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GABRIELLA CAMILLA SEGUNDO DOS ANJOS 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÕES SUSTENTÁVEIS EM UM CANTEIRO DE OBRAS 
– ESTUDO DE CASO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2016
 
 
 
 
 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
Gabriella Camilla Segundo dos Anjos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ações sustentáveis em um canteiro de obras – Estudo de caso 
 
Trabalho de Conclusão de Curso na 
modalidade Artigo Científico, submetido ao 
Departamento de Engenharia Civil da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte como parte dos requisitos necessários 
para obtenção do Título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Orientador: Prof. Dra. Jaquelígia Brito da 
Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal-RN 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação da Publicação na Fonte 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Sistema de Bibliotecas 
Biblioteca Central Zila Mamede / Setor de Informação e Referência 
 
Anjos, Gabriella Camilla Segundo dos. 
Ações sustentáveis em um canteiro de obras: estudo de caso / 
Gabriella Camilla Segundo dos Anjos. - 2016. 
15 f. : il. 
 
Artigo científico (Graduação) - Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Departamento de Engenharia 
Civil. Natal, RN, 2016. 
Orientador: Profª. Dra. Jaquelígia Brito da Silva. 
 
1. Engenharia Civil - TCC. 2. Desenvolvimento sustentável – 
TCC. 3. Canteiro de obras - TCC. 4. Construção civil - TCC. I. Silva, 
Jaquelígia Brito da. II. Título. 
 
RN/UF/BCZM CDU 624:502.131.1 
 
 
 
 
 
Gabriella Camilla Segundo dos Anjos 
 
Ações sustentáveis em um canteiro de obras 
 
Trabalho de conclusão de curso na 
modalidade Artigo Científico, submetido ao 
Departamento de Engenharia Civil da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte como parte dos requisitos necessários 
para obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em 16 de Novembro de 2016: 
 
 
___________________________________________________ 
Profa. Dra. Jaquelígia Brito da Silva – Orientadora 
 
 
___________________________________________________ 
Prof. Dr. Leonardo Flamarion Marques Chaves– Examinador interno 
 
 
___________________________________________________ 
Enga. Mauricéia Medeiros – Examinador externo 
 
 
 
Natal-RN 
 2016 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 1 
2 OBJETIVOS ...................................................................................... 2 
2.1 Objetivo Geral ................................................................................. 2 
2.2 Objetivos Específicos ....................................................................... 3 
3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................. 3 
3.1 Descrição da empresa ...................................................................... 3 
3.2 Descrição do projeto ........................................................................ 4 
3.3 Procedimentos metodológicos .......................................................... 4 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................... 5 
4.1 Diagnóstico ambiental do canteiro de obras...................................... 5 
4.1.1 Resíduos Sólidos ........................................................................... 5 
4.1.2 Solo .............................................................................................. 6 
4.1.3 Água ............................................................................................ 7 
4.1.4 Armazenamento e Manuseio de Materiais ....................................... 7 
4.1.5 Ruídos e vibrações ......................................................................... 8 
4.1.6 Energia elétrica ............................................................................ 8 
4.1.7 Emissões atmosféricas ................................................................... 9 
4.2 Proposta de práticas sustentáveis a serem utilizadas no canteiro ....... 9 
4.2.1 Destinação dos Resíduos Sólidos .................................................... 9 
4.2.2 Melhorias no Uso do Solo ............................................................ 10 
4.2.3 Melhorias no Uso da Água .......................................................... 10 
4.2.4 Melhor Armazenamento e Manuseio de Materiais ......................... 11 
4.2.5 Redução de Ruídos e vibrações ..................................................... 11 
4.2.6 Uso Sustentável da Energia elétrica .............................................. 12 
4.2.7 Redução de Impacto por Emissões Atmosféricas ........................... 12 
4.3 Custos da implantação das ações .................................................... 12 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................. 13 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 14 
 
 
 
RESUMO 
 
A construção civil é uma das principais fontes de degradação ambiental, por ser a maior 
fonte geradora de resíduos da sociedade, além de apresentar deposição não adequada 
destes resíduos nas diferentes etapas do seu processo produtivo. Considerando a 
importância que a construção civil desempenha na cadeia produtiva e industrial do país, 
adotar medidas e/ou implementar estratégias de sustentabilidade, sobretudo nos 
canteiros de obras, se apresenta como fator primordial para redução dos impactos 
ambientais oriundos dessa atividade (SILVA e PORANGABA, 2012). O presente 
trabalho tem como objetivo propor a implantação de ações sustentáveis num canteiro de 
obra com base na legislação e normas vigentes, através de um estudo de caso. O 
empreendimento escolhido encontra-se na fase de construção, localizado no município 
de Natal/RN. A metodologia partiu de um diagnóstico através de visitas técnicas in 
loco, com registro fotográfico, acesso a documentos e projetos e entrevista com os 
gestores da obra para conhecer os principais aspectos e impactos ambientais dos 
processos realizados no canteiro. Através da base de dados foi realizado o levantamento 
de custos das ações propostas partindo da infraestrutura necessária e do Sistema 
Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI). Os principais 
aspectos ambientais gerados no canteiro estão relacionados à geração de resíduos 
sólidos, consumo de água e de energia elétrica. As propostas de ações sustentáveis 
compreendem o manejo dos resíduos conforme a Resolução nº 307/02 do CONAMA, 
incluindo doação de material para cooperativas de catadores; reuso de águas para fins 
menos nobres; e educação ambiental dos colaboradores no sentido de reduzir o consumo 
de outros materiais e reduzir o desperdício. As despesas para implantação da estrutura 
necessária para realizar tais ações totalizam R$ 9.042,23. Sugere-se para estudos futuros 
que seja avaliado o retorno do investimento e a viabilidade econômica de adoção de tais 
soluções. 
 
