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Caso Concreto 4 - Direito Civil 2 (2019)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL 2
ALUNO: RUDOLF MATEUS DE JESUS SPECHT
CASO CONCRETO 4
Ana firmou com Pedro a obrigação de entregar 3 sacas de café Conilon, que estavam armazenadas em seu galpão ao final do mês de abril. Para tanto, Pedro adiantou a quantia de 10 mil reais. Ocorre que antes do termo fixado, uma chuva torrencial destruiu o galpão com as sacas destinadas ao credor. Nesse caso, como Pedro poderá reaver o prejuízo sofrido?
 Ana (devedora) não teve culpa pela perda coisa, visto que o que destruiu/pereceu a coisa foi à chuva torrencial. Tal fato é importante porque a obrigação em tela é uma obrigação de entregar, advinda da obrigação de dar coisa certa.
 O princípio res perit domino diz que a coisa perece para o dono, ou seja, na obrigação de entregar, que havendo perecimento da coisa, sem culpa, continua sendo o devedor responsável, sendo Ana, visto que Ana ainda é proprietária da coisa porque ainda não houve a tradição.
 O artigo 234 do Código Civil em sua primeira parte diz:
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. (Grifo nosso)
 Traduzindo, a primeira parte do artigo 234 que está grifada diz que o devedor que não tiver culpa pela coisa que se perdeu antes da tradição deverá apenas restituir o credor se o credor já tiver pagado pela coisa, como ocorreu com Pedro e Ana, cabendo Ana restituir Pedro apenas pelos valores pagos. 
Não cabendo pagamento por perdas e danos, visto que não houve culpa do devedor.

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