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Análise Financeira da AMBEV

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15
Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
ALAFI ROBERTO MÔNICO
ANA PAULA GHISOLFI MOREIRA
LORENA SIMONELLI DE OLIVEIRA
LUANA MERLO COELHO
MAURÍCIO GONRING
STANLEY GUAITOLINI
AMBEV 
Colatina
2016
ALAFI ROBERTO MÔNICO
ANA PAULA GHISOLFI MOREIRA
LORENA SIMONELLI DE OLIVEIRA
LUANA MERLO COELHO
MAURÍCIO GONRING
STANLEY GUAITOLINI
AMBEV 
Trabalho de Administraçãoapresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Matemática Comercial e Financeira, Planejamento Tributário, Contabilidade aplicada à Administração e Seminário Interdisciplinar V.
Orientadores: Prof. Paula Cristina de Oliveira Klefens, Regiane Alice Brignoli, Régis Garcia, Alessandra Petrechi, Fernando Henrique Cardoso, Wellington Bueno, Marco Antônio Sena e Emília Yoko Okayama.
Colatina
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA AMBEV 	4
2 CONTABILIDADE APLICADA À ADMINISTRAÇÃO	6
2.1 POR QUE A AMBEV ESTÁ OBRIGADA A PUBLICAR SEUS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS? .......................................................................6
2.2 QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE BALANÇO PATRIMONIAS E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO? ......................................................................6
2.3 ANÁLISES VERTICAL E HORIZONTAL ..............................................................9
3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ...........................................................................11
4 MATEMÁTICA FINANCEIRA ................................................................................12
CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	15
INTRODUÇÃO
Neste trabalho iremos descrever sobre a empresa AMBEV, bem como fazer breves análises sobre suas demonstrações financeiras e contábeis. 
A informação é uma poderosa ferramenta de gestão à disposição da organização, podendo-se, a partir dela, traçar um planejamento estratégico adequado. Com isso, os administradores e gestores necessitam investir e promover o desenvolvimento dos sistemas de informação, para que estes sejam utilizados nos processos decisórios de uma organização, formando, assim, base de dados capaz de gerar estratégias diferenciadas para enfrentar seus concorrentes, fornecer informações oportunas e precisas para facilitar os controles de custos, para medir e melhorar a produtividade e para a descoberta de melhores processos de gestão.
O papel das Demonstrações Financeiras e Contábeis e o entendimento das leis no dia a dia das empresas são tão importantes, principalmente nas de grande porte, como a AMBEV S/A. São através destes demonstrativos que serão analisados os resultados com maior transparência e eficiência por seus operadores, proporcionando assim, melhor controle para suas negociações futuras, e as suas decisões serão tomadas com mais segurança e eficiência. 
Em busca de um diferencial competitivo é crescente o número de organizações que vêm investindo em meios que ofereçam informações estratégicas a fim de possibilitar aos gestores, tomadas de decisões mais seguras e de forma proativa. 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA AMBEV 
	BALANÇO PATRIMONIAL
	2014
	2013
	2012
	ATIVO TOTAL
	72.143.203
	68.674.019
	61.832.875
	 ATIVO CIRCULANTE
	20.728.421
	20.470.013
	16.305.865
	 Disponibilidades
	9.722.067
	11.285.833
	8.974.320
	 Aplicações Financeiras
	712.958
	288.604
	476.607
	 Valores a Receber
	3.028.854
	3.613.506
	2.935.692
	 Estoques
	3.411.284
	2.795.490
	2.466.341
	 Outros Ativos Circulantes
	3.853.258
	2.486.580
	1.452.905
	 ATIVO NÃO CIRCULANTE
	51.414.782
	48.204.006
	45.527.010
	 Ativo Realizável a Longo Prazo
	4.376.472
	4.005.113
	3.570.368
	 Ativo Permanente
	47.038.310
	44.198.893
	41.956.642
	 Investimentos
	40.448
	26.452
	24.012
	 Imobilizado
	15.740.058
	13.937.759
	12.351.284
	 Intangível
	31.257.804
	30.234.682
	29.581.346
	
	2014
	2013
	2012
	PASSIVO TOTAL E PATR. LÍQUIDO
	72.143.203
	68.674.019
	61.832.875
	 PASSIVO CIRCULANTE
	21.824.783
	17.180.582
	15.527.240
	 Obrigações Sociais e Trabalhistas
	598.360
	722.090
	566.084
	 Fornecedores
	8.708.739
	7.925.421
	6.560.687
	 Obrigações Fiscais
	3.543.689
	3.122.569
