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15 Sistema de Ensino Presencial Conectado BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO ALAFI ROBERTO MÔNICO ANA PAULA GHISOLFI MOREIRA LORENA SIMONELLI DE OLIVEIRA LUANA MERLO COELHO MAURÍCIO GONRING STANLEY GUAITOLINI AMBEV Colatina 2016 ALAFI ROBERTO MÔNICO ANA PAULA GHISOLFI MOREIRA LORENA SIMONELLI DE OLIVEIRA LUANA MERLO COELHO MAURÍCIO GONRING STANLEY GUAITOLINI AMBEV Trabalho de Administraçãoapresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Matemática Comercial e Financeira, Planejamento Tributário, Contabilidade aplicada à Administração e Seminário Interdisciplinar V. Orientadores: Prof. Paula Cristina de Oliveira Klefens, Regiane Alice Brignoli, Régis Garcia, Alessandra Petrechi, Fernando Henrique Cardoso, Wellington Bueno, Marco Antônio Sena e Emília Yoko Okayama. Colatina 2016 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA AMBEV 4 2 CONTABILIDADE APLICADA À ADMINISTRAÇÃO 6 2.1 POR QUE A AMBEV ESTÁ OBRIGADA A PUBLICAR SEUS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS? .......................................................................6 2.2 QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE BALANÇO PATRIMONIAS E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO? ......................................................................6 2.3 ANÁLISES VERTICAL E HORIZONTAL ..............................................................9 3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ...........................................................................11 4 MATEMÁTICA FINANCEIRA ................................................................................12 CONCLUSÃO 14 REFERÊNCIAS 15 INTRODUÇÃO Neste trabalho iremos descrever sobre a empresa AMBEV, bem como fazer breves análises sobre suas demonstrações financeiras e contábeis. A informação é uma poderosa ferramenta de gestão à disposição da organização, podendo-se, a partir dela, traçar um planejamento estratégico adequado. Com isso, os administradores e gestores necessitam investir e promover o desenvolvimento dos sistemas de informação, para que estes sejam utilizados nos processos decisórios de uma organização, formando, assim, base de dados capaz de gerar estratégias diferenciadas para enfrentar seus concorrentes, fornecer informações oportunas e precisas para facilitar os controles de custos, para medir e melhorar a produtividade e para a descoberta de melhores processos de gestão. O papel das Demonstrações Financeiras e Contábeis e o entendimento das leis no dia a dia das empresas são tão importantes, principalmente nas de grande porte, como a AMBEV S/A. São através destes demonstrativos que serão analisados os resultados com maior transparência e eficiência por seus operadores, proporcionando assim, melhor controle para suas negociações futuras, e as suas decisões serão tomadas com mais segurança e eficiência. Em busca de um diferencial competitivo é crescente o número de organizações que vêm investindo em meios que ofereçam informações estratégicas a fim de possibilitar aos gestores, tomadas de decisões mais seguras e de forma proativa. