Buscar

Resumo evolução da Administração pública no Brasil para concursos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Coisas de prova
http://www.bresserpereira.org.br/papers/1996/95.admpublicaburocraticaagerencial.pdf
Aqui tem várias considerações sobre as reformas (da burocracia até gerencialismo)
http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/publicacoes-oficiais/catalogo/fhc/plano-diretor-da-reforma-do-aparelho-do-estado-1995.pdf
PDRAE original
- Tem um artigo que eu baixei e está na pasta, uma questão do cespe veio direto de lá (é bem pequeno vale a pena ler)
- http://www.bresserpereira.org.br/rgp.asp 
Aqui fala somente da reforma de 1995 (e cespe em 2012 tirou uma questão da lá)
PATRIMONIALISMO
Q883406 O aparelho do Estado patrimonialista funcionava como uma extensão do poder do soberano e os servidores possuíam status de nobreza real. CORRETO.
Q280783 No Estado patrimonialista, caracterizado pela interseção entre os patrimônios público e privado, os bens e serviços públicos também constituem patrimônio do governante. CORRETO.
Q72820 A época em que predominava o patrimonialismo no Brasil corresponde a um período de alta centralização político-administrativa no país.
FALSO. Havia uma descentralização política – por causa das oligarquias do café, o poder político estava espalhado pelos polos cafeicultores. 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q893489 A administração pública BUROCRÁTICA é autorreferente, ao passo que a administração GERENCIAL é orientada para o cidadão.
CORRETO. E esse lance da burocracia ser autorreferente SEMPRE CAI.
Q290817 A administração pública gerencial é autorreferente, assim como a administração pública burocrática, visto que ambas reafirmam o poder do Estado sobre o cidadão.
FALSO. Mesma coisa , mesma pegadinha. Burocracia é autorreferente pois ela somente se importa com o aparelho interno da burocracia (em controlar os processos , manter tudo funcionando sobre controle). O gerencialismo se orienta no cidadão , portanto um foco externo ao aparelho. 
Q279616 A primeira tentativa de reforma gerencial da administração pública brasileira ocorreu em 1936, com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP).
FALSO. Cuidado para não errar na pressa. A primeira TENTATIVA GERENCIAL foi o DL 200/67 , mas a reforma FORMALMENTE GERENCIAL foi a trazida pelo PDRAE em 1996.
Q928309 A nova administração pública (NAP) rompeu com as práticas patrimonialistas e o autoritarismo na gestão pública brasileira
FALSO. Note que não foi ela que rompeu , e sim a gestão burocrática foi quem rompeu com as práticas patrimonialistas. 
Q269404 A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi o primeiro movimento de reforma administrativa do país.
Q280791 A primeira reforma da administração pública do Brasil foi a reforma burocrática 
CORRETO. CESPE chama PRIMEIRA reforma da reforma burocrática de Vargas.
E pode marcar CORRETO caso ele diga que O DASP simbolizou a primeira reforma. 
QUESTÕES DL200/67 versus PDRAE
Q893847 O Decreto-lei n.o 200/1967 promoveu a transferência das atividades de produção de bens e serviços para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
Parte superior do formulário
CORRETO. 
- NO PDRAE essa produção de bens e serviços começaram a SAIR da mão do Estado, indo para as entidades públicas não estatais e as entidade privadas (NOTE QUE É ALGO BEM DIFERENTE).
- Mas no DL 200/67 , realmente , o que houve no primeiro momento foi DESCENTRALIZAR a administração para entidades PÚBLICAS na administração INDIRETA..
É justamente no DL 200 que surgem essa entidades na administração indireta, como forma de descentralizar a prestação de serviços e produção de bens da adm direta (NOTE QUE ainda eram atividades prestadas pelo Poder Público).
Q607068 CUIDADO: Não foi o PDRAE que criou o conceito de administração direta e indireta e descentralização. 
Esse conceito foi criado com o DL 200/67, BEM ANTES DO PDRAE!
Q199558 Entre as principais propostas de melhoria da gestão pública, nos dias atuais, incluem-se a profissionalização da gestão de pessoas; a melhoria da integração entre planejamento e orçamento; a padronização dos procedimentos e legislações; e a prevenção e combate à corrupção.
FALSO. CUIDADO, embora tudo isso seja “melhoria na gestão pública”, estes foram pontos ABORDADOS ANTERIORMENTE, na fase burocrática.
A QUESTÃO PERGUNTA- “nos dias atuais”, então devemos focar no gerencialismo, cujas propostas incluem participação social, foco nos resultados, etc. 
Q280794 O Brasil foi um dos últimos países em desenvolvimento a iniciar a sua reforma na gestão pública
FALSO. Embora foi uns 10 anos depois dos primeiros países desenvolvidos (Inglaterra, Austrália e nova Zelândia), DENTRE OS PAÍSES “EM DESENVOLVIMENTO” o Brasil foi um dos primeiros!
Reforma de Vargas - Burocracia
Coisas de prova
Q893845 O surgimento do capitalismo e da democracia estabeleceu uma distinção clara entre res publica e bens privados.
CORRETO. CUIDADO para não errar essas inversões de termos. Patrimonialismo era INDISTINÇÃO de res publica e res privada , Burocracia era DISTINÇÃO (SEPARAR) res publica e res privada. 
Isso foi no começo de Vargas quando começou a surgir um capitalismo moderno (ou capitalismo industrial), haja vista que o pais era predominantemente agrário e Vargas veio modernizar industrialmente. Também com o ganho de força da democracia (após o rompimento com o patrimonialismo da república velha) colaborou para que aquele velho problema do patrimonialismo (indistinção entre res pública e privada) começasse a cair por terra.
Q44477 De acordo com Max Weber, em Economia e Sociedade, o grau de qualificação profissional cresce continuamente na burocracia, até os níveis mais elevados da organização. O topo da dominação é representado por um ou alguns elementos, que têm caráter puramente burocrático.
FALSO. Na burocracia o topo, muitas vezes temos a figura de uma pessoa POLÍTICA, e não puramente burocrática.
É o caso da burocracia no Brasil: os órgãos públicos eram constituídos por diversos servidores públicos, baseados no mérito, profissionalismo, concurso para seleção, etc. mas no TOPO, os chefes (ministro de Estado, etc.) eram figuras INDICADAS – eram integrantes meramente políticos que ocupavam as maiores posições (e não burocráticos)
Q285242 O modelo burocrático de administração separa o político e o administrativo.
Q279853 No período de 1930 e 1945, fortaleceu-se a tendência de centralização na administração pública.
CORRETO. Vargas através da burocracia trouxe tudo para “perto” da mão do Estado , visando controlar mais rigidamente e mais de perto os processos estatais. O contrário dessa centralização foi a descentralização que o DL 200/67 institucionalizou.
Q279613 No contexto da administração pública burocrática, o interesse público é frequentemente identificado com a afirmação do poder do Estado.
Q278712 O modelo burocrático adotado no Brasil caracteriza-se pela racionalidade absoluta e pela grande despersonalização no relacionamento.
CORRETO. Eu tenho uma outra questão salva sobre modelos teóricos , em que o CESPE afirma a mesma coisa , dizendo que a burocracia se pauta na racionalidade ABSOLUTA. 
Q303530 Na administração pública, conforme a teoria burocrática, as decisões devem ser formalizadas com base em documentos escritos.
CORRETO. É o princípio do FORMALISMO – todas as comunicações eram formais , todas as regras , regulamentos , tramites , era tudo formalizado por ESCRITO – para servir de prova e controle.
Q862609 A reforma da administração pública conduzida durante o governo de Getúlio Vargas tinha por objetivo tornar o Estado mais profissional e menos patrimonialista, ou seja, um Estado autoritário e burocrático.
CORRETO. Realmente o Estado de Vargas era autoritário (tanto que teve uma época de seu governo chamado de Ditadura da Era Vargas).
Q883405 São princípios inerentes à administração pública burocrática: a impessoalidade,o formalismo e a hierarquia funcional.
CORRETO. E sempre que falar princípios ou tripé básico da burocracia – impessoalidade, formalismo , profissionalismo.