Palavras-chave: aspectos ambientais; impactos ambientais; ações sustentáveis; 
construção civil. 
 
 
ABSTRACT 
 
Civil construction is taken as a major source of environmental degradation, as it is the 
largest source of society waste, and presents no proper disposal of these in different 
stages of the production process. Thus, it is necessary to pay attention to environmental 
issues in this sector (CARNEIRO, 2010). Consideringthe importance of the 
construction industry in the productive and industrial chain in Brazil, to take action 
and/or implement sustainability strategies, especially in construction sites, is presented 
as a key factor for reducing environmental impacts from this activity (SILVA & 
PORANGABA, 2012). This study aims to propose the implementation of sustainable 
actions in a construction site, based on existing legislation and standards, through a case 
study. The chosen project is in the construction phase, located in Natal / RN. The 
methodology started from a diagnosis through technical on-site visit with photographic 
record, access to documents and projects and interviews with managers of the work to 
know the main environmental aspects and impacts of processes carried out on site. 
Through the database there was a survey of the proposed actions costs based on the 
necessary infrastructure and National Costs and Indexes of Construction Research 
System (SINAPI). The main environmental aspects that occurred in the site are related 
to the generation of solid waste, water and electricity consumption. Proposals for 
sustainable actions include the management of waste according to Resolution No. 
307/02 of CONAMA, including material donation to recycling cooperatives; adoption 
of water reuse for less noble purposes; and environmental education of employees to 
reduce the consumption of other materials and reduce waste. The costs for 
implementation of the necessary infrastructure to carry out such actions is R$ 9,042.23. 
It is suggested for future studies to be evaluated the investment return and the economic 
feasibility of adoption of such solutions. 
 
Keywords: environmental aspects; environmental impacts; sustainable actions; 
construction. 
 
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A deterioração sofrida pelo meio ambiente, decorrente das atividades humanas, é 
uma preocupação que se faz presente no cotidiano das pessoas em todo o mundo. 
Assuntos como aquecimento global e reciclagem são apresentados quase que 
diariamente em jornais, e fazem parte de discussões nos mais diversos meios, sejam eles 
acadêmicos, escolares, ou até mesmo familiares: cada vez mais as pessoas se 
conscientizam da necessidade de construir uma sociedade mais sustentável (ARAÚJO, 
2009). 
A construção civil é tomada como uma das principais fontes de degradação 
ambiental por ser a maior fonte geradora de resíduos da sociedade, além de apresentar 
deposição não adequada destes resíduos nas diferentes etapas do seu processo 
produtivo. Assim, é preciso atentar-se para questões ambientais nesse setor, o que não 
acontecia no Brasil até início da década de 90 (CARNEIRO, 2010). 
Com o intenso processo de urbanização e uma enorme demanda por novas 
habitações, a indústria da construção civil não se preocupou com as técnicas 
construtivas, planejamento e preservação ambiental. Gehlen (2008) defende que dentre 
as etapas de um empreendimento, a execução deve ser foco das construtoras na busca 
por sucesso em suas responsabilidades sociais, ambientais, econômicas e culturais, que 
resultam na sustentabilidade aplicada nos canteiros de obras. 
Ainda segundo a autora, o canteiro de obras é onde os recursos transformadores 
(pessoas e instalações) processam os recursos a serem transformados (matéria-prima, 
água, energia, meio ambiente, informações) em produtos (bens e serviços). Entretanto, 
além do produto, o processo de transformação também gera impactos ambientais 
(resíduos, efluentes, emissões), sociais (renda, relação com a comunidade, acidentes de 
trabalho) e educacionais (desenvolvimento técnico, melhoria contínua), que são 
genericamente chamados, junto com o produto, de saídas do processo de transformação. 
Considerando a importância que a construção civil desempenha na cadeia 
produtiva e industrial do país, adotar medidas e/ou implementar estratégias de 
sustentabilidade, sobretudo nos canteiros de obras, se apresenta como fator primordial 
para redução dos impactos ambientais oriundos dessa atividade (SILVA e 
PORANGABA, 2012). 
Segundo a resolução do CONAMA nº 01/86 o impacto ambiental é definido 
como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
2 
 
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades 
humanas. 
Como já mencionado anteriormente, a indústria da construção civil é a atividade 
humana mais impactante sobre o meio ambiente que habitamos. Todas as etapas de um 
empreendimento - construção, uso, manutenção e demolição - são relevantes no que diz 
respeito ao consumo de recursos e geração de resíduos. Por outro lado, certos aspectos 
são característicos apenas em algumas etapas, por exemplo, as emissões de materiais 
particulados, ruídos e vibrações, típicas durante a construção (ARAÚJO, 2009). 
Porém, se no decorrer da execução da obra as construtoras implantassem ações 
sustentáveis como: consumo racionalizado de energia e água, de materiais e insumos, 
renovação e reposição de matérias primas recicláveis, que segundo Oliveira (2011), 
objetivam a redução dos impactos ocorridos nos canteiros de obras, o impacto gerado 
por este setor diminuiria consideravelmente. 
Segundo Cardoso (2011), para a concepção de um canteiro sustentável é 
necessário que se alie um rendimento ótimo no uso de materiais à produtividade e 
qualidade da mão de obra, que observe o bem estar dos operários e que reduza os 
impactos ambientais. De acordo com esta perspectiva, um projeto de canteiros de obras 
deve observar a dinâmica dos serviços; picos de consumo de materiais; locais 
adequados para armazenamento; redução dos tempos, distâncias de transporte, de 
geração de resíduos e no consumo de água e energia; além de promover um processo de 
conscientização e educação dos operários. 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
 
O presente trabalho tem como objetivo propor a implantação de ações 
sustentáveis no canteiro de obra com base na legislação e normas vigentes, através de 
um estudo de caso. 
 