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA AMBEV BALANÇO PATRIMONIAL 2014 2013 2012 ATIVO TOTAL 72.143.203 68.674.019 61.832.875 ATIVO CIRCULANTE 20.728.421 20.470.013 16.305.865 Disponibilidades 9.722.067 11.285.833 8.974.320 Aplicações Financeiras 712.958 288.604 476.607 Valores a Receber 3.028.854 3.613.506 2.935.692 Estoques 3.411.284 2.795.490 2.466.341 Outros Ativos Circulantes 3.853.258 2.486.580 1.452.905 ATIVO NÃO CIRCULANTE 51.414.782 48.204.006 45.527.010 Ativo Realizável a Longo Prazo 4.376.472 4.005.113 3.570.368 Ativo Permanente 47.038.310 44.198.893 41.956.642 Investimentos 40.448 26.452 24.012 Imobilizado 15.740.058 13.937.759 12.351.284 Intangível 31.257.804 30.234.682 29.581.346 2014 2013 2012 PASSIVO TOTAL E PATR. LÍQUIDO 72.143.203 68.674.019 61.832.875 PASSIVO CIRCULANTE 21.824.783 17.180.582 15.527.240 Obrigações Sociais e Trabalhistas 598.360 722.090 566.084 Fornecedores 8.708.739 7.925.421 6.560.687 Obrigações Fiscais 3.543.689 3.122.569 3.074.425 Empréstimos e Financiamentos 988.056 1.040.603 837.772 Outros Passivos de Curto Prazo 7.846.705 4.224.941 4.350.820 Provisões 139.234 144.958 137.452 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 6.673.751 7.496.039 9.036.637 Passivo Exigível a Longo Prazo 6.673.751 7.496.039 9.036.637 Empréstimos e Financiamentos 1.634.567 1.853.452 2.305.957 Tributos Diferidos 1.737.631 2.095.686 1.367.708 Provisões de Longo Prazo 543.220 431.693 518.076 Outros Passivos de Longo Prazo 2.758.333 3.115.208 4.844.896 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43.644.669 43.997.398 37.268.998 Capital Social 57.582.349 57.000.790 249.061 Reservas de Capital 55.023.269 55.362.431 0 Reservas de Lucro 4.883.945 5.857.853 51.649 Ajustes de Avaliação Patrimonial -75.267.969 -75.382.296 24.905.890 Particip. de acionista não controlador 1.423.075 1.158.620 12.062.398 Demonstração do Resul. do Exercício 2014 2013 2012 (=) RECEITA DE VENDAS 38.079.786 34.791.391 32.231.027 (-) Custo dos bens e serv. vendidos (12.814.588) (11.397.801) (10.459.786) (=) RESULTADO BRUTO 25.265.198 23.393.590 21.771.241 (-) Despesas Operacionais (9.421.217) (8.018.480) (8.140.921) Despesas Com Vendas (9.158.701) (8.025.779) (7.350.920) Despesas Gerais e Administrativas (1.820.046) (1.736.457) (1.603.549) Outras Receitas Operacionais 1.837.393 1.993.003 969.777 Outras Despesas Operacionais (297.241) (260.666) (156.710) Res. da Equivalência Patrimonial 17.378 11.419 481 (=) RES.ANTES DOS JUROS NÃO OP. 15.843.981 15.375.110 13.630.320 (+) Receitas Financeiras 1.173.223 932.492 666.763 (-) Despesas Financeiras (2.648.627) (2.495.918) (1.556.440) (=) RESULTADO ANTES IR/CSSL 14.368.577 13.811.684 12.740.643 (-) Provisão para IR e CSLL (2.006.558) (2.457.614) (2.320.065) (=) RES.LÍQ. OPER.CONTINUADAS 12.362.019 11.354.070 10.420.578 (=) RESULTADO LÍQUIDO EXERCÍCIO 12.362.019 11.354.070 10.420.578 CONTABILIDADE APLICADA À ADMINISTRAÇÃO POR QUE A AMBEV ESTÁ OBRIGADA A PUBLICAR SEUS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS? Através da fusão entre asCompanhias Cervejaria Brahma e a Antarctica Paulista Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos, surgiu a Companhia de Bebidas das Américas - Ambev, quese tornoua maior cervejaria da América Latina em termos de volume de vendas e uma das maiores fabricantes de cerveja do mundo, de acordo com estimativas da Companhia. A Ambev é uma sociedade anônima brasileira, de capital aberto, constituída segundo as leis da República Federativa do Brasil. Diante deste fato, em obediência a Lei 6.404/76 as S/A’s de capital aberto são obrigadas a publicar seus demonstrativos financeiros no órgão oficial do Estado, ou seja, obrigatoriamente no Diário Oficial do Estado de São Paulo, não se admitindo Diário Oficial da União, eem outro jornal de grande circulação editado na localidade em que está situada a sede da companhia. A lei diz ainda que, todas as empresas que possuam um ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, estão sujeitas às disposições da referida lei e, portanto, devem publicar suas demonstraçõesfinanceiras. Através das demonstrações da AMBEV expostas no início deste, podemos observar que a