Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Estrutura das sociedades no Brasil Sociedade empresária é um tipo de aglutinação de esforços de diversos agentes, interessados nos lucros que uma atividade econômica complexa, de grande porte, que exige muitos investimentos e diferentes capacitações, promete propiciar. É a que explora uma empresa, ou seja, desenvolve atividade econômica de produção ou circulação de bens e serviços, normalmente sob a forma de sociedade limitada ou sociedade anônima. 2 • Duas são as espécies de sociedades no direito brasileiro: a simples e a empresária. • A sociedade simples explora atividades econômicas específicas e sua disciplina jurídica se aplica subsidiariamente à das sociedades empresárias contratuais e às cooperativas (é um movimento econômico e social, entre pessoas, em que a cooperação baseia-se na participação dos associados, nas atividades econômicas 3 • (agropecuárias, industriais, comerciais ou prestação de serviços) com vistas a atingir o bem comum e promover uma reforma social dentro do capitalismo. • No Direito Societário, empresário, para todos os efeitos, é a sociedade, e não seus sócios. Estes serão chamados de empreendedores (investem capital e são responsáveis pela concepção e condução do negócio) ou investidores (aquele que contribui apenas com o capital para o desenvolvimento da empresa. 4 • Sociedade empresária é um conceito mais amplo que sociedade comercial, pois abarca uma das maneiras de organizar, a partir de investimentos comuns de mais de um agente, a atividade econômica de produção ou circulação de bens e serviços. • As sociedades empresárias são sempre personalizadas, ou seja, são pessoas distintas dos sócios, titularizam seus próprios direitos e obrigações. 5 • Princípios seguidos pela Sociedade Empresária • Há princípios implícitos e explícitos para o regramento da matéria societária. • Tem-se dois princípios explícitos dos quais decorrem todos os demais que se interpenetram, sendo princípios “reitores”: • a sociedade empresária é fruto de um contrato plurilateral de organização; e • a sociedade empresária é uma pessoa jurídica de direito privado. 6 • O restante são princípios implícitos, pois se encontram disposto subentendidos no corpo normativo. São princípios orientadores, que funcionam como “parâmetros de interpretação e atualização das normas reg entes da vida negocial”. São eles: • conservação da empresa; • defesa da minoria societária; • tutela da pequena e média empresa; • liberdade de contratar e autonomia da vontade; 7 • legalidade; • controle jurisdicional e; • responsabilidade societária. • Contrato Social • O contrato plurilateral tem como instrumento o consenso plurianual, onde há um paralelismo de intenções, sendo o objetivo comum a todos, qual seja, a organização de uma empresa para a obtenção de lucro. 8 • O termo "plurilateral" não é referente à quantidade de sócios, mas à viabilidade da participação de um número indeterminado de partes. • Este contrato é “programático, porque estabelece uma verdadeira programação da vida social”,(...) é um compromisso de realização de determinado objeto, ou seja, de determinada atividade empresarial”. 9 • O contrato plurilateral da sociedade empresária pode ser formalmente materializado em instrumento público ou particular, não havendo vinculação instrumental, o que significa que futuras alterações possam ser efetivadas por outro meio. • A validade do contrato de sociedade empresária está relaciona no artigo 104 do Código Civil de 2002, que exige a “coexistência de três elementos comuns” : 10 • capacidade do agente • licitude, possibilidade e determinação do objeto; e • forma prescrita ou não defesa em lei. • O contrato social, embora não vedado o contrato oral pela lei, deve obrigatoriamente ter registro na Junta Comercial. • Assim, o contrato social deve ser “escrito, lavrado por instrumento particular ou público, de acordo com regras peculiares a cada tipo societário”. 11 • contrato social possui “conteúdo misto”, como duas espécies de cláusulas: • cláusulas que podemos chamar de cogentes, porque decorrentes de imposições legais e portanto indisponíveis; e • cláusulas dispositivas, ou seja, de livre pactuação entre os sócios. 