3 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
o Apresentar diagnóstico ambiental da situação atual do canteiro de obras em 
estudo; 
o Propor práticas sustentáveis a serem utilizadas no canteiro; 
o Relacionar as práticas com a literatura técnica; 
o Levantar os custos relacionados à implantação das ações no canteiro de obras. 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
As atividades da construção civil provocam grandes impactos ambientais, por 
utilizarem uma série de materiais e processos que, direta e indiretamente, consomem 
recursos naturais e geram resíduos a serem lançados na natureza. Nesse sentido, no 
presente trabalho buscou-se apontar oportunidades de melhoria para a gestão ambiental 
dos processos, considerando as leis ambientais vigentes e as recomendações normativas. 
O empreendimento escolhido para realização deste estudo de caso foi o 
Terramaris Club Condominium, da construtora Colmeia, conforme será descrito nos 
itens a seguir. 
 
3.1 Descrição da empresa 
 
A construção deste empreendimento está sendo realizada pela empresa Colmeia, 
que está no mercado desde 1980. Com a sede localizada em Fortaleza, Ceará e mais três 
filiais em Natal, no Rio Grande do Norte, Manaus, no Amazonas, e Campinas, em São 
Paulo. A empresa já está com mais de 140 projetos entregues, entre residenciais, 
corporativos e industriais (COLMEIA, 2016). 
A preocupação com a qualidade de seus serviços e dos seus trabalhadores lhe 
promoveu a certificação de qualidade ISO 9001:2008, Inmetro e o PBPQ-H (Programa 
Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat). No entanto, não possui outras 
certificações relacionadas ao meio ambiente, como a NBR ISO 14001, ou à segurança 
do trabalho, como a OHSAS 18001.4 
 
3.2 Descrição do projeto 
 
O Terramaris Club Condominium está localizado na Rua Deputado Antônio 
Florêncio de Queiroz, 3365, Ponta Negra, Natal/RN, composto por 3 torres, com 20 
pavimentos cada torre e uma área comum bastante completa, com piscina, quadra, spa e 
sauna, dentre outros equipamentos de lazer. No APÊNDICE A apresenta a planta de 
implantação do empreendimento. 
O empreendimento encontra-se na fase de construção, com os seguintes serviços 
em andamento: fundação, estrutura, alvenaria com bloco cerâmico, alvenaria de gesso, 
forro de gesso, instalações, pavimentação cerâmica, revestimento cerâmico, bancadas e 
chapins de mármore e granito, impermeabilização e esquadrias. 
 
3.3 Procedimentos metodológicos 
 
A metodologia utilizada partiu de um diagnóstico sobre o gerenciamento dos 
aspectos ambientais que ocorrem no referido canteiro de obras. Para tanto, foram 
escolhidos sete temas ambientais, quais sejam: resíduos sólidos; solo; água; 
armazenamento e manuseio de materiais; ruído/vibração; energia elétrica e emissões 
atmosféricas. Tal escolha fundamentou-se no fato de serem aspectos geralmente mais 
significativos em se tratando de obras de construção civil. 
A partir de então, foram feitas visitas técnicas in loco, com registro fotográfico, 
acesso a documentos e projetos e entrevista com os gestores da obra para conhecer os 
principais aspectos e impactos ambientais dos processos realizados no canteiro a 
respeito dos referidos temas a serem estudados. 
Após a realização do diagnóstico, utilizou-se de revisão bibliográfica para 
levantamento de experiências de ações sustentáveis bem sucedidas em canteiros de obra 
semelhantes; bem como de leis e normas vigentes que se referem aos temas, de modo a 
adequar as atividades do canteiro de obra a tais recomendações, no intuito de reduzir os 
impactos ambientais negativos identificados. 
Por fim, realizou-se um levantamento de custos das ações propostas com base na 
infraestrutura necessária e no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da 
Construção Civil (SINAPI). As ações que foram orçadas referem-se àquelas que 
demandam investimento inicial, ou seja, ações estruturantes. Não foram orçadas as 
ações de cunho administrativo e de pessoal. 
5 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 Diagnóstico ambiental do canteiro de obras 
 
A visão da empresa em estudo, conforme constante no site da mesma, é “ser 
referência nacional na atividade imobiliária, sob os aspectos econômicos, técnicos e de 
qualidade”. Possui ainda uma política de qualidade, enunciada como “conceber, 
comercializar e construir edificações com qualidade e rentabilidade para nossos clientes 
e acionistas, buscando o crescimento dos colaboradores e melhorias contínuas”. 
Partindo-se do conhecimento de tais compromissos, verifica-se que a construtora tem 
interesse em receber certificações e buscar a melhoria contínua dos seus processos, o 
que engloba também a gestão ambiental. 
Após a realização de visitas técnicas na obra e entrevista com colaboradores do 
canteiro, foram identificados os principais aspectos relacionados a sete temas 
ambientais, quais sejam: resíduos sólidos; solo; água; armazenamento e manuseio de 
materiais; ruído/vibração; energia elétrica e emissões atmosféricas. 
Os resultados encontrados encontram-se descritos a seguir. 
 