empresa se enquadra nestes dois quesitos. A questão da obrigatoriedade de publicação das demonstrações financeiras pelas sociedades de grande porte continua polêmica, com argumentos contra e a favor ao entendimento de tal exigência, porém devemos enfatizar que tal imposição sempre vai constituir uma condição de eficácia e veracidade das demonstrações contábeis, atendendo amplamente os preceitos legais. quais as diferenças entre balanço patrimonial e demonstração do resultado? As demonstrações contábeis são relatórios extraídos da contabilidade após o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer entidade em um determinado período.Essas demonstrações servirão para expressar a situação patrimonial da empresa,auxiliando assim os diversos usuários no processo de tomada de decisão. Deverão obedecer aos critérios e formas expostos na Lei 6404/76, onde estão estabelecidas quais as demonstrações que deverão ser elaboradas pelas empresas, sejam de capital aberto ou não. O Balanço Patrimonial e a Demonstração Resultado do Exercício fazem parte de um conjunto de relatórios que compõem as demonstrações contábeis de uma entidade, e são exigidas pela atual legislação societária brasileira. Tais Demonstrativos Contábeis tem como finalidade prover informações de forma clara e objetiva, que será útil a todos os usuários. O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação financeira e patrimonial de uma entidade numa determinada data. Ele apresenta bens e direitos (Ativo),as obrigações (Passivo) e o Patrimônio Líquido. É o principal demonstrativo contábil, é uma apresentação, sintética e ordenada, do saldo monetário de todos os valores integrantes do patrimônio de uma empresa, em uma determinada data. Já a Demonstração do Resultado do Exercício, destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência, a DR, antes chamada de DRE, oferece uma síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais, que podem ser utilizadas como indicadores de auxílio a decisões financeiras. As demonstrações contábeis têm como As informações por elas prestadas proporcionam elementos que dão aos administradores a capacidade de planeamento e controle das atividades e gestão do património da empresa, pois têm o objetivo fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de utilizadores nas suas avaliações e tomadas de decisão económica. BALANÇO PATRIMONIAL 2014 A H % AV % 2013 A H % A V % 2012 A H % AV % ATIVO TOTAL 72.143.203 100 100 68.674.019 95 100 61.832.875 86 100 ATIVO CIRCULANTE 20.728.421 100 29 20.470.013 99 30 16.305.865 79 26 Disponibilidades 9.722.067 100 14 11.285.833 116 16 8.974.320 92 15 Aplicações Financeiras 712.958 100 1 288.604 40 0 476.607 67 1 Valores a Receber 3.028.854 100 4 3.613.506 119 6 2.935.692 97 4 Estoques 3.411.284 100 5 2.795.490 82 4 2.466.341 72 4 Outros Ativos Circulantes 3.853.258 100 5 2.486.580 65 4 1.452.905 38 2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 51.414.782 100 71 48.204.006 94 70 45.527.010 89 74 Ativo Realiz. a Longo Prazo 4.376.472 100 6 4.005.113 92 6 3.570.368 82 6 Ativo Permanente 47.038.310 100 65 44.198.893 94 64 41.956.642 89 68 Investimentos 40.448 100 0 26.452 65 0 24.012 59 0 Imobilizado 15.740.058 100 22 13.937.759 89 20 12.351.284 78 20 Intangível 31.257.804 100 43 30.234.682 97 44 29.581.346 95 48 2014 A H % AV % 2013 A H % A V % 2012 A H % AV % PASSIVO TOTAL E PATR. LÍQUIDO 72.143.203 100 100 68.674.019 95 100 61.832.875 86 100 PASSIVO CIRCULANTE 21.824.783 100 30 17.180.582 79 25 15.527.240 71 25 Obrigações Sociais e Trabalhistas 598.360 100 1 722.090 121 1 566.084 95 1 Fornecedores 8.708.739 100 12 7.925.421 91 11 6.560.687 75 11 Obrigações