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SINALIZAÇÃO CELULAR E RECEPTORES Profa. Maria Inês Lenz Souza maria.souza@ufms.br SINALIZAÇÃO CELULAR c o m u n ic a ç ã o órgãos tecidos células sinais químicos e elétricos comunicação constante x organelas sistemas nervoso e endócrino interação célula x meio extracelular participar processos migração celular interpretar sinais ambiente alterações fisiológicas alterações padrão diferenciação celular englobamento moléculas biológicas membrana influência balanço iônico PROTEÍNAS RECEPTORAS grande diferenciação estrutural e funcional proteínas R variabilidade funcional membranas biológicas ASPECTOS CARACTERÍSTICOS DA COMUNICAÇÃO CELULAR produção de sinal em uma célula transmissão do sinal célula-alvo transdução do sinal como resposta pela célula-alvo soranadia.blogspot.com TIPOS DE SINALIZAÇÃO CELULAR DIRETA: - poros aquosos membrana: junções comunicantes - sinais elétricos (diretamente) e químicos - íons, pequenas moléculas (aác., ATP, AMPc) - se [Ca2+] intracelular ou pH fechamento junções TIPOS DE SINALIZAÇÃO CELULAR INDIRETA: - autócrina - parácrina - endócrina - nervosa COMUNICAÇÃO EXÓCRINA: mensagens químicas entre indivíduos (feromônios) ms a segundos ms segundos a minutos Sinal Recepção Amplificação Transdução Resposta (s) várias vias de transdução sinal reações bioquímicas Biológica (s) alteração metabolismo diferenciação celular crescimento divisão celular 500-100.000 R membrana celular SOLUBILIDADE DAS SUBST. QUÍMICAS hidrossolúvel lipossolúvel junções comunicantes: transporte entre lados da membrana sem sair do meio aquoso sedis.ufrn.br CLASSES DE SUBST. QUÍMICAS DA SINALIZAÇÃO CELULAR peptídeo = cadeia <50 aác. proteína = cadeia >50 aác DIFUSÃO DE ESTEROIDES pequenas distâncias: dissolvidos líq. extracelulares longas distâncias: ligados às proteínas carreadoras equilíbrio mensageiro livre x ligado às proteínas se quantidade mensageiro liberada cél. secretora quantidade mensageiro liberada para cél.-alvo se quantidade proteína carreadora quantidade mensageiro livre e vice-versa RECEPTORES INTRACELULARES DE ESTEROIDES atuação fatores transcrição controlar expressão genes-alvo (efeito + lento) AMINAS subst. com grupo amina (-NH2) ligado ao carbono AMINAS BIOGÊNICAS sinalização catecolaminas, T3, T4, serotonina, melatonina, histamina, Ach EICOSANOIDES neurotransmissor mensageiro químico parácrino ácido araquidônico: prostaglandinas, leucotrienos, tromboxanos ½ vida muito curta (poucos segundos) R transmembrana ligação com R-canabinoide (THC) no encéfalo ações GASES NO - ½ vida 2-30 segundos CO sulfeto de hidrogênio mensageiros químicos PURINAS AMP ATP nucleotídeos de guanina neurotransmissores e neuromoduladores parácrinos ADENOSINA sistema imune: cura feridas neurotransmissor calmante: inibitório R transmembrana exocitose ou difusão facilitada RECEPTORES alterações atividade funcional domínio citoplasmático cascata reações intracelulares alterações comportamento celular sinal RECEPTORES x LIPOSSOLUBILIDADE membrana intracelulares RECEPTORES DE MEMBRANA início internalização ligante via estrangulamento membrana + formação vesícula transporte intracelular ligante indução resposta biológica R + ligante RECEPTORES DE MEMBRANA RECEPTORES ≠ isoformas ≠ ações biológicas down-regulation (regulação para baixo) up-regulation (regulação para cima) bioradicaislivres.blogspot.br DOWN-REGULATION uso regular droga nº R cél.