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ETEC SUZANO Experimento n° 01 ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR EM REGIÃO DE VISÍVEL: ASSOCIAÇÃO ENTRE COR E COMPRIMENTO DE ONDA Ramon Christiano de M. Candido N°28 Turma: 02 - 3º QUIT - Profº: Marli Emiliano Disciplina: Análise Química Instrumental Data do experimento: 14/08/2013 Data de entrega: 21/08/2013 Suzano 2013 1.0 OBJETIVO: Entender e aprender as técnicas de utilização do espectrofotômetro de absorção molecular em região do visível, verificando a relação entre cor e comprimento de onda calculando a energia de radiação. 2.0 INTRODUÇÃO TEÓRICA: A espectrofotometria pode ser definida como toda técnica analítica que usa a luz para medir as concentrações das soluções, através da interação da luz com a matéria. A luz de uma maneira geral é mais bem descrita como sendo uma radiação eletromagnética em virtude de sua natureza dualística. Ou seja, ela existe e tem um comportamento de campos elétricos e magnéticos oscilantes como a figura abaixo representa: Figura 1: Comportamento de campos elétricos e magnéticos oscilantes da luz. Onde: O comprimento de onda (λ) é distancia em metros, de um pico ao outro da onda; A frequência (v) é o grau de oscilação das ondas, em função da velocidade da luz no vácuo que é representada pela constante c (c=2, 998×108m. s-1). De modo que: λ . v = c → Onde: v = Figura 2: Combinação de todas as sete cores do espectro visível. Figura 3: Comprimento de onda correspondente as radiações e frequências. A técnica espectroscópica é baseada na no aumento de energia em função do aumento da frequência da radiação incidida. Quando uma espécie química absorve energia na forma de fótons, seus elétrons ficam excitados e ocorre uma transição de um orbital de mais baixa energia para outro de maior energia. Tabela 1: Coloração, comprimento de onda e frequência das faixas de luz visível. Coloração Comprimento de onda (nm) Frequência (THz) Vermelho 625 a 740 480 a 405 Laranja 590 a 625 510 a 480 Amarelo 565 a 590 530 a 510 Verde 500 a 565 600 a 530 Ciano 485 a 500 620 a 600 Azul 440 a 485 680 a 620 Violeta 380 a 440 790 a 680 Baseia-se a técnica espectroscópica no aumento de energia em função do aumento da frequência da radiação incidida. Lei de Lambert-Beer A “força vital” da espectrofotometria está fundamentada na lei de Lambert-Beer, que estabelece: “A absorbância é diretamente proporcional à concentração da solução de amostra.” Figura 4: Esquema da espectrofotometria. Ou seja: A= ε.b.c Onde: A: é a absorbância; ε: é a absorbitividade molar em unidades de L mol-1 cm-1; b: é o comprimento do caminho da amostra, isto é, o comprimento do caminho que a luz tem que atravessar na cuba ou qualquer recipiente onde esteja a solução; c: é a concentração do elemento que absorve, na solução, expressado em mol L-1. Os componentes principais de um espectrofotômetro são apresentados e suas respectivas funções: Fonte de Luz: é composta por uma lâmpada de deutério e uma lâmpada de tungstênio (semelhante à lâmpada de carro). A lâmpada de deutério emite radiação UV e a de tungstênio emite luz visível. Monocromador: alguns espectrofotômetros ainda possuem um prisma como monocromador, porém os mais modernos possuem dispositivos eletrônicos que transformam a luz incidida em vários comprimentos de onda, em um só comprimento, ou seja, a luz monocromática. Figura 5: Cubetas de 1cm utilizadas em espectrofotometria. Cubeta: é o recipiente propício para conter a amostra que será utilizada na análise, as cubetas podem ser de quartzo, vidro e acrílico, porém recomenda-se que seja usada uma cubeta de quartzo por que o vidro e o plástico absorvem UV e causa a reflexão da luz visível. Detector: o detector é um dispositivo que detecta a fração de luz que passou pela amostra e transfere para o visor e para o computador acoplado ao aparelho. 