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285371 aula 3 corrosão cefet 2013

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15/11/2013
1
PROF. MSC. MILENE LUCIANO
2013
CORROSÃO: TIPIFICAÇÃO E ENSAIOS
Deterioração dos materiais metálicos e não-metálicos: 
alteração das propriedades através de reação com o 
meio ambiente.
�Degradação � materiais não-metálicos.
Introdução à corrosão
�Corrosão � materiais metálicos.
Mecanismos:
1. Reação eletroquímica
2. Reação química
3. ou estas duas associadas a uma ação física
Introdução à corrosão Como ocorre a corrosão?
"Todos os metais podem ser utilizados sempre que sua "Todos os metais podem ser utilizados sempre que sua "Todos os metais podem ser utilizados sempre que sua "Todos os metais podem ser utilizados sempre que sua 
velocidade de deterioração seja velocidade de deterioração seja velocidade de deterioração seja velocidade de deterioração seja aceitavelmenteaceitavelmenteaceitavelmenteaceitavelmente baixa".baixa".baixa".baixa".
A maioria dos metais são A maioria dos metais são A maioria dos metais são A maioria dos metais são 
termodinamicamente termodinamicamente termodinamicamente termodinamicamente 
instáveis em contato instáveis em contato instáveis em contato instáveis em contato 
com o meio ambientecom o meio ambientecom o meio ambientecom o meio ambiente
���� devemos avaliar a devemos avaliar a devemos avaliar a devemos avaliar a 
velocidade das reações.velocidade das reações.velocidade das reações.velocidade das reações.
Por que se preocupar com a corrosão?
Razões:
� Custo;
� Segurança;
� Conservação de recursos.
1. Em relação aos custos:
� Nos E.U.A. a corrosão gera por ano custos da ordem de
4,5% do PIB daquele país;
� Deste total, cerca de 100 bilhões de dólares são gastos na
utilização de materiais mais resistentes à corrosão e no
emprego de novas tecnologias;
� O setor que mais investe no problema é o da indústria
automotiva.
� Perdas diretas
Os custos de substituição de peças e de manutenção
estão incluídos no projeto.
1. como mão de obra
2. energia
3. custo de manutenção do processo e etc
� Perdas indiretas
São perdas em que os seus custos não estão incluídos no
projeto.
1. paralisação acidental
2. perda de produto
3. contratação de terceiros e etc
Por que se preocupar com a corrosão?
15/11/2013
2
Por que se preocupar com a corrosão?
2. Em relação à segurança:
� Muitos componentes e estruturas podem estar suscetíveis a
falhar por conseqüência de um processo de corrosão: caldeiras,
submarinos, aeronaves, vasos de pressão, hélices de turbinas,
pontes, etc.
Acidente da Acidente da Acidente da Acidente da AlohaAlohaAlohaAloha AirlinesAirlinesAirlinesAirlines, em 1998, , em 1998, , em 1998, , em 1998, linha aérealinha aérealinha aérealinha aérea doméstica estabelecida doméstica estabelecida doméstica estabelecida doméstica estabelecida 
entreentreentreentre HiloHiloHiloHilo eeee Honolulu,Honolulu,Honolulu,Honolulu, nononono Havaí, onde Havaí, onde Havaí, onde Havaí, onde um membro da tripulação morreu e vários um membro da tripulação morreu e vários um membro da tripulação morreu e vários um membro da tripulação morreu e vários 
passageiros ficaram feridos.passageiros ficaram feridos.passageiros ficaram feridos.passageiros ficaram feridos.
UnionUnionUnionUnion CarbideCarbideCarbideCarbide IndiaIndiaIndiaIndia LimitedLimitedLimitedLimited (UCIL), localizado em na periferia de (UCIL), localizado em na periferia de (UCIL), localizado em na periferia de (UCIL), localizado em na periferia de BhopalBhopalBhopalBhopal, foi licenciada , foi licenciada , foi licenciada , foi licenciada 
pelo Governo para fabricar pesticidas.pelo Governo para fabricar pesticidas.pelo Governo para fabricar pesticidas.pelo Governo para fabricar pesticidas.
500 litros de água + tanque 500 litros de água + tanque 500 litros de água + tanque 500 litros de água + tanque dededede metilisocianatometilisocianatometilisocianatometilisocianato + + + + catalisador de ferro, produzido catalisador de ferro, produzido catalisador de ferro, produzido catalisador de ferro, produzido 
pelopelopelopelo produto da produto da produto da produto da ccccorrosão da parede do tanque de aço inoxidávelorrosão da parede do tanque de aço inoxidávelorrosão da parede do tanque de aço inoxidávelorrosão da parede do tanque de aço inoxidável
� reação química descontroladareação química descontroladareação química descontroladareação química descontrolada ���� explosão do reator explosão do reator explosão do reator explosão do reator ���� vazamento de gases tóxicos vazamento de gases tóxicos vazamento de gases tóxicos vazamento de gases tóxicos 
como o como o como o como o isocianatoisocianatoisocianatoisocianato de metila e o de metila e o de metila e o de metila e o hidrocianetohidrocianetohidrocianetohidrocianeto ���� morte de milhares de pessoasmorte de milhares de pessoasmorte de milhares de pessoasmorte de milhares de pessoas....
1984 1984 1984 1984 ----
MadhyaMadhyaMadhyaMadhya
PradeshPradeshPradeshPradesh, , , , 
Índia Índia Índia Índia 
A A A A 
tragédia tragédia tragédia tragédia 
de de de de BhopalBhopalBhopalBhopal
Por que se preocupar com a corrosão?
Um acidente marcou a final do Campeonato Brasileiro de 1992, disputada entre Um acidente marcou a final do Campeonato Brasileiro de 1992, disputada entre Um acidente marcou a final do Campeonato Brasileiro de 1992, disputada entre Um acidente marcou a final do Campeonato Brasileiro de 1992, disputada entre 
Flamengo e Botafogo. Durante o jogo preliminar, uma grade da arquibancada do Flamengo e Botafogo. Durante o jogo preliminar, uma grade da arquibancada do Flamengo e Botafogo. Durante o jogo preliminar, uma grade da arquibancada do Flamengo e Botafogo. Durante o jogo preliminar, uma grade da arquibancada do 
Maracanã cedeu, provocando a queda de centenas de pessoas para o anel Maracanã cedeu, provocando a queda de centenas de pessoas para o anel Maracanã cedeu, provocando a queda de centenas de pessoas para o anel Maracanã cedeu, provocando a queda de centenas de pessoas para o anel 
inferior, e a morte de 3 torcedores.inferior, e a morte de 3 torcedores.inferior, e a morte de 3 torcedores.inferior, e a morte de 3 torcedores.