Q133248 O modelo racional-legal de administração pública confere eficiência, qualidade e baixo custo aos serviços prestados pelo Estado aos cidadãos.
Foi dada como FALSO. Galera falando que qualidade e baixo custo seria gerencialismo, e que a administração burocrática pouco se importava com qualidade e baixo custo, e sim em manter “tudo sob controle” e funcionando corretamente.
Q79664 A década de 30 do século passado caracterizou-se por uma significativa centralização no nível político e econômico. Nesse período, assistiu-se ao fortalecimento do Estado intervencionista, cuja expansão se deu mediante três linhas de ação: criação de órgãos e departamentos formuladores de políticas públicas; expansão dos órgãos da administração direta; e expansão empresarial do Estado.
CORRETO. Só muito cuidado com questões grandes, que se ele coloca uma “expansão” da administração indireta estaria totalmente errado. Administração indireta só surge em 67 , Vargas era tudo CONCENTRADO na administração direta.
Início
Vargas chegou ao poder e deu fim à “república velha”. Com a ideia de que o ESTADO deveria ser o PROPULSOR (AGENTE) para a industrialização e desenvolvimento do País. 
O Estado seria o VETOR do desenvolvimento do país. 
É considerada a primeira grande reforma da Administração Pública Brasileira (A república velha não é considerada como reforma)
Obs.: Não confundir com gerencialismo , que pregava um ESTADO REGULADOR.
CUIDADO: Vargas veio trazendo a ideia da Burocracia Weberiana, mas ele não conseguiu se livrar de todas as práticas patrimonialistas, algumas ainda permaneceram mesmo na burocracia (clientelismo por exemplo – trocar cargos públicos por favores políticos)
	
No Brasil, o modelo de administração burocrática começa a ser implantado de forma relevante a partir dos anos 30, durante o governo de Vargas.
A reforma administrativa surge no contexto de aceleração da industrialização brasileira, COM PARTICIPAÇÃO FUNDAMENTAL do Estado na realização de investimentos maciços no setor produtivo de bens e serviços. 
O Estado tinha uma participação relevante na produção de bens e serviços, e investimentos no setor produtivo. O Estado seria a “Chave’ para a modernização do país – ESTADO COMO VETOR DO DESENVOLVIMENTO.
A implantação de uma administração pública burocrática é reflexo do crescimento de um capitalismo moderno no país.
Durante a era Vargas, com o processo de urbanização (industrialização + migração rural para as cidades) deu origem a um capitalismo moderno no país.
 
A reforma foi formulada por Maurício Nabuco e Luiz Simões Lopes, com o objetivo de conduz ir a administração pública a um processo de racionalização, com a criação de carreiras burocráticas e a tentativa de adoção do concurso público como forma de ingresso de servidores.
A reforma burocrática era orientada para a RACIONALIZAÇÃO: 
Racionalização da administração
Criar carreiras burocráticas
Tentativa de ingresso no serviço público por concurso. 
Q679074 A criação das primeiras carreiras administrativas na administração pública e a busca pela adoção do concurso como forma de acesso ao serviço público são características do modelo de administração burocrática, implantado na década de 30 do século passado.
CORRETO. 
Modernização DASP
PROCESSO DE MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA:
- Em 1936 Foi criado o Conselho Federal do Serviço Público Civil.
- Que foi substituído POR COMPLETO pelo DASP em 1938: Departamento administrativo do serviço público 
CESPE sempre diz que o DASP surgiu em 1936.
Q330780 O DASP era responsável pela formulação e organização da administração pública no Brasil, enquanto o Conselho Federal do Serviço Público Civil era o órgão responsável pela execução na administração pública.
FALSO. Galera comentou o mesmo, que o DASP foi o sucessor do Conselho federal. Não houve divisão de competências, o DASP assumiu tudo que era do Conselho.
- O DASP foi o GRANDE MARCO, e o grande responsável pela BUROCRATIZAÇÃO da administração pública.
Q337493 O Departamento Administrativo do Serviço Público foi o primeiro órgão da estrutura administrativa brasileira ao qual se atribuiu a responsabilidade de diminuir a ineficiência do serviço público e reorganizar a administração pública.
Q460192 O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) iniciou um movimento de profissionalização do funcionalismo público, mediante a implantação de um sistema de ingresso competitivo e de critérios de promoção por merecimento
Em relação à administração dos recursos humanos, o DASP representou a TENTATIVA de estabelecer uma burocracia conforme o modelo weberiano, baseada na meritocracia. 
Foram valorizados instrumentos como o concurso público e o treinamento profissional (embora não se tenha conseguido adotar, a rigor, uma política de recursos humanos à altura das necessidades do Estado).
Por mais que se tenha introduzido concurso público e treinamento como forma de racionalizar a administração, não foi realmente um GRANDE avanço na área de recursos humanos. 
Há forte influência da Administração Científica, com a busca da racionalização mediante simplificação, padronização e aquisição racional de materiais, revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de procedimentos. 
Administração científica é Taylor.
Racionalizar, aplicar métodos e procedimentos na administração pública – padronizar procedimentos (como as compras)
Neste período, foi instituída a função orçamentária como atividade formal vinculada ao planejamento.
Foi na Era Vargas que veio a ideia de orçamento moderno, onde o orçamento é vinculada ao planejamento.
CUIDADOS SOBRE O DASP:
CUIDADO: Q368249 O DASP não introduziu nada de controle por resultados, isso é coisa do PDRAE.
Q368252 A criação do DASP representou a primeira reforma administrativa do país e a afirmação dos princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica.
CORRETO. Aqui CESPE chamando DIRETAMENTE a criação do DASP representando a reforma burocrática.
Q301108 O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi criado com o objetivo de aprofundar a reforma administrativa destinada a organizar e racionalizar o serviço público no país.Parte superior do formulário
Observações Da Reforma
- Mesmo após a reforma, o Patrimonialismo conseguiu manter sua força no quadro político e administrativo brasileiro. 
Ainda predominavam algumas práticas patrimonialistas dentro da máquina pública.
- O tradicional coronelismo seria substituído pelos ainda atuais CLIENTELISMO e FISIOLOGISMO.
Fisiologismo é um tipo de relação de poder político em que ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores, favorecimentos e outros benefícios a interesses individuais, em detrimento do bem comum.
Q842419 O CLIENTELISMO consiste em um tipo de sistema em que os agentes políticos concedem benefícios públicos em troca de apoio político.
CUIDADO: Não houve no Brasil um Estado puramente Burocrático Weberiano - Ainda permaneceram várias práticas patrimonialistas. 
Nesse período de Vargas, o foco era profissionalizar as atividades MEIO da administração (Pessoas / Recursos / Processos). AINDA NÃO HAVIA preocupação com a efetividade de políticas públicas. 
A preocupação era o PRÓPRIO aparelho do Estado (burocracia AUTORREFERENTE), que pairava corrupção e nepotismo, sendo necessário racionalizar a administração. 
Meio do Caminho – Entra reforma de Vargas (1930) e Reforma de 1967.
Meio do Caminho
Q89214 Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava voltado para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de intervenção do Estado na vida econômica e social do país.
CORRETO. O período que se inicia com a redemocratização em 1946 e termina com o golpe militar de 1964 se caracterizoupela preocupação dos governantes com o desenvolvimento nacional. Nesta fase ocorreu um grande crescimento econômico, com a instalação de grandes multinacionais no país e a construção de Brasília, inserida no plano de metas do governo JK. Os principais fatores deste período foram: o aumento da intervenção do Estado e uma descentralização do setor público através da criação de várias autarquias e sociedades de economia mista (que teriam mais autonomia e flexibilidade do que a Administração Direta).
Segundo Magalhães (2004), nas décadas de 1950 e 1960 surgiu a teoria do Estado Desenvolvimentista, na qual transferia ao Estado a competência para provocar mudanças estruturais em suas sociedades, sua responsabilidade foi dirigida para a promoção da industrialização, no desenvolvimento urbano e nos setores básicos da economia para acelerar o desenvolvimento econômico-social.
Q323821 boa parte do treinamento administrativo e de consultoria dos anos 50 do século passado foi influenciada pelo racionalismo em busca de eficiência e eficácia e pela clara distinção entre política e administração
CORRETO. Foi nessa época que surgiu a primeira escola de aperfeiçoamento de administradores públicos.