Fiscais 3.543.689 100 5 3.122.569 88 5 3.074.425 87 5 Empréstimos e Financiamentos 988.056 100 1 1.040.603 105 2 837.772 85 1 Outros Passivos de Curto Prazo 7.846.705 100 11 4.224.941 54 6 4.350.820 55 7 Provisões 139.234 100 0 144.958 104 0 137.452 99 0 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 6.673.751 100 9 7.496.039 112 11 9.036.637 135 15 Passivo Exigível a Longo Prazo 6.673.751 100 9 7.496.039 112 11 9.036.637 135 15 Empréstimos e Financiamentos 1.634.567 100 2 1.853.452 113 3 2.305.957 141 4 Tributos Diferidos 1.737.631 100 2 2.095.686 121 3 1.367.708 79 2 Provisões de Longo Prazo 543.220 100 1 431.693 79 1 518.076 95 1 Outros Passivos de Longo Prazo 2.758.333 100 4 3.115.208 113 4 4.844.896 176 8 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43.644.669 100 61 43.997.398 101 64 37.268.998 85 60 Capital Social 57.582.349 100 80 57.000.790 99 83 249.061 0 0 Reservas de Capital 55.023.269 100 76 55.362.431 101 81 0 0 0 Reservas de Lucro 4.883.945 100 7 5.857.853 120 8 51.649 1 0 Ajustes de Avaliação Patrimonial -75.267.969 100 -104 -75.382.296 100 -110 24.905.890 -33 40 Part de acionista não controlador 1.423.075 100 2 1.158.620 81 2 12.062.398 848 20 Demonstração do Resul. do Exercício 2014 A H % AV % 2013 A H % AV % 2012 A H % AV % (=) RECEITA DE VENDAS 38.079.786 100 100 34.791.391 91 100 32.231.027 85 100 (-) Custo dos bens e serv. vendidos -12.814.588 100 -34 -11.397.801 89 -33 -10.459.786 82 -32 (=) RESULTADO BRUTO 25.265.198 100 66 23.393.590 93 67 21.771.241 86 68 (-) Despesas Operacionais -9.421.217 100 -25 -8.018.480 85 -23 -8.140.921 86 -26 Despesas Com Vendas -9.158.701 100 -24 -8.025.779 88 -23 -7.350.920 80 -23 Desp. Gerais e Administrativas -1.820.046 100 -5 -1.736.457 95 -5 -1.603.549 88 -5 Outras Receitas Operacionais 1.837.393 100 5 1.993.003 108 6 969.777 53 3 Outras Despesas Operacionais -297.241 100 -1 -260.666 88 -1 -156.710 53 1 Res. da Equiv. Patrimonial 17.378 100 0 11.419 66 0 481 3 0 (=) RES.ANTES DOS JUROS NÃO OP. 15.843.981 100 41 15.375.110 97 44 13.630.320 86 42 (+) Receitas Financeiras 1.173.223 100 3 932.492 79 3 666.763 57 2 (-) Despesas Financeiras -2.648.627 100 -7 -2.495.918 94 -7 -1.556.440 59 -5 (=) RESULTADO ANTES IR/CSSL 14.368.577 100 37 13.811.684 96 40 12.740.643 89 39 (-) Provisão para IR e CSLL -2.006.558 100 -5 -2.457.614 122 -7 -2.320.065 116 -7 (=) RES.LÍQ. OPER.CONTINUADAS 12.362.019 100 32 11.354.070 92 33 10.420.578 84 32 (=) RESULTADO LÍQ, EXERCÍCIO 12.362.019 100 32 11.354.070 92 33 10.420.578 84 32 2.3 ANÁLISES VERTICAL E HORIZONTAL As análises horizontal e vertical leem um conjunto de demonstraçõesfinanceiras ao longo de diversos períodos, meses ou anos, e a partir dessa leitura, tiram conclusões quanto à evolução da situação patrimonial da empresa (quando se analisa o balanço) ou do seu desempenho (quando se analisa a demonstração de resultados). São técnicas de análise financeira que segue uma leitura idêntica à dos olhos quando leem da esquerda para a direita ou de cima para baixo. A análise vertical vai analisar as demonstrações financeiras em proporção de uma determinada grandeza. No caso da análise do balanço, vai exprimir todos os itens em função do total do ativo em percentagem. No caso da análise da demonstração de resultados, irá apresentar as suas diversas rubricas em função das vendas, também em percentagem. Ao elaborarmos a análise vertical, observamos que o ativo circulante representa em média 30%, de todos os recursos à disposição da empresa. Dentro do ativo circulante, as disponibilidades é a conta mais relevante, chegando a representar 16% do ativo total em 2013. Em seguida as mais expressivas são valores a