3.0 PARTE EXPERIMENTAL: 3.1 MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS: Espectrofotômetro de feixe simples monocromático (NOVA 1600 UV - Nova Instruments); Papel macio de folha dupla; 3.2 PROCEDIMENTOS: Deixou-se ao alcance o papel macio de folha dupla. Colocou-se o papel macio de folha dupla no monocromador, situada no compartimento de amostras e selecionou-se o comprimento de onda (λ) de 20 em 20 nm, entre 400 a 700 nm. Depois anotou-se a cor visualizada no espectrofotômetro, comparando-os comprimentos de onda. Logo após, calculou-se à energia (joules) e buscou-se referências da cor absorvida de acordo com cada comprimento de onda. 4.0 DADOS OBTIDOS: As cores observadas no espectrofotômetro compararam-se com as encontradas na literatura, com o comprimento de onda (λ), calculando-se assim à quantidade de Energia (joules) através da equação de Planck: E = h.v→ Onde: v = Tabela 2: Valores experimentais do comprimento de onda (λ), Energia de radiação emitida (E), coloração obsevada e referências da coloração na literatura. λ (nm) E (joules) Cor Emergente Referência de coloração 400 4,95.10-19 Lilás Verde- amarelo 420 4,71.10-19 Roxo amarelo 440 4,50. 10-19 Violenta Laranja 460 4,30. 10-19 Azul Laranja 480 4,12. 10-19 Azul esverdeado Vermelho 500 3,96. 10-19 Verde azulado Púrpura 520 3,81. 10-19 Verde Violeta 540 3,66. 10-19 Verde claro Violeta 560 3,54. 10-19 Verde amarelado Violeta-azul 580 3,41. 10-19 Amarelo Azul 600 3,30. 10-19 Laranja Azul 620 3,19. 10-19 Vermelho Azul-verde 640 3,09. 10-19 Vermelho escuro Azul-verde 660 3,00. 10-19 Vermelho Azul-verde 680 2,91. 10-19 Vermelho Verde 700 2,82. 10-19 Vermelho Verde Gráfico 1: Faixa estudada de Energia de radiação emitida (E) vs. Comprimento de onda (λ). 5.0 DISCUSSÕES DE DADOS: Observou-se que durante o experimento algumas cores observadas não mudavam suas tonalidades, mas podemos dizer que essas tonalidades não eram tão transparentes e visíveis a olho nu. Percebeu-se também que a referência de acordo com a literatura sobre a cor emergente não era a mesma, muitas vezes isso ocorre por conta do comprimento de onda. Durante essa parte notou-se que quanto menor o comprimento de onda maior será a energia de radiação emergida. Existem várias possibilidades de erros em relação a cor emergente e fatores que interferem na leitura, como erro pessoal (desvio ocular), ambiente claro e limpeza do aparelho. CONCLUSÃO: Com base nos resultados concluiu-se que em comparação com a literatura referente o método não é valido, mas temos fatores que interferem esses valores, sendo assim difícil criar um paralelo entre literaturas e experimentos. A finalidade desse experimento não era validar método, mas sim aprender as técnicas de manuseio e identificar diferentes cores emitidas no espectrofotômetro de acordo com o comprimento de onda, calculando-se assim a energia de radiação emitida por meio do comprimento de onda. 7.0 BIBLIOGRAFIA: CAVALHEIRO, Carlos Alexandre – Espectro Visível – Óptica – Física – InfoEscola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/fisica/espectro-visivel/> Acesso em: 17 de agosto de 2013 às 15h43min. Emiliano, Marli – Espectrofotometria de UV Visível – Química Instrumental – Química – Acesso em: 17 de agosto de 2013 às 17h18min. Física, Só – Óptica – Refração da Luz – Luz e Frequência – Física. Disponível em:<http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Refracaodaluz/cor_e_frequencia.php>Acesso em: 17 de agosto de 2013 às 18h05min.