Final Campeonato Brasileiro de 1992
Por que se preocupar com a corrosão?
A plataforma A plataforma A plataforma A plataforma DeepwaterDeepwaterDeepwaterDeepwater HorizontHorizontHorizontHorizont, , , , 
de propriedade da de propriedade da de propriedade da de propriedade da BritishBritishBritishBritish PetróleumPetróleumPetróleumPetróleum. Maio/2010. Maio/2010. Maio/2010. Maio/2010
negligência com normas de negligência com normas de negligência com normas de negligência com normas de 
segurança na busca da segurança na busca da segurança na busca da segurança na busca da 
maximização do lucro maximização do lucro maximização do lucro maximização do lucro ––––
corrosão de válvulas e dutoscorrosão de válvulas e dutoscorrosão de válvulas e dutoscorrosão de válvulas e dutos
derramamento de cinco derramamento de cinco derramamento de cinco derramamento de cinco 
mil barris diários no mil barris diários no mil barris diários no mil barris diários no 
Golfo do MéxicoGolfo do MéxicoGolfo do MéxicoGolfo do México
Por que se preocupar com a corrosão?
Por que se preocupar com a corrosão?
Estádio do Estádio do Estádio do Estádio do EngenhãoEngenhãoEngenhãoEngenhão ---- RJRJRJRJ
Por que se preocupar com a corrosão?
3. Em relação à conservação dos recursos:
� As reservas de metais e a quantidade de energia disponível
em nosso planeta são limitadas.
� A corrosão pode ser interpretada como o avesso de um
processo metalúrgico e muita energia é gasta em um
processo de corrosão.
15/11/2013
3
Sustentabilidade
SustentabilidadeSustentabilidade
Sustentabilidade Ambiental
AmbientalAmbiental
Ambiental
→ Preservação das reservas minerais.
→ Produção adicional destes metais para a
reposição do que estásendo deteriorado.
→ Contaminação de efluentes com produto de
corrosão.
Por que se preocupar com a corrosão? Mecanismos causadores de falha em plantas industriais
(Ferrante- 1998)
Mecanismo %
%%
%
Corrosão 29
Corrosão em alta temperatura 7
Corrosão sob tensão/ fadiga combinada com 
corrosão/ fragilização por hidrogênio
6
Fadiga 25
Fratura frágil 16
Sobrecarga 11
Fluência 3
Desgaste, abrasão e erosão 3
Gastos com Problemas de Corrosão 
(PIB Valores em bilhões de dólares, Banco Mundial-2000)
PAÍSPAÍSPAÍSPAÍS PIBPIBPIBPIB CORROSÃOCORROSÃOCORROSÃOCORROSÃO
Alemanha 1873,00 65,55
Argentina 285,50 9,99
Brasil 594,20 20,79
Canadá 688,80 24,10
China 1100,00 38,50
Espanha 558,60 19,55
Estados Unidos 9896,40 346,37
França 1294,20 45,29
Índia 479,40 16,77
Itália 1074,00 37,59
Japão 4749,60 166,23
México 574,50 20,10
Reino Unido 1414,60 49,51
Corrosão pode ser classificada por dois mecanismos
1. Corrosão química ou corrosão seca
� Reação química entre o metal e o meio corrosivo sem
deslocamento dos elétrons envolvidos para outras áreas.
� Ocorre na ausência da água líquida
� Temperatura acima do seu ponto de orvalho
� Interação direta entre o metal e o meio
Obs:
• presença de vapores/ gases ou outros meios líquidos são
usualmente os agentes deste tipo de corrosão.
• frequentemente associado a altas temperaturas ͌ 100°C, porém pode
ocorrer a temperatura ambiente.
Exemplos:
1. Aço atacado por gases em alto forno
2. Escapamento de gases
3. Motores de foguetes
4. Processos petroquímicos
2. Corrosão eletroquímica ou corrosão aquosa
� Ocorre na presença de um eletrólito
� Temperatura abaixo do ponto de orvalho
� Formação de pilhas ou células eletroquímicas. 
Me → MeZ++ ze- (reação de oxidação = reação anódica)
MeZ++ ze- → Me (reação de redução = reação catódica)
Exemplo:
oxidação 2 (Fe → Fe2++2e-)
redução O2 + H2O + 4e
-→ 4OH-
global 2Fe + O2 + 2H2O → 2Fe
2+ + 4OH-
Corrosão pode ser classificada por dois mecanismos
Pilha de Corrosão Eletroquímica
Corrosão pode ser classificada por dois mecanismos
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4
Na área anódica, onde se processa a corrosão, 
ocorrem as reações de oxidação. 
Reação área anódica
Corrosão pode ser classificada por dois mecanismos
Potenciais de eletrodo
� Nem todos os metais oxidam para formar íons com o mesmo grau 
de facilidade. 
� O Potencial de redução de cada semi-célula é que determina qual 
oxida e qual reduz.
Pilha eletroquímica que
consiste em eletrodos de ferro
e de cobre, cada um imerso em
uma solução 1M do seu íon. O
Fe é corroído, enquanto o Cu se
eletrodeposita.
Requisitos para haver corrosão::
• A presença de um anodo ou de 
sítios anódicos na superfície do 
metal;
• A presença de um catodo ou de 
sítios catódicos na superfície do 
metal;
• Eletrólito em contato com o anodo 
e com o catodo, formando um 
caminho para a condução de íons;
• Uma conexão elétrica entre o 
anodo e o catodo, fazendo com que 
os elétrons sejam fluam entre o 
anodo e o catodo. 
Principais Meios Corrosivos e Respectivos Eletrólitos
Atmosfera: 
o ar contém umidade, sais em suspensão, gases industriais, 
poeira, etc. O eletrólito constitui-se da água que condensa na 
superfície metálica, na presença de sais ou gases presentes no 
ambiente. Outros constituintes como poeira e poluentes diversos 
podem acelerar o processo corrosivo.
Produtos de corrosão: podem ser insolúveis ou solúveis.
Produtos solúveis
→ podem aumentar as taxas de corrosão, aumentando a condutividade do
eletrólito sobre a superfície metálica.
→ ou por agir higroscopicamente formando soluções quando a umidade
ambiental aumenta.
Produtos insolúveis
→ podem reduzir a taxa de corrosão quando atuam como uma barreira entre a
atmosfera e a superfície metálica.
As atmosferas podem ser classificadas como:
Atmosfera industrial
� contaminação por compostos de enxofre (SO2)
� sólidos particulados
amônia
Atmosfera marinha
� principal característica contaminação por partículas salinas
de cloreto de sódio (NaCl).