4.1.1 Resíduos Sólidos 
 
No tocante ao manejo de resíduos sólidos, foram observados os tipos, bem como 
a quantidade gerada, além do armazenamento, coleta/transporte e destinação final dos 
mesmos. 
Durante visitas foram observadas caçambas estacionárias, em que foi 
identificada a presença de resíduos do tipo A e B. Na obra utilizam-se cinco caçambas, 
em que são separados os resíduos, por tipo. As caçambas estavam organizadas da 
seguinte forma: entulho (componentes cerâmicos e agregados de argamassa – classe A) 
conforme pode ser visto no APÊNDICE C, D e E ; plástico (tubos de PVC, sacos – 
classe B); gesso (classe B); Madeira (Classe B) e papel (sacos de cimento e outras 
embalagens – classe B), como pode ser visto no APÊNDICE C, D e E. 
Não foram identificados resíduos classe C no canteiro em estudo. Durante a 
entrevista, o gestor da obra comunicou que utilizam rodízio das caçambas 
semanalmente, dependendo da quantidade de resíduos gerada, variando também para 
6 
 
madeira e metal. Os resíduos de classe D estavam separados e estocados em câmara 
específica para este fim. 
A coleta é realizada por empresa terceirizada, contratada pela construtora, e a 
destinação que a mesma dá aos resíduos é encaminhá-los para usina de reciclagem de 
empresa privada. 
Foi possível quantificar o volume de resíduo gerado no canteiro através de dados 
da empresa referentes à quantidade de caçambas coletadas na obra. Partindo da 
capacidade de cada caçamba, que é de 5 m³, tem-se que, por mês, no ano de 2016, 
foram contratadas, em média, 13 caçambas, o que resulta em 65 m³ de resíduos 
removidos. Desde o início do ano de 2014 até julho de 2016, foram removidas um total 
de 500 caçambas, sendo que este valor apresenta grande variação, devido às diferentes 
fases da obra. 
A empresa adota ainda, um sistema de indicadores para realizar o 
acompanhamento de alguns aspectos ambientais. No caso dos resíduos sólidos, o 
indicador escolhido denomina-se “geração de resíduos ao longo da obra”, calculado 
pelo volume de resíduos removido, dividido pela quantidade de trabalhadores do 
canteiro. No APÊNDICE B pode ser visto a evolução deste indicador, bem como a meta 
estipulada para o mesmo. 
 
4.1.2 Solo 
 
No que se refere ao manejo do solo no canteiro de obras estudado, verificou-se 
que há a presença de movimentos de terra, especialmente com retirada do solo para 
fazer a fundação da obra. O material removido foi reaproveitado sempre que possível, e 
o restante foi destinado, sob responsabilidade da empresa contratada para 
movimentação de terra, que realizou a venda do mesmo. Não foi possível quantificar o 
volume de material. 
É prevista para a área comum dos edifícios a impermeabilização do solo, com o 
uso de concreto, porém a área de infiltração está de acordo com o plano diretor de Natal, 
conforme observado no alvará de construção. Além disso, existe na obra um sistema de 
drenagem que direciona as águas pluviais para sumidouros pré-dimensionados. 
 
7 
 
4.1.3 Água 
 
Com relação ao consumo de água, foram identificados no presente estudo os 
aspectos relacionados à água potável fornecida pela rede pública de abastecimento, e 
dos efluentes gerados pelo consumo humano na obra. 
O abastecimento de água para consumo humano e para usos diversos no canteiro 
é proveniente da Companhia de Água e Esgotos do RN (CAERN). No processo de 
construção a água é utilizada em algumas fases, quais sejam: incorporada a materiais 
tais como concreto, argamassas, tintas, gesso e rejunte; também é utilizada na limpeza 
geral, usos menos nobres em que poderia ser utilizada água de reuso. No entanto, 
durante a realização de uma das visitas técnicas, observou-se que na obra em estudo é 
utilizada água potável para a lavagem de maquinário e de áreas comuns do canteiro. 
No que se refere ao uso humano, não há cozinha no canteiro em apreço, 
restringindo tais usos aos de higiene pessoal e consumo direto. Observou-se que não há 
dispositivos de economia de água, como chuveiros e torneiras de fechamento 
automático, nem campanhas educativas de uso racional do recurso. Há um 
monitoramento do consumo ao longo dos meses, conforme ilustrado no APÊNDICE F. 
Os efluentes gerados pelo consumo de água no canteiro estão relacionados aos 
esgotos domésticos provenientes dos vestiários e banheirosinstalados no canteiro. 
Encontram-se instalados cinco bacias sanitárias, seis chuveiros, cinco lavatórios e um 
mictório, que são utilizados por 38 funcionários na obra. O destino final dos esgotos 
domiciliares é um tanque séptico construído no local, seguido de sumidouro para 
infiltração no solo, construídos conforme as normas da ABNT NBR 7229 e NBR 
13969, segundo informações dos gestores da obra. 
O efluente gerado pela lavagem de maquinário e de pisos de áreas comuns do 
canteiro é composto basicamente de cimento e água, e em alguns casos, de areia, de 
forma que poderia ser facilmente reaproveitado para usos menos nobres. Porém, durante 
visita ao local, verificou-se que este efluente não passa por nenhum tratamento e é 
infiltrado diretamente no solo local. 
 
4.1.4 Armazenamento e Manuseio de Materiais 
 
O armazenamento e manuseio de materiais na obra acontecem com o uso de 
baias para materiais como tijolos, areia (fina e média) e brita. Materiais como 
8 
 
revestimento cerâmico, bancadas de mármore/granito e chapins, esquadrias, mantas, 
tubulações e materiais de instalações em geral são armazenados no subsolo protegidos 
de calor e umidade como pode ser visto no APÊNDICE G. 
Sacos de cimento e gesso, bem como placas de gesso são armazenados 
igualmente no subsolo, porém com maior proteção à umidade, estando dispostos sobre 
pallets de madeira cobertos por lona plástica. 
Os materiais considerados perigosos, tais como solventes, tintas e combustíveis 
ainda não se encontram em uso na fase da obra durante a realização deste trabalho. 
 
