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! ANHANGUERA EDUCACIONAL Unidade de Apoio EAD – Polo de Niterói/RJ Curso de Tecnologia em Gestão Hospitalar Josenilton costa da silva - RA 1287613756 RESUMO MATEMÁTICA FINANCEIRA RIO DE JANEIRO 2018 A Matemática Financeira está presente em diversas situações do dia a dia, abrangendo investimentos e financiamentos de bens de consumo. Os financiamentos são usados por pessoas que querem adquirir uma moradia própria, dinheiro, carros novos e usados, entre outros. Sempre que financiamos um valor, pagamos juros que são contabilizados nas prestações estabelecidas. As taxas de juros cobradas variam de acordo com cada instituição financeira. O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor principal ou simplesmente principal é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de somarmos os juros. Transformando em fórmula, temos: 0 25 50 75 100 Abril Maio Junho Julho Região 1 Região 2 Onde Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1.000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão: J = 1000 x 0.08 x 2 = 160 Ao somarmos os juros ao valor principal, temos o montante. Montante = Principal + Juros Montante = Principal + (Principal x Taxa de juros x Número de períodos) Exemplo: Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias. SOLUÇÃO: M = P . ( 1 + (i.n) ) M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42 Observe que expressamos a taxa i e o período n na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido 145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias. Exercícios sobre juros simples: 1) Calcular os juros simples de R$ 1.200,00 a 13 % a.t. por 4 meses e 15 dias. Se a taxa é 13% (ou seja, 0,13) ao trimestre, vamos dividi-la por 6 para encontrar a taxa a cada 15 dias (visto que um trimestre tem 6 períodos de 15 dias): 0.13 / 6 = 0.02167 Logo, para 4 meses e 15 dias, a taxa é 0.02167 x 9 = 0.195. Portanto: J = 1200 x 0.195 = R$ 234,00 2) Calcular os juros simples produzidos por R$ 40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias. Temos: J = P.i.n A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias = 0,001 a.d. Agora, como a taxa e o período estão referidos à mesma unidade de tempo, ou seja, dias, poderemos calcular diretamente: J = 40000.0,001.125 = R$ 5.000,00 3) Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$ 3.500,00 de juros em 75 dias? Temos imediatamente: J = P.i.n 3500 = P.(1,2/100).(75/30) Observe que expressamos a taxa i e o período n em relação à mesma unidade de tempo, meses. Logo, 3500 = P. 0,012 . 2,5 J = P . i . n J = juros P = principal (capital) i = taxa de juros n = número de períodos M = P . ( 1 + ( i . n ) ) 3500 = P . 0,030; Daí, vem: P = 3500 / 0,030 = R$ 116.666,67 4) Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capital aplicado através de capitalização simples? Objetivo: M = 2.P Dados: i = 150/100 = 1,5 Fórmula: M = P (1 + i.n) Desenvolvimento: 2P = P (1 + 1,5 n) 2 = 1 + 1,5 n n = 2/3 ano = 8 meses 1. Qual o montante de um capital de R$4.000,00 com uma taxa de juros de 2% ao mês, durante 2 anos? 2. 3. 4. 5. Qual o montante de um capital de R$2.000,00 com uma taxa de juros de 3% ao mês, durante 1 ano? Juros compostos O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro, sendo portanto o mais útil para cálculos de problemas do dia a dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos juros do período seguinte. Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao principal. Após três meses de capitalização, temos: 1º mês: M =P.(1 + i) 2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P.(1 + i).(1 + i) 3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P.(1 + i).(1 + i).(1 + i) Simplificando, obtemos a fórmula: Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao mês para n meses. Para calcularmos apenas os juros, basta diminuir o principal do montante ao final do período: Exemplo: Calcule o montante de um capital de R$ 6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa de 3,5% ao mês. (use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788) Resolução: P = R$6.000,00 t = 1 ano = 12 meses i = 3,5 % a.m. = 0,035 M = ? Usando a fórmula M=P.(1+i)n, obtemos: M = 6000.(1+0,035)12 = 6000. (1,035)12 = 9066,41 Portanto o montante é R$ 9 idade s de tempo diferentes que , ao serem aplicadas a um. A MATEMÁTICA FINANCEIRA tem por objetivo estudar as diversas formas de evolução do valor do dinheiro no tempo, bem como as formas de análise e comparação de alternativas para aplicação / obtenção de recursos financeiros.Taxa de JurosË é um coeficiente que corresponde à razão entre os juros pagos ou recebidos no fim de um determinado período de tempo e o capital. CapitalË é qualquer valor expresso em moeda (dinheiro ou bens comercializáveis) disponível em determinada época. Referido montante de dinheiro também é denominado de capital inicial ou principal. Juros é o aluguel que deve ser pago ou recebido pela utilização de um valor em dinheiro durante um certo tempo; é o rendimento e dinheiro,proporcionado pela utilização de uma quantia monetária, por um certo período de tempo. Taxa de JurosË é um coeficiente que corresponde à razão entre os juros pagos ou recebidos no fim de