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Nome: Paulo Henrique dos Santos Falcão
Data: 15 de novembro de 2018
Profª: Cadidja do Carmo
Disciplina: Fundamentos de Micro, Imuno e Parasito.
Parasitoses causadoras de lesão oral
Entre as diversas patologias que acometem lesões na cavidade bucal estão as parasitoses, causadas por parasitas que são definidos como todo organismo que vive em associação com outro para retirar seus meios de sobrevivência, podendo causar danos ao hospedeiro ou não. No âmbito das parasitoses destacam-se os protozoários do gênero Leishmania que causam a leishmaniose e a miiase que é decorrente do deposito de larvas de dípteros.
As principais espécies de protozoários que causam a leishmaniose são Leishmania (Viannia) braziliensis, L. (Viannia) guyanensis e L. amazonensis. Além das lesões na mucosa a leishmaniose causa lesões cutâneas, e comumente as lesões mucosas serão secundarias às cutâneas, pois esta parasitose em grande parte dos casos se manifesta em uma única lesão cutânea ulcerada com bordas ressaltadas. Porém quando o individuo apresenta lesões na mucosa esta se caracterizam por afetar principalmente as cavidades nasais, faringe, laringe e cavidade oral. Essas lesões podem ser caracterizadas como ulcerações, lesões ulcerovegetantes, ulcero-crostosa e ulcero-destrutivas.(MOTA, 2011)
 
Figura 1: Lesão na cavidade oral Figura 2: Lesão generalizada na face
Fonte: (RODRIGUES et al, 2013) Fonte: (VELOZO et al, 2006)
O tratamento da leishmaniose é definido de acordo com qual tipo de leishmaniose a pessoa adquiriu, que varia de acordo com a espécie de Leishmania que a causou, considerando também faixa etária, comorbidades, gravidez e nível de toxicidade da droga. Os principais tipos de leishmaniose são a leishmaniose tegumentar americana e a leishmaniose visceral, os principais medicamentos usados no tratamento da LV e da LTA são o Antimoniato de N-metil glucamina, Desoxicolato de anfotericina B e Anfotericina B lipossomal, entretanto todos são tóxicos então é necessária atenção redobrada tanto do paciente quanto do profissional da saúde envolvido durante o tratamento. (PELISSARI et al., 2011)
Alem da leishmaniose outra parasitose causadora de lesões orais é a miiase, que é ocasionada pela deposição de ovos de moscas, geralmente em tecidos mortos ou doentes, porém também pode ocorrer em tecidos saudáveis, tal parasitose acomete comumente indivíduos doentes, idosos e deficientes mentais. Existem três tipos de miiase: primária (obrigatória) que é causada por dípteros que normalmente se desenvolvem dentro ou sobre vertebrados vivos, secundária (facultativa) ocasionada por moscas que geralmente desenvolvem-se em matéria orgânica que está em processo de decomposição, porém que por ventura podem acometer tecidos necrosados de um organismo vivo e a acidental (pseudomiiase ) que ocorre pela ingestão de larvas de dípteros junto com o alimento. (RIBEIRO et al, 2001)
O quadro da miiase muitas vezes é constrangedor para o portador, tendo em vista que tanto a miiase primária como secundária apontam certo descuido com a higiene pessoal por parte do indivíduo. Entretanto quando o paciente possui doenças necrosantes como a leishmaniose, a ocorrência denota o descaso que nosso pais têm para com seus enfermos, principalmente os tipos já citados (idosos e deficientes mentais) devido o estado precário do sistema de saúde pública. (RIBEIRO et al, 2001)
O tratamento em humanos diferente de animais que é realizado com invermectina, é mecânico realizando a remoção de todas as larvas uma por uma, tornando o processo doloroso, constrangedor e incômodo para ambas as partes, já houve varias tentativas de desenvolver outro tratamento por meio de medicamentos sistêmicos, entretanto se mostraram ineficazes em diversos casos e em alguns ocasionaram a migração das larvas para áreas de acesso ainda mais difícil. (RIBEIRO et al, 2001) 
 
Figura 3
:
 Remoção mecânica de larvas e 
debridamento
 de tecido do palato
.
Fonte: (SILVA 
et
 al, 2014)
 
Figura 
4
:
 Vista do palato após o procedimento de remoção
.
Fonte: (SILVA 
et
 al
, 2014)
Diante de tal contexto percebe-se a importância do cirurgião dentista não só como profissional da saúde que irá realizar os procedimentos cirúrgicos orais no tratamento das parasitoses abordadas, mas como um indispensável agente na prevenção de ambas devendo sempre executar uma boa anamnese da cavidade oral do paciente, assim detectando possíveis casos de parasitose.
O diagnostico precoce é imprescindível para aumentar as chances do paciente de retornar seu organismo para um estado de homeostase e evitar a perda de membros ou partes deles, buscando sempre uma maneira de orientar o paciente de acordo com seu nível de entendimento, para uma maior eficiência, já que o paciente deve ser analisado como um todo desde sua condição econômica e escolaridade e não apenas a sua cavidade bucal.
REFERÊNCIAS 
1 - MOTA, Luiz Alberto Alves; MIRANDA, Roberta Ribeiro. Manifestações dermatológicas e otorrinolaringológicas na Leishmaniose. Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia , [s.l.], v. 15, n. 3, p.376-381, set. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/aio/v15n3/v15n3a17>. Acesso em: 15 nov. 2018
2 -  RODRIGUES, Lucas Fonseca et al. Case 10: Paracoccidioidomycosis. Revista Médica de Minas Gerais, [s.l.], v. 23, n. 2, p.273-275, 2013. Disponível em: <http://rmmg.org/artigo/detalhes/49>. Acesso em: 15 nov. 2018
3 - VELOZO, Daniela et al. Leishmaniose mucosa fatal em criança. Anais Brasileiros de Dermatologia, [s.l.], v. 81, n. 3, p.255-259, jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962006000300008>. Acesso em: 15 nov. 2018.
4 - PELISSARI, Daniele Maria et al. Tratamento da Leishmaniose Visceral e Leishmaniose Tegumentar Americana no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, [s.l.], v. 20, n. 1, p.107-110, mar. 2011. Disponível em: <http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v20n1/v20n1a12.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2018.
5- RIBEIRO, Fernando A. Q. et al. Tratamento da miíase humana cavitária com ivermectina oral. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, [s.l.], v. 67, n. 6, p.755-761, 1 nov. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/rboto/v67n6/8442.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2018
6 - SILVA, Juliana Maria Araújo et al. Miíase oral em paciente portadora da doença de Wilson: relato de caso. Revista da Faculdade de Odontologia - Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, v. 19, n. 3, p.364-367, dez. 2014. Quadrimestral. Disponível em: <http://revodonto.bvsalud.org/pdf/rfo/v19n3/a17v19n3.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2018.

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