Por Volta dos anos 50, apareceriam abordagens de treinamento administrativo e estruturação de instituições, estimuladas pelo Plano Marshall. Foi nesse contexto que surgiu a Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP), que mais tarde tornar-se-ia a ENAP, e boa parte do treinamento administrativo e de consultoria nessa época era influenciada pelo racionalismo em busca da eficiência e pela distinção de política e administração pública. Note que a clara distinção entre política e administração pública refere-se ao treinamento administrativo e de consultoria e não ao modelo vigente na estrutura do país.
RESUMO DO PERÍODO ENTRE VARGAS E A REFORMA DE 1967
Nesse período, cresce a distância entre a administração direta, submetida à excessiva rigidez burocrática, e a administração descentralizada, com mais autonomia gerencial. 
Na Administração Indireta contratava-se sem concursos, atraindo profissionais especializados e remunerando-os de acordo com o mercado. Com isso, eram criadas “ilhas de excelência” no setor público, cercadas por uma Administração Direta em situação precária.
A administração direta era cada vez mais ineficiente, a administração indireta era cada vez mais eficiente e autônoma. 
Houve avanços isolados durante os governos de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart, mas mantiveram-se as práticas clientelistas e o baixo investimento na profissionalização da burocracia.” 
Administração direta permanecia burocrática , clientelista e DEFASADA.
Para superar os obstáculos à realização dos objetivos dos diversos governos, optava-se pela criação de novas estruturas paralelas à administração direta, ao invés de proceder-se à esperada reformulação da burocracia pública.
Note que mesmo antes do DL 200/67 que formalizou a administração indireta, os governos já vinham criando lentamente grupos paralelos à administração direta. 
E isso foi deixando a administração centralizada DE FORA! ao invés de reformar a administração direta, para que ela funcionasse eficientemente , o que se fazia era deixara a administração direta de lado, e investir na administração indireta.
Afinal, as diversas tentativas de reforma, incluindo as comissões criadas e suas formulações, trouxeram avanços CONCEITUAIS que influenciariam as melhorias futuras na administração pública.
Aliás, boa parte das inovações introduzidas pela reforma de 1967 já constavam das propostas da COSB, da CEPA e, ESPECIALMENTE, da Comissão Amaral Peixoto.
Exatamente o que já vinha sendo falado. As comissões já vinham trazendo inovações e novas ideias , e tudo isso foi armando o pano de fundo para em 1967 realmente instaurar uma nova grande reforma.
Q537490 Questão perguntava qual reforma que foi impactada pelas ideias trazidas pela Comissão Amaral Peixoto (ai deu como opção PDRAE , PRND , etc..
Resposta CORRETA: à edição do Decreto-Lei n° 200, de 1967, que reorganizou a Administração direta e expandiu as autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. 
DICA: Todas essas comissões foi tudo antes do DL 200/67. A COSB , A Amaral Peixoto , CEPA , foi tudo nesse meio do caminho – vinham trazendo inovações conceituais para modernizar a administração pública mas nenhuma chegou a colocar em prática.
GOVERNO JK
Q842622 Durante o governo de Juscelino Kubitschek (JK), visando dar maior agilidade ao alcance dos objetivos do plano de metas, a administração indireta passou a participar ativamente da execução das políticas de governo, uma vez que a administração direta era tida como lenta e defasada.
 CORRETO. Professor: “O Governo JK ficou marcado pelo que se chamou de Administração PARALELA. Contornava a Administração Direta, criando estruturas estatais, tais como autarquias para resolver os problemas. Os órgãos existentes não eram adequados aos desafios de seu governo. Em vez de reformá-los, ele criou novos órgãos (paralelos aos existentes) para resolver os problemas.”
A administração burocrática implantada a partir de 1930 sofreu sucessivas tentativas de reforma, com diferentes graus de êxito.
As experiências variaram entre a ênfase na extinção e criação de órgãos, de um lado, e a constituição de estruturas paralelas que visavam compensar a rigidez e a ineficiência burocrática.
Note que até antes do DL 200/67 já existiam “estruturas paralelas” à administração centralizada , seria um esboço de administração direta. Seriam estruturas mais flexíveis e autônomas , que ganharam grande importância na consecução dos fins públicos , vez que a estrutura da administração direta estava engessada e defasada.
NO GOVERNO JK FORAM CRIADAS COMISSÕES ESPECIAIS: 
- (CEPA) Comissão de Estudos e Projetos Administrativos: para a realização de estudos para simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais. 
- (COSB): Comissão de Simplificação Burocrática: que visava à elaboração de projetos direcionados para reformas globais e descentralização de serviços.
Essas comissões trouxeram várias consequências TEÓRICAS que embasaram posteriormente a reforma gerencial de 1967. Mas propriamente dito, na prática, essas comissões não implantaram tantas coisas.
Resumo JK:
Elaborado o plano de metas, que tinha como base desenvolvimento acelerado do País pressupondo uma INTERVENÇÃO de maneira positiva do ESTADO NA ECONOMIA. 
Foram criadas comissões especiais, para tocar os projetos de desenvolvimento do pais. 
Houve descentralização de serviços (criação de estruturas paralelas ).
Administração para o desenvolvimento!
Criação de empresas públicas (Petrobras)
Dicotomia na administração (dualidade): Administração direta era ainda centralizada e rígida, e a administração indireta era flexível e compatível com o plano de metas
JOÃO GOULART
O governo Goulart criou a Comissão Amaral Peixoto, que deu início a novos estudos para a realização da reforma administrativa. 
Seu principal objetivo era promover “uma ampla descentralização administrativa até o nível do guichê, além de ampla delegação de competência”. 
Entretanto, após o golpe de 1964, as propostas da Comissão não chegam a ser transformadas em lei.
Obs.: Note que essa comissão Amaral Peixoto do João Goulart teve grande influência, trazendo inovações CONCEITUAIS, como as logicas de descentralização administrativa
MAS CUIDADO: As comissões no governo de JK, a comissão de João Goulart, todas elas não tiverem muito efeito prático, mas já eram órgãos que começaram a armar o pano de fundo para a reforma administrativa gerencial, pois já se falava em descentralização administrativa, já se falava em criar estruturas paralelas a administração para compensar a rigidez e ineficiência burocrática.
Obs2: A comissão Amaral Peixoto foi uma das que MAIS IMPACTOU e INFLUENCIOU a vinda do DL 200/67 pouco tempo depois.Reforma de 1967- DL 200
Coisas de prova
Q409770 A edição do Decreto-Lei n.º 200/1967 forneceu contexto favorável ao fomento da terceirização na administração pública, processo que só se materializou efetivamente anos depois.
CORRETO. Ainda não se falava em terceirizar no DL 200/67, uma vez que o Estado AINDA prestava os serviços (seja direta ou indiretamente), o que mudou foi que tirou os serviços da mão da ADM centralizada e descentralizou para outras entidade integrantes da administração pública indireta.
Obs.: CUIDADO para não confundir. Tanto Vargas quanto DL 200/67, foram reformas que ocorreram sob FORTE centralização política.
No DL 200/67 tivemos:
Houve descentralização ADMINISTRATIVA 
Mas o poder político era CENTRALIZADO (Ditadura Militar).
CUIDADO: Reforma de 1967 NÃO FOI A REFORMA GERENCIAL. 
Mas foi uma reforma SIM. 
As reformas são VARGAS -> 1967 -> PDRAE 1995
A reforma de 1967, feita pelo Decreto-Lei 200, foi uma TENTATIVA de RESOLVER AS LIMITAÇÕES trazidas pela rigidez burocrática. 
 Bresser a considera como o PRIMEIRO MOMENTO da administração gerencial no Brasil. 
NÃO FOI propriamente A reforma gerencial, e não foi um rompimento com a burocracia. 
Foi uma “reafirmação” da burocracia mas com alguns passos para o Estado Gerencial descentralizado.
Pautou-se pelo FORTALECIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, com a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
Buscava-se obter maior flexibilidade e dinamismo operacional, por meio da descentralização funcional. 