	3.074.425
	 Empréstimos e Financiamentos
	988.056
	1.040.603
	837.772
	 Outros Passivos de Curto Prazo
	7.846.705
	4.224.941
	4.350.820
	 Provisões 
	139.234
	144.958
	137.452
	 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	6.673.751
	7.496.039
	9.036.637
	 Passivo Exigível a Longo Prazo
	6.673.751
	7.496.039
	9.036.637
	 Empréstimos e Financiamentos
	1.634.567
	1.853.452
	2.305.957
	 Tributos Diferidos
	1.737.631
	2.095.686
	1.367.708
	 Provisões de Longo Prazo
	543.220
	431.693
	518.076
	 Outros Passivos de Longo Prazo
	2.758.333
	3.115.208
	4.844.896
	 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	43.644.669
	43.997.398
	37.268.998
	 Capital Social
	57.582.349
	57.000.790
	249.061
	 Reservas de Capital
	55.023.269
	55.362.431
	0
	 Reservas de Lucro
	4.883.945
	5.857.853
	51.649
	 Ajustes de Avaliação Patrimonial
	-75.267.969
	-75.382.296
	24.905.890
	 Particip. de acionista não controlador
	1.423.075
	1.158.620
	12.062.398
	Demonstração do Resul. do Exercício
	2014
	2013
	2012
	(=) RECEITA DE VENDAS
	38.079.786
	34.791.391
	32.231.027
	(-) Custo dos bens e serv. vendidos
	(12.814.588)
	(11.397.801)
	(10.459.786)
	(=) RESULTADO BRUTO
	25.265.198
	23.393.590
	21.771.241
	(-) Despesas Operacionais
	(9.421.217)
	(8.018.480)
	(8.140.921)
	 Despesas Com Vendas
	(9.158.701)
	(8.025.779)
	(7.350.920)
	 Despesas Gerais e Administrativas
	(1.820.046)
	(1.736.457)
	(1.603.549)
	 Outras Receitas Operacionais
	1.837.393
	1.993.003
	969.777
	 Outras Despesas Operacionais
	(297.241)
	(260.666)
	(156.710)
	 Res. da Equivalência Patrimonial
	17.378
	11.419
	481
	(=) RES.ANTES DOS JUROS NÃO OP.
	15.843.981
	15.375.110
	13.630.320
	(+) Receitas Financeiras
	1.173.223
	932.492
	666.763
	(-) Despesas Financeiras
	(2.648.627)
	(2.495.918)
	(1.556.440)
	(=) RESULTADO ANTES IR/CSSL
	14.368.577
	13.811.684
	12.740.643
	(-) Provisão para IR e CSLL
	(2.006.558)
	(2.457.614)
	(2.320.065)
	(=) RES.LÍQ. OPER.CONTINUADAS
	12.362.019
	11.354.070
	10.420.578
	(=) RESULTADO LÍQUIDO EXERCÍCIO
	12.362.019
	11.354.070
	10.420.578
CONTABILIDADE APLICADA À ADMINISTRAÇÃO 
POR QUE A AMBEV ESTÁ OBRIGADA A PUBLICAR SEUS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS?
Através da fusão entre asCompanhias Cervejaria Brahma e a Antarctica Paulista Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos, surgiu a Companhia de Bebidas das Américas - Ambev, quese tornoua maior cervejaria da América Latina em termos de volume de vendas e uma das maiores fabricantes de cerveja do mundo, de acordo com estimativas da Companhia. 
A Ambev é uma sociedade anônima brasileira, de capital aberto, constituída segundo as leis da República Federativa do Brasil. Diante deste fato, em obediência a Lei 6.404/76 as S/A’s de capital aberto são obrigadas a publicar seus demonstrativos financeiros no órgão oficial do Estado, ou seja, obrigatoriamente no Diário Oficial do Estado de São Paulo, não se admitindo Diário Oficial da União, eem outro jornal de grande circulação editado na localidade em que está situada a sede da companhia. 
A lei diz ainda que, todas as empresas que possuam um ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, estão sujeitas às disposições da referida lei e, portanto, devem publicar suas demonstraçõesfinanceiras. Através das demonstrações da AMBEV expostas no início deste, podemos observar que a empresa se enquadra nestes dois quesitos.
A questão da obrigatoriedade de publicação das demonstrações financeiras pelas sociedades de grande porte continua polêmica, com argumentos contra e a favor ao entendimento de tal exigência, porém devemos enfatizar que tal imposição sempre vai constituir uma condição de eficácia e veracidade das demonstrações contábeis, atendendo amplamente os preceitos legais.
quais as diferenças entre balanço patrimonial e demonstração do resultado?
As demonstrações contábeis são relatórios extraídos da contabilidade após o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer entidade em um determinado período.Essas demonstrações servirão para expressar a situação patrimonial da empresa,auxiliando assim os diversos usuários no processo de tomada de decisão. Deverão obedecer aos critérios e formas expostos na Lei 6404/76, onde estão estabelecidas quais as demonstrações que deverão ser elaboradas pelas empresas, sejam de capital aberto ou não.