4.1.5 Ruídos e vibrações 
 
Na obra em apreço os ruídos e vibrações são provenientes dos equipamentos 
operacionais, como: betoneira, perfuratriz, retroescavadeira, bob-cat e caminhões de 
entrega e coleta de material e caminhões-betoneira. 
Em entrevista com a engenheira responsável pelo canteiro, identificou-se que 
não há o monitoramento de ruídos dentro da obra, e também não houve nenhum tipo de 
reclamação registrada no órgão competente, por parte da vizinhança, devido a excesso 
de ruídos. 
Destaca-se que a fundação da obra é do tipo estaca escavada, que apresenta 
redução de vibrações quando comparada com as do tipo estava cravada, o que é uma 
vantagem do ponto de vista ambiental e de impactos de vizinhança. 
 
4.1.6 Energia elétrica 
 
A energia elétrica utilizada no canteiro de obras é fornecida pela Companhia 
Energética do Rio Grande do Norte (COSERN). O consumo é medido mensalmente 
pela Companhia, e na obra é realizado um acompanhamento periódico por parte da 
equipe técnica em relação à economia energética. 
Nas áreas comuns as lâmpadas utilizadas são do tipo fluorescente, sendo que 
existe priorização para a iluminação e ventilação natural, através de aberturas laterais 
como pode ser visto no APÊNDICE H. 
Observou-se em entrevista com a responsável técnica pelo canteiro que as ações 
de redução de consumo de energia são realizadas de forma pontual, sempre que ocorre 
9 
 
um pico de consumo, este identificado somente após a cobrança por parte da 
concessionária, conforme pode ser visto no no APÊNDICE I. 
Como exemplo de ação pontual, no mês de março, houve um pico de consumo 
devido à instalação e operação dos refletores externos. Como ação corretiva as 
lâmpadas foram trocadas e o horário de funcionamento ajustado. 
 
4.1.7 Emissões atmosféricas 
 
Neste trabalho consideraram-se como emissões atmosféricas a emissão de gases 
e a emissão de partículas, provenientes da queima de combustíveis utilizada pelo 
maquinário na obra. 
Não existe um monitoramento da emissão de fumaça dos caminhões e demais 
veículos que transitam na obra. 
 
4.2 Proposta de práticas sustentáveis a serem utilizadas no canteiro 
 
4.2.1 Destinação dos Resíduos Sólidos 
 
Para a adequação do manejo dos resíduos sólidos, o principal ponto é adequar as 
ações da empresa aos termos da Resolução nº 307/02 do CONAMA e da Política 
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Assim, para o canteiro em estudo, a proposta é 
que deve-se continuar realizando a separação dos materiais em diferentes classes. 
Para os resíduos de classe A, a solução ideal seria a obtenção de um moinho de 
mandíbulas para a transformação dos resíduos em agregados e reutilização no próprio 
canteiro. Porém, dada a fase avançada da obra, a melhor opção, ainda nos termos da 
Resolução 207, seria firmar parcerias com empresas de beneficiamento de agregado 
proveniente de resíduos da construção civil. Como última opção sugere-se a destinação 
para aterro de inertes (Classe A), solução que também está de acordo com a Resolução 
vigente. 
Em relação aos resíduos classe B, propõe-se a doação dos mesmos para 
cooperativas e/ou associações de catadores de materiais recicláveis. Em Natal existem 
duas instituições que poderiam receber tais materiais: a COOPCICLA e a 
ASCAMARCA. Em sobrando materiais que tais entidades não recebam, a proposta de 
ação é a realização de parceria com empresas recicladoras. No caso específico do gesso, 
10 
 
pode-se fazer parceria com alguma das universidades de Natal, para pesquisas sobre 
possíveis destinações. Caso as soluções propostas não sejam possíveis de serem 
implantadas, os resíduos devem ser encaminhados a áreas de armazenamento 
temporário, de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura. 
Os resíduos classe D devem ser encaminhados para empresas de reciclagem, 
sempre que possível. Caso não seja possível estabelecer o contato com empresas desse 
segmento, então deve ocorrer a destinação conforme normas específicas. Dentre as 
soluções, cita-se o envio para aterro de resíduos perigosos. 
Como intervenções no canteiro, sugere-se a adoção de baias para 
armazenamento dos resíduos de forma segregada, em substituição às caçambas 
estacionárias, para posterior envio para as cooperativas e/ou empresas recicladoras. 
Por fim, sugere-se ainda a realização de treinamentos periódicos com os 
colaboradores para uso consciente dos materiais e redução de desperdícios. 
 
4.2.2 Melhorias no Uso do Solo 
 
Não foram identificadas oportunidades de melhoria dos aspectos relacionados ao 
solo no empreendimento em questão, uma vez que as áreas de infiltração encontram-se 
de acordo com o Art. 31 do Plano Diretor de Natal, priorizando a infiltração no próprio 
terreno. 
 
