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ANATOMIA HUMANA NUTRIÇÃO

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ANATOMIA E FISIOLOGIA 
HUMANA BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUNDO NOVO – BAHIA 
2019 
 
 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA BÁSICA 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Definição de anatomia: É a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o 
desenvolvimento dos seres organizados. (seres vivos). Na anatomia observa-se e estuda-se o conhecimento 
do corpo humano com a descrição dos ossos, junturas, músculos, vasos e nervos. Planos e Regiões do Corpo 
Humano / Células, Tecidos e Órgãos. 
A fisiologia é a ciência que estuda as funções dos seres multicelulares (vivos). Muitos dos aspectos da 
fisiologia humana estão intimamente relacionados com a fisiologia animal, onde muita da informação hoje 
disponível tem sido conseguida graças à experimentação animal. 
 A anatomia e a fisiologia são campos de estudo estreitamente relacionados onde a primeira incide 
sobre o conhecimento da forma e a segunda dedica-se ao estudo da função de cada parte do corpo, sendo 
ambas, áreas de vital importância para o conhecimento médico. 
 
Planos e Regiões do Corpo Humano / Células, Tecidos e Órgãos 
 
O corpo humano e constituído de: Cabeça, pescoço, tronco (tórax e abdome), membros superiores 
(torácicos): raiz (ombro), parte livre: braço, antebraço, mão (palma e dorso da mão) e membros inferiores 
(pélvicos): raiz (quadril), parte livre: coxa, perna, pé (planta e 
dorso do pé). 
Nas transições entre o braço e antebraço ha o cotovelo e entre o antebraço e a mão ha o punho isto nos 
membros superiores. Já nos membros inferiores entre a coxa e a perna ha o joelho e entre a perna e o pé ha 
o tornozelo. 
Obs.: A região posterior ao pescoço se chama nuca e a do tronco e dorso. As nádegas correspondem a região 
glútea e a região púbica. 
 
Planos do corpo e posições anatômicas: 
 
A posição anatômica e uma convenção adotada em anatomia para descrever as posições espaciais dos 
órgãos, ossos e demais componentes do corpo humano. 
Na posição anatômica, o corpo estudado deve ficar ereto (de pé), calcanhares unidos, com os olhos voltados 
para o horizonte, os pés também apontados para frente e perpendiculares ao restante do corpo, braços 
estendidos e aplicados ao tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente (os dedos estendidos e 
unidos). Deve-se notar que não e a posição normal dos braços, que normalmente ficariam em torção mais 
ou menos medial (com as palmas voltadas para o corpo, em pronação). E uma posição em que há consumo 
de energia. 
O corpo humano na posição anatômica pode ser dividido conceitualmente em planos. 
· O plano mediano e um plano vertical que passa através do eixo mais longo que cruza o corpo, dos pés ate 
a cabeça; este plano separa o corpo em antímeros direito e esquerdo. O que quer que esteja situada próximo 
a este plano e chamado medial, e o que esta longe dele, lateral. 
· Um plano sagital e paralelo ao plano mediano. 
· O plano coronal e também um plano vertical que passa pelo eixo maior (dos pés a Cabeça), mas e 
perpendicular ao plano mediano, separando a frente do corpo, ou ventre, da parte de trás, ou dorso. Algo 
em posição a frente do plano frontal e chamado anterior, ao passo que algo situado atrás desse plano e 
chamado posterior. 
· O plano horizontal, transverso ou axial atravessa o eixo menor do corpo, do dorso ate o ventre, isto e, da 
posição posterior para a anterior. Divide a estrutura atravessada em porções superior e inferior. 
· De um modo resumido podemos dizer que a posição anatômica do corpo humano encontra-se ereto com 
os pés juntos e a face, os olhos e as palmas das mãos dirigidos para frente. 
 
Decúbitos: 
 
Decúbito e um termo medico que se refere a 
posição da pessoa que esta deitada, não 
necessariamente dormindo. Pode ser referido 
como: 
· Decúbito dorsal ou supina (pessoa que deita com 
a barriga voltada para cima) 
· Decúbito ventral ou prona(pessoa que deita de 
bruços) 
· Decúbito lateral (esquerdo ou direito). 
 
Obs: Ligando a cabeça ao tronco, encontramos o pescoço com segmento na nuca. O nome científico para 
esta região do pescoço é REGIÃO CERVICAL. Os seres humanos nascem com mais de 270 ossos, no entanto 
alguns deles fundem-se num eixo longitudinal, no esqueleto axial, ao qual o esqueleto apendicular está 
ligado. Assim sendo, no momento em que é atingida a idade adulta, alguns dos 270 ossos fundiram-se juntos 
para dar um total de 208 ossos no corpo. 
 
Membros superiores e inferiores 
 
São as extremidades, que se implantam no tronco, através das articulações, sendo elas a CINTURA 
ESCAPULAR (que liga os membros superiores )e a CINTURA PÉLVICA( que liga os membros inferiores ). 
 O membro superior é constituído em seqüência de: braço, antebraço e mão. 
 O membro inferior é constituído em seqüência pela coxa, perna e pé. 
 
 
 
O esqueleto pode ser dividido em duas partes: 
 
1-Esqueleto axial: 
2-Esqueleto apendicular: 
O esqueleto axial é formado pela caixa craniana, coluna 
vertebral e caixa torácica. 
Esqueleto Axial – Crânio 
Os ossos do crânio são chatos e, com exceção da 
mandíbula, articulam-se entre si por junturas que 
não permitem mobilidade suturas. Ao todo são 
22 ossos 8 no crânio; 14 na face. 
 
 
Esqueleto Axial - Coluna Vertebral 
Compõe-se de vértebras: distribuídas em cinco 
grupos: 
 Vértebras cervicais (7); 
 Vértebras torácicas (12); 
 Vértebras lombares (5); 
 Vértebras sacrais (5) 
 Vértebras coccígeas (4). 
 