um determinado período de tempo e o capital inicialmente empatado. PDF Creator - PDF4Free v2.0 Capital Inicial = + Juros = = Montante = $ 100 $ 50 $150 M = P . (1 + i)n J = M - P http://www.pdf4free.com Ex.: Capital Inicial : Juros : TaxadeJuros: $ 100 $ 150 - $ 100 = $ 50 $50/$100 =0,5ou50%aoperíodo • a taxa de juros sempre se refere a uma unidade de tempo (dia, mês, ano, etc) e pode ser apresentada na forma percentual ou unitária. Taxa de Juros unitária: a taxa de juros expressa na forma unitária é quase que exclusivamente utilizada na aplicação de fórmulas de resolução de problemas de Matemática Financeira; para conseguirmos a taxa unitária ( 0.05 ) a partir da taxa percentual ( 5 % ), basta dividirmos a taxa percentual por 100: 5%/100= 0.05 MontanteË denominamos Montante ou Capital Final de um financiamento (ou aplicação financeira) a soma do Capital inicialmente emprestado (ou aplicado) com os juros pagos (ou recebidos). RESUMO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA Regimes de Capitalização quando um capital é emprestado ou investido a uma certa taxa por período ou diversos períodos de tempo, o montante pode ser calculado de acordo com 2 regimes básicos de capitalização de juros: • capitalização simples;• capitalização composta; Regime de Capitalização Simples Regime de Capitalização Composta Somente o capital inicial rende juros, ou seja, os juros são devidos ou calculados exclusivamente sobre o principal ao longo dos períodos de capitalização a que se refere a taxa de juros os juros produzidos ao final de um período são somados ao montante do início do período seguinte e essa soma passa a render juros no período seguinte e assim sucessivamente. Fluxo de Caixa • Comparando-se os 2 regimes de capitalização, podemos ver que para o primeiro período considerado, o montante e os juros são iguais, tanto para o regime de capitalização simples quanto para o regime de capitalização composto; • salvo avisoem contrário, os juros devidos no fim de cada período (juros postecipados) a que se refere a taxa de juros. • No regime de capitalização simples, o montante evolui como uma progressão aritmética, ou seja, linearmente, enquanto que no regime de capitalização composta o montante evolui como uma progressão geométrica, ou seja, exponencialmente. O fluxo de caixa de uma empresa, de uma aplicação financeira ou de um empréstimo consiste no conjunto de entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos) de dinheiro ao longo de um determinado período. Taxa EquivalenteË duas taxas são equivalentes se fizerem com que um mesmo capital produza o mesmo montante no fim do mesmo prazo de aplicação. • no regime de juros simples, duas taxas equivalentes também são proporcionais; Capital, Taxa e Prazo Médios Ë em alguns casos podemos ter situações em que diversos capitais são aplicados, em épocas diferentes, a uma mesma taxa de juros, desejando-se determinar os rendimentos produzidos ao fim de um certo período. Em outras situações, podemos ter o mesmo capital aplicado a diferentes taxas de juros, ou ainda, diversos capitais aplicados a diversas taxas por períodos distintos de tempo. Capital Médio (juros de diversos Capitais)Ë é o mesmo valor de diversos capitais aplicados a taxas diferentes por prazos diferentes que produzem a MESMA Taxa Média é a taxa à qual a soma de diversos capitais deve ser aplicada, durante um certo período de tempo, para produzir juros iguais à soma dos juros que seriam produzidos por diversos capitais. QUANTIA DE JUROS. Cmd = C1 i1 n1 +C2 i2 n2+C3 i3 n3+...+Cn in nn i1 n1+i2 n2+i3 n3+...+in nn Taxamd = C1 i1 n1+C2 i2 n2 +C3 i3 n3+...+Cn in nn C1 n1 +C2 n2+C3 n3+...+Cn nn Prazo MédioË é o período de tempo que a soma de diversos capitais deve ser aplicado, a uma certa taxa de juros, para produzir juros iguais aos que seriam obtidos pelos diversos capital Prazomd = C1 i1 n1+C2 i2 n2 +C3 i3 n3+...+Cn in nn C1 i1 +C2 i2+C3 i3+...+Cn in DESCONTO CONCEITO A chamada operação de desconto normalmente é realizada quando se conhece o valor futuro de um título (valor nominal, valor de face ou valor de resgate) e se quer determinar o seu valor atual. O desconto deve ser entendido como a diferença entre o valor de resgate de um título e o seu valor presente na data da operação, ou seja: D = VF - VP, em que D representa o valor monetário do desconto, VF o seu valor futuro (valor assumido pelo título na data do seu vencimento) e VP o valor creditado ou pago ao seu titular. Assim como no caso dos juros, o valor do desconto também está associado a uma taxa e a determinado período de tempo. Embora seja freqüente a confusão entre juros e descontos, trata-se de dois critérios distintos, claramente caracterizados. Assim, enquanto no cálculo dos juros a taxa referente ao período da operação incide sobre o capital inicial ou valor presente, no desconto à taxa do período incide sobre o seu montante ou valor futuro. De maneira análoga aos juros, os descontos são também classificados em simples e composto, envolvendo cálculos lineares no caso do desconto simples e exponencial no caso do desconto composto. O desconto é dividido em: a) Desconto Racional (por dentro). b) Desconto Comercial (por fora). a) DESCONTO RACIONAL (por