� outros elementos presentes são os íons de K, Mg, Ca que
são altamente higroscópicos.
� o íon cloro é agressivo aos aços inoxidáveis provocando
corrosão por pite.
Atmosfera rural
� não contêm contaminantes químicos fortes mas pode conter 
poeiras orgânicas e inorgânicas e elementos gasosos como O2 e 
CO2
� umidade → provoca condensação por ciclo (noite/dia) 
� composto de nitrogênio → formação de amônia proveniente 
de fertilizantes
Temperatura
Umidade relativa
Direção dos ventos
Velocidade dos ventos
As atmosferas podem ser classificadas como:
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Temperatura: se for elevada irá diminuir a possibilidade de 
condensação de vapor d’água na superfície metálica e a adsorção 
de gases, minimizando a possibilidade de corrosão.
Velocidade dos ventos: podem arrastar, para as superfícies 
metálicas, agentes poluentes e névoa salina. Dependendo da 
velocidade e da direção dos ventos, esses poluentes podem atingir 
instalações posicionadas até em locais bem afastados das fontes 
emissoras.
Insolação: (raios ultravioletas) causa deterioração em películas de 
tintas a base de resina epóxi e em PRFV (plástico reforçado com 
fibra de vidro, como poliéster reforçado com fibra de vidro) e 
ocasiona ataque no material plástico.
As atmosferas podem ser classificadas como:
águas naturais (rios, lagos e do subsolo): 
�podem conter sais minerais, eventualmente ácidos ou bases, 
resíduos industriais, bactérias, poluentes diversos e gases 
dissolvidos. 
�O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais 
dissolvidos. 
solos: 
�contêm umidade, sais minerais e bactérias.
�Alguns solos apresentam também, características ácidas ou 
básicas. 
�O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais 
dissolvidos. 
As atmosferas podem ser classificadas como:
PassividadePassividadePassividadePassividade
• Fenômeno observado em alguns metais que perdem sua reatividade 
química sob determinadas condições específicas, tornando-se inertes.
• Materiais de engenharia que são resistentes à corrosão desenvolvem 
naturalmente um filme fino de óxido, aderente à sua superfície, 
chamado de película passiva.
1. Filme de óxido bem fino (da ordem de 
nm), que age como uma barreira entre o 
metal e o eletrólito;
2. Pode ser destruído mas se regenera 
rapidamente;
3. Um material passivado pode se converter 
a um estado ativo se alguma alteração 
na natureza do ambiente se fizer.
Exemplos: Ligas de Al, ligas de Ni e aços inoxidáveis
�Na maioria das vezes o ferro não é resistente à corrosão. 
� Adicionando-se uma quantidade maior que 12% de Cr em aços 
pode torná-los altamente resistentes à corrosão devido à formação da 
película passivadora de óxido de Cr.
Passividade em aços inoxidáveisPassividade em aços inoxidáveisPassividade em aços inoxidáveisPassividade em aços inoxidáveis
Os aços 304 SS têm cerca de 18% Cr e 8% Ni, também conhecidos como aços
18-8. Adicionando-se cerca de 2% Mo (316 SS) nessa mistura, a resistência à
corrosão destes aços é ainda mais aumentada.
Formas de corrosão
A corrosão pode ser classificada pelo modo como ela se manifesta:
1. a morfologia: uniforme, por placas, alveolar, puntiforme ou por pite, 
intergranular (ou intercristalina), intragranular (ou transgranular ou 
transcristalina), filiforme, por esfoliação, grafitica, desincificação, em 
torno do cordão de solda e empolamento de hidrogênio; 
2. as causas ou mecanismos: por aeração diferencial, eletrolítica ou 
corrente de fuga, galvânica, associada a solicitação mecânica 
(corrosão sob tensão fraturante), em torno de cordão de solda, seletiva 
(grafítica e desincificação), empolamento ou fragilização por 
hidrogênio;
3. os fatores mecânicos: sob tensão, sob fadiga, por atrito, associada àerosão; 
4. o meio corrosivo: atmosférica, pelo solo, induzida por 
microrganismos, pela água do mar, por sais fundidos, etc;
5. a localização do ataque: por pite, uniforme, intergranular, 
transgranular, etc;
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Corrosão uniforme ou generalizada
É a forma mais comum de corrosão principalmente nos
processos corrosivos de estruturas expostas à atmosfera e
outros meios que tendo uma ação uniforme sobre a superfície
metálica.
É também a que mais prejuízo causa em termos toneladas
perdidas de metal.
Ocorre em toda a extensão da superfície, de modo a ocorrer
perda uniforme de espessura (tornando-se mais fino, podendo
eventualmente sofrer uma ruptura). Não formam películas
protetoras, como resultado do ataque.
Obs. O ataque uniforme representa a maior destruição do metal com 
base no peso. Não é problemático do ponto de vista técnico, a vida
do equipamento ou estrutura pode ser prevista com base em testes 
comparativos. Árvore de natal de lâmina rasa retirada após 20 anos submersa.
Corrosão uniforme ou generalizada
Corrosão Uniforme em Tubo Enterrado
Corrosão uniforme em Rotor de 
Bomba Submersa
Corrosão uniforme ou generalizada
CORROSÃO UNIFORME LEVE CORROSÃO UNIFORME MÉDIA
CORROSÃO UNIFORME SEVERA
Corrosão uniforme ou generalizada
Esta corrosão pode classificar o material em três grupos:
(I) taxa de corrosão menor que 0,1 mm/ano.
→ materiais são resistentes à corrosão e podem ser utilizados
sem restrição.
(II) taxa de corrosão entre 0,1 e 1,1 mm/ano. 
→ materiais podem ser utilizados onde uma certa corrosão é 
tolerável.
(III) taxa de corrosão maior que 1,1 mm/ano. 
→ geralmente não são utilizados.
→→→→ A corrosão localiza-se em regiões da superfície metálica e não 
em toda sua extensão, então se formam placas que se 
desprendem progressivamente.
→→→→ É comum em metais que formam película inicialmente protetora 
mas que, ao se tornarem espessas, fraturam e perdem aderência, 
expondo o metal a novo ataque.
Corrosão em placas
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7
→A corrosão ocorre na superfície metálica, produzindo sulcos 
ou escavações – semelhante a alvéolos (que apresentam fundo 
redondo e profundidade, em geral, menor que o seu diâmetro). 
→→→→ É freqüente em metais formadores de películas semi 
protetoras ou quando se tem corrosão sob depósito, como no 
caso da corrosão por aeração diferencial.
