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DISCIPLINA: PONTES TURMA: IX SEMESTRE – 2019.1 PROF.: DANIEL ADLAN VIEIRA BARBOSA ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO ELEMENTOS GEOMÉTRICOS O projetos geométricos que a ponte deve obedecer são: Da via Do seu própria superestrutura (estrado) Os elementos geométricos das vias dependem de condições técnicas especificadas pelos órgãos públicos responsáveis pela construção e manutenção dessas vias. No caso das rodovias federais, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte(DNIT) estabelece as condições técnicas para o projeto geométrico das estradas e das pontes. As estradas federais, segundo o DNIT, são divididas em: CLASSE I CLASSE II CLASSE III As velocidades diretrizes, utilizadas para a determinação das características do projeto de uma estrada, são definidas em função da classe da rodovia e do relevo da região. O desenvolvimento planimétrico e altimétrico de uma ponte é, na maior parte dos casos, definido pelo projeto da estrada. Isso é verdade principalmente quando os cursos de água a serem transpostos são pequenos. No caso de grandes rios, o projeto da estrada deve ser elaborado já levando em consideração a melhor localização da ponte. Dessa forma, deve-se procurar cruzar o eixo dos cursos de águas segundo um ângulo reto com o eixo da rodovia. Além disso, deve-se procurar cruzar na seção mais estreita do rio de forma a minimizar o comprimento da ponte. Para as rodovias federais, os raios mínimos de curvatura horizontal são fixados com a finalidade de limitar a força centrífuga que atuará no veículo viajando com a velocidade diretriz. Já rampas existe valores máximos para sua inclinação, onde esses valores poderão ser acrescidos de 1% para extensões até 900 metros em regiões planas, 300 metros em regiões onduladas e 150 metros em regiões montanhosas, e deverão ser reduzidas de 0,5% para altitudes superiores a 1000 metros. No caso corrente de estradas com pista de duas faixas de tráfego, as normas do DNIT adotam as seguintes larguras de pista: · classe I : 7,20 m · classes II e III: 6,00 m a 7,20 m Nas estradas com duas pistas independentes com duas faixas de tráfego cada uma, a largura da pista utilizada é de 7,00 m. Nas estradas de classe I, em geral adotam-se acostamentos de 2,50 m de largura, resultando a largura total do terrapleno igual a 2,50 + 7,00 +2,50 = 12 m. O GABARITO DA PONTE é o conjunto de espaços livres que deve apresentar o projeto de uma ponte de modo a permitir o escoamento do fluxo. As pontes (elevados) localizadas sobre rodovias devem respeitar espaços livres necessários para o tráfego de caminhões sob elas. As pontes construídas sobre vias navegáveis também devem atender aos gabaritos de navegação dessas vias. É comum prever-se a altura livre de 3,5 m a 5,0 m acima do nível máximo a que pode atingir o curso d’água. A largura deve atender a, pelo menos, duas vezes a largura máxima das embarcações mais um metro. ELEMENTOS TOPOGRÁFICOS O levantamento topográfico, necessário ao estudo de implantação de uma ponte, deve constar dos seguintes elementos: Perfil em escala horizontal de 1:1000 ou 1:2000 e escala vertical de 1:100 ou 1:200 do trecho da rodovia em que ocorrerá a implantação da obra em uma extensão tal que ultrapasse seus extremos prováveis de, pelo menos, 1000 metros para cada lado. Planta ao longo do eixo locado na escala de 1:100 ou 1:200 e numa extensão tal que exceda de 50 metros, em cada extremidade, o comprimento provável da obra. ELEMENTOS HIDROLOGICOS Os elementos hidrológicos recomendados para um projeto conveniente de uma ponte são os seguintes: Cotas de máxima cheia e estiagem. Dimensões e medidas físicas suficientes para a solução dos problemas de vazão do curso d’água sob a ponte e seção do rio. Notícias acerca de mobilidade do leito do curso d’água. Se a região for de baixada ou influenciada por marés, Notícia sobre serviços de regularização, dragagem, retificações ou proteção das margens. Com as informações hidrológicas pode-se obter a cota de máxima cheia, que é importante para definir a: Altura livre Cota da Face Superior do tabuleiro da Ponte. O projetista pode se debater com duas situações: Definir a cota da face superior do tabuleiro da ponte. Já é repassado para o projetista a cota da face superior do tabuleiro da ponte. Deve-se tomar o cuidado de evitar o refluxo a montante da ponte devido ao estrangulamento da seção de escoamento pela construção do aterro da estrada. Esse refluxo pode atingir grandes distâncias e diminuir a altura livre sob a ponte. Em alguns casos, pode-se determinar a cota de máxima cheia, com informações da seção transversal do rio a ser transposto, através da simplificação da seção de escoamento sob a ponte, admitindo o mesmo, um canal de seção regular. ELEMENTOS GEOTECNICOS Os elementos geotécnicos necessários à elaboração do projeto de uma ponte são: Relatório de prospecção de geologia aplicada no local de provável implantação da obra. Relatório de sondagem de reconhecimento do subsolo compreendendo os seguintes elementos: Planta de locação das sondagens. Descrição do equipamento empregado - peso, altura. Sondagens de reconhecimento do subsolo. As sondagens devem ser em número suficiente para permitir uma definição precisa quanto a natureza e distribuição das camadas constituintes do subsolo. Perfis em separado de todas as sondagens, nos quais se indiquem a natureza e a espessura das diversas camadas atravessadas, suas profundidades em relação a uma referência de nível Estudos geotécnicos especiais que permitam a elaboração de projeto do conjunto terreno-aterro-obra de arte. INDICAÇÕES PARA PROJETOS SOBRE PONTES Pontes sobre pequenos rios sua localização é definida pelo projetista de estrada quando da elaboração do traçado da via. Contudo, quando a via cruza médios ou grandes rios, a posição da ponte pode determinar o traçado da via. São algumas recomendações sobre como escolher a melhor posição para a ponte: Transpor o canal principal ou o vale no ponto mais estreito possível e não muito distante do traçado original da via; Canal principal ou o vale deve ser transposto, de preferência, perpendicularmente à direção de escoamento, o que permite que se obtenha o menor comprimento possível para a ponte. Pilares em contato com o fluxo d’água devem ter sua menor dimensão perpendicular a esse fluxo de forma a evitar ou diminuir a erosão localizada na base do pilar. Deve-se evitar transpor um rio logo após a região onde deságua um afluente de modo a evitar a deposição de sedimentos sob a ponte. Evitar transpor à montante dessa região, uma vez que nesse caso haveria a necessidade de duas pontes o que acarretaria em aumento do custo da obra. Deve-se evitar transpor em regiões onde possa haver, ao longo da vida útil da ponte, mudanças na seção transversal do rio. Quando do cruzamento de rios de pequena vazão, é recomendável evitar curvas para transposição desses rios. Em alguns casos, como o mostrado na, pode ser realizada uma alteração no curso natural do rio através da construção de um canal devidamente dimensionado.
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