dentro). Desconto racional simples é aquele aplicado no valor atual do título n períodos antes do vencimento, ou seja, é o mesmo que juro simples. Não será dada muita importância a menos de comparação, pois raramente tem sido aplicado no Brasil. Dr = VF – VP Onde Dr = Desconto Racional Como VP = VF /(1+i.n) Temos: ! b) DESCONTO COMERCIAL OU BANCÁRIO (por fora) Desconto comercial simples é aquele em que a taxa de desconto incide sempre sobre o montante ou valor futuro. É utilizado no Brasil de maneira ampla e generalizado, principalmente nas chamadas operações de “desconto de duplicatas” realizadas pelos bancos, sendo, por essa razão, também conhecido por desconto bancário ou comercial. É obtido multiplicando-se o valor de resgate do título pela taxa de desconto e pelo prazo a decorrer até o seu vencimento, ou seja: D = VF.d.n Onde d representa a taxa de desconto e n o prazo. E para se obter o valor presente, também chamado de valor descontado, basta subtrair o valor do desconto do valor futuro do título, como segue: VP = FV – D Daí vem que: VP = VF – VF.d.n => VP = VF.(1. –.d.n) SITUAÇÃO PROBLEMA: 1. Qual o valor do desconto comercial simples de um título de R$ 2.000,00, com vencimento para 90 dias, á taxa de 2,5% ao mês? Dados: VF = 2.000,00 n = 90 dias = 3 meses (como a taxa está em mês, devemos transformar o período para essa unidade) d = 2,5% ao mês D=? Solução: D = VF . d . n => D = 2.000,00 . 0,025 . 3 = 150,00 2. Qual a taxa mensal de desconto comercial utilizada numa operação a 120 dias, cujo valor de resgate é de R$ 1.000,00 e cujo valor atual é de R$ 880,00? Dados: VF = 1.000,00 VP = 880,00 n = 120 dias = 4 meses d=? Solução: D = VF – VP = 1.000,00 – 880,00 = 120,00 Isolando a taxa d na fórmula do desconto temos: d = D / (VF . n) => d = 0,03 ou seja, d = 3% ao mês 3. Uma duplicata no valor de R$ 6.800,00 é descontada por fora, por um banco, gerando um crédito de R$ 6.000,00 na conta do cliente. Sabendo-se que a taxa cobrada pelo banco é de 3,2% ao mês, determinar o prazo de vencimento da duplicata. Dados: VF = 6.800,00 VP = 6.000,00 d = 3,2% ao mês n =? Solução: D = VF – VP D = 6.800,00 – 6.000,00 = 800,00 Isolando o prazo n na equação D = VF. d. n, temos n = D/(VF.d) substituindo os valores resulta que: n = 3,676 meses, ou seja 110 dias 4. Calcular o valor líquido creditado na conta de um cliente, correspondente ao desconto por fora de uma duplicata no valor R$ 34.000,00, com prazo de 41 dias, sabendo-se que o Banco está cobrando nessa operação uma taxa de desconto de 4,7% ao mês. Dados: VF = 34.000,00 d = 4,7% ao mês n = 41 dia Solução: Como nesse problema a taxa e o prazo não estão na mesma unidade de tempo (a taxa é mensal e o prazo está expresso em número de dias), basta, para compatibilizá-los, dividir um dos dois por 30, como segue: D = VF.d.n D= 34000 . 0,047 . 41/30 D = 2.183,93 Como VP = VF – D, tem-se: VP = 34.000,00 – 2.183,93 = 31.816,07 5. O desconto de uma duplicata gerou um crédito de R$ 70.190,00 na conta de uma empresa. Sabendo-se que esse título tem um prazo a decorrer de 37 dias até o seu vencimento e que o Banco cobra uma taxa de desconto de 5,2% ao mês nessa operação, calcular o valor da duplicata. Dados: VP = 7.608,00 d = 5,2% ao mês n = 138 dias = 138/30 meses VF=? Solução: D = VF . d . n Como nessa equação não ternos valores definidos para duas variáveis, D e VF, é impossível obter-se a solução desse problema somente através dela. Entretanto, como sabemos que D=VF-VP, a substituição desta naquela equação nos permite obter o valor da duplicata, como segue: VF – VP = S.d.n => VP = VF – VF.d.n => VP = VF (1 - d.n) => VF = VP/(1 - d.n) Assim, temos: VF = 10.000,00 6. No caso do exemplo anterior, calcular a taxa mensal de juros correspondente àquela operação, de acordo com o critério de juros compostos. Dados: P = 7.608,00 S = 10.000,00 n = 138 dias i= ? A solução pode ser obtida a partir da fórmula do JURO COMPOSTO VF= VP (1+i)n. Comoa taxa informada é mensal e o prazo é dado em número de dias, basta dividir este por 30 para expressá-lo em número de meses e assim compatibilizar as duas variáveis. Substituindo na equação do montante, ternos: VF= VP (1 + i)n 10.000 = 7.608 (1 + i)(138/30) (1 + i)(138/30) = 1,06853 1 + i = (1,06853 )(30/138) i = 1,06123 - 1 = 0,06123 ou 6,123% ao mês TAXA IMPLÍCITA Quando o desconto (taxa) é aplicado sob o valor futuro, para com isto obter o valor atual, a uma determinada taxa é X, porém com o valor atual é a taxa X não se obtém o valor futuro inicial. Com isto observamos que existe uma taxa implícita na operação que é maior que a taxa de desconto. i = y% a período (taxa de juro) d = x% a período (taxa de desconto) Devemos aplicar uma taxa y ao valor do título com desconto e chegar ao valor do título, usando capitalização simples. VF=VP.(1+i.n) (a) Temos ainda que o valor do título com desconto é dado por VP=VF (1 – d.n) (b) Isolando VF em (b) e substituindo em (a) temos: VP/(1 – d.n) = VP(1 + i.n) Resultando: i = d/(1 – d.n) Onde: i = taxa efetiva; d = taxa de desconto; n = número de períodos. Situação Problema: 7. Um título que possui uma taxa de desconto de 4% ao mês durante 6 meses. Qual é a taxa real de juro simples? Dados: d = 4% a.m.; n=6 meses Usando a fórmula acima temos: i = 0,04 / (1 - 0,04 . 