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Cimentação - Até 10-15 anos atrás o Cimento de fosfato de zinco era o mais utilizado; - Atualmente, destaca-se CIV. - Tempo necessário de manutenção de pressão de cimentação: 30s a 3min; - Dois tipos de cimentação: provisória ou definitiva. Cimentação provisória - Agentes cimentantes: pasta de Óxido de zinco e eugenol, cimentos de óxido de zinco (com ou sem eugenol), cimentos de hidróxido de cálcio (com ou sem vaselina), graxa siliconizada. Indicada para qualquer prótese fixa definitiva: - Avaliação dos tecidos periodontais (pressão no epitélio sucular), - Análise do grau de higienização da prótese, - Análise do grau de contato entre o pôntico contra o rebordo (quando estética é fundamental, - Avaliação efetiva da mastigação, oclusão e desoclusão, - Torna possível correção de croma e valor, - Recuperação mais efetiva do complexto dentinho-pulpar, - Avaliação efetiva do contato proximal, - Se houver necessidade de qualquer adaptação na prótese definitiva, deve-se cimenta provisoriamente após as adaptações, para só depois de nova avaliação cimentar definitivamente. - Esta etapa só é dispensável quando trata-se de um elemento isolado, pois a remoção é dificultada pela falta de bordas ou locais para adaptar o instrumento para remoção da prótese. E os aspectos citados anteriormente ficam mais sob controle do CD. Procedimentos para a cimentação provisória: - Analisar a prótese fixa quanto ao acabamento e polimento; - Remover a prótese fixa provisória e limpar os dentes em que estava cimentada; - Controlar a presença de transudato no sulco gengival, ocorrência comum, através da utilização de hemostático no sulco; - Secar os dentes com leves jatos de ar ou algodão, dependendo da sensibilidade (se acentuada, aplicar água de hidróxido de cálcio); - Aplicar fina camada de vaselina sólida nas margens externas das coroas, para facilitar a remoção do cimento que escoa para o sulco; - Selecionar a manipular o cimento provisório; a) Se a peça for muito retentiva, os dentes forem muito longos, pequenas discrepâncias de paralelismo ou grande número de retentores (como os 6 anteriores): PASTA ZINCOENÓLICA. b) 2 ou 3 coroas: CIMENTO DE ÓXIDO DE ZINCO (incorporar à mistura ou pouco de vaselina, que facilita a remoção); c) Se os dentes apresentam muita sensibilidade dentinária é melhor que a cimentação provisória dure mais tempo, e utilizar cimentos à base de hidróxido de cálcio (com vaselina devido à boa capacidade retentiva desse cimento); d) Próteses parciais que incluem os dois lados do arco devem ser cimentadas com graxa siliconizada. - Aplicar o cimento corretamente manipulado nas superfícies axiais internas das coroas (não é necessário na oclusal) com hollenback ou espátula de inserção e assentar com pressão firme, verificando se ocorreu escoamento de cimento por todas as margens - Solicitar que o paciente oclua os dentes para observar a exatidão do assentamento da prótese; - Após a presa completa (3-4min em média) eliminar os excessos com a sonda número 5 e complementar com fio dental; - Certificar-se que o paciente não tem nenhuma dúvida sobre a higienização oral e fisioterapia; - Manter a cimentação provisória até que todos os aspectos citados sejam verificados, em média 10 a 15 dias (no mínimo uma semana), e não existe prazo máximo desde que o paciente seja mantido sob controle clínico adequado. Cimentação definitiva - Até hoje o mais utilizado no Brasil é o de fosfato de zinco, embora possa ser substituído com vantagens pelo ionomérico ou resinoso; Preparo da prótese para receber a cimentação definitiva - Remover a prótese fixa com saca ponte (se após vários golpes não conseguir, adiar, pois pode lesar o periodonto; dentes longos, muito paralelos ou com doença periodontal podem sofrer algum grau de luxação); - Lavar e escovar a prótese em água corrente e remover o cimento provisório do interior da prótese. Completar a limpeza com substâncias solventes, um auxiliar na limpeza do interior das coroas é a ultrassom; - Outra opção é limpar com ultrassom (utilizando pontas usadas em profilaxia) e completar a limpeza com jatos de bicarbonato ou de óxido de alumínio; - Em dentes curtos ou pouco retentivos é interessante aumentar o grau de rugosidade das superfícies internas, criando irregularidades perpendiculares ao longo eixo, que aumentam o embricamento mecânico e a superfície de contato). Pode ser feito com brocas; - Aplicar vaselina nas porções externas das coroas. - Posicionar pedaços de fio dental nas áreas de pôntico ou coroas soldadas (complementa a remoção do