 
 
Esqueleto Axial - Caixa Torácica 
 
Esqueleto do tórax caixa formada por ossos e 
cartilagens. 
Contém os principais órgãos da respiração e 
circulação cobre parte dos órgãos abdominais. 
Face dorsal: doze vértebras torácicas e parte 
dorsal das costelas. 
Face ventral: esterno e cartilagens costais. 
Faces laterais: costelas separadas pelos espaços 
intercostais ocupados pelos músculos e 
membranas intercostais. 
 
 
 
2-Esqueleto apendicular: 
Compreende a cintura escapular (formada pelas escápulas e clavículas); cintura pélvica (formada 
pelos ossos da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores e inferiores). 
Esqueleto Apendicular - Membros 
 
 Esqueleto Apendicular - Membro Superior: braços, antebraços e mãos. 
 Esqueleto Apendicular - Membro Inferior: coxas, pernas, patela e pés. 
 
Esqueleto Apendicular - Cintura Escapular Esqueleto Apendicular - Cintura Pélvica 
 
 
 
 
Junta ou juntura é o local de junção entre dois ou mais ossos. 
Juntas fixas: ossos firmemente unidos entre si, suturas ossos do crânio sinartroses (junturas fibrosas 
ou imóveis). 
Juntas móveis: ossos móveis permitem ao esqueleto realizar movimentos articulações móveis. 
Articulações móveis - Classificação - Junturas cartilagíneas: articulações com movimentos limitados 
Ex.: articulações das vértebras e dos punhos. 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
O sistema respiratório humano e constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que 
conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a 
boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados 
nos pulmões. 
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons 
durante a passagem de ar. 
Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, 
sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se 
profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente 
ramificado de bronquíolos e a arvorebronquica ou arvore respiratoria. 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
O sistema cardiovascular ou circulatório e uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe 
em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas 
contrações rítmicas do coração. 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e 
glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso e ânus. 
 
Para se desenvolver e manter suas atividades vitais, o organismo humano necessita de energia, obtida a 
partir da metabolização de alimentos. Esta energia é gasta até mesmo quando o organismo está em repouso, 
consumida pelos movimentos de contração do músculo cardíaco e pelos músculos respiratórios, mantendo, também, 
nossa temperatura estável, além de muitas outras funções essenciais para nossa vida. 
A língua 
 
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a 
garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem 
dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os 
quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e 
doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A 
distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da 
língua, não é homogênea. 
 
 
As glândulas salivares 
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar 
saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere 
o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três 
pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual: 
 
Imagem: www.webciencia.com/11_11glandula.htm 
 Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é 
a maior das três; situa-se na parte lateral da face, abaixo e 
adiante do pavilhão da orelha. 
 Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos 
do tamanho de uma noz. 
 Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da 
mucosa do assoalho da boca. 
O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente 
ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado 
pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas ondas 
peristálticas (como mostra a figura do lado esquerdo), levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o 
esôfago. Através dos peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento 
chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre 
nas vias respiratórias. 
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior 
do estômago. 
A digestão é o processo pelo qual grandes moléculas orgânicas presentes nos alimentos como 
proteínas, carboidratos, lipídios etc. são quebradas em moléculas menores pela ação de enzimas digestivas. 
O processo recebe o nome de catabolismo. 
Várias enzimas estão presentes no processo digestivo dos alimentos em nosso organismo. Elas 
diferem entre si pela substância que irão digerir (substrato), quanto aos locais de atuação ao longo do tubo 
digestivo e quanto às condições de acidez (pH) ideais ao seu funcionamento. 
O tubo digestivo pode ser dividido em 3 partes, de acordo com suas funções: 
- Superior 
Abrange a cavidade bucal, a faringe e o esôfago. Tem como finalidade a ingestão, trituração, 
insalivação e transformação dos alimentos em bolo alimentar pastoso. 
- Mediana 
Abrange o estomago e o intestino delgado, que modificam a estrutura química dos nutrientes, 
tornando-se absorvíveis pela corrente sanguínea. 
- Inferior 
Abrange o intestino grosso, o reto e o anus, que reabsorvem a água e eliminam o bolo alimentar não 
aproveitado. 
A digestão tem início na boca constituída dos dentes, língua, duas regiões denominadas palato duro 
(céu da boca) e palato mole (região onde está a úvula ou campainha da garganta) e três pares de glândulas 
– as parótidas, as sub-mandibulares e as sublinguais, responsáveis pela liberação da saliva, denominadas 
glândulas salivares. Elas secretam de 1 a 1,5 litros de saliva por dia e possuem controle nervoso automático. 
A saliva também garante uma boa parte da saúde bucal, fornecendo substancias minerais aos dentes, 
diluindo os ácidos que ai se formam e protegendo a boca e faringe de microrganismos, destruindo-os. 
É na boca que o alimento começa ser triturado pelos dentes que irão fazer com que partículas grandes 
de alimentos tornem-se menores. O alimento é jogado de um lado para outro com auxílio da língua que, 
posteriormente, irá empurrá-lo em direção da faringe no processo denominado deglutição. Nesse ponto a 
digestão é mecânica, mais é ainda na boca que o alimento começa a sofrer a atuação de uma enzima liberada 
pelas glândulas salivares denominadas amilase salivar ou ptialina, cuja função é amolecer o bolo alimentar 
e começar a digerir o amido e carboidratos nele existentes. 
A língua é um órgão muscular, que possui as seguintes funções: 
- Empurrar o bolo alimentar entre os dentes, misturando-os com a saliva; 
- Participar na articulação dos sons; 
- Participar na defesa contra infecções por meio das células linfáticas localizadas na superfície ventral. 
Toda superfície da língua é revestida por numerosas papilas, através das quais podemos sentir o 
sabor dos alimentos. 
Os dentes são constituídos de estrutura rígida, implantados nos maxilares (superior e inferior), 
denominados alvéolos. 
A faringe é um conduto músculo-membranoso que pertence ao aparelho digestivo e respiratório, 
pois se comunica com as cavidades nasais, boca, esôfago e laringe. 
Sua extremidade inferior vai comunicar-se com o esôfago e a traquéia. 
São funções da faringe: 
- Participar da deglutição; 
- Defesa do organismo, através das células linfáticas existentes na cavidade bucal e faríngeana; 
- Participa na audição. 
Durante a deglutição, o alimento é encaminhado para o esôfago, passando antes por uma válvula 
denominada epiglote, que irá fechar a laringe, através de mecanismos reflexos, impedindo com isso que o 
bolo alimentar passe para as vias aéreas, como já assinaladas anteriormente. 
O esôfago é um tubo formado por músculo liso, elástico, que une a faringe ao estomago. Mede cerca 
de 25 cm de comprimento e atravessa o diafragma através de um orifício, denominado Hiato. 
Ao se dirigir ao estômago depois de passar pelo esôfago por meio de contrações coordenadas 
(movimentos peristálticos), o bolo alimentar passa por uma outra válvula denominada cárdia que tem por 
função impedir o refluxo do bolo alimentar do estômago de volta ao esôfago. Em crianças recém-nascidas, 
pelo fato de a cárdia ainda não está bem formada, o refluxo é freqüente. 
O estomago é uma porção dilatada do tubo digestivo, que atua mecânica e quimicamente sobre o 
bolo alimentar. Está situado abaixo do diafragma e a esquerda do fígado. 
Este dividido em quatro secções: 
- Cárdia – porção inicial onde desemboca o esôfago. 
- Fundo – localiza-se na parte superior, projetando-se em direção ao diafragma. 
- Corpo – corresponde a maior parte do estomago. 
- Piloro – parte final, que comunica com o duodeno. 
 