4.2.3 Melhorias no Uso da Água 
 
Na fase de diagnóstico observou-se que não há ações de economia de água ou de 
sensibilização dos colaboradores no sentido do uso racional de tal recurso. 
Dessa forma, são propostas algumas ações que poderiam ser implantadas no 
canteiro de obras afim de diminuir o consumo do recurso hídrico, reduzir a quantidade 
de efluentes gerada, bem como reduzir o custo que ele representa à obra. 
Uma ação que pode ser implantada compreende a reutilização da água de 
lavagem de betoneira e de limpeza de equipamentos, através da captação e filtração da 
água para reuso posterior no mesmo equipamento. 
Outro ponto a ser levado em consideração é a captação de água de chuva para 
utilização em fins menos nobres no canteiro. Para tanto, seriam utilizadas as áreas de 
11 
 
captação das coberturas do vestiário e refeitório, daí a água seria captada e enviada para 
reservatórios e após, direcionada para os diversos usos. 
Por fim, e a exemplo do tema resíduos sólidos, sugere-se a realização de 
campanhas de educação ambiental para sensibilização dos colaboradores no sentido de 
reduzir o consumo do recurso hídrico, através da elaboração de material gráfico e 
palestras periódicas apontando as questões ambientais. 
 
4.2.4 Melhor Armazenamento e Manuseio de Materiais 
 
Durante a realização do diagnósticoacerca do armazenamento e manuseio de 
materiais, considerou-se que as ações estão de acordo à legislação, o que pode ser 
atribuído ao fato de a empresa possuir certificação de sistema de gestão da qualidade, 
pela ABNT ISO 9001. 
Sugere-se que quando da utilização de tintas, solventes e combustíveis, os 
materiais sejam armazenados em área isolada e com acesso restrito a colaboradores 
autorizados, com a presença de extintores e ventilação, nos termos da Norma 
Regulamentadora 18, mais especificamente o item 24, que trata da armazenagem e 
estocagem de materiais. 
 
4.2.5 Redução de Ruídos e vibrações 
 
No que se refere ao tema Ruídos e Vibrações, observou-se que a empresa vem 
tomando cuidados necessários na redução dos impactos gerados pelos mesmos, como 
por exemplo a escolha da estaca escavada para as fundações, por ocasionar menos 
ruídos e vibrações no entorno. 
Por outro lado, sugere-se ainda, outras medidas, no sentido de acompanhar o 
canteiro e buscar a melhoria contínua, por exemplo, monitorar sistematicamente os 
ruídos e vibrações gerados pelas atividades do canteiro; utilizar equipamentos com 
baixa geração de ruído, inclusive realizando manutenções preventivas e corretivas, 
quando for o caso. 
Por fim, sugere-se observar os termos da ABNT NBR 10151, que fixa condições 
exigíveis para avaliação da aceitabilidade de ruídos em comunidades. Considerando a 
área em que o canteiro de obras está implantado como sendo mista com predominância 
residencial, tem-se que o limite para a medição de ruído no horário diurno é de 55 dB. 
12 
 
 
4.2.6 Uso Sustentável da Energia elétrica 
 
Com relação à energia elétrica, sugere-se que seja fomentado o monitoramento 
do consumo mensalmente, e que as ações de uso racional sejam realizadas de forma 
sistemática, incluídas na rotina do canteiro de obras. 
Por fim, sugere-se também a sensibilização e capacitação do pessoal para 
redução do consumo, através de oficinas de educação ambiental e outros. 
 
4.2.7 Redução de Impacto por Emissões Atmosféricas 
 
Com relação às emissões atmosféricas, sugere-se que seja fomentado o 
monitoramento das emissões dos veículos que transitam no canteiro, de forma a ser 
avaliado se são significativas. 
 
4.3 Custos da implantação das ações 
 
Após a proposição das ações, foi feito um levantamento das infraestruturas 
necessárias para as soluções propostas e, em seguida, feito o orçamento das 
intervenções com base no SINAPI. 
As principais intervenções propostas que requerem maiores alterações no 
canteiro são: construção das baias para o armazenamento dos resíduos sólidos; 
construção da área para a limpeza dos caminhões; construção de reservatório para 
armazenamento de água de chuva; e reutilização da água da betoneira. Esta última já foi 
realizada na obra, porém caiu em desuso, de forma que não será necessária a instalação 
de equipamentos para viabilizar tal processo, somente a ativação do procedimento. 
As planilhas com os custos de cada intervenção são apresentadas nos 
APÊNDICES J, K e L. 
Observando-se tais APÊNDICES, é possível aferir que o valor total das 
intervenções propostas é de R$ 9.042,23. Porém, apesar da despesa necessária para a 
implantação das estruturas, a economia proporcionada com relação à separação dos 
resíduos e do reuso de águas seria considerável para a obra. 
13 
 
No APÊNDICE M apresenta-se um quadro resumo contendo os temas estudados 
no presente trabalho, considerando a situação diagnosticada e a proposta de ação 
sustentável. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Tendo em vista ser a construção civil e as diversas atividades afins grandes 
causadoras de impactos ambientais, a utilização de medidas de sustentabilidade nos 
canteiros de obra se faz necessária tanto do ponto de vista ecológico bem como de 
marketing junto aos clientes e investidores. 
Assim, no presente trabalho observou-se que no diagnóstico realizado na 
empresa em questão, ocorrem diversos aspectos e impactos ambientais, estando os 
principais relacionados com: a geração de resíduos sólidos, sendo estes de diversas 
classes, que são separados e enviados para aterro de resíduos; consumo de água, em que 
água potável é utilizada para diversos fins, incluindo fins menos nobres; e o consumo de 
energia elétrica, sendo que ações de redução dos custos são feitas de forma pontual e 
descontínua. 
Durante a realização do diagnóstico, percebeu-se que algumas ações de gestão 
ambiental de simples implantação não são realizadas pela empresa, a exemplo da 
maioria das construtoras. Tal situação pode representar a resistência do setor a 
mudanças, tanto por parte da alta administração como dos recursos humanos das 
diversas atividades, que consideram um grande esforço mudar a forma como vêm 
trabalhando. 
As propostas de ações sustentáveis foram feitas de forma a contemplar os 
aspectos ambientais identificados na etapa de diagnóstico, e compreenderam cada item 
ambiental relatado. Concluiu-se que a grande maioria das ações não são geradoras de 
custos diretos, dependendo especialmente de política ambiental e educação e 
treinamento dos colaboradores. Dentre as ações propostas, podem ser citadas: doação de 
material para cooperativas de catadores; adoção de reuso de águas para fins menos 
nobres; e educação ambiental dos colaboradores no sentido de reduzir o desperdício de 
materiais. Em relação às ações geradoras de custos, as despesas para implantação da 
estrutura necessária para realizar tais ações totalizam R$ 9.042,23. 
 Sugere-se para estudos futuros que seja avaliado o retorno do investimento e a 
viabilidade econômica de adoção de tais soluções. 
14 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10151. Acústica – 
Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2000. 
 