receber, estoques e outros ativos circulantes, quase que como os mesmos índices, sempre expressivos e de grande relevância. No ativo não circulante, a maior representação é dos intangíveis, representadas por marcas e patentes. Referente ao passivo, a maior parte é composta por capital próprio. Observa-se que a conta de reservas de lucros, que é a retenção de lucros, obteve um grande aumento de 2012 para 2013. Com relação ao capital de terceiros, este está alocado na sua maioria em contas de empréstimos e financiamentos. Já na DRE os custos representam em média 30% das receitas líquida e as despesas mais expressivas foram as com vendas, um gasto importante para a empresa. Na análise horizontal da DRE as receitas aumentaram no decorrer dos anos. Consequentemente os custos também aumentaram, mas em proporção menor do que as receitas. O mesmo ocorreu com todas as despesas, inclusive com as despesas financeiras que apresentou um crescimento significativo. O lucro líquido aumentou a cada ano. Os índices mais significativos são referentes ao aumento do faturamento, em concordância com uma evolução menor de custos e despesas, fazendo com que o lucro líquido aumentasse a cada ano. Verificamos que a situação da AMBEV é estável e com perspectivas de melhoras, embora seja preciso tomar cuidado com o aumento dos empréstimos e financiamentos e, consequentemente, com as despesas financeiras, tendo em vista a instabilidade econômica do país. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO É sabido que o nível de tributação sobre as empresas e pessoas físicas no Brasil é absurdo, chegando a inviabilizar certos negócios. Empresas quebram com elevadas dívidas fiscais, e nem as contínuas “renegociações”, como REFIS, PAES e PAEX, trouxeram alguma tranquilidade ao contribuinte. O Planejamento Tributário, muitas vezes negligenciado ou até mesmo desconhecido por muitas empresas, pode ser uma fonte imensa de oportunidades para sua empresa reduzir custos e melhorar seus resultados. Mas o que é Planejamento Tributário? Definimos como sendo a forma lícita, ou seja, que se encontra em conformidade com a lei, de reduzir a carga fiscal imposta à pessoa jurídica. Através dele, o contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, principalmente dos impostos. Ao analisarmos mais profundamente a Lei das S/A’s,observamos que é dever legal do administrador zelar pela situação financeira da empresa. Nesse sentido, conhecer também a legislação e trabalhar o planejamento tributário da companhia é um dos diferenciais que podem resultar em um orçamento empresarial eficaz. Planejar é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina, para que possa nesse caso dar melhores resultados para a empresa. 3 MATEMÁTICA FINANCEIRA Considerando os valores a receber no Ativo Circulante e os empréstimos e financiamentos no Passivo Circulante no ano de 2014, qual seria a taxa de juros compostos mais adequada para que a empresa tenha um acréscimo de 5% no valor das suas disponibilidades no Ativo Circulante em um período de 12 meses? M = C x (1+I)n, onde: M=10.208.170,35 (9.722.067 + 5%) C=9.722.067 I=? N=12 10.208.170,35 = 9722.067 (1+I)12 I = 0,41% Se o empréstimo e financiamento no Passivo Circulante de 2013 tivessem que ser pagos em 5 parcelas iguais e mensais: Qual tipo de amortização seria a mais adequada? SAC – Sistema de Amortização Constante, que geralmente é a mais utilizada. Os juros e o capital são calculados uma única vez e divididos em várias parcelas durante o período Qual seria o valor das parcelas considerando uma taxa de 1,7% a.m.? M = C x (1 + i)t = 1.040.603 (1 + 0,017)5 M = 1.040.603 (1,0879395) = 1.132.113,10 / 5 = 226.422,62 