6) i = 5,263% ao mês. CÁLCULO DO VALOR DO DESCONTO SIMPLES PARA SÉRIES DE TÍTULOS DE MESMO VALOR Vamos admitir que sejam apresentados a um banco 5 títulos, no valor de R$ 1.000,00 cada um, com vencimentos de 30 a 150 dias (de 1 a 5 meses) respectivamente, para serem descontados. Sabendo-se que a taxa de desconto cobrada pelo banco é de 3% ao mês, calcular o valor do desconto global e o valor líquido correspondente a ser creditado na conta do cliente. As novas variáveis serão representadas pelos seguintes símbolos: Dt = valor do desconto total = D1 + D2 + ... + Dn N = número de títulos (ou prestações) S = Valor de cada título Pt= valor líquido total dos títulos = N x S - Dt a) Obtenção do desconto global, a partir do cálculo individual, para cada título: Sendo D = S.d.n, tem - se que: D1 = 1.000,00 x 0,03 x 1 = 30,00 D2 = 1.000,00 x 0,03 x 2 = 60,00 D3 = 1.000,00 x 0,03 x 3 = 90,00 D4 = 1.000,00 x 0,03 x 4 = 120,00 D5 = 1.000,00 x 0,03 x 5 = 150,00 Logo: Dt = 30,00 + 60,00 + 90,00 + 120,00 + 150,00 = 450,00 b) Dedução de uma fórmula que possibilita obter o desconto total de forma simplificada. Com base no desenvolvimento feito no item anterior, podemos escrever: Dt = D1 + D2 + D3 + D4 + D5 Dt =1.000 x 0,03 x 1 + 1.000 x 0,03 x 2 + 1.000 x 0,03 x 3 + 1.000 x 0,03 x 4 + 1.000 x 0,03 x 5 Dt= (1.000, x 0,03) x (1+ 2 + 3 + 4 + 5) Aplicando-se a fórmula que dá a soma dos termos de uma progressão aritmética (PA): SPA = (t1 + tn)N / 2 em que t1 representa o prazo do título que vence primeiro, tn o prazo do título que vence por último e N o número de títulos, ternos: Dt = (1.000 . 0,03) . (1+5).5 / 2 (1) Dt= 1.000,00 . 0,03 . 15 = 450,00. O valor líquido creditado na conta do cliente seria: Pt = S . N – Dt Pt = 1.000,00 . 5 - 450,00 = 4.550,00 Substituindo na expressão (1) cada número pelo seu símbolo correspondente, ternos: Dt = S . d . (t1 + tn) N / 2 ou Dt = S . N . d . (1 + tn)/2 em que a expressão (t1 + tn)/2 representa o prazo médio dos títulos descontados. Essa fórmula somente é válida para desconto de séries de títulos ou de prestações com valores iguais, de vencimentos sucessivos e de periodicidade constante a partir do primeiro vencimento. Quando os vencimentos ocorrem no final dos períodos unitários, a partir do primeiro, a fórmula para determinar o desconto total de uma série de títulos pode ser escrita como segue: Dt = S.N.d.(1 + tn)/2 em que tn, que representa o prazo expresso em número de períodos unitários (mês, bimestre, ano etc.) referente ao título que vence por último, será sempre igual ao número de títulos N. É importante lembrar que o período unitário da taxa deve estar sempre coerente com o período unitário do prazo, isto é, se na fórmula de cálculo os prazos forem representados em meses, trimestres ou anos, a taxa de desconto também deve ser representada em termos de taxa mensal, trimestral ou anual, respectivamente. Exemplos: 1. Calcular o valor líquido correspondente ao desconto bancário de 12 títulos, no valor de R$ 1.680,00 cada um, vencíveis de 30 a 360 dias, respectivamente, sendo a taxa de desconto cobrada pelo banco de 2,5% ao mês. Dados: S = 1.680,00 N = tn = 12 d = 2,5% Pt = ? Solução: Dt = S.N.d.(1 + tn) / 2 Dt = 3.276,00 Pt = S . N - Dt = 20.160,00 - 3.276,00 = 16.884,00 2. Quatro duplicatas, no valor de R$ 32.500,00 cada uma, com vencimentos para 90, 120, 150 e 180 dias, são apresentadas para desconto. Sabendo-se que a taxa de desconto cobrada pelo banco é de 3,45% ao mês, calcular o valor do desconto. Dados: S = 32.500,00 N = 4 d = 3,45% ao mês t1 = 90 dias = 3 meses tn = 180 dias = 6 meses DT = ? Solução: DT = S.N.d.(t1 + t2) /2 DT = 20.182,50 RELAÇÃO ENTRE TAXA DE DESCONTO NO PERÍODO E JURO COMPOSTO. Se um produto é vendido a R$ 100,00 para 63 dias, qual o desconto que o fornecedor pode conceder na venda a vista, se ele pratica uma taxa de juros composto de 5,0% a.m.? Podemos calcular a taxa de desconto igualando as equações VP=VF/(1+i)n da capitalização composta e VP=VF(1 - d.n) do desconto comercial, chegando a: ! (1) como n = 63/30 =2,1 meses Chegamos que: d = 0,04637 ~ 4,637% a.m. (taxa de desconto) Como o comprador, ao receber a oferta de desconto de 4,637% ao mês na compra a vista poderá calcular a taxa mensal de juro composto praticada pelo fornecedor, no caso acima? Da mesma maneira acima, poderemos chegar à equação para calcular a taxa de juro: ! (2) donde chegamos que i = 0,05 ou 5% DESCONTO COMERCIAL COMPOSTO Se a um produto no valor de R$ 100,00 forem concedidos dois descontos de 20%, o líquido será de R$ 64,00. De fato, com o primeiro desconto de 20% o valor liquido será de R$ 80,00, e com o segundo desconto de 20%, agora sobre R$ 80,00, o valor líquido passa a ser de R$ 64,00. A equação do valor líquido no caso do desconto composto poderá ser deduzida a partir do desconto simples. Chega-se a equação VP = VF(1 - d)n (3) onde VP é o valor atual, VF é o valor nominal do título, d é a taxa de desconto e n prazo a decorrer até o vencimento. Na prática, porém, dificilmente será constatada a aplicação do desconto composto tal como aqui colocado. No entanto, se um fornecedor tivesse cobrado 25% a.m. de juros na venda a 30 dias, na venda a vista poderia