12 • “Os requisitos necessários ao arquivamento do contrato social no Registro de Empresas Mercantis e Atividades Afins são estipulados no art.56 da Lei n° 8.884/94 e no art. 53, inciso III, do Decreto n° 1.800/96: • tipo de sociedade mercantil adotado; • declaração precisa de seu objeto social; • capital social, forma e prazo de sua integralização, e quinhão de cada sócio; 13 • identificação e qualificação dos sócios, procuradores, representantes e administradores; • prazo de duração da sociedade; • nome empresarial; e • endereço completo da sede e das filiais declaradas. 14 15 • Classificação • Pela natureza do ato constitutivo • As sociedades empresária têm a possibilidade de nascer ou de um contrato social ou de um estatuto social. • Sendo as estas chamadas de sociedades institucionais ou estatutárias e as primeiras de sociedades contratuais. • As sociedades contratuais são “muito mais suscetíveis ao desfazimento estrutural pela possibilidade de resolução em relação a um ou mais sócios. Sendo que o fato diferenciador entre ambas é “o ato formalizador da vontade inaugural dos sócios e o grau de estabilidade” • As sociedades institucionais são as sociedades anônimas e as sociedades em comandita por ações. As restantes são contratuais. 16 • Quadro de Sociedades segundo o Código Civil de 2002 • A) Sociedade não personificada - Art. 986 a 996 CC 2002. • Sociedade em Comum Art. 986 a 990 CC • Sociedade em Conta de Participação – Sócio Ostensivo Art. 991 a 996 CC 2002 17 • B) Sociedade Personificada - Art. 997 a 1.141 CC 2002 • B1) Não Empresarial • Sociedade Simples Art. 966 par. único e Art 997 a 1038 CC 2002 • Ex: Sociedade Cooperativa Art. 1.093 a 1.096 CC 2002, e Lei nº 5.764/71. 18 • B2) Soc. Empresarial • Sociedade Ltda --- Art. 1.052 a 1.087 CC 2002. • Sociedade Anônima ou CIA --- Art. 1.088 CC 2002, e Lei 6.404/1976. • Sociedade em Nome Coletivo --- Art. 1.039 a 1.044 do CC 2002. • Sociedade em Comandita Simples --- Art. 1.045 a 1.051 do CC 2002. • Sociedade em Comandita Ações --- Art. 1.090 a 1.092 do CC 2002. 19 • Art. 985. A sociedade passa a existir legalmente com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150 = Registro). • Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. 20 • Somente as limitadas e anônimas possuem importância econômica. As outras são constituídas apenas para atividades marginais, de menor envergadura. • Sociedades de Pessoas • Aquela sociedade em que a realização do objeto social depende fundamentalmente dos atributos individuais dos sócios. A pessoa do sócio é mais importante que sua contribuição material para a sociedade. Ex.: duas pessoas que se organizam para criar uma empresa de prestação de serviços. 21 • Como os atributos individuais do adquirente de uma participação podem interferir na realização do objeto social, a cessão da participação societária depende da anuência dos demais sócios. • O ingresso de novo sócio está condicionado à aceitação dos outros sócios,cujos interesses podem ser afetados. • As sociedades em nome coletivo e em comandita simples são de pessoas. • A sociedade limitada pode ser de pessoas e capital. 22 • Sociedades de Capitais • Nesse tipo de sociedade, as aptidões, a personalidade e o caráter do sócio são irrelevantes para o sucesso ou insucesso da empresa explorada pela sociedade. Por exemplo: quando uma pessoa compra uma ação de uma instituição financeira, as qualidades subjetivas desse acionista não interferem de forma nenhuma com o desempenho da sociedade bancária. 23 • O único fator a considerar é a contribuição material dada para a sociedade. O sócio pode alienar sua participação societária a quem quer que seja, independentemente da anuência dos demais. • A sociedade limitada pode ser de capital. • As sociedades anônimas e em comandita por ações são sempre de capital. • Desta forma faz-se necessário um aprofundamento maior para uma boa compreensão do conteúdo em comento. 24 • Sociedades Contratuais • São constituídas por um contrato entre os sócios. • Nela, os vínculos estabelecidos entre os membros da pessoa jurídica tem natureza contratual e neles se aplicam os princípios do direito dos contratos. • O instrumento disciplinar das relações sociais é o contrato social. O diploma jurídico aplicável na dissolução é o Código Civil. 