-alvo (varia com tempo) intensidade sinal prazer/resposta manter homeostase UP-REGULATION ex.: cafeína liga-se ao R-adenosina adenosina: NT inibitório atividade cerebral (efeito calmante) cafeína: antagonista do R-adenosina liga (mas não ativa) cafeína + R- adenosina estimulação resposta cérebro remoção efeito calmante adenosina nº R- adenosina CONSTANTE DE DISSOCIAÇÃO [ ] necessária de mensageiro para que ½ dos R da superfície da célula esteja ocupada pelo ligante Kd R alta afinidade Kd baixa R baixa afinidade Kd alta loja.bioaulas.com.br CONSTANTE DE ASSOCIAÇÃO afinidade da interação ligante-R inverso da Kd Ka Ka • afinidade ligação + firme ao R atividade cél.-alvo • em baixa [ligante] REMOÇÃO DO HORMÔNIO DO SANGUE captação moléculas sinalizadoras do líq. extracelular por células adjacentes enzimas que degradam molécula sinalizadora endocitose complexo ligante-R: internalização do R (reciclagem) inativação por fosforilação inativação das vias de sinalização intracelulares [moléculas sinalizadoras] dissociação complexos ligante-R Moyes & Schulte (2010) VIAS DE TRANSDUÇÃO DE SINAL ligante + R mudança conformação R via transdutores de sinal (amplificação) Moyes & Schulte (2010) VIAS DE TRANSDUÇÃO DE SINAL R intracelulares canais iônicos controlados por ligante R enzimáticos RAPG Moyes & Schulte (2010) TRANSCRIÇÃO DE SINAL VIA RECEPTORES INTRACELULARES fatores transcrição genes-alvo domínios: - ligação ao ligante - ligação ao DNA - transativação citoplasma: ligante + R núcleo núcleo: ligados ao DNA (via elemento responsivo) ligante + elemento responsivo ativa domínio transativação regulação transcrição ou RNAm ação lenta: ativar - efeitos 1ários: em 30 min. - efeitos 2ários: horas ou dias marcosmucheroni.pro.br TRANSCRIÇÃO DE SINAL VIA RECEPTORES INTRACELULARES Moyes & Schulte (2010) TRANSCRIÇÃO DE SINAL VIA CANAIS IÔNICOS CONTROLADOS POR LIGANTES ligante + canal iônico mudança conformação canal gradiente eletroquímico íons alteração potencial membrana celular ação rápida sinal cél.-alvo TRANSCRIÇÃO DE SINAL VIA CANAIS IÔNICOS CONTROLADOS POR LIGANTES TRANSCRIÇÃO DE SINAL VIA RECEPTORES ENZIMÁTICOS domínio ligação ao ligante (extracelular) domínio transmembrana domínio catalítico (intracelular) cascata transdução intracelular (cascatas de fosforilação) célula-alvo proteínas fosforilam desfosforilam outras proteínas amplificação resposta celular RECEPTORES ACOPLADOS À ENZIMAS RECEPTORES ACOPLADOS À ENZIMAS TRANSCRIÇÃO DE SINAL VIA RECEPTORES ENZIMÁTICOS R-guanilato-ciclase R-tirosina-quinase R-serina/treonina-quinase quinases/cinases: enz. fosforilam outras proteínas 2º mensageiro: - subst. baixo peso molecular e capacidade difusão - atua como parte via transdução intracelular TRANSCRIÇÃO DE SINAL VIA RECEPTORES ENZIMÁTICOS Moyes & Schulte (2010) RECEPTOR GUANILATO CICLASE Moyes & Schulte (2010) ex.: R-PNA RECEPTOR TIROSINA QUINASE Moyes & Schulte (2010) ex.: insulina, EGF, VEGF crescimento e diferenciação celular TRANSDUÇÃO DE SINAL VIA CASCATA DEFOSFORILAÇÃO DE MAP-QUINASE R-tirosina-quinase: Ras cascata fosforilação serina/treonina Ras MAP-quinases fatores crescimento amplificação crescimento e metabolismo celular câncer Moyes & Schulte (2010) ativa TRANSDUÇÃO DE SINAL VIA CASCATA DE FOSFORILAÇÃO DE MAP-QUINASE Ras: proteína G monomérica ativa cascata cinases núcleo Raf: Ras-GTP ativa MAP-cinase-cinase (MEK) fosforila proteína-cinases ativadas por mitógenos (MAPK) ou cinases reguladas por sinais extracelulares (ERK) MAP-cinases ativadas citosol núcleo: fosforilam Fos, Jun, Myc (fatores transcrição genes-alvo) estimulação genes efeito biológico 14-3-3: binds phosphorylated target proteins Ras: Raf activating factor Raf: Rapidly accelerated fibrosarcoma MEK: MAP and ERK activating kinase ERK: Extracellular signal-regulated kinase MAP: Mitogen activating protein