Foram instituídos diversos princípios administrativos: 
Racionalidade administrativa
Planejamento e orçamento
Processos de desconcentração e descentralização
Tentativa de reunir competência e informação no processo decisório, sistematização, coordenação e controle.
O DL 200/67 foi um marco do “ESTADO EMPRESARIAL” desenvolvimentista
- Tentou reunir competência e informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle, o orçamento-programa;
- As reformas do Decreto-Lei 200/67 NÃO TROUXERAM mudanças no âmbito da administração burocrática central. 
- Havia a coexistência de núcleos de eficiência e competência na administração indireta e formas ineficientes na administração direta.
ISSO É IMPORTANTE: Essa reforma de 1967 AINDA NÃO SOLUCIONOU O PROBLEMA DA ADM DIRETA.
Ainda era nítida a diferença entre a administração direta INEFICIENTE, e administração indireta cada vez mais autônomo e eficiente. 
- A grande autonomia conferida à administração indireta, principalmente a possibilidade dela contratar sem concurso público OCASIONOU A VOLTA DE VELHAS PRÁTICAS PATRIMONIALISTAS – CLIENTELISMO.
- O núcleo burocrático foi enfraquecido através de uma estratégia oportunista do regime militar, que não desenvolveu carreiras de administradores públicos de alto nível. 
Note que mesmo com o DL 200/67 , os militares ainda não mexeram na administração centralizada. Ela ainda não foi profissionalizada , ainda permanecia ineficiente , ainda tinha o velho clientelismo.
- Optou-se por contratar os escalões superiores da administração através das empresas estatais.
Os administradores públicos de alto nível na administração direta ainda não eram profissionais, ERAM CARGOS que eram indicados pelos militares. 
Prática meramente política, ficava ainda aquela “troca de favores”
Muito embora não se possa negar a expansão da administração pública implantada pelo Decreto-lei 200, este diploma teve duas consequências inesperadas e indesejáveis: 
1 - De um lado, permitiu a contratação de servidores sem concurso público, facilitando a sobrevivência de práticas patriarcalistas e nepotistas; 
2- De outro, não se preocupou com mudanças na estrutura da administração direta ou central, não conferindo a devida importância para as carreiras de altos administradores, bem como deixando de considerar os funcionários públicos como profissionais engajados no mercado de trabalho
“INSULAMENTO BUROCRÁTICO”: isolamento da burocracia no núcleo central do Estado, gerando o sucateamento do núcleo estratégico e a proliferação das entidades;
- Q368250 AINDA NÃO HAVIA mecanismos de controle de desempenho das entidades da administração indireta.
Controlar desempenho da administração indireta surge com o Gerencialismo (com os contratos de gestão e pactuação de resultados.
Q59909 As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.º 200/1967 não desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a coexistência de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central.
CORRETO. Administração direta continuou a mesma coisa , ultrapassada e deixada de lado.
Decreto 200/1967 
Q152818 A Reforma Administrativa de 1967, materializada no Decreto-lei n.º 200 do mesmo ano, transferiu vários tipos de atividades para as entidades da administração indireta, mas, visando impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, promoveu a descentralização de tarefas executivas, mediante contratos com a iniciativa privada.
CORRETO. De todas questões que fiz, só vi duas que cobraram coisas bem especificas do DL 200, que você responderia com artigos da lei. Não sei se vale apena ler TODO o DL, só se o edital pedir.
Obs.: De fato , a maquina administrativa iria CRESCER MUITO se só fosse criada a administração indireta (na verdade não ia ajudar muito o Estado , pois ia sair da ADM direta mas ia para a ADM indireta , ou seja , o Estado ainda deveria gastar seu dinheiro para prestar os serviços!)
Art. 10 § 7º PARA MELHOR DESINCUMBIR-SE das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e controle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração procurará desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante CONTRATO, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução.
Era algo muito parecido com o que o PDRAE fortaleceu também. Era repassar O QUE FOSSE POSSÍVEL para a iniciativa privada executar mediante contrato. 
Q59899 A reforma administrativa instituída pelo Decreto-lei n.º 200/1967 distinguiu claramente a administração direta e a administração indireta no que se refere às áreas de compras e execução orçamentária, padronizando-as e normatizando-as de acordo com o princípio fundamental da descentralização.
Parte superior do formulário
FALSO. Por mais que houvesse distinção clara entre adm direta e indireta, na área de compras não houve distinção, uma vez que ambas, direta e indireta, estariam sujeitas as mesmas regras
Art. 125. As licitações para compras, obras e serviços passam a reger-se, na Administração Direta E nas autarquias, pelas normas consubstanciadas neste Título e disposições complementares aprovadas em decreto
Q774735 Na concepção da Reforma Administrativa de 1967 – Decreto-lei n.º 200, a descentralização na Administração Pública Federal opera-se em três planos: no âmbito da própria esfera federal; desta para as demais esferas; e para a órbita privada.
CORRETO.
Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente DESCENTRALIZADA.
§ 1º A descentralização será posta em prática em TRÊS PLANOS PRINCIPAIS:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.
PRINCÍPIOS TRAZIDOS PELO DL 200/67 (P 2D 2C)
1- PLANEJAMENTO: Compreende a elaboração e atualização de instrumentos, tais como o plano geral de governo; os programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual; orçamento-programa anual; programaçãofinanceira de desembolso. 
2- DESCENTRALIZAÇÃO: Em seus três planos principais, deverá ocorrer dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução; 
Da Administração Federal para a das unidades federadas: quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio;
Da Administração Federal para a órbita privada: mediante contratos ou concessões. 
Sob sua premissa, dividiram-se as atividades de direção (planejamento, supervisão, coordenação e controle) e de execução. Compete, portanto, à ESTRUTURA CENTRAL de direção o estabelecimento das normas, critérios, programas e princípios, que os serviços responsáveis pela execução são obrigados a respeitar na solução dos casos individuais e no desempenho de suas atribuições. Enfatiza-se ainda a descentralização à iniciativa privada desenvolvida e suficientemente capacitada para, por meio de contratos, prestar a execução indireta, desobrigando a Administração de tarefas executivas. 
3-DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA: Será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender. O ato de delegação de ato administrativo deverá indicar com precisão a autoridade delegante, a autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação.
4- COORDENAÇÃO: As atividades da Administração Federal e, especialmente, a execução dos planos e programas de governo, serão objeto de permanente coordenação, exercida em todos os níveis da administração, mediante a atuação das chefias individuais, a realização sistemática de reuniões com a participação das chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo. Quanto aos órgãos que operam na mesma área geográfica, serão submetidos à coordenação com o objetivo de assegurar a programação e execução integrada dos serviços federais. Se demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio com os órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades idênticas, os órgãos federais buscarão com eles coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na mesma área geográfica. 
5- CONTROLE: deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que governam a atividade específica do órgão controlado; o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares; o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria. Por fim, o trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de processos e supressão de controles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco
Art. 4° A ADMINISTRAÇÃO FEDERAL COMPREENDE:
 I - A Administração DIRETA, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
II - A Administração INDIRETA, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
a) Autarquias b) Empresas Públicas c) Sociedades de Economia Mista d) Fundações públicas
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: 
P 2C 2D
I - Planejamento. 
II - Coordenação. 
V – Controle
III - Descentralização. 
Tinham 3 formas de descentralização: Separar o nível de direção do nível de execução. Transferir atividades meramente executivas para o setor privado. Passar via convenio, da União para Estados e Municípios a execução de determinadas atividades. 
IV - Delegação de Competência. 
Art. 7º A ação governamental obedecerá a PLANEJAMENTO que vise a promover o desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo planos e programas elaborados, na forma do Título III, e compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes INSTRUMENTOS BÁSICOS: 
a) plano geral de governo; 
b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual; 
c) orçamento-programa anual; 
d) programação financeira de desembolso
DL 200/67 vem trazendo a ideia do orçamento anual – orçamento programa.
Essas 4 alíneas são INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO que o DL 200/67 trouxe.
Art. 14. O trabalho administrativo será RACIONALIZADO mediante simplificação de processos e supressão de controles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco.