conceder 20% de desconto. Essa relação entre taxa de juros e taxa de desconto já foi descrita anteriormente. Além disso, se esse mesmo fornecedor vendesse a 60 dias, certamente cobraria um acréscimo de 56,25% a.p. de juros. Se fizermos a equivalência de taxa obteremos a taxa de desconto de 36% a.p., que é exatamente o desconto composto aplicado na apuração do valor líquido de R$ 64,00 que resulta o exemplo acima. Notemos também, que seaplicarmos a eq. (1) com as informações acima, obteremos: d = 0,36 ou 36% a.p. Portanto o uso do desconto composto é comum na prática comercial brasileira, porém compõe-se a taxa de desconto para o período antes de informá-la. Como no exemplo aqui demonstrado, concede-se 36% ao bimestre em vez de dois descontos sucessivos de 20% a.m. DESCONTOS DE DUPLICATAS A Matemática Financeira encontra importantes aplicações práticas no âmbito das atividades comerciais, tanto no que se refere às operações bancárias de crédito comercial como em avaliações de estratégias de compra e vendas mercantis. Este tópico tem por objetivo básico o estudo das várias modalidades de empréstimos bancários de curto prazo, dirigidos ao capital de giro das empresas. As operações de desconto bancário, uma das formas mais tradicionais de financiamento do capital de giro das empresas, incorporam, além da taxa de desconto paga a vista, certas características de tributação (IOF) e de despesas bancárias que impõe um maior rigor na determinação de seus resultados A mesma atenção deve, ainda, ser dispensada às demais operações bancárias de crédito comercial, cujos custos finais geralmente se elevam pela cobrança de taxas e comissões adicionais. Anteriormente nos Capítulos 3 e 4 dedicamos integralmente ao estudo das operações de desconto e de seus tipos conhecidos: desconto racional ou por dentro e desconto bancário ou por fora. Este item, a partir dos conhecimentos extraídos do referido capítulo, tem por objetivo desenvolver a prática de cálculo dos encargos financeiros e da taxa efetiva de custo das operações bancárias de desconto de duplicatas, definidas por desconto bancário (ou “por fora”). Conforme foi apresentado, a operação de desconto envolve basicamente a negociação de um título representativo de um crédito em algum momento anterior à data de seu vencimento. É interpretado, em outras palavras, como uma cessão de direitos existentes sobre um título em troca de alguma compensação financeira. As operações de desconto praticadas pelos bancos comerciais costumam apresentar os seguintes encargos financeiros, os quais são geralmente cobrados sobre o valor nominal do título (valor de resgate) e pagos a vista (descontados no momento da liberação dos recursos). a. TAXA DE DESCONTO (Nominal) – Segue as características de desconto bancário estudadas nos Capítulos 3 e 4 Basicamente, representa a relação entre os juros e o valor nominal do título. Esta taxa costuma ser definida em bases mensais e empregada de forma linear nas operações de desconto. b. IOF – IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS – Identicamente à taxa de desconto, este percentual é calculado linearmente sobre o valor nominal do título e cobrado no ato da liberação dos recursos. c. TAXA ADMINISTRATIVA – Cobrada muitas vezes pelas instituições financeiras visando cobrir certas despesas de abertura, concessão e controle do crédito.É calculada geralmente de uma única vez sobre o valor do título e descontada na liberação dos recursos. Esses encargos financeiros de desconto bancário são referenciados, para o cálculo de seus valores monetários, pelo critério de juros simples. Evidentemente, para uma apuração rigorosa da taxa de juros efetiva destas operações é adotado o regime composto, conforme amplamente discutido. Taxas Nominais Você vai ao banco investir R$ 100.000,00 em uma aplicação financeira e o gerente lhe informa que para a aplicação escolhida a taxa de juros anual é de 24% a.a., com capitalização composta mensal. Taxa efetiva equivalente Calculo como juro taxa 1 2 aa 1 ano Então você terá uma aplicação no regime de capitalização composta, sendo que o acréscimo dos juros ao montante será realizado mensalmente. Note que o período de formação e acréscimo dos juros ao capital difere do período de tempo da taxa. Temos uma taxa anual, mas os juros são calculados e acrescidos mês a mês. Nestas condições a taxa de juros é denominada taxa nominal. Tópico relacionado Exercícios resolvidos - Juros Compostos e Prestações Sendo a taxa nominal de 24% a.a. e visto que a capitalização é mensal, qual será a taxa de juros ao mês? Como 1 ano tem 12 meses a taxa será de: A taxa mensal referente a uma taxa nominal de 24% a.a. é de 2% a.m.. Estas duas taxas são ditas taxas proporcionais, pois utilizando meses como a unidade de tempo, temos a seguinte proporção: 24% está para 12 meses, assim como 2% está 1 mês. A taxa de 2% a.m. além de ser proporcional à taxa de 24% a.a., é denominada taxa efetiva mensal. Taxas Efetivas Segundo o dicionário efetiva significa real, verdadeira, que produz efeito. Isto quer dizer que para efeitos de cálculo utilizamos a taxa efetiva, a taxa nominal não é utilizada para estes fins. Para continuarmos este estudo, agora que sabemos que a taxa