______. NBR 13969. Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e 
disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro: 
ABNT, 1997. 
 
______. NBR 7229. Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. 
Rio de Janeiro: ABNT, 1993. 
 
ARAÚJO, V. M. Práticas Recomendadas Para a Gestão Mais Sustentável de 
Canteiro de Obras. Dissertação (Mestrado). Departamento de Engenharia Civil. Escola 
Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2009. 
 
CARNEIRO, Paula de Brito. Sustentabilidade no Canteiro de Obras. VI Congresso 
Nacional de Excelência em Gestão-5,6 e 7 de Agosto,2010. Disponível em: 
<http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg6/anais/T10_0238_1112
.pdf>. Acesso em: ago. 2016. 
 
CARDOSO, R. S. Canteiros Sustentáveis: Uma Análise Qualitativa Dos Impactos 
De Implantação E Operação. Monografia (Graduação). Universidade Federal do 
Ceará. Fortaleza, 2011. 
 
COLMEIA. Institucional: A Colmeia. Disponível em: <http://colmeia.com.br/a-
colmeia/>. Acesso em: ago. 2016. 
 
COLMEIA. Empreendimentos: Terramaris. Disponível em: 
<http://colmeia.com.br/empreendimentos/terramaris/>. Acesso em: ago. 2016. 
 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 307. Brasília, 2002. 
 
______. Resolução nº 01. Brasília, 1986. 
 
 
GEHLEN, Juliana. Construindo a sustentabilidade em canteiros de obras - Um 
Estudo no DF. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo em Construção 
Sustentável) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, 2008. 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO. Norma Regulamentadora nº 18. 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Brasília: 2015. 
 
OLIVEIRA, J. A. C. Proposta de Avaliação e Classificação da Sustentabilidade 
Ambiental de Canteiros de Obras. Metodologia ECO OBRA aplicada no Distrito 
Federal – DF. Tese deDoutorado em Estruturas e Construção Civil. Departamento de 
Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília: 2011. 
 
15 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE NATAL. Lei Complementar nº 082. Dispõe sobre o 
Plano Diretor de Natal e dá outras providências. Natal: 2007. 
 
SILVA, K. C. D.; PORANGABA, A. T. Investigação das ações de sustentabilidade nos 
canteiros de obras de Aracaju/SE. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA 
DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 14., 2012, Juiz de Fora. Anais... Juiz de Fora, 2012. 
 
 
 
 
APÊNDICE A - Implantação do empreendimento 
 
Legenda: 1. Fonte: COLMEIA, 2016 
 
1 1: Alameda de acesso; 2: Porte cochère; 3: Acesso de veículos; 4: Acesso social; 5: Guarita com sala de espera; 6: Caminho das águas; 7: Lounge das águas; 8: Boulevard de Entrada; 9: Praça de chegada; 10: Estar de 
boas-vindas; 11: Praça de convívio; 12: Praça da amizade; 13: Churrasqueira Gourmet; 14: Estar da piscina; 15: Solário; 16: Piscina adulto; 17: Piscina infantil; 18: Solário; 19: Praça do salão de festas; 20: Praça zen; 
21: Gazebo; 22: Redário; 23: Boulevard de acesso; 24: Hall; 25: Espaço mulher; 26: Espaço Zen; 27: Sauna com ducha; 28: Salão de festas; 29: Solário; 30: Piscina adulto; 31: deck molhado; 32, 33 e 34: Bangalôs; 35: 
Bar da piscina; 36: Piscina infantil; 37: Spa; 38: Boulevard; 39: Hall; 40: Espaço teen; 41: Salão de jogos; 42: Fitness; 43: Piscina; 44: Lounge Gourmet; 45: Praça das árvores; 46: Fitness ao ar livre; 47: Praça jovem; 
48: Campo gramado; 49: Playground; 50 e 51: Praça; 52: Playground; 53: Recanto dos esportes; 54: Espiribol; 55: Saco de boxe; 56: Halfpipe; 57: Quadra poliesportiva; 58: Boulevard; 59: Hall; 60: Lounge; 61: Praça; 
62: Salão de festas; 63: Espaço kids; 64: Ateliê de artes; 65: Lounge; 66: Espaço gourmet. 
 
 
APÊNDICE B - Gráfico do indicador geração de resíduos por trabalhador no período de jul/15 a jul/16 da obra 
 
Fonte: Adaptado de COLMEIA, 2016. 
 
 
 
 
APÊNDICE C - Caçambas de resíduos sólidos 
 
Fonte: AUTOR, 2016. 
 
 
 
APÊNDICE D - Detalhe das caçambas com os resíduos 
 
Fonte: AUTOR, 2016. 
 