REVISÃO DAS NORMAS DE PESSOAL / PRINCÍPIOS: 
Art. 94. O Poder Executivo promoverá a revisão da legislação e das normas regulamentares relativas ao pessoal do Serviço Público Civil, com o objetivo de ajustá-las aos seguintes princípios:
Art. 145. A Administração Federal será objeto de uma REFORMA de profundidade para ajustá-la às disposições da presente lei e, especialmente, às diretrizes e princípios fundamentais enunciados no Título I
Meio termo: DL 200 - PDRAE
Coisas de prova
Crise da Burocracia – Cenário pós DL 200/67
A crise da administração pública burocrática começou ainda no regime militar, não apenas porque não foi capaz de extirpar o patrimonialismo que sempre a vitimou, mas também porque esse regime, ao invés de consolidar uma burocracia profissional no país, através da redefinição das carreiras e de um processo sistemático de abertura de concursos públicos para a alta administração, preferiu o caminho mais curto do recrutamento de administradores através das empresas estatais. Esta estratégia oportunista do regime militar, que resolveu adotar o caminho mais fácil da contratação de altos administradores através das empresas, inviabilizou a construção no país de uma burocracia civil forte, nos moldes que a reforma de 1936 propunha
SEMOR: Em meados dos anos 70, uma nova iniciativa modernizadora da administração pública teve início, com a criação da SEMOR - Secretaria da Modernização. 
- Reuniu-se um grupo de administradores públicos, muitos com pós-graduação no exterior, que buscou implantar novas técnicas de gestão, especialmente de recursos humanos, na administração pública federal.
SEMOR veio como uma tentativa de modernização de técnicas de RECURSOS HUMANOS na administração pública federal.
DESBUROCRATIZAÇÃO E DESESTATIZAÇÃO
Dois programas marcaram o fim dos anos 70 e início dos anos 80, de iniciativa do Poder executivo. 
PRND - Programa Nacional de Desburocratização: aumentar a EFICIÊNCIA E EFICÁCIA da administração pública.
Programa Nacional de Desestatização: fortalecer o sistema de livre empresa 
SOBRE O PRND – Programa Nacional de Desburocratização (1979)
O Programa Nacional de Desburocratização – PRND foi uma nova tentativa de REFORMAR a burocracia e orientá-la na direção da administração pública GERENCIAL. 
O Programa Nacional de Desburocratização (1979) tinha como objetivo principal CONTER A EXCESSIVA EXPANSÃO DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, buscando a simplificação de procedimentos e a desestatização/ privatizações.
OBJETIVOS DO PRND: 
Revitalização e agilização das organizações do Estado
Descentralização da autoridade
Melhoria e simplificação dos processos administrativos 
Promoção da eficiência.
As ações do PrND voltaram-se inicialmente para o COMBATE À BUROCRATIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS. Esperava-se tornar mais ágil o sistema administrativo, trazendo benefícios para funcionários e clientes.
Ao contrário de outros programas, o PRND privilegiava o cidadão, usuário do serviço público. 
Lustosa destaca o INEDITISMO DO PRND: “(...) nenhum outro programa antes era dotado de caráter social e político. Mas, ele também incluía entre seus objetivos o enxugamento da máquina estatal (...)”
O PRND FOI UMA NOVIDADE 
Pela primeira vez surge a atenção com a necessidade dos usuários, foi uma grande guinada a uma lógica gerencial de administração.Mas CUIDADO: Não é que o PRND foi somente um programa social e político. Ele visava também combater a burocratização de procedimentos, e enxugar a máquina estatal burocrática e ineficiente. Mas ele também trouxe essa lógica social e política de se importar com o cidadão usuário dos serviços públicos.
Retrocesso da CF
No Brasil, um grande marco da tentativa de instituição de um Estado de Bem-Estar Social se deu por meio da promulgação da Constituição Federal de 1988. A principal arena política neste caso é a alocação orçamentária, já que o Estado se propõe a ser produtor de bens e serviços para a sociedade.
Esse lance SEMPRE CAI. A CF foi uma tentativa de instituir o Estado de Bem Estar Social , mas no Brasil nunca chegou-se a se concretizar esse Estado.
Q44473 A reforma administrativa concebida a partir de 1985, com a redemocratização do país, tinha como premissa a necessidade de fortalecimento da administração direta, partindo do diagnóstico da existência de uma multiplicidade de entidades, com alto grau de feudalização, o que inviabilizava a efetiva coordenação das ações governamentais.
CORRETO. CUIDADO como ele pergunta: não tivemos nenhuma reforma em 85 , mas a reforma do PDRAE de 1995 foi CONCEBIDA A PARTIR DE 1985 certamente , quando foi ocorrendo a redemocratização do pais. 
Q679075 Com o fim da ditadura militar, em 1985, e a retomada da democratização do Brasil, houve um significativo avanço na modernização da administração pública.
Parte superior do formulário
FALSO. Note que ele pergunta sobre a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
CUIDADO: O Estado de Bem Estar / A democracia / A parte social foi FORTALECIDA com a CF88 (Constituição “cidadã”), mas de fato a administração pública foi PREJUDICADA pela CF88 , que retirou parte da autonomia e flexibilidade da administração indireta instituída no DL 200/67.
RETROCESSO BUROCRÁTICO DE 1988
As mudanças em direção a uma administração pública gerencial FORAM PARALISADAS na transição democrática de 1985. 
A Constituição de 1988 representou uma grande vitória democrática, MAS foi acompanhada do loteamento dos cargos públicos da administração indireta e das delegacias dos ministérios nos Estados, entre os políticos aliados aos partidos vitoriosos. 
Assim, um novo populismo patrimonialista era estabelecido no país.
Na Constituição de 1988, ocorreu então um RETROCESSO BUROCRÁTICO EXPRESSIVO: 
FOI ESTABELECIDO UM FORTE ENGESSAMENTO DO APARELHO ESTATAL, atribuindo-se, para os serviços não exclusivos do Estado e para as próprias empresas estatais praticamente as mesmas regras rígidas requeridas para o núcleo estratégico do Estado.
Estenderam-se as regras rígidas da administração direta para os entes da administração indireta.
RESULTADOS PÓS CF/88: BUROCRACIA E PATRIMONIALISMO! 
Perda da autonomia do Poder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos públicos. 
Obrigatoriedade de regime jurídico único para os servidores civis da União, dos Estados-membros e dos Municípios. 
A administração indireta perdeu a sua flexibilidade operacional.
Abandono da busca por uma administração pública gerencial. 
REAFIRMAÇÃO DOS IDEAIS DA ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA.
Instituição de uma série de privilégios, impróprios para a administração pública burocrática, demonstrando a força do patrimonialismo arraigado.
A estabilidade rígida para todos os servidores civis. 
Generalização do regime estatutário na administração direta e nas fundações e autarquias. 
Aposentadoria com proventos integrais sem correlação com o tempo de serviço ou com a contribuição do servidor.
Obs.: Não é que foi TOTALMENTE retrocesso. Houve também avanços, nos princípios de participação e controle social.
A CF traz mecanismos e a necessidade da participação social na política pública, que são princípios ESSENCIAIS para que a administração gerencial pudesse se estabelecer. 
Nova república – após a ditadura militar
O governo civil (pós ditadura militar) herdou um aparato administrativo marcado por DEFICIÊNCIAS. Apesar da intenção de mexer na rigidez burocrática, o Decreto-Lei nº 200/67 deixou PROBLEMAS RELEVANTES: 
1- O ingresso de funcionários sem concurso público permitiu a reprodução de velhas práticas patrimonialistas – CLIENTELISMO. 
Até na administração indireta ainda era clientelista, pois os dirigentes das estatais eram todos indicados.
2- O completo descaso em relação à administração direta, enfraquecendo o núcleo estratégico do Estado.
TENTATIVA DE MELHORAR
O governo SARNEY instituiu uma comissão com objetivos ambiciosos, com a intenção inicial de:
Redefinir o papel do Estado
Reestruturar o funcionamento da administração pública
Reformular as estruturas do Poder Executivo federal e de seus órgãos e entidades, 
Racionalizar os procedimentos administrativos
Estipular objetivos e metas para as áreas prioritárias.