excesso de cimento e podem auxiliar na remoção da prótese caso ela “ficar alta”, inundação repentina com saliva, sangramento incontrolável, deslocamento parcial ou completo da porcelana). Preparo dos dentes para cimentação definitiva - Remover os excessos grosseiros de cimento provisório que permanecem nos dentes, - Isolar o campo operatório e proteger o complexo dentina-polpa, - Aplicar por 2-3 min solução de hidróxido de cálcio PA (vedar túbulos dentinários), - Aplicar 2 camadas de verniz (apenas quando o cimento for o de fosfato de zinco), - Para o ionômero de vidro se dispensa a aplicação de verniz e a limpeza do dente deve ser feita com pedra pomes e taça de borracha; - Colocar fio de algodão embebido em solução hemostásica no término cervical para controle da umidade que vem do sulco gengival (no momento da cimentação remove-se o fio e seca-se com ar ou algodão); Seleção do agente cimentante definitivo - O cimento de fosfato de zinco e os cimentos ionoméricos tem características de retenção, espessura da película, escoamento semelhantes; - Entretanto, a solubilidade do cimento de fosfato de zinco é maior, principalmente em meio ácido, e o ionômero libera flúor, e além disso, o ácido fosfórico do cimento de fosfato de zinco é mais irritante para a polpa que o presente no CIV; - O CIV é menos tolerante com umidade; Podemos realizar a escolha considerando a) CIV para pacientes com alto risco de cárie (pois devido a liberação de flúor tem ação cariostática); b) A expansão térmica do CIV é próxima ao do dente (bom para pacientes que tem hábito de tomar café o chimarrão); c) CIV tem melhor resistência à compressão e tração; d) CIV tem adesão química, enquanto o cimento de fosfato de zinco depende do embricamento mecânico; e) CIV pode ser considerado praticamente insolúvel no meio bucal; f) Os dois podem apresentar sensibilidade pós-cimentação, os dois tem ácido fosfórico); g) Dentes pilares que a margem do preparo está em cimento- usar CIV; h) Como o cimento de fosfato de zinco é muito solúvel em meio ácido pacientes que consomem bebidas alcóolicas ou tem problemas digestivos: usar CIV; i) Coroas metal free: usar CIV, pois ele é mais translúcido. PROCEDIMENTOS PARA A CIMENTAÇÃO DEFINITIVA - Seguir as recomendações dos fabricantes quanto a proporções, tempo de manipulação, trabalho e presa. - Muitas falhas em PF ocorrem nessa etapa, seja no proporcionamento, tempo de espatulação ou técnica de cimentação aplicada. - Quando a peça a ser cimentada apresenta 4 ou mais retentores devem ser realizadas medidas que aumentam o tempo de trabalho (resfriar placa de vidro, ambiente com ar condicionado, resfriamento do pó e líquido). Procede-se da seguinte forma: - É feita a manipulação, dosagem e tempo e técnica conforme indica o fabricante. Findo o tempo de manipulação (1 a 1,5min), puxando o cimento da placa de vidro com a espátula 24 ele deve cair como uma gota. Se isso não ocorre, ele pode estar muito espesso. CIV exige espatulação rápida, de aproximadamente 1min, e deve-se espalhar ele pelo máximo de espaço da placa para aproveitar o resfriamento; - Usar um pincel pequeno para espalhar o cimento na peça (não passamos na oclusal, o escoamento se encarrega); - Devemos colocar pouco cimento nas faces axiais, permitindo o melhor assentamento da peça, além disso, pode ser interessante colocar um pouco de cimento no término cervical dos dentes, pois as vezes a quantidade de cimento nessas áreas da peça é pouca; - Assentar a peça com pressão firme e contínua durante 1min e verificar se há excesso na cervical; - Pedir para o paciente ocluir e avaliar a exatidão do posicionamento (CD). Fazer com cuidado para evitar saliva no campo. SE DETECTAR QUALQUER DESAJUSTE OU ASSENTAMENTO INCORRETO REMOVER A PEÇA ATRAVÉS DOS FIOS DENTAIS OU SACA PONTES; - Quando a prótese tem muitos retentores o assentamento é mais difícil. Ele pode ser facilitado inserindo a prótese com movimentos vibratórios ou usando-se o ultrassom em cada retentor por 3-5s, o que faz bastante cimento sair, quando acreditava-se que a PF já estava acentada; - Aguardar de 12-15min para a presa completa do cimento mantendo o campo isolado. Então, remover o excesso com sonda 5, com cuidado especial para o sulco. - Orientar o paciente para não mastigar na hora seguinte e combinar retornos periódicos. Falhas e recimentação - Devemos observar atentamente onde o erro estava: se a falha não ocorreu por deficiência técnica da cimentação, manipulação, excesso de cimento, película espessa, etc, o fator pode ter sido o oclusal.
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