25 • Exemplos: sociedade em nome coletivo, em comandita simples e limitada. • São aquelas em que o elo entre os sócios é predominantemente pessoal e classificadas, de acordo com a sua natureza, como sociedades do tipo (intuitu personae). • Pela responsabilidade social • No que se refere à responsabilidade social, as sociedades podem ser: 26 • Limitadas; • Ilimitadas; • Mistas. • Sociedades limitadas – “Nascidas de pacto social que limita a responsabilidade dos sócios ao valor de suas contribuições (sociedades por ações) ou à integralização do capital social (sociedades limitadas)”. 27 • Sociedades ilimitadas – “Todos os sócios assumem responsabilidade ilimitada e solidária relativamente às obrigações sociais (sociedades em nome coletivo). • Sociedades mistas – “Quando o contrato social combina a responsabilidade ilimitada e solidária de alguns sócios com a responsabilidade limitada de outros sócios (sociedade em comandita simples, sociedades em comandita por ações)”. 28 • Mesmo em sociedades ilimitadas, “a responsabilidade dos sócios é sempre subsidiária”. • Pelo artigo 1.024 do Código Civil de 2002, “os bens dos particulares dos sócios não respondem por dívidas da sociedade, senão depois de executados todos os bens sociais. 29 • Se os bens da sociedade não cobrirem às dívidas, a responsabilidade dos sócios pelo saldo deve ser proporcional à participação nas perdas sociais, exceto se existir cláusula contratual determinando a responsabilidade solidária. É, também, o teor do art.596 do CPC”. 30 • Pela composição econômica • As sociedades podem ser de pessoas ou de capital, de acordo com “o índice de participação do elemento pessoal ou financeiro na realização do objeto social”. • Sociedades de pessoas – “Constituídas em função da qualidade pessoal dos sócios (sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade de capital e indústria), que se subordinam às condições jurídicas daquelas. 31 • Observação: “embora o CC de 2002 conceitue a sociedade como união de bens e serviços, eliminou a sociedade de capital e indústria do contexto societário”. • Sociedades de capital – Se formam tendo em vista, principalmente, “o capital social (sociedade por ações), sendo menos relevante a pessoa dos sócios, meros investidores. A pessoa jurídica independe de quem titule as parcelas que constituem o capital social. 32 • Estas podem mudar de proprietários e a pessoa jurídica continua inalterada, porque não condicionada ao estado dos sócios”. • A sociedade limitada (sociedade contratual de pessoas) poderá assumir forma de sociedade de capital ou sociedade de pessoas, dependendo do conteúdo de seu ato conceptivo. • Outros Tipos de Sociedade Empresária 33 • Sociedade Simples • Esta sociedade tem natureza contratual, não sendo caracterizada como sociedade empresária. Entretanto devemos aqui explicá-la. Esta é inscrita no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. • Os sócios tem liberdade para estabelecer as cláusulas do contrato. 34 • Sociedade em Nome Coletivo • Tipo societário pouquíssimo utilizado, pois exige que os sócios sejam pessoas físicas, com responsabilidade solidária e ilimitada por todas as dívidas da empresa. Neste tipo de sociedade a competência de administrar é exclusiva dos sócios, podendo ser determinado pólo contrato que sócios devem administrá-la. • Na sociedade em nome coletivo os sócios respondem pelas obrigações da sociedade solidária e ilimitadamente. 35 • Isto significa que, os credores podem exigir o que lhes é devido de qualquer um dos sócios e sócios respondem com todo o patrimônio pessoal. • Apesar disso, assim como o contrato pode estabelecer que sócios são os administradores, o mesmo pode estabelecer e limitar a responsabilidade de cada sócio. • Sociedade em Comandita Simples • Tipo de sociedade pouco utilizada, formada por sócios comanditados e sócios comanditários. 36 • Os comanditados, assim como na sociedade em nome coletivo, são pessoas físicas e respondem pelas obrigações de forma ilimitada e solidariamente, mas que podem, no contrato social, limitar estas obrigações. Ainda, os sócios comanditados são os únicos que podem administrar a sociedade e seus nomes podem fazer parte da firma da sociedade. • Já os sócios comanditários podem ser pessoas jurídicas e não respondem pelas dívidas da sociedade da mesma forma. 