kinase Mitogen: dirige células para mitose Cascata de ativação kinase MAP controla crescimento e proliferação celular GRB2: G protein-signaling receptor binding protein 2 Sh: domínio de homologia Src kinase União do hormônio causa ativação da dimerização kinase e fosforilação dos resíduos tirosina do R citosólico R-EGF requer um adaptador para ativar a Ras proteína G JAK: janus kinase STAT: transdutores de sinal e ativadores de transcrição R citocinas sem união ao ligante Dimerização e fosforilação de tirosinas de ativação de borda Fosforilação de resíduos tirosina adicionais R citocina induzem cascatas sinalizadoras JAK/STAT e trabalham independentemente de proteínas G O2 (percebido pelas células renais, que monitoram O2) Epo hemáceas Eritropoietina estimula a formação de células sanguíneas vermelhas na medula óssea RECEPTORES SERINA/TREONINA QUINASE ativam diretamente cascatas fosforilação (sem Ras) TGFβ: R-TGFβ-I e –II Moyes & Schulte (2010) RECEPTORES SERINA/TREONINA QUINASE TGFβ: R-TGFβ-I e –II proteínas-alvo: SMADs Moyes & Schulte (2010) RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G proteínas membrana: 7 domínios transmembrana hidrólise GTP subunidades α β (heterotrimérica) RAPG: subunidade β = canal iônico alteração potencial membrana RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G R -adrenérgicos, R-glucagon proteínas ligadoras hormônios peptídicos moléculas odoríficas eicosanoides, outros compostos 1000 RAPG, alvo 60% drogas terapêuticas 1º: rodopsina (retina) ligante+R pode ativar várias proteínas G amplificação sinal ação hormônio secreção hormônio neurotransmissão quimiotaxia exocitose controle PA embriogênese crescimento e diferenciação celular desenvolvimento olfato, tato, visão infecção viral Funções biológicas mediadas RAPG RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G Moyes & Schulte (2010) AÇÃO DA PROTEÍNA G VIA Ca2+- CALMODULINA calmodulina: proteína ligadora Ca2+ 4 sítios ligação ocupados Ca2+ ativa calmodulina interação outras proteínas ex.: família serina/treonina quinase: proteína-quinase dependente Ca2+-calmodulina (CaM-quinase) neurônios catecolaminérgicos, memória, aprendizado PROTEÍNA G abertura canais Ca2+ Ca2+ citoplasma ativa cascata transdução sinal cél.-alvo AÇÃO DA PROTEÍNA G VIA ENZIMAS AMPLIFICADORAS ou atividade enz. amplificadoras Prot. G inibidora ou estimuladora ativação 2º mensageiro: - Ca2+ - GMPc - fosfatidilinositol - AMPc respostas em ms-h AÇÃO DA PROTEÍNA G VIA ENZIMAS AMPLIFICADORAS: guanilato-ciclase/GMPc AÇÃO DA PROTEÍNA G VIA ENZIMAS AMPLIFICADORAS: guanilato-ciclase/GMPc rim e intestino: - mudanças transporte iônico - retenção água cérebro: - desenvolvimento - função adulto coração: - relaxamento: inotropismo (estímulo bomba Ca2+) degradação: fosfodiesterase GMPc 5’ GMP várias isoformas AÇÃO DA PROTEÍNA G VIA ENZIMAS AMPLIFICADORAS: guanilato-ciclase/GMPc Peptídeo Natriurético Atrial (PNA) resposta distensão volume rim: ativação GC ductos coletores - excreção Na+ e água músc. liso vasos sang. - vasodilatação FS PA AÇÃO DA PROTEÍNA G VIA ENZIMAS AMPLIFICADORAS: adenilato-ciclase/AMPc cafeína, teofilina, teobromina: estimulantes AMPc inibição fosfodiesterase do AMPc prolongando efeitos hormônios estimuladores AMPc AMPc Ca2+ - CALMODULINA Ca2+ x regulação via sinalização AMPc interação com: - adenilato-ciclase catalisa AMPc - AMPc-fosfodiesterase inativa AMPc PKA (parte via sinalização AMPc) fosforila canais e bombas Ca2+ altera atividade transdução sinais rede mensageiros químicos + amplificação gerar respostas complexas SINALIZAÇÃO CELULAR
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