Imagine que o valor a receber no Ativo Circulante de 2012 não ocorreu até dezembro de 2012, então é feito um novo planejamento para que esse valor seja pago à empresa em junho de 2013. Qual o novo valor a receber pela empresa considerando uma taxa de juros compostos de 2% a.m.? M = C x (1 + i)t M = 2.935.692 (1 + 0,02)6 M = 2.935.692 (1,1261623) = 3.306.065,60 Para o empréstimo no Passivo Exigível a Longo Prazo não Circulante em 2013, qual forma de pagamento abaixo é mais interessante para a AMBEV, por quê? Juros Simples: I = 0,65% a.m. N = 8 m. J = C x 0,0065 x 8 = 0,052C Juros compostos I = 0,75% N = 5 m. M = C x (1 + i)t = C (1,0075)5 = 1, 038C = 0,038c A forma mais interessante para a AMBEV é a dos juros compostos em 5 meses. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo do período seguinte, gerando o que chamamos de capitalização. CONCLUSÃO Através deste trabalho aprendemos como a contabilidade, através das suas demonstrações financeira e contábil, auxilia seus profissionaisna análise dos custos, despesas, contas a pagar, a receber, adesão a empréstimos e financiamentos. No caso de uma empresa como a AMBEV, que é o nosso caso estudado, tais demonstrações são fundamentais tanto para uma ampla análise dos valores, como em cumprimento às exigências imposta pela Lei das S/A’s. Também observamos que através da contabilidade, o profissional pode analisar se a empresa precisa ou não rever sua carga tributária. Para isso ele deverá elaborar um Planejamento Tributário, que não é exclusividade das grandes empresas. Desde um pequeno estabelecimento até uma empresa de grande porte com unidades por todo o Brasil, podem realizar esse tipo de análise e gestão dos tributos. O que muda, apenas é a forma como esse planejamento será aplicado. Em empresas maiores, por exemplo, deverão ser levados em conta os impactos em todos os processos da operação, como a estrutura gerencial, contábil e financeira. Ao final, cabe ao responsável pela tomada de decisão da empresa entender as limitações previstas em lei e planejar a sua estratégia de atuação. REFERÊNCIAS MONEZI, Mariangela. As normas para publicações legais das Sociedades Anônimas. Publicado em 06 Fev. 2004. Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2004-fev-06/normas_publicacoes_legais_sociedades_anon imas. MUNIZ, Humberto. Planejamento tributário como ferramenta para redução de impostos. Publicado em 15 Mar. 2012. Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://www.contabeis.com.br/artigos/708/planejamento-tribuitario-como-ferramenta-para-reducao-de-impostos/. SOARES, Dagmar da Cruz. VIEIRA, Sérgio Alves. FARIA, Simone de Melo. FREIRE, Valdirene Martins. Balanço patrimonial, DRE e DFC: Demonstrações Obrigatórias e a Utilização Administrativa.2007. Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://sinescontabil.com.br/monografias/trab_profissionais/sergio_1. pdf SILVA, Maria Lucia de Almeida Prado. Obrigatoriedadede publicação das demonstrações financeiras pelas empresas. Publicado 23 Mar. 2016. Acesso em 15 Abr. 2016. Disponível em: http://www.azevedosette.com.br/pt/noticias/ publicacao_de_demonstracoes_financeiras_pelas_sociedades_de_grande_porte/1395 TOBIAS, Afonso Celso B. Como elaborar e interpretar uma análise vertical e horizontal das demonstrações financeiras. Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://www.cavalcanteassociados.com.br/utd/UpToDate294.pdf UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2. ZANLUCA, Julio César. Planejamento tributário: pague menos, dentro da lei!Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br /tematicas/demonstracoescontabeis.htm
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