37 • Estes respondem de acordo com suas "quotas de capital". Estes não tem direito de administrar a sociedade e seus nomes não podem fazer parte da firma social. • Caso um sócio comanditário faça parte da administração e/ou seu nome passe a figurar na firma social, este passa a responder como sócio comanditado, ou seja respondendo pelas dívidas como tal. 38 • Sociedade por Ações • Na sociedade por ações cabe fazer um divisão: a sociedade anônima e a sociedade em comandita por ações. • A primeira é regulada pela Lei Nº 6.404 de 1976. Nesta, cada sócio tem sua responsabilidade limitada de acordo com o valor de suas ações, que dividem o capital da empresa. 39 • Sérgio Campinho diferencia a sociedade anônima da sociedade em comandita por ações nos seguintes pontos: "(a) a sociedade em comandita por ações adota como nome empresarial firma ou denominação; (b) somente o sócio (acionista) pode administrar a sociedade; (c) como diretor, o sócio responderá subsidiariamente e ilimitadamente pelas obrigações sociais, contemporâneas à sua gestão, enquanto os demais sócios tem responsabilidade limitada, de acordo com o preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas; 40 • (d) havendo dois ou mais diretores, estes respondem solidariamente; (e) a nomeação dos diretores se materializa no estatuto social; (f) o prazo de gestão é indeterminado; (g) a destituição do sócio-diretor somente se opera com a deliberação de acionista ou acionistas titulares de, no mínimo, 2/3 do capital social; (h) o diretor exonerado continua responsável pelas obrigações contraídas na sua administração por dois anos; 41 • (i) a assembléia não pode alterar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de duração, aumentar ou reduzir o capital, criar debêntures ou partesbeneficiárias sem o assentimento dos diretores". • Sociedade Cooperativa • Esta, de acordo com o artigo 982 parágrafo único do Código Civil é uma sociedade simples. Dessa forma ela é regulamentada pela Lei 5.764/71, e deve ser inscrita na Junta Comercial. 42 • As características que a definem são, de acordo com Sérgio Campinho, "a variabilidade ou dispensa do capital social; concurso de sócios em número mínimo necessário à composição de seu órgão de administração, sem, entretanto, haver restrição ao número máximo; limitação das quotas de capital social que cada sócio pode deter; intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos ao corpo de cooperados, ainda que em razão de herança; 43 • quorum de instalação e deliberação da assembléia dos cooperados estabelecido em razão do número de sócios presentes ao encontro social e não com base no capital representado; direito de cada cooperado a um só voto; distribuição do resultado em proporção direta ao valor das operações efetuadas pelo sócio cooperado com a sociedade; indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, mesmo em caso de dissolução da sociedade; responsabilidade dos sócios limitada ou ilimitada em relação às dívidas". 44 • Dissolução • A dissolução da sociedade tem a possibilidade de ocorrer: • por deliberação unânime dos sócios (art. 1.033, inciso II, do CC de 2002); • expirado o prazo determinado de duração, sem prorrogação expressa ou tácita (art. 1.003, inciso I, do CC de 2002); • pelo encerramento da falência (art. .1044 do CC de 2002); 45 • pela redução à singularidade, sem restauração, no prazo de 180 dias, pluralidade social; .pela extinção da autorização; .por condição contratual (art. 1.035 do CC de 2002)”. • Jurisprudência: “Ainda quando composta de apenas dois sócios, admissível é a dissolução parcial da sociedade por cotas de responsabilidade limitada, aplicando-se subsidiariamente o art.206, I, “d”, da LSA, e em atendimento ao princípio da preservação da sociedade e da utilidade social desta, apurando-se os haveres do sócio retirante, devendo, entretanto, ser recomposta a sociedade no prazo de um ano, sob pena de dissolução de pleno direito”. 