O estomago possui uma curvatura convexa (voltada para o lado esquerdo) e uma pequena 
curvatura côncava (voltada para o lado direito). 
Por dentro, o estomago está forradopor uma mucosa pregueada. As pregas acentuam-se no 
estomago vazio e desaparecem no estomago cheio. 
Internamente, o estomago está revestido de tecido epitelial, que está formado por uma única 
camada de células. A função dessa camada é proteger o estomago contra a ação acida do suco gástrico. 
A parte externa possui numerosos poros que secretam o suco gástrico. 
No estomago, após o relaxamento a cárdia para permitir passagem do bolo alimentar, este começa 
a sofre a ação de uma secreção estomacal denominada suco gástrico rica em ácido clorídrico e em duas 
enzimas, a pepsina e a renina. 
O Ácido clorídrico é uma substância altamente corrosiva com pH em, torno de 2. Essa substância é 
poderosa pois se deixarmos cair um pouco dela na palma de sua mão ou em cima de uma madeira fina, ela 
irá fazer um buraco ao entrar em contato com ela. 
A pepsina principal enzima do suco gástrico, é secretada em sua forma inativa denominada 
pepsinogênio que, ao entrar em contato com o ácido clorídrico, se transforma em pepsina. Tanto a renina 
quanto o ácido clorídrico e o pepsinogênio são secretados por células da mucosa estomacal. 
A renina é uma enzima produzida em grande quantidade no estômago de recém-nascido e de 
crianças. Sua função é coagular o leite de modo que ele permaneça mais tempo no estômago para facilitar 
sua digestão. 
Durante aproximadamente 4 horas, o bolo alimentar transforma-se em uma massa semi-líquida e 
altamente ácida de nome quimo; assim que se vai completando a digestão estomacal, o esfíncter 
denominado piloro abre-se e fecha-se alternadamente, liberando pequenas quantidades de quimo para o 
intestino delgado. 
O intestino delgado é a parte final do tubo digestivo. Nele completa-se a digestão e a absorção dos 
alimentos ingeridos 
É um canal longo, e em seu interior ocorre a maior parte da digestão e absorção dos alimentos. 
O intestino delgado apresenta três partes: 
- Duodeno – porção mais curta, ligando-se ao estomago pelo piloro 
- Jejuno – corresponde a maior porção do intestino 
- Íleo – restante o intestino delgado. 
Após chegar a primeira porção do intestino delgado denominado duodeno, o quimo é neutralizado 
pelo bicarbonato de cálcio liberado pela mucosa intestinal, induzido por um hormônio denominado 
secretina. Nesse momento, já neutralizada sua acidez, o bolo alimentar recebe o nome de quilo. 
Posteriormente, o quilo sofrerá a ação de dois agentes: o suco entérico liberado por milhares de glândulas 
existentes na mucosa intestinal que contém as enzimas enteroquinase, cuja função é ativar a tripsina (uma 
enzima pancreática), e peptidases que atuam na digestão dos peptídeos; o suco pancreático, produzido no 
pâncreas e secretado no duodeno pelo canal colédoco. É no suco pancreático que encontramos as enzimas 
tripsina e quimiotripsina, que irão digerir as proteínas, lípase pancreática que digere lipídios e amilase 
pancrática que continuará a digerir o amido não digerido na baça pela ptialina. Também é no duodeno que 
o bolo alimentar receberá a ação da bile, que não é uma enzima, mas sais que irão emulsificar – quebrara 
moléculas grandes de gordura em moléculas menores – para possibilitar a ação da lípase. A bile é produzida 
no fígado e armazenada na vesícula biliar. 
O intestino grosso é a parte final do aparelho digestivo, compreende: 
 Ceco 
 Cólon ascendente 
 Cólon transversal 
 Cólon descendente 
 Reto 
Do ceco os resíduos alimentares, já constituindo o bolo fecal passam ao colon ascendente, depois ao 
cólon transverso, e a seguir, ao cólon descendente. Nesse ponto, o bolo fecal pode ficar estagnado por 
muitas horas, preenchendo inclusive a curva sigmóide e o reto. 
Por estimulo do sistema nervoso autônomo, o intestino grosso acentua de repente o seu 
peristaltismo, promovendo ondas mais fortes de contração, no sentido de expulsar o bolo fecal através do 
anus. Em condições normais, o relaxamento do esfíncter anal é um ato voluntário, que consentido, termina 
com a dejeção, defecação ou evacuação. 
No intestino grosso não ocorre o processo de digestão, porque recebe os restos alimentares não 
digeridos e não absorvidos pelo intestino delgado, possuindo as seguintes funções. 
- Absorver os restos alimentares aproveitáveis; 
- Reabsorver a água dos sucos digestivos; 
- Eliminar as fezes, que são o resto indigerível do bolo alimentar, que sofreu aço das bactérias do intestino 
grosso. 
 