ENTRETANTO, AS MUDANÇAS ALMEJADAS NÃO FORAM ALCANÇADAS. 
A reforma ambiciosa foi substituída pelo mero processo de racionalização dos meios. 
Além disso, o governo não foi capaz de reativar as antigas ilhas de eficiência do setor público, como planejamento, arrecadação, comunicações e política agrícola, desorganizadas ao fim do regime militar.
GOVERNO COLLOR:
- As distorções provocadas pela nova Constituição logo trouxeram consequências para o país. 
- No governo Collor, a resposta a elas foi equivocada e agravou os problemas existentes. A preocupação era destruir, e não construir.
- Collor veio com ideias de enxugar a máquina estatal , reduzir o tamanho do Estado. 
GOVERNO ITAMAR
- O governo Itamar Franco buscou essencialmente recompor os salários dos servidores, violentamente reduzidos no governo anterior. 
- O discurso de reforma administrativa assume uma nova dimensão a partir de 1994. 
- A campanha presidencial introduz a perspectiva da mudança organizacional e cultural da administração pública no sentido de uma administração gerencial
Reforma Gerencial de 1995
Coisas de prova
Q298376 Um dos exemplos de motivadores das transformações dos modelos organizacionais e de gestão pública foi a crise da eficiência do Estado brasileiro, nas décadas de 70, 80 e 90 do século XX
Q244019 A reforma do Estado brasileiro rumo à administração gerencial baseou-se no modelo britânico de reforma, em que as ilusões românticas do liberalismo foram deixadas de lado em favor do pragmatismo. 
CORRETO. O Estado deixa de ser liberal e passa a ser regulador/promotor. 
FALOU DE GERENCIALISMO – ESTADO PROMOTOR/REGULADOR/CONTROLADOR – DIFERENTE DE BEM ESTAR SOCIAL
Q350363 Na perspectiva da reforma gerencial, o papel do Estado, contrapondo-se ao modelo do estado social burocrático, seria o do Estado protetor dos direitos sociais e agente econômico do desenvolvimento.
FALSO. No Estado social burocrático o Estado era o agente econômico do desenvolvimento. Mas no gerencialismo, temos um Estado Social LIBERAL , que atua como promotor econômico do desenvolvimento.
Q280788 No século XX, com a formação do grande Estado social e econômico, responsável pelos serviços de educação, cultura, saúde, previdência e outros, a administração burocrática foi essencial para garantir eficiência nesse novo cenário.
FALSO. Já vi mais de uma questão falando isso, e a galera sempre comenta a mesma coisa. A reforma que mais se aproximou do Estado social foi o gerencialismo, mas mesmo assim, NUNCA tivemos no Brasil um Estado essencialmente social.
A burocracia ajudou “um pouco” no estado social, o gerencialismo “ajudou mais que a burocracia”, mas ambos no Brasil não “garantiram o Estado social”.
Q842331 O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, lançado em 1995, pautou-se na orientação de substituir a burocracia tradicional, weberiana, por um modelo mais próximo das práticas de gestão do setor privado e do modelo de Estado de bem-estar social.
FALSO. A reforma gerencial , visa implementar o modelo de Estado CONTROLADOR E REGULADOR , é totalmente diferente do Estado de Bem Estar Social.
Q373484 Bresser PereiraERA CONTRA a estabilidade rígida dos servidores públicos. Para ele, a estabilidade rígida não era competitiva e não favorecia a eficiência da máquina pública.
A estabilidade é necessária na medida em que defende o Estado e seus funcionários contra os poderosos e os corporativistas. Mas deve ser uma estabilidade sensata, razoável. Já a estabilidade rígida e generalizada prevista na Constituição de 1988 é um obstáculo fundamental à reforma do Estado e à consolidação do Plano Real. Não é possível haver uma administração pública eficiente e moderna quando seus dirigentes não têm condições de exigir que o trabalho seja executado com competência e disposição, nem meios de adequar os quadros de funcionários às necessidades do trabalho a ser executado
Q90727 A partir do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, a relação entre a administração e o usuário-cidadão passou a pautar-se notadamente por dimensões de excelência na prestação de serviços públicos com a participação de entidades da sociedade civil.
Q199564 
O Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), proposto por Luiz Carlos Bresser-Pereira, na década de 90 do século passado, reúne as principais propostas de reforma para a melhoria da gestão pública defendidas pelo então Ministro da Administração e Reforma do Estado.
Parte superior do formulário
CORRETO. Foi uma pegadinha, realmente as ideias eram do Bresser , que era justamente o Ministro da administração e reforma do Estado na época. 
Q280792 A reforma da gestão pública em 1995 teve início com a publicação do PDRAE.
CORRETO. Só para guardar essa visão do CESPE.
CUIDADO: Q677606 / Q357960 PDRAE foi publicado no governo do FHC.
Muitas questões CESPE fazendo pegadinha trocando governo FHC por governo Collor. 
- Já vi uma galera comentando que o PDRAE – reforma gerencialista, era fortemente pautado na EFICIÊNCIA e EFETIVIDADE da máquina pública.
Q280793 O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) veio em resposta à crise generalizada do Estado brasileiro.
Q842420 De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado de 1995, o escopo da reforma do aparelho do Estado é mais restrito do que o da reforma do Estado: enquanto o primeiro está voltado para a eficiência da administração pública, orientando-a para a cidadania, o segundo é um projeto amplo relacionado às várias áreas do governo e ao conjunto da sociedade brasileira.
CORRETO. Galera falou que foi COPIA-COLA do arquivo do PDRAE original. Uma coisa era formar O ESTADO, outra coisa (que o PDRAE propunha) era reformar O APARELHO DO ESTADO.
Reforma do APARELHO do Estado: conferir eficiência à administração pública, orientando-se para o cidadão.
Reforma do Estado: seria reformar as várias áreas de governo em conjunto com a sociedade.
Q693853 A política de profissionalização do serviço público, contida no PDRAE, visa modernizar a administração burocrática no núcleo estratégico da administração pública.
CORRETO. O PDRAE foi o marco do inicio da preocupação em melhorar a administração direta (até então , desde Vargas , durante Dl 200/67 a administração direta era sempre deixada de lado , e a administração indireta que era fortalecida.
-Diz-se que o PDRAE trouxe princípios da “nova gestão pública” para o Brasil. “Nova gestão Pública” era a gestão gerencial que já vinha ganhando força e se estabelecia em outros países. 
Características gerais do PDRAE
Q476163 / Q628904 O PDRAE trouxe 5 diretrizes principais 
1- INSTITUCIONALIZAÇÃO – Mudanças na legislação. Considera que a reforma só pode ser concretizada com a alteração da base legal, a partir da reforma da própria Constituição;
2- RACIONALIZAÇÃO – eficiência nos gastos. Que busca aumentar a eficiência, por meio de cortes de gastos, sem perda de “produção”, fazendo a mesma quantidade de bens ou serviços (ou até mesmo mais), com o mesmo volume de recursos;
3- FLEXIBILIZAÇÃO – Que pretende oferecer maior autonomia aos gestores públicos na administração dos recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, estabelecendo o controle e cobrança a posteriori dos resultados;
4- PUBLICIZAÇÃO – Transferir para empresas PÚBLICAS NÃO ESTATAIS as atividades não exclusivas do estado. Que constitui uma variedade de flexibilização, baseada na transferência para organizações públicas não estatais de atividades não exclusivas do Estado (devolution), sobretudo nas áreas de Saúde, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente;
5- DESESTATIZAÇÃO – Privatizar, terceirizar e desregulamentar as atividades puramente de mercado para a iniciativa PRIVADA.
O PDRAE compreendia 3 DIMENSÕES: Q792386 / Q677725
1- Dimensão Institucional-Legal: voltada à DESCENTRALIZAÇÃO da estrutura organizacional do aparelho do Estado através da criação de novos formatos organizacionais, como as agências executivas, regulatórias, e as organizações sociais;
 2- Dimensão Gestão: definida pela MAIOR AUTONOMIA e a introdução de três novas formas de responsabilização dos gestores: 
Administração Por Resultados, 
Competição Administrada Por Excelência, 
Controle Social, em substituição parcial dos regulamentos rígidos, da supervisão e da auditoria, que caracterizam a administração burocrática;
 3- Dimensão Cultural: de MUDANÇA DE MENTALIDADE, visando passar da desconfiança generalizada que caracteriza a administração burocrática para uma confiança maior, ainda que limitada, própria da administração gerencial.