efetiva de juros é 2% a.m. e que o capital é de R$ 100.000,00, vamos calcular qual será o novo capital após um ano de aplicação. Vamos utilizar a seguinte fórmula para o cálculo do montante composto: As variáveis conhecidas são as seguintes: Substituindo tais variáveis por seus respectivos valores temos: Como o capital é de R$ 100.000,00, os juros serão de R$ 26.824,18: Então a taxa efetiva anual será de 26,82418% a.a. Taxas Equivalentes A taxa efetiva mensal de 2% a.m. é equivalente à taxa efetiva anual de 26,82418% a.a., isto porque produzem um montante igual, quando aplicadas a um mesmo capital, em um período de tempo de mesma duração. Para verificarmos a equivalência vamos calcular Mm e Ma, referentes ao montante obtido a partir das taxas efetivas mensal e anual, respectivamente, pelo período de um ano: Observe que calculamos a taxa efetiva anual de 26,82418% a.a. com 5 casas decimais, apenas para que pudéssemos comparar a equivalência das taxas, na prática podemos utilizar uma ou duas casas decimais como 26,82% a.a., por exemplo, neste caso o montante será ligeiramente menor (R$ 126.820,00). Acima verificamos que os montantes Mm e Ma, calculados através da fórmula , são iguais. Utilizando o índice m e a para identificar também as outras variáveis referentes ao cálculo dos montantes Mm e Ma, respectivamente, generalizando podemos concluir que: Veja que nesta fórmula obtemos a taxa efetiva mensal a partir da taxa efetiva anual: Nesta outra fórmula obtemos a taxa efetiva anual a partir da taxa efetiva mensal: Como podemos notar, ambas as fórmulas diferem entre si apenas nos índices das variáveis, então retirando o índice das variáveis referentes à taxa que queremos obter e atribuindo o índice 0 às variáveis referentes à taxa que possuímos, chegamos à seguinte fórmula: Ou, se preferirmos eliminar o radical trabalhando apenas com uma potência, temos esta fórmula: Exemplos de Cálculo para a Obtenção de Taxas Efetivas Equivalentes A taxa efetiva de 21% a.a. equivale a qual taxa efetiva mensal? Um capital qualquer capitalizado em 21% após 1 ano da aplicação, deve produzir o mesmo montante que o mesmo capital sendo capitalizado mensalmente a uma taxa i por 12 meses. Os dados que possuímos são os seguintes: Substituindo tais valores na fórmula iremos obter a taxa efetiva ao mês: Portanto, a taxa efetiva mensal é de aproximadamente 0,016 a.m. ou 1,6% a.m.: A taxa efetiva de 21% a.a. equivale a uma taxa efetiva mensal de 1,6% a.m. A taxa efetiva de 1,8% a.b. equivale a qual taxa efetiva semestral? Uma certa quantia capitalizada bimestralmente em 1,8% durante 3 bimestres de aplicação, deve produzir o mesmo montante se for capitalizada após 1 semestre a umataxa i. Então temos os seguintes dados para utilizar com a fórmula: Os aplicando na fórmula temos: Temos então uma taxa efetiva semestral de aproximadamente 0,055 a.s. ou 5,5% a.s.: A taxa efetiva de 1,8% a.b. equivale a uma taxa efetiva semestral de 5,5% a.s. Taxas Proporcionais Vimos acima que as taxas de 24% a.a. e de 2% a.m. são taxas proporcionais, pois utilizando meses como a unidade de tempo, temos a seguinte proporção: É importante observar que no regime de capitalização composta taxas proporcionais não são equivalentes. Como vimos, uma taxa efetiva de 2% a.m. equivale a 26,82418% a.a. e não a 24% a.a. Note porém, que no regime de capitalização simples taxas proporcionais são equivalentes, neste regime elas produzem o mesmo montante quando aplicadas a um mesmo capital e período. A taxa de 24% a.a. equivale à taxa de 2% a.m. em uma aplicação a juros simples? Certamente que sim, por exemplo, vamos verificar o rendimento de uma aplicação de R$ 8.000,00 por 6 meses. Para isto utilizaremos esta fórmula: À taxa de 24% a.a. temos: Como a taxa de juros está em anos e o período de aplicação em meses, foi preciso convertê-lo de 6 meses para 0,5 anos, a fim de que a unidade de tempo sendo a mesma, possamos realizar os cálculos: À taxa de 2% a.m. temos: Portanto: A aplicação de R$ 8.000,00 por 6 meses em qualquer uma das taxas proporcionais, rende juros de R$ 960,00 no regime de capitalização simples, portanto ambas as aplicações produzem o mesmo montante de R$ 8.960,00 durante um mesmo período de aplicação e por isto as taxas proporcionais são taxas equivalentes neste regime. Sim, a taxa de 24% a.a. equivale à taxa de 2% a.m. no regime de capitalzação simples. Em algumas situações relacionadas à Matemática Financeira temos que realizar operações de equivalência das taxas de juros. Em situações de longo prazo conhecemos a taxa mensal de juros, mas desconhecemos o valor da taxa anual ou dos juros acumulados no período estabelecido. A expressão matemática que fornece a taxa de juros equivalente a um período é a seguinte: (1 + ia) = (1 + ip)n ia = taxa atual equivalente ip = taxa do período dado n = número de períodos Exemplo 1 Qual a taxa anual de juros de um financiamento que cobra juros mensais de 4,5%. Temos que 4,5% = 4,5 / 100 = 0,045 (1 + ia) = (1 + 0,045)12 1 + ia = 1,04512 1 + ia = 1,6959 ia = 1,6959 – 1 ia = 0,6959 ia = 69,59 % ao ano Exemplo 2 Determine a taxa mensal equivalente a 0,2% ao dia. Sabemos que 0,2% = 0,2 / 100 = 0,002 (1 + ia) = (1 + 0,002)30 1 + ia = 1,00230 1 + ia = 1,0618 ia = 1,0618 – 1 ia = 0,0618 ia = 6,18% ao mês Exemplo 3 Qual a taxa semestral equivalente a 40% ao ano. Temos que 40% = 40 / 100 = 0,4 Nesse caso, vale ressaltar que 1 ano possui 2 semestres, então: (1 + ia)2 = 1 + 0,4 (1 + ia)2 = 1,4 1 + ia = 1,4 1/2 1 + ia = 1,1832 ia = 1,1832 – 1 ia = 0,1832 ia = 18,32% ao semestre Exemplo 4 Qual a taxa mensal de juros referentes a uma taxa anual de 144%. Temos que 144% = 144/100 = 1,44 (1 + ia)12 = 1 + 1,44 (1 + ia)12 = 2,44 1 + ia = 2,44 1/12 1 + ia = 1,0768 ia = 1,0768 – 1 ia = 0,0768 ia = 7,68% ao mês Exemplo 5 Calcule os juros acumulados durante 2 anos referentes a uma taxa mensal de 0,5%. 