O FÍGADO, A VESÍCULA BILIAR E O PÂNCREAS 
O fígado é um outro órgão anexo que tem como função importante produzir a bile, que é armazenada 
na vesícula biliar. A bile não possui enzimas digestivas, ela funciona como um “detergente”, que facilita a 
digestão da gordura no estômago, pois ela quebra a gordura em pedaços menores. Antes de ser absorvida 
pelo sangue a gordura é absorvida pelos vasos linfáticos. O Fígado pesa aproximadamente 1,5 quilogramas, 
com 21 centímetros de largura por 17 centímetros de altura e 11 centímetros de espessura, o fígado também 
retira o excesso de glicose (açúcar) do sangue e o armazena como glicogênio, utiliza aminoácidos essências 
para produzir outros aminoácidos que formam as proteínas, remove substancias tóxicas do sangue, 
armazena lipídios, algumas vitaminas como A, D, E, K e B¹² e remove e destrói os glóbulos vermelhos 
desgastados. O pâncreas produz o suco pancreático que é uma mistura de enzimas digestivas, entre elas tem 
a tripsina, a quimiotripsina e a peptidase, que ataca as proteínas; a lípase, que ataca os lipídios; a amilase 
pancreática, que ataca o amido. O pâncreas é um órgão anexo do aparelho digestivo. É uma glândula mista, 
pois tem funções endócrinas (secreta o hormônio da insulina) e exócrinas (fabricação do suco pancreático). 
Após a chegada do bolo alimentar ao duodeno, as células entéricas (intestino) enviam para a 
circulação sanguínea, os hormônios secretina e pancreoziminina, que irão estimular a secreção do suco 
pancreático. 
 
 
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO 
 
A maior parte dos alimentos, ao ser ingerida, encontra-se numa forma física ou química inadequada para que 
seus nutrientes possam chegar as células do organismo. 
Através da digestão, os alimentos são degradados em alimentos mais simples, capazes de atravessar a mucosa 
intestinal, atingir o sangue e chegar as células do organismo. 
Os fenômenos da digestão são: 
- Mecânica 
- Química 
 
DIGESTÃO MECÂNICA 
 
Consiste na mastigação do alimento e na sua progressão pelo tubo digestivo por meio da deglutição e dos 
movimentos peristálticos. 
A mastigação é realizada pelos dentes, que reduzem o alimento a partículas menores, facilitando 
posteriormente a digestão química. 
Os movimentos peristálticos são ondas de contração da musculatura lisa do tubo digestivo, que empurram os 
alimentos e os misturam com os sucos digestivos. 
 
DIGESTÃO QUÍMICA 
 
Consiste nas mudanças de natureza química que os alimentos sofrem ao passar pelo tubo digestivo. 
A digestão química divide-se em três fases: 
- Insalivação – ação da saliva sobre os alimentos 
- Quimificação – ocorre quando o alimento, no estomago, são misturados com o suco gástrico, permanecendo ai por 
varias horas, mantendo-se fechado o esfíncter pilórico, até que o esfincter relaxa e parte do alimento semidigerido e 
altamente acidificado, passando para o intestino delgado. 
- Quilificação – no intestino delgado o quimo sofre a ação de três sucos: pancreático, entérico e biliar, transformando-
se em quilo. 
 
ABSORÇÃO INTESTINAL 
Os produtos da digestão, após serem transformados em quimo (alimento semidigerido), podem ser 
aproveitados pelo organismo, e para isso, eles precisam atravessar a mucosa intestinal a chegar às células pela 
corrente sanguínea, denominamos deAbsorção Digestiva ou Intestinal, que se processa através das vilosidades do 
intestino delgado. 
Uma vez completada a digestão, formam-se moléculas de pequenos tamanhos e solúveis em água, ácidos 
graxos, glicerol, açucares simples e aminoácidos. Essas substancias, juntamente com vitaminas são absorvidos pela 
parede do intestino delgado, que apresenta vilosidades. 
No intestino grosso, só ocorre absorção de água. O material não digerido é acumulado sob forma de fezes, 
cuja cor marrom típica é devida a pigmentos biliares produzidos pelo fígado. 
Para a formação das fezes, muito contribui a flora intestinal, conjunto de bactérias que vivem no intestino. 
 
SISTEMA EXCRETOR 
 
Após a digestão dos alimentos, as substancias absorvidas participam de inúmeros processos, pois as células 
estão em continua atividade metabólica, produzindo substancias úteis que são mantidas e reaproveitadas em 
beneficio do próprio organismo. Os resíduos do metabolismo são eliminados pelo sistema excretor, pois, se 
permanecerem, irão nos intoxicar. A excreção de substancias residuais ocorre no mesmo ritmo com que se formam 
ou ingressam no organismo. 
Além dos resíduos metabólicos, algumas substâncias que se encontram em excesso e que podem causar algum 
desequilíbrio na saúde, tais como água e sais minerais, são eliminados por meio da excreção. 
Para um bom funcionamento do organismo, a quantidade total de água deve ser mantida constante. Esse 
controle é efetuado graças à existência de mecanismos adequados, que mantem o equilíbrio entre a água que ingressa 
e a água que é eliminada. A ingestão de água é regulada pela sede e o controle da eliminação é exercido pelas vias 
renais. 
No adulto, a água representa cerca de 65% de seu peso, e se distribui pelo interior e exterior das células, 
dissolvendo as substancias. 
A água intracelular, com as substancias dissolvidas, forma o liquido intracelular, contido em todas as células 
do organismo, abrange aproximadamente 41% do peso do individuo. O liquido extracelular, que ocupa os espaços 
entre as células e banha os tecidos, chama-se liquido intersticial. Seu volume, no adulto, é de aproximadamente 14 l. 
o liquido extracelular, que ocupa os vasos sanguíneos, é o plasma, e no adulto é de cerca de 3 l. 
Por meio da excreção, podemos eliminar tanto substancias liquidas (urina), como gasosas (gás carbônico) e 
sólidas (fezes). O aparelho urinário é responsável pela produção e excreção da urina. 
O sistema excretor humano consiste de: 
 Dois rins 
 Dois ureteres 
 Bexiga urinaria 
 Uretra 
 