Corrosão alveolar
→ processo corrosivo resultante do contato elétrico de materiais 
diferentes.
→ este tipo de corrosão será tão mais intensa quanto mais 
distantes forem os materiais na tabela de potenciais 
eletroquímicos.
→→→→ outro aspecto importante é a presença de íons 
metálicos no eletrólito, quando estes íons forem de 
materiais mais catódicos que outros materiais onde venham 
haver contato, poderá ocorrer corrosão devido a redução 
dos íons do meio com a conseqüente oxidação do metal do 
equipamento ou instalação.
Corrosão Galvânica
0,1>>>>>>
C
A
A
A
Por exemplo, a presença de íons Cu+2 em um eletrólito em
contato com aço tenderá ocorrer a seguinte reação:
Fe + Cu+2 � Fe2+ + Cu
havendo portanto a corrosão do ferro e a redução
(deposição) de Cu.
A relação entre as áreas anódicas e catódicas exercem um 
significativo efeito A razão favorável e:
Corrosão Galvânica Corrosão por Par Galvânico em Feixe - Espelho de 
Permutador de Calor
Corrosão galvânica FeCorrosão galvânica FeCorrosão galvânica FeCorrosão galvânica Fe----ZnZnZnZn
Procedimentos que podem diminuir o efeito da
corrosão galvânica
1) Selecionar materiais localizados o mais próximo possível na série
galvânica.
2) Manter uma relação de área favorável.
3) Isolar completamente metais diferentes.
4) Aplicações de recobrimentos protetores sobre o catódo.
5)Adição de inibidores, quando possível, para diminuir a agressividade
do meio.
6) Prever no projeto facilidades para substituição das partes anódicas
(ou usar maior espessura para aumentar a vida útil).
7) Instalar um 3o metal que seja anódico em relação aos 2 metais do 
contato galvânico (anodo de sacrifício).
Corrosão Galvânica
→ é freqüente em metais formadores de películas protetoras, 
em geral passivas, que, sob a ação de certos agentes 
agressivos, são destruídas em pontos localizados, os quais 
tornam-se ativos, possibilitando uma corrosão muito intensa.
→ quando o desgaste se dá de forma muito localizada e de alta 
intensidade, geralmente com profundidade maior que o 
diâmetro e bordos angulosos.
Corrosão por Pite
marcellohro
Realce
marcellohro
Realce
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Corrosão por Pite
Fatores que podem afetar a corrosão por pite
1-Adição de certos elementos de liga em aço inoxidáveis
pode ter diferentes efeitos.
2-Turbulência no meio corrosivo.
3- Acabamento superficial.
Corrosão por Pite
Corrosão por Pite em aço inox
Corrosão por Pite Corrosão por Pite
→ É uma variação da corrosão puntiforme (pite) e se 
apresenta em uniões ou zonas em que a renovação do meio 
corrosivo só pode ser obtida por difusão (movimento de íons 
causado por um gradiente de concentração). 
→ De uma maneira geral este tipo de corrosão ocorre em 
frestas com espessura de poucos centésimos de milímetro 
ou menor.
Corrosão Por 
Fresta em Aço 
Inox
Corrosão em Frestas ou Crevice Corrosion
As frestas estão sujeitas a formação de pilhas de aeração 
diferencial e de concentração iônica diferencial
↓↓↓↓
Quando o meio é líquido ocorre preferencialmente as pilhas 
de concentração iônica diferencial e quando o meio é 
gasoso tende a ocorrer as pilhas de aeração diferencial.
Frestas ocorrem normalmente:
� em juntas soldadas com chapas sobrepostas;
� em juntas rebitadas;
� em ligações flangeadas;
� em ligações roscadas e
� em revestimentos com chapas aparafusadas.
� de qualquer forma as frestas deverão ser evitadas ou 
eliminadas por serem regiões preferenciais de corrosão.
Corrosão em Frestas ou Crevice Corrosion
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Corrosão em Frestas ou Crevice Corrosion Corrosão em Frestas ou Crevice Corrosion
Corrosão Por Fresta em Parafuso-Porca
Corrosão em Frestas ou Crevice Corrosion Corrosão em Frestas ou Crevice Corrosion
Alguns procedimentos para diminuir a corrosão em frestas:
�usar soldas bem acabadas no lugar de rebites ou parafusos;
�proteger equipamentos que permitam completa drenagem, 
evitando cantos vivos ou áreas estagnantes;
�inspeção do equipamento e remoção de depósitos
freqüentemente;
�remoção de sólidos em suspensão;
�remoção de materiais que retenham umidade.
Corrosão em Frestas ou Crevice Corrosion
Cuidados na hora da soldagemCuidados na hora da soldagemCuidados na hora da soldagemCuidados na hora da soldagem
Corrosão em Frestas ou Crevice Corrosion
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Cuidados!Cuidados!Cuidados!Cuidados!
Corrosão em Frestas ou Crevice Corrosion Corrosão por Esfoliação
→A corrosão por esfoliação ocorre em diferentes camadas e o 
produto de corrosão, formado entre a estrutura de graõs 
alongados, separa as camadas ocasionando um inchamento do 
material metálico.
Corrosão por Esfoliação
A corrosão filiforme se 
processa sob a forma de 
finos filamentos, não 
profundos, que se 
propagam em diferentes 
direções e que não se 
cruzam.
→ Ocorre geralmente em 
superfícies metálicas 
revestidas com filmes 
poliméricos, tintas ou metais 
ocosionando o 
deslocamento do 
revestimento. 
Corrosão Filiforme
OBS 1: Acredita-se que a corrosão filiforme tenha um 
mecanismo semelhante à corrosão em frestas, devido a 
aeração diferencial provocada por defeito no filme de 
pintura, embora o mecanismo real não seja ainda bem 
conhecido. 
OBS 2: De modo geral o processo corrosivo começa nas 
bordas, progride unifilarmente apresentando a interessante 
característica de refletir com o mesmo ângulo de incidência 
em obstáculos.Corrosão Filiforme Corrosão por Ataque Seletivo
→ ocorre a formação de um par galvânico devido a grande
diferença de nobreza entre dois elementos de uma liga metálica.
→ Os dois principais tipos de corrosão seletiva são:
� a grafítica
� e a dezincificação.
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Corrosão Dezincificação
→ É o nome dado ao ataque seletivo que ocorre nos latões.
→ Os latões comuns são ligas contendo 30% Zn e 70% Cu 
e apresentam uma coloração amarela.
Dezincificação é o processo corrosivo que se observa nas ligas
de zinco, especialmente latões, utilizados em trocadores de 
calor (resfriadores, condensadores, etc), tubulações para
água salgada, dentre outras.