Crítica ao PDRAE:
Martins (2007)1 ao comentar a Reforma Administrativa de 1995, conclui que o quadro de problemas de trajetórias do PDRAE se apóia na falta de orientação finalística precisa das ações governamentais e a ausência de uma postura empreendedora para o alcance de resultados por parte dos dirigentes públicos. O autor explica que Plano Diretor, no bojo das trajetórias reforma institucional e gestão-meio, voltara-se à transformação do aparelho do estado sem apontar um direcionamento estratégico (embora apontasse como obtê-lo). A solução, segundo Martins (2007)1 restava na elaboração de um plano de desenvolvimento que servisse como macrorreferência estratégica para o conjunto da administração (e também para a iniciativa privada), a partir do qual o Plano Plurianual pudesse ser elaborado.
SETORES DO APARELHO
APARELHO DO ESTADO
- O Estado é a organização burocrática que possui o poder de legislar e tributar sobre a população de um determinado território. 
- O Estado é, portanto, a única estrutura organizacional que possui o “poder Extroverso”: o poder de constituir unilateralmente obrigações para terceiros, com extravasamento dos seus próprios limites.
Ou seja, o PDRAE não queria reformar “O Estado”, ele queria reformar “O aparelho do Estado”, que era a máquina da administração pública.
 
1- NÚCLEO ESTRATÉGICO – Permanece com o Estado.
- Corresponde ao governo, em sentido lato. 
- É o setor que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento. 
- É onde as decisões estratégicas são tomadas.
- Exemplos: Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e a cúpula do Executivo -Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das POLÍTICAS PÚBLICAS.
2- ATIVIDADES EXCLUSIVAS – Permanece com o Estado. 
- É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar, onde se exerce o poder extroverso do Estado 
- o poder de REGULAMENTAR, FISCALIZAR, FOMENTAR. 
- Exemplos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de emissão de passaportes.
Q275272 As atividades exclusivas de Estado devem concentrar-se na instância denominada núcleo central.
Foi dada CORRETO. Maioria dos comentários reclamaram dizendo que havia distinção entrenomes: Uma coisa é núcleo estratégico, outra coisa eram atividades exclusivas. 
Galera especulou que esse tal de “núcleo central” seria o que ficaria com o governo (seria Núcleo Estratégico + Atividades exclusivas )
3- SERVIÇOS NÃO EXCLUSIVOS (SERVIÇOS CONCORRENTES) – Deveria sair da mão do Estado.
- Q269406 No denominado aparelho do Estado, serviços não exclusivos correspondem ao setor em que o Estado atua SIMULTANEAMENTE com outras organizações públicas não estatais e privadas
- As instituições desse setor não possuem o poder de Estado e nem necessitam do poder de Estado para atuar.
- O Estado está presente porque os serviços envolvem direitos humanos fundamentais, como educação e saúde, ou porque possuem “economias externas” relevantes (produzem ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado). 
- Exemplos: as universidades (educação), os hospitais (saúde), os museus (cultura).
- Q481705 Note que esses serviços não exclusivos, seriam prestados em forma de PARCERIA entre o Governo e as entidades. 
(Não era somente deixar que as OS e OSCIP se virem e prestem tudo sozinhas).
Tanto que o Estado CONTINUA FINANCIANDO essas atividades , uma vez que as OS celebram contrato de gestão com o Estado , e as OSCIP tinham modalidades de termos que envolvia a transferência de recursos.
4- PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PARA O MERCADO – Deveria sair da mão do Estado.
- Área de atuação das empresas, caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para o lucro que ainda permanecem no aparelho do Estado. 
- Estão no Estado seja porque faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque são atividades naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado não é possível.
BRESSER DIFERENCIAVA PROPRIEDADES 
- ESTATAL: Seria o Núcleo Estratégico + Atividades Exclusivas
- PÚBLICO NÃO ESTATAL: ficaram com as Atividades Não Exclusivas do Estado. Seria um setor que buscava o interesse público, mas que não era público. (OS + OSCIP)
- PRIVADA: seria o setor que busca propriamente o lucro. Ficar com as Produções para Mercado.
CUIDADO: Privatizar x Publicizar são diferentes (CESPE cobra essa pegadinha!)
Quando o Estado se livra das atividades de mercado ocorre PRIVATIZAÇÃO para o setor PRIVADO.
Quando o Estado descentraliza serviços não exclusivos ele PUBLICIZAÇÃO para o Setor PÚBLICO NÃO ESTATAL.
Q893844 O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, lançado em 1995, objetivava transferir para o setor privado os serviços não exclusivos, por meio de um programa de publicização.
FALSO. CESPE cobra a diferença dos termos!
Publicizar: TRANSFERE: Serviços públicos não exclusivos PARA: setor público não-estatal (Muito forte no FHC)
Privatizar: TRANSFERE: atividades de mercado PARA: setor privado (Muito forte no governo COLLOR)
PARA CADA SETORES, TERÍAMOS UM SISTEMA DE GESTÃO MAIS ADEQUADO:
1- Núcleo estratégico: o fundamental é que as decisões sejam as melhores, e, em seguida, que sejam efetivamente cumpridas. Assim, a efetividade é mais importante que a eficiência. 
Obs.: Aqui efetividade era que “as ordens e políticas fossem efetivamente cumpridas”
- O que importa saber é, PRIMEIRO, se as decisões que estão sendo tomadas pelo governo atendem eficazmente ao interesse nacional, se correspondem aos objetivos mais gerais aos quais a sociedade brasileira está voltada ou não. SEGUNDO, se, uma vez tomadas as decisões, estas são de fato cumpridas.
Resumindo: No núcleo estratégico, o mais adequado era uma administração BUROCRÁTICA + GERENCIAL.
O mais importante não era eficiência, o mais importante no núcleo estratégico era EFETIVIDADE.
Necessitava-se de SEGURANÇA, pois o setor estratégico era quem iria formular as políticas públicas para todos, por isso precisava ser segura. 
2- No setor das atividades exclusivas e de serviços competitivos ou não exclusivos: o importante é a qualidade e o custo dos serviços prestados aos cidadãos. O princípio correspondente é o da eficiência, ou seja, a busca de uma relação ótima entre qualidade e custo dos serviços colocados à disposição do público. Logo, a administração deve ser necessariamente gerencial.
Para todos os outros 3 setores , deveria ser o modelo GERENCIAL da administração pública.
O mais importante aqui era EFICIÊNCIA, QUALIDADE e o CUSTO de serviços prestados aos cidadãos. 
RESUMO:
Núcleo Estratégico: Forma de administrar gerencial + burocrática, foco na efetividade (que as ordens fossem realmente cumpridas e os processos estivessem sob segurança e controle)
Todos os outros: O importante era qualidade e custo dos serviços prestados, foco na eficiência.
Q199557 De acordo com o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), o Estado pode ser dividido em quatro setores: núcleo estratégico, atividades exclusivas, serviços não exclusivos e produção para o mercado. Em três desses setores, a forma de administração resulta da combinação do estilo burocrático com o gerencial.
FALSO. Somente o núcleo estratégico deveria ser burocrático + gerencial. Nos outros três seria totalmente gerencial. 
Objetivos dos Setores 
CUIDADO: As provas cobram diferença entre objetivos GERAIS e objetivos ESPECÍFICOS para cada núcleo.
OBJETIVOS GERAIS DA REFORMA DO PDRAE INTEIRA
- Aumentar a governança do Estado, ou seja, sua capacidade administrativa de governar com efetividade e eficiência, voltando a ação dos serviços do Estado para o atendimento dos cidadãos. 
Q384350 FCC cobrou essa literalidade!
- Limitar a ação do Estado àquelas funções que lhe são próprias, reservando, em princípio, os serviços não-exclusivos para a propriedade pública não-estatal, e a produção de bens e serviços para o mercado para a iniciativa privada
- Transferir da União para os estados e municípios as ações de caráter local: só em casos de emergência cabe a ação direta da União. 