Depois que os tecidos utilizarem os alimentos e o oxigênio necessários para sua manutenção, os detritos 
devem ser eliminados, pois se ficarem no organismo, funcionarão como substancias tóxicas. 
No homem, o sistema urinário é interligado ao sistema genital, enquanto que na mulher esse sistema é 
completamente independente. 
O sistema excretor tem por função: 
 Participar da eliminação dos produtos finais do metabolismo, usando como via de excreção os pulmões, os rins, os 
intestinos e a pele. 
 Controle do equilíbrio hídrico, salino e ácido-basico. 
 
ORGÃOS EXCREÇÃO PROCESSO 
Pele Suor e sebo Sudorese e secreção sebácea 
Pulmões CO2 Expiração 
Rins Produtos nitrogenados Urina 
Tubo digestivo Detritos semi sólidos Fezes 
 
Os rins são órgãos glandulares que poupam ou excretam a água e sais nas quantidades adequadas para 
preservar a normalidade e o meio ambiente em que as células vivem. São os responsáveis pela eliminação dos detritos 
que as células liberam e depositam no organismo que o sangue recolhe (uréia, creatinina, ácido úrico). O acúmulo 
dessas substâncias pode ser letal, pois logo as funções de diversos órgãos e sistemas importantes (coração, sistema 
nervoso, pulmão) são prejudicadas. 
Mais de que forma esses pequenos órgãos que parecem feijões localizados na região lombar (um de cada 
lado), medindo apenas10 cm, podem interferir em questões tão importantes? Uma lesão renal pode realmente levar 
à morte? 
Para que você possa entender o funcionamento dos rins precisa antes saber o que é uma filtragem osmótica 
e hidrostática, pois é através delas que os rins recolhem sais e resíduos do sangue. 
Parece complicado, mas não é. Na verdade é muito simples, você que vê? 
Quando você adoça em excesso seu café, o que fazer para não tomar algo que lhe desagrada? Adicione um 
pouco de café sem açúcar e bem breve o sabor estará mais de acordo com o seu paladar. Como você não está se 
preparando para ser cozinheiro e sim um profissional de saúde, é bom que entenda o que de fato aconteceu com seu 
café. 
As partículas de açúcar, num processo simultâneo e lento, foram infiltrando-se no liquido puro e, mesmo 
que você tenha agitado a mistura, em pouco tempo o liquido ficou uniformemente adoçado. A esse fenômeno, dá-se 
o nome de difusão. 
Agora vamos imaginar que num “arroubo científico”, você colocasse o liquido adoçado (ou salgado) em um 
saquinho permeável e o introduzisse num liquido puro. O que aconteceria? Ainda assim o liquido se tornaria uniforme, 
pois as partículas de açúcar presentes exerceriam uma espécie de pressão, e atravessaria a membrana para difundir-
se no liquido. A esse processo, responsável por todo o equilíbrio fisiológico do organismo, chamamos osmose. 
Deixando o café de lado, se uma célula for imersa em uma solução que tenha a mesma pressão osmótica 
que o liquido encontrado no interior de sua membrana, esta permanecerá estável. Nesse caso, diz-se que a solução 
em que a célula está imersa é isotônica. 
Se a pressão do liquido que circunda a célula for maior (liquido hipertônico) que a do seu interior, ele entrará 
na célula. Se a pressão for maior que a célula pode suportar, esta poderá romper-se: o inverso acontece se o liquido 
circundante for hipotônico (pressão osmótica menor). Nesse caso, ocorrerá a perda de liquido pela membrana da 
célula, o que, dependendo da quantidade, também poderá ser letal para a célula. 
O processo de filtragem do sangue através dos rins acontece de forma bastante semelhante, pois o sangue 
passa através de membranas por ação da pressão hidrostática, isto é, a pressão ocasionada pela força do sangue 
(originada dos batimentos cardíacos) sobre as membranas. 
 
MAIS QUE UM FILTRO: UM PURIFICADOR 
 
A excreção se refere à eliminação de substâncias que já não vão ser utilizadas no organismo e que 
procedem das células e da corrente sangüínea. 
 