Mecanismo:
� Dissolução simultânea da liga seguida pela redeposição
do Cu (camada de Cu porosa); 
� Dissolução seletiva do Zn (esta etapa não é a 
determinante devido a baixa difusão do Zn em estado 
sólido).
.
Corrosão Dezincificação
� diminuindo-se a agressividade do meio (por exemplo, retirando o
O2 );
�ou por proteção catódica;
�ligas menos suscetíveis a esse fenômeno,
�O latão vermelho (15% Zn ) é quase imune à dezincificação, e a
adição de Sn, P, Sb, As à liga de Cu , 28 % de provou ser muito
eficaz.
O processo corrosivo pode se apresentar mesmo em ligas mais 
resistentes como o latão vermelho (85% Cu e 15% Zn), caso a liga 
não seja bem homogênea.
A dezincificação pode ser eliminada ou reduzida: Corrosão Grafítica
→ É um ataque seletivo que ocorre nos ferros fundidos 
cinzentos.
→ Recebe esse nome devido ao fato que o ferro fundido parece 
tornar-se grafitizado.
→ Neste caso, o ataque seletivo ocorre na matriz do ferro, 
deixando uma rede de grafite, que é catódica em relação ao 
ferro.
Corrosão Grafítica
→Situações perigosas pode ocorrer, já que o ferro fundido
perde sua resistência mecânica.
→ A grafitização é um processo lento e não ocorre em ferros
fundidos modilares, maleáveis ou brancos, porque a rede de
grafite não é contínua.
→ Sendo o grafite um material muito mais catódico que o ferro, os 
veios ou nódulos de grafite do ferro fundido agem como área 
catódica enquanto o ferro age como área anódica transformando-
se em produto de corrosão.
Obs: tubos velhos de ferro fundido, que se pode com 
uma faca ou canivete desagregar com facilidade a 
parede do tubo à semelhança de um bloco de grafite
Corrosão Grafítica
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Corrosão Intergranular
→A corrosão intergranular acontece quando existe um
caminho preferencial para a corrosão na região dos contornos
de grão. Observando-se que os grãos vão sendo destacados
a medida que a corrosão se propaga.
OBS:
1-O principal fator responsável pela diferença na resistência a 
corrosão da matriz (material no meio do grão) e do material 
vizinho ao contorno é a diferença que apresentam na composição 
química nestes locais.
2-A natureza mais reativa do cortorno dos grão, de uma maneira 
geral, não tem conseqüencias na maioria das aplicações ou uso 
dos metais. Se um metal se corroe, haverá um ataque uniforme 
uma vez que os cortornos dos grãos são geralmente apenas 
pouco mais reativos que a matriz.
3-Entretanto,sob certas condições, a interface dos grãos se torna 
muito mais reativa e desenvolve-se um processo de corrosão 
intergranular. A liga desintegra-se e/ou perde sua resistência a 
tensões.
4-A corrosão intergranular pode ser causada por impurezas nos 
contornos dos grãos, enriquecimento ou empobrecimento de 
algum dos elementos de liga nas áreas dos contornos dos grãos.
5-A corrosão intergranular não requer a presença simultânea de 
meio corrosivo e esforços de tração como é o caso da corrosão-
sob-tensão.
Corrosão Intergranular
Corrosão Intergranular CORROSÃO INTERGRANULAR NOS AÇOS INOXIDÁVEIS
→ocorre devido à formação de um zona empobrecida em cromo 
ao longo dos contornos de grão, como conseqüência da 
precipitação, neste local, de carbonetos de cromo (Cr23C6). 
→Como ocorre?
Átomos de cromo desta região, que se encontravam em solução 
sólida no aço, difundem-se para os contornos de grão, formando 
carbonetos, diminuindo a resistência à corrosão. 
**A formação desta zona empobrecida em cromo chama-se 
sensitização, porque torna o material sensível à corrosão 
intergranular.
A A sensitização depende do teor de carbono do aço inoxidável e do 
tempo em certa temperatura. 
Os aços austeníticos sofrem sensitização quando são 
expostos na faixa de 400 a 950oC, enquanto que os 
ferríticos somente para temperaturas acima de 925oC.
A prevenção da corrosão intergranular 
(a prevenção da sensitização)
→ se faz empregando-se aços inoxidáveis austeníticos com 
teor de carbono inferior a 0,03%.
→aços contendo elementos (Ti e Nb), que fixam o carbono, 
não o deixando livre para formar precipitados com o cromo. 
Chamados de aços estabilizados (321 e 347).
CORROSÃO INTERGRANULAR NOS AÇOS INOXIDÁVEIS
→ solubilização (que consiste no reaquecimento de um aço 
inoxidável sensitizado acima de 1050oC, seguido de um 
resfriamento muito rápido de modo que não haja tempo para 
a reprecipitação dos carboneto)
OBS:
Esta técnica só é viável em peças que possam ser 
submetidas ao desempeno (o choque térmico causa 
significativas deformações) e também à decapagem (o 
aquecimento provoca a oxidação). 
Tomar cuidados quanto à realização de tratamentos térmicos 
posteriores à soldagem, os quais podem causar sensitização.
CORROSÃO INTERGRANULAR NOS AÇOS INOXIDÁVEIS
marcellohro
Realce
marcellohro
Realce
marcellohro
Realce
marcellohro
Realce
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Sensitização em Aço Inox
CORROSÃO INTERGRANULAR NOS AÇOS INOXIDÁVEIS
Sensitização em Bloco Fundido de Aço Inox
CORROSÃO INTERGRANULAR NOS AÇOS INOXIDÁVEIS
CORROSÃO INTERGRANULAR DE LIGAS DE ALUMÍNIO
→Ligas de alumínio-magnésio contendo acima de 3% de 
magnésio podem formar precipitados de Mg2Al8 nos contornos 
de grão.
Como ocorre? 
Estes precipitados são corroídos porque são menos resistentes 
à corrosão do que a matriz.
� As trincas formadas pela corrosão intergranular, como visto 
no item anterior, não requerem a ação de esforços externos. 
Neste caso a fissuração decorre da corrosão segundo um 
estreito caminho preferencial.
�A propagação das trincas associadas aos processos de 
corrosão é geralmente muito lenta, até que seja atingido o 
tamanho crítico para a ocorrência da fratura frágil. 
�Nesta situação, em função dos esforços atuantes, pequenas 
trincas podem nuclear fraturas de grandes proporções, 
deflagradas de modo praticamente instantâneo.