-Transferir parcialmente da União para os estados as ações de caráter regional, de forma a permitir uma maior parceria entre os estados e a União.
OBJETIVOS DO NÚCLEO ESTRATÉGICO.
- Aumentar a EFETIVIDADE do núcleo estratégico (Foco na efetividade – as normas devem realmente ser cumpridas)
- Modernizar a administração burocrática (administração central que era responsável pelo núcleo estratégico)
- Política de carreiras, concursos públicos anuais, programas de educação continuada, efetiva administração salarial 
- Cultura gerencial baseada na avaliação do desempenho. 
- Dotar o Núcleo Estratégico de capacidade gerencial para definir e supervisionar os contratos de gestão
OBJETIVOS DAS ATIVIDADES EXCLUSIVAS
- Transformar as autarquias e fundações em agências autônomas, utilizando contratos de gestão – Contratualização de resultados.
- Substituir a administração pública burocrática pela administração pública gerencial, baseada no controle dos resultados e na competição administrada.
- Fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiem a participação popular tanto na formulação quanto na avaliação de políticas públicas, viabilizando o controle social
OBJETIVOS DOS SERVIÇOS NÃO EXCLUSIVOS
- Aumentar, assim, a eficiência e a qualidade dos serviços, atendendo melhor o cidadão-cliente a um custo menor. 
-Transferir para o setor público não-estatal estes serviços, através de um programa de “PUBLICIZAÇÃO”, transformando as atuais fundações públicas em organizações sociais.
- Maior autonomia e uma consequente maior responsabilidade para os dirigentes
- Maior parceria entre o Estado, que continuará a financiar a instituição, a própria organização social, e a sociedade a que serve e que deverá também participar minoritariamente de seu financiamento via compra de serviços e doações. 
- Fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiem a participação popular, viabilizando o controle social.
OBJETIVOS PRODUÇÃO PARA O SETOR DE ATIVIDADES DE MERCADO
- DAR CONTINUIDADE ao processo de privatização através do Conselho de Desestatização. 
- Reorganizar e fortaleceros órgãos de regulação dos monopólios naturais que forem privatizados. 
- Implantar contratos de gestão nas empresas QUE NÃO PUDEREM SER PRIVATIZADAS.
SURGIRAM NOVAS FIGURAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Nas atividades exclusivas – surgem agências reguladoras e agencias executivas (Autarquias e Fundações que celebram contrato de gestão)
Serviços não exclusivos – surgem as OS e as OSCIP.
Agências executivas 
SURGIRAM NOVAS FIGURAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Nas atividades exclusivas – surgem agências reguladoras e agencias executivas
Serviços não exclusivos – surgem as OS e as OSCIP.
O PDRAE propunha a responsabilização por resultados e a autonomia de gestão, visando à transformação de autarquias e de fundações que exerciam atividades exclusivas do Estado em agências autônomas.
CUIDADO: NO PDRAE ele chamava a agência executiva de “AGÊNCIA AUTÔNOMA”
-Segundo a Lei 9.649/98, o Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: 
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; 
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. 
§ 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.
AS AGÊNCIAS EXECUTIVAS PODEM TER MAIOR AUTONOMIA EM: 
1- ORÇAMENTO E FINANÇAS: orçamento elaborado de forma mais agregada, com os recursos alocados em apenas um projeto ou sub-atividade, respeitada a distinção entre os grupos de despesa. 
2- GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS: relação baseada no desempenho e no mérito, com a definição de mecanismos financeiros de reconhecimento. 
3- CONTRATAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS: concessão de um limite diferenciado de dispensa de licitação para contratação de serviços, compras e obras de engenharia, como dispõe o art. 24 da Lei 8.666.
Agências reguladoras
SURGIRAM NOVAS FIGURAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Nas atividades exclusivas – surgem agências reguladoras e agencias executivas
Serviços não exclusivos – surgem as OS e as OSCIP.
Redefinição do papel do Estado: as atividades de produção de bens e serviços para o mercado são direcionadas para a propriedade privada (processo de privatização). O Estado passa a atuar como agente regulador em todos os setores econômicos em que o mercado não for capaz de regular, de forma autônoma, as relações privadas entre produtores e consumidores. 
CUIDADO: O Estado não iria regular TODOS os setores econômicos, o Estado vai regular apenas os setores em que o PRÓPRIO MERCADO não fosse capaz de regular.
- Atenção: as agências não existem para defender nem o governo, nem as empresas de cada setor. 
Devem defender sempre o interesse público, estimulando a concorrência e a competitividade das empresas, protegendo a sociedade e o meio-ambiente.
Organizações Sociais
SURGIRAM NOVAS FIGURAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Nas atividades exclusivas – surgem agências reguladoras e agencias executivas
Serviços não exclusivos – surgem as OS e as OSCIP.
- O PDRAE definiu Organizações Sociais como entidades de direito privado que, por iniciativa do Poder Executivo, obtêm autorização legislativa para celebrar contrato de gestão com esse poder, e assim ter direito à dotação orçamentária. 
- O objetivo era permitir a descentralização de atividades no setor de prestação de serviços não-exclusivos, nos quais não existe o exercício do poder de Estado, a partir do pressuposto que esses serviços serão mais eficientemente realizados se, mantendo o financiamento do Estado, forem realizados pelo setor público não-estatal.
É a PUBLICIZAÇÃO. CUIDADO, pois aqui o Estado CONTINUA participando do processo , ele ainda mantem financiamento e ainda mantem um controle de finalidade para ver se as atividades de interesse público estão sendo prestadas de maneira satisfatória.
O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
CONTRATO DE GESTÃO: o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas no art. 1º.
Segundo a Maria Sylvia Zanella Di Pietro, as organizações sociais não são uma nova figura jurídica, mas tão somente uma qualificação especial conferida a determinadas pessoas jurídicas da iniciativa privada, sem fins lucrativos, mediante o preenchimento de certos requisitos legais.
Não integram a Administração Pública Direta e Indireta, nem são delegatárias de serviço público. Realizam, em seu próprio nome, atividades de interesse coletivo não-privativas de pessoa política, ou seja, que podem ser desempenhadas independentemente de delegação.
MODALIDADES DE FOMENTO ÀS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
Art. 11. As entidades qualificadas como organizações sociais são declaradas como entidades de interesse social e utilidade pública, para todos os efeitos legais. 
Art. 12. Às organizações sociais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão. 
 Art. 14. É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as organizações sociais, com ônus para a origem.
Lei 8.666: Art. 24. É dispensável a licitação: XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão.
OSCIP
As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que recebem qualificação especial do Poder Público, com fins de receber fomento na prestação de atividades de interesse público. 
Também não constituem uma nova espécie de pessoa jurídica: são entidades privadas que recebem do Estado uma qualificação. 
 A qualificação das OSCIP é realizada por meio de termo de parceria, no qual constam os direitos e obrigações de cada um dos signatários do ajuste, com destaque para as metas que devem ser cumpridas pela entidade.
CUIDADO: OS celebra contrato de gestão , OSCIP reliza termo de parceria.
Segundo a Lei 9.790/99: Art. 9° Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3° desta Lei.
CLÁUSULAS ESSENCIAIS DO TERMO DE PARCERIA: 
I - a do objeto, que conterá a especificação do programa de trabalho proposto pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público; 
II - a de estipulação das metas e dos resultados a serem atingidos e os respectivos prazos de execução ou cronograma; 
III - a de previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de resultado;
MODALIDADES DE FOMENTO: 
- Dotação de recursos orçamentários 
- Permissão de uso gratuito de bens públicos 
- Concessão de incentivos fiscais e creditícios.
CUIDADO:
A qualificação da OS está submetida à DISCRICIONARIEDADE do Poder Executivo, que pode ou não aprovar a entidade que venha a preencher todos os requisitos.
No caso da OSCIP, a qualificação é ato VINCULADO, conforme determina a Lei 9.790/99: “a outorga da qualificação prevista neste artigo é ato vinculado ao cumprimento dos requisitos instituídos por esta Lei.”

Continue navegando