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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA _ VARA CÍVEL DE FORTALEZA, ESTADO DO CEARÁ.
JUNIA SANTOS, maior, casada, administradora, Cédula de Identidade..., nº....expedida pela..., e CPF nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliada em Fortaleza/CE na Rua..., nº...,Bairro...,neste ato representada por seu(sua) advogado(a), conforme procuração juntada em anexo, com escritório profissional na Rua..., n°..., Bairro..., Cidade de Fortaleza/CE, onde recebe notificações e intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no Art 319, CPC, apresentar:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PEDIDO DE CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Em face de ÁPICE ENGENHARIA LTDA, CNPJ nº___, com sede na Rua ____, n°____, Bairro___, em Fortaleza/CE
I – Dos Fatos:
A autora adquiriu um apartamento e uma vaga de garagem da empresa Ápice Engenharia Ltda. As partes assinaram uma escritura pública de compra e venda em 20 de dezembro de 2013, mas as obras do edifício só seriam concluídas em maio de 2014. Ao receber o apartamento, a autora notou que o acabamento interno neste inserido estava diferente do que constou no panfleto de propaganda divulgado pela ré à época em que adquiriu o imóvel.  Além disso, a vaga de garagem ao lado da adquirida pela autora foi vendida pela ré a uma pessoa que não tinha nenhuma outra unidade no prédio, embora a Convenção de Condomínio entregue à autora não contenha nenhuma previsão expressa autorizando a prática desse ato.
III – Do Direito.
A Ápice Engenharia Ltda, com sede na mesma cidade, foi a construtora e também incorporadora do empreendimento.
Incorporação imobiliárias: - Art. 29 da Lei 4591/1964; Considera-se incorporador a pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que embora não efetuando a construção, compromisse ou efetive a venda de frações ideais de terreno objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas, (VETADO) em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominial, ou que meramente aceite propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega, a certo prazo, preço e determinadas condições, das obras concluídas.
Ao receber o apartamento, Júnia notou que o acabamento interno neste inserido estava diferente do que constava no panfleto de propaganda divulgada pela construtora à época em que adquiriu o imóvel.
Relações de consumo - Art. 30 do CDC: Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Exa. a ré, REALIZOU PROPAGANDA ENGANOSA no objetivo de iludir futuros compradores a adquirirem apartamentos em um condomínio que possuí uma alta qualidade de material de acabamento, a diferença é nítida do acabamento utilizado, para o apresentado.
Art. 37§ 1º CDC; É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
A conduta da ré é reprovável não apenas pela falsa venda de um bem ao qual prometeu-se um apartamento com alta qualidade no acabamento, sendo avaliado a diferença equivalente a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), mas principalmente pelo prejuízo material que suporta o autor que recebeu bem diverso do que comprou.
Das obrigações de fazer - Art. 247 CC: Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Além disso, a vaga de garagem ao lado da adquirida pela autora foi vendida pela construtora a uma pessoa que não tinha nenhuma outra unidade no prédio, embora a Convenção de condomínio entregue a autora não tenha nenhuma previsão expressa autorizando a pratica deste ato.
Institui o Código Civil. 
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos. 
§ 1o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. (Redação dada pela Lei nº 12.607, de 2012)
Portanto Exa. Não resta dúvida que a presente medida é o meio hábil para resguardar os interesses legítimos da autora, uma vez que a ré descumpriu com pactuado, tendo realizado propaganda enganosa do bem vendido a autora, uma vez que não possuí o acabamento e muito menos a vaga da garagem, prometidas, sendo certo que esta suporta o prejuízo econômico em virtude do bem não possuir o prometido a autora.
Institui o Código Civil. 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
III – Do Pedido 
A) Citação do requerido para contestar a ação no prazo de 15 dias
 B) Procedência do pedido para o pagamento de indenização pela entrega de acabamento interno do apartamento 201 diferente dos moldes previstos no panfleto de divulgação do empreendimento, no valor de R$ 50.000,00, e responsabilização da construtora pela venda de uma unidade do prédio a terceiro não condômino, requerendo o desfazimento do negócio.
 
C)  Prova do alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente:
 
I) Uma cópia da matrícula do apartamento 201 e da vaga de garagem; 
II) O panfleto de propaganda em que constava o acabamento interno divulgado pela Ápice Engenharia Ltda. Na propaganda do edifício; 
III) Uma cópia da convenção de condomínio do Edifício Belo Lar, além de outras que se fizerem necessárias.
Nesses termos, pede deferimento.
Local e data.
Advogada OAB/__

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