 
Você já sabe que durante a circulação o sangue recolhe elementos indispensáveis a vida para serem 
distribuídos por todo o organismo, assim como retira os detritos das células para serem eliminados. 
Dessa forma o gás carbônico é eliminado no pulmão que fornece, em troca, o oxigênio, mas para eliminar 
os detritos celulares e manter a quantidade adequada de água em todo o corpo é necessário o funcionamento dos 
rins. 
O sangue, uma vez impulsionado para artéria aorta, segue sob pressão pelas artérias seguintes. Penetra nos 
rins pela artéria renal que por sua vez se subdivida gradativamente até transformar-se em inúmeras arteríolas. Cada 
uma delas chamadas de arteríolas aferentes penetra em pequenos grãozinhos existentes nos rins, denominados 
cápsulas de Bowmam. No seu interior as arteríolas assumem o calibre de capilares e enrolam-se sobre se mesmas, 
como microscópicos novelos de lã. A esses novelos é que chamamos de glomérulos. A seguir os capilares enovelados 
assumem novamente o calibre de arteríolas e saem da cápsula com o nome de arteríolas eferentes. 
Mas será que as arteríolas eferentes assumem o calibre de capilares, penetrem nas cápsulas de Bowman, 
apenas para mudar de nome ao sair? É certo que não. Uma vez dentro dos glomérulos, o sangue deixa passar água esais pelas paredes permeáveis dos capilares. Os materiais filtrados são absorvidos pelas também permeáveis paredes 
das cápsulas de Bowman, que os deixam passar para a espécie de funil em que estão inseridas. 
Assim, os filtrados penetram em tubos sinuosos – túbulos contorcidos proximais – onde ocorre a absorção 
de água e íons importantes para o funcionamento do organismo como sódio, cloro, glicose, cálcio, fosfato e magnésio. 
Depois de darem muitas voltas para permitir maior absorção, os túbulos formam grandes alças, chamadas 
alças de Henle onde o excesso de água e uma parte do sódio são absorvidos, passando então a formar novamente 
tubos contorcidos ( túbulo contorcido distal). Estes completam a absorção das alças que os antecedem e desembocam 
em túbulos coletores. 
O conjunto de glomérulos e túbulos denomina-se néfron. É fácil de entender por que tradicionalmente se 
diz que o néfron é a unidade funcional dos rins. 
Os túbulos coletores desembocam, por sua vez, em vias de calibres maiores (ductos capilares), que se 
dispõem lado a lado, arrumados como pirâmides, com os vértices voltados para o interior do rim. Esses vértices 
inserem-se em estruturas semelhantes ao nome que possuem: cálice renal, para onde flui o filtrado, quase totalmente 
modificado pela urina. 
Cada grupo de três ou quatro cálices se une num cálice maior, que se comunica com a maior das câmaras 
de saída: a pelve renal. Essas câmaras (uma para cada rim) recebem a urina e afunilam-se formando os ureteres, pelos 
quais a urina chega a uma bolsa muscular capaz de armazenar mais de um litro de líquido, a que chamamos de bexiga. 
A bexiga possui um anel de musculatura lisa e, como você sabe, a ação desse tipo de musculatura independe 
da vontade, o que pode nos levar a situações constrangedora se não atendermos à necessidade de esvaziamento. 
Abaixo dele localizam-se feixes musculares estriados para a micção (ato de urinar) voluntária. 
A eficiência renal por qualquer fator traumático ou por doenças pode levar à perda desnecessária de água 
e de substâncias importantes para o organismo, assim como à eliminação excessiva da água e de elementos 
indispensáveis , como as proteínas. 
A porção final do sistema urinário é a uretra, por onde a urina é expelida. Exige cuidados especiais, pois um 
processo inflamatório na área pode atingir a bexiga chegando até aos rins. No entanto, a ocorrência é comum, 
principalmente em mulheres, por não fazerem, ou fazerem de norma errada, a higiene após defecar. Como profissional 
de saúde, você deve proceder e orientar para que procedam - à higiene sempre do sentido anterior para o posterior, 
nunca retornando, para que as fezes não entrem em contato com a uretra. 
 
FORMAÇÃO DA URINA 
 
A urina é formada pelo processo de filtração do plasma sanguíneo nos rins. Possuímos dois rins – que 
lembram a forma de um feijão – na parte superior do abdome, um em cada lado da coluna vertebral, logo abaixo do 
músculo diafragma. 
Os rins são órgãos de depuração sanguínea e por isso, são ricamente vascularizados pela artéria renal. Além 
de filtrar o sangue, eliminando substancias derivadas do metabolismo celular regulam a quantidade de água e sais 
minerais, mantendo a pressão osmótica; e controlam a concentração da uréia e outros elementos no organismo. 
Internamente, os rins possuem estruturas microscópicas denominadas nefrons (temos aproximadamente 2 
milhões em cada rim). Os nefrons são os responsáveis pela depuração do plasma sanguíneo. 
A água e todos os componentes do plasma, exceto as proteínas, são filtrados pelo endotélio dos capilares 
glomerulares e pelo epitélio capsular interno, constituintes do nefron. O liquido filtrada passa aos túbulos do nefron 
e sofre modificações em conseqüência da reabsorção e secreção de seletivas, seguindo para os túbulos coletores, nos 
quais ocorre a reabsorção da maior parte do liquido capsular. Os túbulos coletores reúnem-se formando estruturas 
denominadas, individualmente, de pirâmide renal. Das pirâmides renais sai a urina, continuamente, em pequenas 
gotas e são recebidas nos cálices. Os cálices são pequenas câmaras que desembocam na pelve renal (bacinete), cuja 
forma assemelha-se a um funil. 
 
SISTEMA ENDÓCRINO 
 
 
 
Hoje em dia é muito comum escutarmos que uma pessoa procurou auxílio de um médico por estar muito 
gorda ou por estar com atraso no ciclo menstrual e que recebeu como resposta que esta com problemas hormonais. 
Mas o que são hormônios? De onde eles vêm? 
Nem só pelo sistema nervoso ocorre o controle das funções vitais como: digestão, reprodução, exceção e etc. 
Elas também são controladas por um sistema que possuem estruturas especializadas par que sejam liberadas dentro 
da corrente sangüínea determinadas substâncias que irão controlar o funcionamento de várias células e alguns órgãos 
importantíssimos para a nossa sobrevivência. O sistema em questão recebe o nome de sistema endócrino e as 
estruturas que o compõe são chamadas de glândulas endócrinas, que, por sua vez, irão liberar substâncias 
denominadas hormônios. 
Quando o nosso corpo necessita de respostas muito rápidas, em curto espaço de tempo, como por exemplo, 
os movimentos de andar, correr, utilizamos para isso a via nervosa e quando necessitamos de estímulos contínuos e 
em maior espaço de tempo, como regular a taxa de açúcar no sangue, controlar o crescimento, as transformações do 
corpo durante a puberdade temos o sistema endócrino, que é responsável pela produção de hormônios. 
Um exemplo de controle hormonal pelo sistema endócrino é o nanismo e o gigantismo, que são resultantes 
da secreção anormal do hormônio do crescimento. 
 