 
 
 
 
APÊNDICE E - Detalhe das caçambas com os resíduos 
Fonte: AUTOR, 2016. 
 
 
 
 
 
APÊNDICE F - Gráfico do indicador consumo de água por trabalhador no período de jul/15 a jul/16 da obra 
 
Fonte: Adaptado de COLMEIA, 2016. 
 
 
 
APÊNDICE G - Armazenamento de materiais 
Fonte: AUTOR, 2016. 
 
 
 
 
APÊNDICE H - Refeitório e vestiário 
 
 Fonte: AUTOR, 2016. 
 
 
 
APÊNDICE I - Gráfico do indicador consumo de energia por trabalhador no período de jul/15 a jul/16 da obra 
 
Fonte: Adaptado de COLMEIA, 2016. 
 
 
 
APÊNDICE J - Custo de Construção das baias para armazenamento dos resíduos 
ITEM SINAPI DESCRIÇÃO UNID. QNT P. UNITÁRIO 
(R$) 
P. TOTAL 
(R$) 
73907/003 
LASTRO DE CONCRETO NAO-
ESTRUTURAL, E=5CM, PREPARO 
COM BETONEIRA 
M² 14,98 23,05 345,29 
73935/002 
ALVENARIA EM TIJOLO 
CERÂMICO FURADO 9X19X19CM, 
1 VEZ (ESPESSURA 19 CM) 
M² 42,88 51,67 2.215,61 
TOTAL (R$) 2.560,90 
Fonte: Adaptado de SINAPI, 2016. 
 
 
 
APÊNDICE K - Custo de Construção da área para limpeza dos caminhões 
ITEM SINAPI DESCRIÇÃO UNID. QNT P. UNITÁRIO 
(R$) 
P. TOTAL 
(R$) 
73907/003 
LASTRO DE CONCRETO NAO-
ESTRUTURAL, E=5CM, PREPARO 
COM BETONEIRA 
M² 61,17 23,05 1.409,97 
 
ALVENARIA EM TIJOLO 
CERÂMICO MACIÇO 5X10X20CM 1 
VEZ (ESPESSURA 20 CM) 
M² 3 86,56 259,68 
TOTAL (R$) 1.669,65 
Fonte: Adaptado de SINAPI, 2016. 
 
 
 
APÊNDICE L - Custo de construção de reservatório para aproveitamento de águas pluviais 
ITEM SINAPI DESCRIÇÃO UNID. QNT P. UNITÁRIO 
(R$) 
P. TOTAL 
(R$) 
73907/003 
LASTRO DE CONCRETO NAO-
ESTRUTURAL, E=5CM, PREPARO 
COM BETONEIRA 
M2 69,1 23,05 1.592,76 
88503 
CAIXA D'ÁGUA EM POLIETILENO, 
1000 L, COM ACESSÓRIOS 
UNID. 5 594,48 2.972,40 
94649 
TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32 MM, 
INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE 
ÁGUA DE EDIFICAÇÃO 
M 15 8,73 130,95 
73797/001 
REGISTRO DE GAVETA COM 
CANOPLA ф 32 MM (1.1/4") 
UNID. 1 115,58 115,58 
TOTAL (R$) 4.811,69 
Fonte: Adaptado de SINAPI, 2016. 
 
 
 
APÊNDICE M - Resumo do diagnóstico e ações propostas para adequação do canteiro 
Tema 
Ambiental 
Diagnóstico Proposta Custo 
(R$) 
R
es
íd
uo
s S
ól
id
os
 Geração de 65 m³ de resíduos 
Armazenamento em 
caçambas estacionárias 
Coleta por empresa 
terceirizada e envio para 
usina de reciclagem 
Utilização de baias para segregação dos 
resíduos * 
Reaproveitamento dos resíduos classe 
A** 
Doação dos resíduos classe B a 
cooperativas de catadores de materiais ** 
Encaminhamento de resíduos classe D 
para empresas de reciclagem ** 
Educação ambiental ** 
2.560,90 
So
lo
 
Movimentos de terra feitos 
sem monitoramento dos 
volumes de solo 
Material removido destinado 
sob responsabilidade de 
empresa terceirizada 
- - 
Á
gu
a 
Abastecimento realizado pela 
CAERN 
Utilização de água potável 
para fins pouco nobres 
Não ocorre reuso de água 
Reutilização de água de lavagem da 
betoneira e de equipamentos para fins 
menos nobres * 
Captação de água de chuva para fins 
menos nobres * 
Educação ambiental ** 
1.669,65 
 
4.811,69 
A
rm
az
en
am
en
to
 
de
 m
at
er
ia
is Realizado com uso de baias 
ou 
Armazenamento em subsolo 
Armazenamento de materiais perigosos 
deve ser feito conforme NR 18 ** - 
R
uí
do
s e
 
vi
br
aç
õe
s 
Não há monitoramento de 
ruídos dentro da obra 
Monitoramento dos ruídos e vibrações ** 
Realização de manutenções preventivas e 
corretivas ** 
- 
En
er
gi
a 
el
ét
ric
a 
Energia elétrica fornecida 
pela COSERN 
Existência de iluminação e 
ventilação natural 
Ações realizadas de forma 
pontual 
Monitoramento mensal do consumo ** 
Educação ambiental ** 
- 
Em
iss
õe
s 
at
m
os
fé
ric
as
 
Não existe monitoramento de 
emissão de fumaça dos 
caminhões e veículos no 
canteiro 
Monitoramento das emissões ** - 
* Item gerador de custo conforme apresentado na coluna seguinte. 
** Item considerado como não gerador de custos 
Fonte: AUTOR,2016.

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