0,5% = 0,5 / 100 = 0,005 (1 + ia) = (1 + 0,005)24 1 + ia = 1,00524 1 + ia = 1,1271 ia = 1,1271 – 1 ia = 0,1271 ia = 12,71% Cálculo de Financiamento A Matemática Financeira está presente em diversas situações do dia a dia, abrangendo investimentos e financiamentos de bens de consumo. Os financiamentos são usados por pessoas que querem adquirir uma moradia própria, dinheiro, carros novos e usados, entre outros. Sempre que financiamos um valor, pagamos juros que são contabilizados nas prestações estabelecidas. Através de uma fórmula, pode-se demonstrar o cálculo a ser feito em um financiamento. Para desenvolver a expressão é preciso usar uma calculadora científica. Fórmula do cálculo do coeficiente de financiamento: Essa fórmula permite calcular o valor da prestação do empréstimo de acordo com a taxa de jutos (i) e o período (n). Suponha que uma pessoa queira financiar um carro no valor de R$ 10.000,00, financiado à taxa de 1,5% a.m. durante 12 meses. Qual o valor mensal da prestação? Vamos, através da fórmula, calcular o coeficiente de financiamento: Multiplicando o valor do financiamento, R$10.000,00, pelo coeficiente de financiamento, teremos o valor da prestação. 10.000 x 0,091679993 = 916,80 Logo, o valor da prestação será de R$ 916,80. Como Faremos os Cálculos do Financiamento? No tópico cálculo de prestações vimos o que vem a ser o coeficiente de financiamento e que o calculamos através da seguinte fórmula: Vimos que as variáveis CF, i e n se referem respectivamente ao coeficiente de financiamento, a taxa de juros e ao período de tempo, sendo que i e n devem se referir à mesma unidade de tempo. Aqui estamos trabalhando em meses. Vimos também que ao realizarmos uma compra sem entrada podemos utilizar a seguinte fórmula para obtermos o valor da prestação: Onde PV é o valor presente que em nosso caso se refere ao valor que estaremos financiando, já descontado do preço do carro o valor dado de entrada. A variável PMT se refere ao valor das prestações. Ora, se multiplicando o valor a ser financiado pelo coeficiente de financiamento obtemos o valor da prestação, se tivermos o valor da prestação e fizermos o cálculo inverso, o dividindo pelo coeficiente de financiamento, iremos obter o valor a ser financiado: Então na realização dos cálculos do financiamento vamos utilizar estas duas fórmulas: Calculadora de Financiamentos Informando os dados abaixo esta calculadora irá informar em detalhes como os cálculos devem ser realizados para que você descubra o valor que deve ser pago como entrada no financiamento do seu veículo. Informe abaixo os dados do financiamento: Tópico relacionado Cálculo de prestações - Financiamento • Preço do Veículo: • • R$ 30000 • • Valor das Prestações: • • R$ 1000 • • Número de Parcelas Mensais do Financiamento: • • 36 meses • • Taxa de Juros Mensal do Financiamento: • • 2% Cálculo Detalhado do Financiamento para a Obtenção do Valor da Entrada Segundo os dados informados queremos financiar um automóvel que custa R$ 30.000,00, com prestação mensal no valor de R$ 1.000,00. A taxa de juros é 2% a.m. e 36 é o número de parcelas do financiamento: Agora iremos calcular qual é o valor que financiado a uma taxa de juros de 2% a.m. pode ser quitado em 36 prestações de R$ 1.000,00. Para obtermos este valor precisamos primeiramente calcular o coeficiente de financiamento: Agora que sabemos que o coeficiente de financiamento é igual a 0,039232853, basta dividirmos os R$ 1.000,00 da prestação por este coeficiente: Então quitamos um financiamento de R$ 25.488,84 em 36 meses, com uma taxa de juros de 2% a.m. e com prestações de R$ 1.000,00. O valor da entrada será a diferença entre o valor do financiamento e o preço do automóvel: Portanto o valor da entrada deverá ser de R$ 4.511,16. Independentemente de ser necessário ou não dar um valor de entrada, não se esqueça de que você irá precisar de uma quantia extra para o pagamento da TAC - taxa de abertura de crédito, do licenciamento, do IPVA e do seguro, além de outras despesas que poderão surgir em função da sua mais nova aquisição. Como você já sabe, o valor da entrada é pago no ato da contratação do financiamento. Caso a compra seja feita à vista, nomomento da compra você paga o valor total do veículo, não havendo a incidência de juros na operação financeira. Agora atente ao fato de que independentemente de pago uma entrada ou não, em compras a prazo neste molde o valor da primeira prestação é pago somente depois de decorrido o primeiro período de um mês. Por isto um veículo que custe R$ 30.000,00, financiado a uma taxa de juros de 2% a.m. e pago em apenas uma prestação, será quitado por R$ 30.600,00 e não por R$ 30.000,00, isto porque a diferença de R$ 600,00 se refere justamente aos juros decorrentes deste período de um mês. Por definição, a Matemática Financeira corresponde à área da matemática que descreve as relações entre o binômio tempo e dinheiro necessárias a amparar o calculo de decisões financeiras. Neste capítulo, então, serão discutidas essas relações e que permitem realizar operações de equivalência de capitais. 