CORROSÃO POR TRINCAS OU FISSURAÇÃO
CORROSÃO POR TRINCAS OU FISSURAÇÃO Corrosão sob tensão
→A corrosão sob tensão acontece quando um material, 
submetido a tensões de tração (aplicadas ou residuais), e é 
colocado em contato com um meio corrosivo específico. 
Porque ocorre?
As condições metalúrgicas do material, como dureza, 
encruamento, fases presentes, são fatores freqüentemente
decisivos. 
Particularidades:
De acordo com o caminho que essas trincas percorrem
diferencia-se dois tipos de propagação;
a) Intergranular: a fratura se propaga pelo contorno do grão;
b) Transgranular: a fratura se propaga dentro do grão
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Realce
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Realce
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OBS: É importante salientar que a corrosão sob tensão
não precisa, necessariamente , de uma tensão mecânica
aplicada para se manisfestar. Tensões residuais
provocadas por tratamento térmicos, trabalho a frio, etc. 
também induzem esse tipo de ataque.
Aparecimento da corrosão sob tensão foi detectado nos
seguintes casos
_Fragilidade cáustica de aços de baixo carbono
_“Season cracking” de latões
_ Trincas em aços inoxidáveis austeníticos
_ Corrosão sob tensão de ligas de alumínio_ Corrosão sob tensão de ligas de Titânio
Corrosão sob tensão Corrosão sob tensão
Corrosão sob tensão Corrosão sob tensão
Corrosão sob tensão
Entre os fatores que influem na corrosão sob tensão pode-
se citar:
a)Tensões mecânicas 
b)Potencial do eletrodo.
c)Propriedades do eletrodo:
_ efeito dos ânions
_efeito dos cátions
_efeito da concentração de íons H+
d) Propriedades metalúrgicas:
- impurezas
- elementos de liga
- estrutura cristalina
- tamanho de grão
- tratamento termo-mecânico
Corrosão sob tensão
marcellohro
Realce
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Os principais critérios de proteção para este tipo de 
corrosão são:
a) abaixamento da tensão abaixo do valor crítico, quando ele
existe;
b) uso de ligas menos suscetíveis;
c) proteção catódica;
d) adição de inibidores;
e) Dentre outros.
Corrosão sob tensão Decaimento por solda
→ Muitas falhas ocorrem em aços inoxidáveis soldados 
devido a um mecanismo intergranular, conhecido como 
decaimento por solda.
OBS: A zona de decaimento por solda ocorre no metal base e
se localiza um pouco distante da solda e, para que isso
ocorra, o metal deve ser aquecido na região de sensitização.
Decaimento por solda Decaimento por solda
Decaimento por solda
→O hidrogênio atômico tem grande capacidade de difusão em 
materiais metálicos. Dessa forma se o hidrogênio for gerado 
na superfície de um material, ele migra para o interior e 
acumula-se em falhas existentes.
Obs:
1) O hidrogênio acumulado passa da forma atômica a molecular e provoca o 
aparecimento de altas pressões no interior da falha. 
2) As tensões oriundas da pressão do gás poderão ser suficientes para 
escoar o material e, nesse caso, os danos são irreversíveis, ou apenas para 
torná-lo mais frágil e, neste caso com a eliminação do hidrogênio antes da 
solicitação, o material voltará as suas condições normais.
3) Quando o acúmulo de hidrogênio é em falhas próximas à superfície, a 
deformação pode provocar empolamentos, sendo comum denominar este 
processo de empolamento pelo hidrogênio. 
CORROSÃO POR HIDROGÊNIO
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As principais causas do aparecimento de hidrogênio podem ser: 
1. processos de decapagem ácida
2. decomposição da umidade e água de cristalização contida 
em alguns tipos de revestimento de eletrodo que gera 
hidrogênio atômico no processo de soldagem por eletrodo 
revestido;
3. reações de corrosão que liberam hidrogênio como a 
seguinte: Fe + H2S → FeS + H2 observada no processamento 
de petróleo contendo enxofre;
4. reações catódicas em estruturas protegidas catodicamente;
5. ação de gases ricos em hidrogênio; 
6. ação de gases ricos em hidrogênio. 
CORROSÃO POR HIDROGÊNIO CORROSÃO POR HIDROGÊNIO
As prevenção do empolamento por Hidrogênio pode ser 
realizada através dos sequintes procedimentos:
a) utilização de revestimentos (metálicos, inorgânicos ou
orgânicos) não deverão ser permeável ao hidrogênio para que
sejam eficientes;
b) utilização de inibidores;
c) remoção de elementos nocivos (empolamento geralmente
ocorre em metais contendo elementos geradores de hidrogênio
como sulfetos, compostos com arsênio, cianetos e ions 
contendo fósforo)
d) Substituição de ligas: aços contendo Ni e ligas a base de Ni 
apresentam uma baixa taxa de difusão para o hidrogênio)
CORROSÃO POR HIDROGÊNIO Corrosão Corrosão Associada ao Escoamento de FluidosAssociada ao Escoamento de Fluidos
→No escoamento de fluidos pode-se ter a aceleração dos 
processos corrosivos em virtude da associação do efeito 
mecânico com a ação corrosiva.
1. Corrosão por erosão
2. Corrosão por cavitação
3. Corrosão por turbulência
A ação erosiva sobre um material metálico é mais freqüente
nos seguintes casos:
1. quando se desloca um material sólido; 
2. quando se desloca um líquido contendo partículas sólidas 
3. e quando se desloca um gás contendo partículas líquidas 
ou sólidas
Mecanismo
**A erosão provoca o desgaste superficial capaz de remover 
as películas protetoras constituídas de produtos de corrosão.
.
Corrosão Corrosão por Erosãopor Erosão
→ é o desgaste mecânico provocado pela abrasão superficial
de uma substância sólida, líquida ou gasosa.
�Desta forma, um processo corrosivo torna-se mais intenso 
quando combinado com erosão. 
�A corrosão produz a película de produto de corrosão, o 
processo erosivo remove, expondo a superfície a novo 
desgaste corrosivo. 
�O resultado final será de um desgaste muito maior do que 
se apenas o processo corrosivo ou erosivo agisse 
isoladamente
Corrosão por Erosão
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Corrosão por Erosão Corrosão por Erosão
Para se combater a corrosão por erosão, pode-se realizar, 
em ordem de importância, os seguintes procedimentos:
�usar materiais mais resistentes;
�projetos adequados, no sentido da forma ou da geometria do 
equipamento. Ex: aumentar o diâmetro de um tubo diminuindo 
assim a velocidade do fluido e assegurando um fluxo laminar
�alteração do meio ambiente, desaeração ou adição de 
inibidores (pouco econômico);
�recobrimentos (aplicações de recobrimentos de diferentes 
espécies) e
�proteção catódica (ajuda a reduzir o ataque, não sendo porém 
muito eficiente).