GLANDULAS 
 
 As glândulas formam o sistema endócrino e são órgãos que produzem diversas substancias (secreções). Essas 
secreções podem atuar sobre as células situadas na vizinhança do órgão secretor, ou ser lançada na corrente sanguínea 
indo atuar sobre as células e órgãos nas partes mais distantes do corpo. A ação do sistema endócrino permite, então, 
que o nosso organismo responda às variações, mantendo-nos em homeostase, além de promover transformações 
necessárias ao nosso desenvolvimento. 
As glândulas são comumente classificadas de acordo com a forma de eliminar suas secreções. As glândulas 
exócrinas (exo = fora) são aquelas que possuem ductos pelos quais eliminam suas secreções, como as glândulas 
salivares, as sudoríparas, as lacrimais e as mamarias. Já as glândulas endócrinas (endo = dentro), não possuem ducto 
e, portanto, lançam seu produto de secreção (hormônio) diretamente na corrente sanguínea. O terceiro tipo de 
glândula é a mista, que envia algumas secreções por ductos e outras pela corrente sanguínea, como o pâncreas. A 
parte exócrina do pâncreas lança o suco pancreático por um ducto (ducto pancreático) no interior do intestino e a 
parte endócrina é responsável pela produção de insulina, o hormônio que regula a taxa de glicose no sangue, lançada 
diretamente na corrente sanguínea. 
As secreções fabricadas pelas glândulas endócrinas são denominadas hormônios, substâncias químicas que 
atuam no sentido de controlar ou ajudar no controle de alguma função. Os hormônios são lançados na corrente 
sanguínea e transportados até o local de sua ação. A quantidade de hormônio produzida é sempre pequena, mas sua 
ação é enorme. Só alguns miligramas de hormônios são necessários para desenvolver o processo de maturação sexual, 
desencadeando as transformações da puberdade. 
O sistema nervoso e as glândulas regulam a produção hormonal. Se a quantidade de hormônio existente no 
sangue é alta, a glândula diminui a sua produção. As principais glândulas do nosso corpo são: a hipófise, a tireóide, as 
paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas.HIPÓFISE OU PITUITÁRIA 
 
É considerada a glândula-mestra do organismo, pois por meio de sue hormônios, controla varias outras 
glândulas. Embora seja do tamanho do grão de ervilha, ela tem enorme influencia no organismo. Alojada numa 
concavidade na base do crânio, a sela túrcica, a hipófise possui regiões, a adeno-hipofise (região anterior) e a neuro-
hipofise ( região posterior), com uma pequena zona intermediaria entre elas. 
A neuro-hipofise, em certo sentido, não é uma glândula, pois não secreta os hormônios antidiuréticos e 
ocitocina, apenas serve como deposito, armazenando-os até que os impulsos nervosos sejam transmitidos para 
provocar sua liberação. Esses hormônios são produzidos por neurônios no hipotálamo anterior. O antidiurético age 
sobre os rins, nos quais estimula a reabsorção da água nos nefrons. Já a ocitocina estimula a contração do músculo do 
útero e das mamas, sendo importante por ocasião do parto e no período da amamentação, pois promove a ejeção do 
leite. Além disso, a ocitocina ajuda o útero a contrair-se, para expulsar o bebe no momento do parto e, após o parto, 
para que o útero volte ao tamanho normal. 
A adeno-hipofise (anterior) secreta o hormônio do crescimento e hormônios que regulam a atividade outras 
glândulas (a tireóide, as supra-renais e as gônadas). O hormônio do crescimento é secretado durante toda a vida de 
pessoa. Durante a fase de crescimento, esse hormônio atua promovendo o desenvolvimento e o aumento de todos 
os tecidos corporais, aumentando as dimensões de todas as células, bem como seu numero. 
Embora o crescimento corporal cesse na adolescência, após essa fase, a secreção do hormônio do crescimento 
diminui um pouco, mas nunca cessa e continua a promover a síntese de proteínas e de outros elementos celulares. 
Os outros hormônios secretados pela adeno-hipofise regulam a secreção de outras glândulas endócrinas, são 
eles: o hormônio tireoestimulante, que controla a secreção da tireóide; o hormônio adenocorticotrófico, que controla 
a secreção das supra-renais; e, os hormônios gonodotroficos que regulam a secreção dos testículos no homem e dos 
ovários na mulher. 
O tireoestimulante e o adenocorticotrofico atuam de forma muito semelhante, promovendo o aumento no 
numero de células e o grau de atividade da tireóide e das supra-renais, respectivamente. 
O hormônio foliculoestimulante e o luteinizante são os hormônios gonodotroficos. Na mulher, o 
foliculoestimulante desencadeia o crescimento dos folículos ovarianos e estimula os ovários a secretar estrogênios, 
um dos hormônios femininos. No homem, o foliculoestimulante promove o crescimento o epitélio germinativo dos 
testículos, o que desencadeia o desenvolvimento dos espermatozóides. O outros hormônio gonodotrofico, o 
luteinizante, atua no sexo feminino sobre a secreção dos estrogênios e da progesterona pelos ovários, além de 
promover a ovulação. No sexo masculino, o hormônio luteinizante faz com que os testículos secretem a testosterona, 
o hormônio sexual masculino. 
Durante a gravidez e no período da amamentação, a adeno-hipofise secreta também o hormônio prolactina, 
que estimula o crescimento das mamas bem como a produção do leite. 
 
