmbar, coloração que deve acompanhar os chifres e cascos. 
Aptidão 
 Possui conformação tipicamente leiteira, sendo menos perfeita que a Jersey. Por possuir leite apresentando teor de gordura elevado (4,5%), é considerada como uma Raça manteigueira. Uma característica do seu leite são os glóbulos gordurosos grandes, permitindo fácil desnate. Tem capacidade de deixar passar para o leite, parte do caroteno, proporcionando leite de coloração dourada. Como animal de açougue, proporciona carcaças inferiores e com acúmulo de gordura amarela. Suporta melhor, que a Holandesa Preta e Branca, o clima quente dos trópicos e esta condição parece estar ligada, à coloração da pele. É considerada uma raça rústica. Seus cruzamentos demonstram a grande capacidade de transmissão de suas qualidades. Recomenda-se sua criação ao lado de vacas que produzam leite magro, dado que a mistura do leite, satisfaz a demanda do mercado. 
Raça Schwythz ou Pardo Suiça: 
A cor preferida é a cinza escura (conhecida como pêlo de rato). Podemos ainda, observar as seguintes tonalidades: Cinza Claro, Pardo Claro e Pardo Escuro. 
Aptidões e Qualidades 
A sua principal finalidade é a produção de leite, que possui teor de gordura em torno de 3,88%. Os produtos de seu cruzamento com zebus, são altamente produtivos e adaptam-se bem ao clima tropical. Aproveita-se sua boa conformação e velocidade de crescimento, além da engorda. É usado também como animal de tração. 
Raças Brasileiras
Raça Pitangueira 
Esta raça originou-se na Fazenda Três Barras no Município de Pitangueiras - Estado de São Paulo, através do cruzamento de vacas Raça Guzerá com touros da Raça Red-Polled, obtendo-se os indivíduos ½ sangue. O segundo procedimento foi o cruzamento
dos indivíduos ½ sangue com touros puros da Raça Guzerá, obtendo-se animais ¾ Guzerá e ¼ Red-Polled. As novilhas obtidas deste cruzamento foram cobertas com touros da Raça Red-Polled (2/4), obtendo-se indivíduos 5/8 Guzerá e 3/8 Red-Polled, que foram denominados Pitangueiras. Desta forma, os animais selecionados foram-se acasalando entre si. 
A - Pelagem 
B - Aptidão 
Pelagem vermelha clara ou escura, com pêlos lisos e curtos, pele solta, flexível e macia. É possível o aparecimento de indivíduos com malhas brancas na região ventral (caráter referente ao Red Polled). 
É um animal que possui dupla aptidão: corte e leite, podendo ser usado também para tração. 
Raça Caracu 
O gado Caracu, criado há muitos anos no Brasil, é de origem muito discutida. Parece que se deriva do antigo gado Minhoto e Alentejado, bovinos de Raças Portuguesas, chegadas ao nosso País, por ocasião do descobrimento. Esta Raça vem sendo criada, principalmente, no Vale do Rio Pardo (São Paulo) e no Vale do Rio Sapucai (Minas Gerais). Podemos encontrar rebanhos desta Raça também em Poços de Caldas e Papagaio, Minas Gerais. 
Pelagem 
Amarela Claro ou Amarelo Alaranjado, uniforme. Em torno do ventre, períneo, focinho e olhos, há a diminuição da intensidade da coloração. As mucosas são claras e sem pigmentação. Os chifres são ligeiramente compridos, leves, de cor clara e com pontas vermelhas, saindo para trás, para os lados, para frente e terminando com as pontas levantadas. As orelhas são pequenas e finas com abundância de pêlos no seu interior, principalmente na borda superior. 
Aptidão 
É difícil afirmar, devido a grande diferença de produção dos rebanhos formados. A produção de carne deixa a desejar, quando comparada com as Raças de Corte, assim como sua produção de leite, igualmente à Raça Pitangueiras. Podemos considerar a Raça Caracu como Mista e ainda como de tração.

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