Corrosão por Erosão Corrosão por Cavitação 
→ Cavitação é o desgaste provocado em uma superfície 
metálica devido a ondas de choque do líquido, oriundas do 
colapso de bolhas gasosas.
→A cavitação surge em zonas de baixa pressão onde o 
líquido entra em ebulição formando bolhas, as quais ao 
entrarem em contato com zonas de pressão mais alta são 
destruídas instantaneamente criando ondas de choque no 
líquido.
→A cavitação, da mesma forma que a erosão, destrói as 
películas de produtos de corrosão expondo o material a 
novo desgaste corrosivo, além de provocar a deformação 
plástica com encruamento em face da incidência de ondas 
de choque de alta pressão e portanto a criação de áreas 
anódicas. 
Corrosão por Cavitação Corrosão por Cavitação 
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Corrosão por Cavitação Corrosão com Cavitação 
Corrosão por Turbulência 
→É um processo corrosivo associado ao fluxo turbulento de um 
líquido. Ocorre particularmente quando há redução na área de 
fluxo. 
Mecanismo
Se o movimento turbulento propiciar o aparecimento de bolhas 
gasosas, poderá ocorrer o choque destas bolhas com a 
superfície metálica e o processo erosivo resultante é 
denominado de impingimento.
OBS: O ataque difere da cavitação quanto a forma do 
desgaste:
�no caso do impingimento é comum alvéolos sob a forma de 
ferradura e as bolhas causadoras são em geral de ar, enquanto 
que na cavitação são bolhas de vapor do produto.
Corrosão por Turbulência 
Corrosão por Turbulência Corrosão por Turbulência 
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Corrosão Por Alta Temperatura em Bico Queimador
Corrosão Por Fadiga em Junta de Expansão
Corrosão Por Fadiga em Junta de Expansão
Corrosão Atmosférica INCRUSTAÇÃO EM DUTO DE ÁGUA PRODUZIDA
Corrosão Localizada e Generalizada em Duto de Petróleo Enterrado
Corrosão Localizada Causada pelo Solo
Corrosão Localizada por Amônia
Os produtos químicos, desde que em contato com água ou 
com umidade e formem um eletrólito, podem provocar 
corrosão eletroquímica. 
PRODUTOS QUÍMICOS:
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ESTUDOS DE CASO 1ESTUDOS DE CASO 1ESTUDOS DE CASO 1ESTUDOS DE CASO 1
SistemaSistema
Placa de catódo de cuba eletrolítica.
MaterialMaterial
Aço-carbono.
ObservaçõesObservações
Empolamento da placa em diversos pontos.
CondiçõesCondições OperacionaisOperacionais
Eletrólise de solução de cloreto de sódio, para obtenção de 
clorato de sódio, em fábrica de celulose.
CausaCausa
Empolamento pelo hidrogênio formado na área catódica, 
durante a eletrólise da solução de cloreto, devido à reação
2H2O + 2e→2OH
- + 2H
O hidrogênio atômico, H, penetra na placa e, no interiorda
mesma, transforma-se em molecular, H2, ocasionando o 
empolamento.
SoluçãoSolução
Perfuração das áreas com empolamento para expulsar o 
hidrogênio, retífica da superfície da placa e nova utilização, até
que seja necessária nova placa.
ESTUDOS DE CASO 2ESTUDOS DE CASO 2ESTUDOS DE CASO 2ESTUDOS DE CASO 2
SistemaSistema
Cilindros de cloro para tratamento de água potável.
MateriaisMateriais
Cilindros de cloro: aço-carbono.
Capacidade de cada cilindro: 900 kg.
Válvula do cilindro:
• corpo — latão (60% de Cu, 36% de Zn e 3,0% de Pb);
• haste central — aço inoxidável AISI 304 (16,6% de Cr, 
8,76% de Ni e o restante de Fe).
CondiçõesCondições OperacionaisOperacionais
Cilindro de cloro líquido, usado para tratamento de água 
potável, com vazão controlada por meio de válvulas.
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ObservaçõesObservações
•Vazamento de cloro, pela válvula de controle de vazão, 
colocando em risco a vida dos operadores do sistema.
Na válvula com vazamento, seccionada em sentido
longitudinal, foram feitas as seguintes observações:
• corpo da válvula — parte externa inalterada e parte interna
com áreas com coloração avermelhada e parte rosqueada
com corrosão acentuada;
• haste central — corrosão na parte rosqueada.
AnáliseAnálise
Produto de corrosão: presença de cloreto.
Produto com coloração avermelhada: cobre.
CausaCausa
1. Cloro e umidade formaram HCl, que ocasionou a 
dezincificação do latão e a corrosão do aço inoxidável AISI 
304.
2. O uso de latão com teor elevado de zinco é sujeito à 
corrosão por dezincificação, ocorrendo a corrosão seletiva do 
zinco e restando o cobre, daí a coloração avermelhada
observada no corpo da válvula.
3. Latão e aço inoxidável AISI 304 não são indicados para
válvulas de cilindros de cloro.
SoluçãoSolução
Uso de materiais especificados universalmente, constituídos de:
• corpo da válvula — bronze de alumínio e silício ("Alloy B");
• haste central — monel (liga de níquel-cobre ASTM B-164-75).
ESTUDOS DE CASO 3ESTUDOS DE CASO 3ESTUDOS DE CASO 3ESTUDOS DE CASO 3
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SistemaSistema
Tubulação de aço inoxidável.
MaterialMaterial
Aço inoxidável AISI 316.
CondiçõesCondições OperacionaisOperacionais
Temperatura elevada, presença de catalisador (Al2O3×SiO2), 
material polimérico, amônia.
SoluçãoSolução
Modificação de processo: diminuição da velocidade da 
corrente gasosa.
ObservaçãoObservação
Deterioração com perda de espessura da parede dos tubos e 
perfuração.
CausaCausa
Deterioração por erosão causada pelos sólidos suspensos na
corrente gasosa.
ESTUDOS DE CASO 4ESTUDOS DE CASO 4ESTUDOS DE CASO 4ESTUDOS DE CASO 4
Sistema
Trocador de calor a placas, usado em usina de açúcar e 
álcool.
Material
Aço inoxidável AISI 316.
Número de placas: 45 e, por detalhe de projeto, elas foram
posicionadas de maneira a se tocarem nas partes
corrugadas.