47 • Há a possibilidade de determinação de dissolução por condição contratual, com previsão de dissolução ocorrendo determinado fato (exemplo: “frustração de meta mínima de lucro”). • Sendo sociedade anônima poderá haver dissolução de pleno direito: • término de prazo de duração (art.206, inciso I, “a”, LSA); .causas estipuladas no estatuto (art.206, inciso I, “b”, LSA); 48 • causas estipuladas no estatuto (art.206, inciso I, “b”, LSA); • deliberação da assembléia geral (art.206, inciso, I, “c”, LSA); • unipessoalidade, quando não restaurada, no prazo, a pluralidade social (art.206, inciso I, “d”, LSA); extinção de autorização para funcionar (art.206, inciso I, “e”, LSA)”. 49 • A dissolução também pode se da por decisão de autoridade administrativa, conforme expresso no artigo 206, inciso III, da LSA. • Dissolução judicial • É a dissolução por sentença sempre que há “conflito de pretensões entre os sócios sobre a dissolução ou quando sobrevir a falência da sociedade”. Hipóteses de dissolução judicial (artigo 1.034 do CC de 2002): 50 • pela anulação de sua constituição; .pela impossibilidade de preencher o fim social (perda total ou insuficiência do capital social); .pelo exaurimento do objeto social”. • Ademais, o sócio pode procurar amparo judicial “sempre que sofra ou esteja na iminência de sofrer lesão a direito individual”. Na sociedade anônima são causas de dissolução judicial: anulação da constituição da sociedade (art.206, inciso II, “a”, LSA); .não poder preencher sua finalidade (art.206, inciso II, “b”, LSA); 51 • falência (art.206, inciso II, “c”, LSA)”. • Prorrogação • “Na sociedade pactuada por prazo determinado, com fluência deste, não será mais possível a prorrogação da vida societária (art.53, inciso V, do Decreto n° 1.800/96)”, pois expirado o prazo de duração, expirada também é a personalidade jurídica. 52 • A regularização para a continuidade societária deverá ser feita por meio de alteração contratual e com aprovação unânime pelos sócios. Se um dos sócios não concordar com a prorrogação, não será obrigado. Sendo que, “na pendência de solução consensual, a dissolução será judicial”. 53 • Segundo o artigo 1.033, inciso I, do Código Civil de 2002, “dissolve-se a sociedade quando ocorrer: I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição do sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado”. • Liquidação Consiste na fase final de extinção da sociedade com a realização do ativo e a solução do passivo, podendo processar-se judicialmente ou não. 54 • Caso não haja indicação do liquidante, “os sócios poderão escolher pessoa estranha ao quadro social”. • Na própria sentença de dissolução judicial que é decretada a dissolução, o juiz nomeia o liquidante com base “no ato constitutivo da sociedade ou o disposto na lei de regência”. • Poderá haver destituição do liquidante por parte do juíza, de ofício, ou por meio de postulação de sócio, caso haja justa causa. 55 • Os artigos 1.103 do Código Civil de 2002 e 210 da LSA determinam os deveres do liquidante. O primeiro se refere às sociedades contratuais e o segundo à sociedade por ações. • Pagamento do passivo • Ver o artigo 1.106 do Código Civil. 56 • Bibliografia • http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=52 67 http://www.fortesadvogados.com.br/artigos.view.php?id= 341 http://www.widesoft.com.br/users/fp/Artigo_NOVOCODI GOCIVILSOCIEDADES.htm - CAMPINHO, Sérgio. "O Direito de Empresa à Luz do Novo Código Civil". 8ª edição, editora Renovar. 2007; - BULGARELLI, Waldirio. “Sociedades, Empresa e Estabelecimento”. editora Atlas. 1980. - REIS, Rodrigo Martineli. In “http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7320&rdquo ;; 57 - CABRAL, Francisco Willo Borges. “Sociedade Limitada à Luz do novo Código Civil”; - FAZZIO JUNIOR, Waldo. “Fundamentos de Direito Comercial”. 6ª edição. 2006 - ASCARELLI, Tullio. “Saggi di Diritto Commerciale”. Milão, Dott. A. Giufrè, 1955 pp.130 e s. e - “Problemas das Sociedades Anônimas e Direito Comparado”, 2ª Ed., São Paulo, Saraiva, 1945, pp. 273. e s. - HENTZ, Luiz Antonio Soares. A teoria da empresa no novo Direito de Empresa . Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 58, ago. 2002. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3085 58
Compartilhar