TIREÓIDE 
 
É outra importante glândula endócrina, localizada sob a laringe, em frente a traquéia, ela é constituída por 
dois lobos unidos por um istmo, que se alonga. Seu principal hormônio é a tiroxina, que estimula o metabolismo geral, 
fazendo com que o corpo queime todos os seus carboidratos de forma muito rápida, reduzindo, em seguida, de modo 
acentuado, as reservas de gordura. Ela atua também sobre o coração, aumentando também seu metabolismo, sua 
frequência e a força de sua contração. Sobre o sistema nervoso e tubo digestório, a tiroxina também atua no sentido 
de estimular suas atividades. Assim, se sua secreção estiver desregulada, a pessoa pode se tornar apática, sonolenta, 
obesa e com raciocínio lento, no caso da secreção estar abaixo do normal; ou, agitada, nervosa, magra, de olhos 
saltados (exoftalmia), quando a excesso de secreção de tiroxina. Estes estados anormais de secreção de tiroxina são 
denominados, respectivamente, hipotireoidismo e hipertireoidismo. 
Possuímos quatro glândulas paratireóides, duas atrás de cada lobo tireoidiano, massas distintas e diminutas 
que secretam o hormônio paratireoidiano, também chamado de paratormônio, que regula a troca de cálcio e fósforo 
no organismo pelo sangue. Alterações na secreção do paratormônio afetam o organismo, assim, a diminuição da taxa 
de cálcio no sangue altera a transmissão de impulsos nervosos, tornando-os repetitivos e incontrolados, como 
resultado a pessoa apresenta contrações musculares violentas (tetania), seu excesso também é prejudicial, pois o 
aumento da concentração de cálcio no sangue pode indicar que houve absorção exagerada do cálcio dos ossos, 
provocando, portanto, a descalcificação dos ossos e dentes, tornando-os sujeitos a deformação e fraturas. 
 
SUPRA-RENAIS 
 
As glândulas supra-renais são duas pequenas glândulas situadas, como o próprio nome indica, acima dos rins, 
como se fossem gorros. Elas são constituídas de duas partes: o córtex (externo) e a região medular (interna). 
A região medular constitui-se de cordões celulares, vasos venosos e fibras nervosas. A adrenalina e a 
noradrenalina são hormônios secretados na região medular, cuja atuação combinada produz quase que os mesmos 
efeitos sobre todos os sistemas de órgãos do corpo que a estimulação simpática direta. 
 O córtex das supra-renais produz diversos tipos de hormônios, os mineralacorticoides, que controlam a 
excreção de sódio e potássio pelos rins, regulando assim, as quantidades e as concentrações desses íons no liquido 
extracelular, sendo a aldosterona o mineralacorticoide mais importante. Outros tipos de hormônio do córtex supra-
renais são os glicocorticoides, que participam dos mecanismos do controle do metabolismo das proteínas, das 
gorduras e dos carboidratos. Embora suas funções não sejam tão bem compreendidas quanto às funções dos 
mineralacorticoides, muitos dos sistemas metabólicos do corpo ficam prejudicados na falta destes hormônios, 
tornando a pessoa muito vulnerável ao trauma e a qualquer doença que tenta destruir os tecidos. A cortisona é um 
hormônio glicocorticoide com ação antiinflamatória. 
O terceiro tipo de hormônio do córtex da supra-renal são os androgênios que produzem efeitos 
masculinizantes sobre o corpo, semelhantes aos produzidos pelo hormônio testicular masculino. 
 
PÂNCREAS 
 
Como já dissemos, o pâncreas é uma glândula mista, sua porção endócrina secreta os hormônios insulina e 
glucagon, ambos com efeitos extremamente significativos sobre o metabolismo da glicose, regulando, desta forma, 
sua concentração no sangue. 
A insulina promove o transporte da glicose sanguínea para o interior de quase todas as células do corpo, para 
produção de energia para as funções celulares, diminuindo assim a sua concentração no sangue, por meio, 
principalmente, de seu efeito sobre o fígado, provocando a liberação de glicose por esse órgão. Assim, a insulina, 
impede que o teor sanguíneo de glicose fique muito elevado enquanto o glucagon impede que fique muito reduzido. 
 
OVÁRIOS 
 
 Os ovários são duas glândulas, uma de cada lado, que fazem parte do aparelho reprodutor feminino e que 
estão localizados abaixo da cavidade abdominal em uma região denominada pelve ou cavidade pélvica, ligadas ao 
útero através de dois ligamentos denominados ligamento de ovários. 
Os ovários são responsáveis pela produção e liberação de dois hormônios, o estrogênio ou hormônio folicular, 
que controla o desenvolvimento das características sexuais femininas como: aumento dos seios, depósito de gordura 
nas coxas e nádegas, aparecimentode pêlos pubianos e estímulo também ao impulso sexual. Já a progesterona, 
responsável pela implantação do óvulo fecundado na parede uterina e pelo desenvolvimento inicial do embrião, 
estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias. 
Além de produzir hormônios, os ovários também são responsáveis pela produção das células sexuais femininas 
denominadas ovócitos. 
 
TESTÍCULOS 
 
São em número de dois, estão localizados na pelve e fazem parte do aparelho reprodutor masculino; são 
protegidos por uma bolsa denominada bolsa escrotal ou escroto. 
Os testículos produzem um hormônio denominado testosterona que controla as características sexuais 
masculinas como aparecimento de barba, pêlos no tórax, desenvolvimento da musculatura, e o impulso sexual. 
Além da produção de hormônio, os testículos são responsáveis também pela produção das células sexuais 
masculinas denominadas espermatozóides ou sptz. 
 
TIMO 
 
É outra glândula endócrina, situada na parte inferior da traquéia e entre os pulmões. No adulto, consta de dois 
pequenos lobos e seus hormônios intervem no metabolismo dos sais de cálcio durante a fase de crescimento. Sua 
função ainda não se encontra devidamente conhecida; sabe-se que desempenha um papel importante no pré-
processamento dos linfócitos “T”, as células responsáveis pela imunidade celular, no período que antecede o 
nascimento e por alguns meses após o parto. 
 
Referências 
 
DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ed. São Paulo: Atheneu, 
2001. 
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 
TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2002.

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