2.1 – Conceituações de Juros Juro, também denominado de interesse, é definido como a remuneração efetuada tanto a um dinheiro tomado emprestado como ao capital empregado em atividade produtiva ou aplicação financeira. Ao ser pactuada uma operação financeira, alguns parâmetros devem ser estabelecidos: E A taxa de juros referente ao período da operação; E O prazo de carência; E O período de capitalização ou contabilização dos juros; E O índice de correção monetária do saldo devedor; E O sistema de remuneração do capital. A remuneração de um capital pode ser efetuada sob dois sistemas que diferem conforme a incidência dos juros sobre o capital: o dos juros simples e o dos juros compostos. E Juros Simples E Juros Compostos É importante ter em mente que a taxa de juros efetivamente paga é aquela que incide sobre o capital efetivamente recebido ou disponível para o próprio manuseio. É comum ao se efetuar uma operação financeira existirem: taxas de abertura de crédito; os juros serem pagos antecipadamente ao haver uma operação de desconte de título de crédito; haver o pagamento de uma entrada no caso de financiamento de bens de consumo. Em todos esses casos, sob quaisquer dos dois sistemas de juros acima mencionados, o princípio a ser estabelecido é que a remuneração do capital tomado emprestado, isto é, os juros, sejam sempre calculados sobre a importância efetivamente recebida. Observando esse princípio, é possível verificar quando a taxa de juros pactuada e a efetivamente praticada são idênticas ou distintas. 2 - CAPITAL Capital é todo o acúmulo de valores monetários em um determinado período de tempo constituindo assim a riqueza como expresso anteriormente. Normalmente o valor do capital é conhecido como principal (P). A taxa de juro (i), é a relação entre os Juros e o Principal, expressa em relação a uma unidade de tempo.(n) 3 - JUROS Deve ser entendido como Juros, a remuneração de um capital (P), aplicado a uma certa taxa (i), durante um determinado período (n), ou seja, é o dinheiro pago pelo uso de dinheiro emprestado. Portanto, Juros (J) = preço do crédito. A existência de Juros decorre de vários fatores, entre os quais destacam-se: a) inflação: a diminuição do poder aquisitivo da moeda num determinado período de tempo; Professor Cristiano Reinaldo Matemática Financeira 2 b) risco: os juros produzidos de uma certa forma compensam os possíveis riscos do investimento. c) aspectos intrínsecos da natureza humana: quando ocorre de aquisição ou oferta de empréstimos a terceiros. Costuma-se especificar taxas de juros anuais, trimestrais, semestrais, mensais, entre outros, motivo pelo qual deve-se especificar sempre o período de tempo considerado. Quando a taxa de juros incide no decorrer do tempo, sempre sobre o capital inicial, dizemos que temos um sistema de capitalização simples (Juros simples). Quando a taxa de juros incide sobre o capital atualizado com os juros do período (montante), dizemos que temos um sistema de capitalização composta (Juros compostos). Na prática, o mercado financeiro utiliza apenas os juros compostos, de crescimento mais rápido (veremos adiante, que enquanto os juros simples crescem segundo uma função do 1o grau – crescimento linear, os juros compostos crescem muito mais rapidamente – segundo uma função exponencial). 3.1 – Juros Simples O regime de juros simples é aquele no qual os juros incidem sempre sobre o capital inicial. Este sistema não é utilizado na prática nas operações comerciais, mas, a análise desse tema, como introdução à Matemática Financeira, é de uma certa forma, importante. Considere o capital inicial P aplicado a juros simples de taxa i por período, durante n períodos. Nos dias atuais, o ensino de Matemática tem seguido, em várias situações, uma linha axiomática que sempre só apresenta aos alunos a etapa final de um longo desenvolvimento de idéias e criações, ou seja, aquela que todos os conceitos já estão prontos e integrados num toque de harmonia e perfeição. Assim sendo um indivíduo que entra em uma loja para comprar um televisor enfrenta uma situação assaz complicada, ou seja, que tipo de matemática esse indivíduo terá que adotar para que tenha condição de optar pelo plano mais vantajoso para comprar esse televisor? Comprá-lo à vista com 10% de desconto ou financiá-lo a prazo em 3 parcelas iguais? Isso sem levar em consideração que esse indivíduo teve o seu salário reajustado em 5 % quando a inflação era de 10 % no período. A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico. Algumas situações estão presentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o nome de juros. REFERENCIAS PARA ANÁLISES: https://youtu.be/wZXTTuE6n4Q
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