Condições Operacionais
Água: cloreto, 11 ppm; 
pH = 6,8; t
temperaturas — de entrada, 30°C, e de saída, 33°C.
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ObservaçõesObservações
Após cerca de 18 meses de operação, corrosão predominante
nos picos das corrugações das placas do lado da água.
Os pontos de corrosão são eqüidistantes e localizados nas
áreas em que as partes corrugadas das placas se tocam.
Presença de depósito constituído de bagaço de cana, e 
ausência de corrosão sob este depósito nas placas
inspecionadas.
Causa
Corrosão sob contato ou por aeração diferencial: o contato
entre as placas possibilitou a presença de frestas e a 
conseqüente corrosão em frestas ou por aeração diferencial. 
Além disso, durante a operação do trocador, podem ocorrer
pequeníssimos deslizamentos nos contatos entre as placas, 
com o conseqüente atrito impedindo qualquer possibilidade
de formação do óxido de cromo, Cr2O3, protetor. 
A eqüidistância e a simetria dos pontos de corrosão
permitiram caracterizar como causa do processo corrosivo a 
falha de projeto, isto é, o contato entre as placas.
SoluçãoSolução
Mudança de projeto para evitar o contato entre as placas do 
trocador de calor
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ESTUDOS DE CASO 5ESTUDOS DE CASO 5ESTUDOS DE CASO 5ESTUDOS DE CASO 5
SistemaSistema
Trocador de calor tipo TEMA-AEM de espelhos fixos.
Materiais
Tubos: aço inoxidável austenítico, ASTM A-249 TP304.
Casco: aço-carbono.
CondiçõesCondições OperacionaisOperacionais
Posição: vertical, circulando a água de baixo para cima.
Fluidos:
• casco — circula água tratada;
• tubo — fluido de processo (polímero).
Temperaturas:
• água de resfriamento — entrada, 26°C -28°C, saída, 33°C-67°C;
• fluido de processo — entrada, 85°C-90°C, saída, 5% no máximo de 
diferença.
Tratamento da água: à base de fosfatos e de sal de zinco, como
inibidores de corrosão. 
Cloração diária durante 3 horas, para manter o cloro residual na faixa
de 0,5 a 1,0 ppm.
ObservaçõesObservações
Três anos após o início de operação, o trocador apresentou
vazamentos na parte superior dos tubos e nas proximidades
do mandrilhamento. 
A parte inferior dos tubos se apresentava perfeita.
Os tubos apresentavam-se cobertos com resíduo branco de 
fosfato de cálcio.
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Causa
Embora a água de resfriamento tratada apresentasse valores de 
cloreto em torno de 200 ppm, não houve corrosão nos tubos, a 
não ser nas áreas deformadas ou tensionadas, como as do 
mandrilhamento.
O trocador de calor apresentava uma posição vent irregular, a 
qual permitiu a formação de um colchão de ar na parte 
compreendida entre o espelho e o vent. 
Nessa área, não há contato permanente dos tubos com a água
de resfriamento tratada, podendo-se ter a formação e a 
condensação de vapores arrastando cloreto, o que permite um 
aumento da concentração de Cl, principalmente na região de 
mandrilhamento, devido à possibilidade da presença de frestas.
A causa dos vazamentos dos tubos foi a corrosão sob tensão
fraturante devida à associação dos fatores: cloreto, temperatura, 
áreas deformadas ou tensionadas e áreas em que não havia
presença constante de água com inibidores de corrosão.
SoluçãoSolução
Mudança de detalhe construtivo: mudar o posicionamento do 
vent, colocando-o acima da posição anterior, de maneira que a 
água de resfriamento, contendo inibidor de corrosão, atinja toda
a extensão dos tubos do trocador.
ESTUDOS DE CASO 6ESTUDOS DE CASO 6ESTUDOS DE CASO 6ESTUDOS DE CASO 6
Sistema
Isolamento térmico de tubulações de sistema de ar
condicionado.
Material
Alumínio usado como revestimento de isolamento térmico.
Condições Operacionais
Tubulações de aço-carbono, de água do sistema de refrigeração, 
revestidas com tinta asfáltica, seguida de uma camada de isopor
revestida de tinta asfáltica. 
Todo esse conjunto envolvido por folhas de alumínio.
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ObservaçõesObservações
Corrosão nas folhas de alumínio, presença de produto de 
corrosão esbranquiçado e perfuração nas folhas de alumínio.
Áreas predominantemente corroídas localizadas nas superfícies
internas inferiores das folhas de alumínio e presença de água
condensada.
AnáliseAnálise
No produto de corrosão, presença de cloretos e de alumínio; na
tinta asfáltica, presença de cloreto.
CausaCausa
Presença de cloreto na tinta asfáltica usada como
revestimento das tubulações e também do isolamento
térmico de isopor em contato com alumínio: água
condensada e cloreto impediram a formação do óxido de 
alumínio protetor. 
Formado o cloreto de alumínio, produto de corrosão, ele
sofre hidrólise, formando ácido clorídrico, HCl, e acelerando
o processo corrosivo:
AlCl3 + 3H2O → Al(OH)3 + 3HCl
2Al + 6HCl → 2AlCl3 + 3H2
Al2O3 + 6HCl → 2AlCl3 + 3H2O
SoluçãoSolução
Substituição das folhas de alumínio corroídas e do 
isolamento térmico revestido com tinta asfáltica contendo
cloreto. 
Uso de revestimento com tintas isentas de cloreto, como
aquelas à base de resinaepóxi.
ESTUDOS DE CASO ESTUDOS DE CASO ESTUDOS DE CASO ESTUDOS DE CASO 7777
15/11/2013
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SistemaSistema
Chapas para dutos de ar condicionado.
MaterialMaterial
Aço galvanizado.
CondiçõesCondições de de ArmazenamentoArmazenamento ouou EstocagemEstocagem
Chapas superpostas, armazenadas em ambiente com umidade
relativa em torno de 70%.
ObservaçõesObservações
Quando do uso das chapas, notou-se a presença de resíduo
branco entre as chapas superpostas e presença de umidade.
AnáliseAnálise
Análise qualitativa do resíduo branco acusou presença de 
óxido e de carbonato de zinco, ZnO e ZnCO3, respectivamente.
MecanismoMecanismo
Corrosão branca ou oxidação branca do aço galvanizado: a 
superposição de chapas possibilitou a formação de frestas e a 
conseqüente corrosão por aeração diferencial. 
A penetração de umidade entre as chapas ocorreu devido à 
formação de vapor d’água durante o dia (temperatura mais
elevada) e condensação durante a noite (temperatura mais
baixa).
15/11/2013
28
OBRIGADA!

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