O Balanço Patrimonial e a Demonstração Resultado do Exercício fazem parte de um conjunto de relatórios que compõem as demonstrações contábeis de uma entidade, e são exigidas pela atual legislação societária brasileira. Tais Demonstrativos Contábeis tem como finalidade prover informações de forma clara e objetiva, que será útil a todos os usuários.
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação financeira e patrimonial de uma entidade numa determinada data. Ele apresenta bens e direitos (Ativo),as obrigações (Passivo) e o Patrimônio Líquido. É o principal demonstrativo contábil, é uma apresentação, sintética e ordenada, do saldo monetário de todos os valores integrantes do patrimônio de uma empresa, em uma determinada data.
Já a Demonstração do Resultado do Exercício, destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência, a DR, antes chamada de DRE, oferece uma síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais, que podem ser utilizadas como indicadores de auxílio a decisões financeiras.
As demonstrações contábeis têm como As informações por elas prestadas proporcionam elementos que dão aos administradores a capacidade de planeamento e controle das atividades e gestão do património da empresa, pois têm o objetivo fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de utilizadores nas suas avaliações e tomadas de decisão económica.
	BALANÇO PATRIMONIAL
	2014
	A H %
	AV %
	2013
	A H %
	A V %
	2012
	A H %
	AV %
	ATIVO TOTAL
	72.143.203
	100
	100
	68.674.019
	95
	100
	61.832.875
	86
	100
	 ATIVO CIRCULANTE
	20.728.421
	100
	29
	20.470.013
	99
	30
	16.305.865
	79
	26
	 Disponibilidades
	9.722.067
	100
	14
	11.285.833
	116
	16
	8.974.320
	92
	15
	 Aplicações Financeiras
	712.958
	100
	1
	288.604
	40
	0
	476.607
	67
	1
	 Valores a Receber
	3.028.854
	100
	4
	3.613.506
	119
	6
	2.935.692
	97
	4
	 Estoques
	3.411.284
	100
	5
	2.795.490
	82
	4
	2.466.341
	72
	4
	 Outros Ativos Circulantes
	3.853.258
	100
	5
	2.486.580
	65
	4
	1.452.905
	38
	2
	 ATIVO NÃO CIRCULANTE
	51.414.782
	100
	71
	48.204.006
	94
	70
	45.527.010
	89
	74
	 Ativo Realiz. a Longo Prazo
	4.376.472
	100
	6
	4.005.113
	92
	6
	3.570.368
	82
	6
	 Ativo Permanente
	47.038.310
	100
	65
	44.198.893
	94
	64
	41.956.642
	89
	68
	 Investimentos
	40.448
	100
	0
	26.452
	65
	0
	24.012
	59
	0
	 Imobilizado
	15.740.058
	100
	22
	13.937.759
	89
	20
	12.351.284
	78
	20
	 Intangível
	31.257.804
	100
	43
	30.234.682
	97
	44
	29.581.346
	95
	48
	 
	2014
	A H %
	AV %
	2013
	A H %
	A V %
	2012
	A H %
	AV %
	PASSIVO TOTAL E PATR. LÍQUIDO
	72.143.203
	100
	100
	68.674.019
	95
	100
	61.832.875
	86
	100
	 PASSIVO CIRCULANTE
	21.824.783
	100
	30
	17.180.582
	79
	25
	15.527.240
	71
	25
	 Obrigações Sociais e Trabalhistas
	598.360
	100
	1
	722.090
	121
	1
	566.084
	95
	1
	 Fornecedores
	8.708.739
	100
	12
	7.925.421
	91
	11
	6.560.687
	75
	11
	 Obrigações Fiscais
	3.543.689
	100
	5
	3.122.569
	88
	5
	3.074.425
	87
	5
	 Empréstimos e Financiamentos
	988.056
	100
	1
	1.040.603
	105
	2
	837.772
	85
	1
	 Outros Passivos de Curto Prazo
	7.846.705
	100
	11
	4.224.941
	54
	6
	4.350.820
	55
	7
	 Provisões
	139.234
	100
	0
	144.958
	104
	0
	137.452
	99
	0
	 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	6.673.751
	100
	9
	7.496.039
	112
	11
	9.036.637
	135
	15
	Passivo Exigível a Longo Prazo
	6.673.751
	100
	9
	7.496.039
	112
	11
	9.036.637
	135
	15
	 Empréstimos e Financiamentos
	1.634.567
	100
	2
	1.853.452
	113
	3
	2.305.957
	141
	4
	 Tributos Diferidos
	1.737.631
	100
	2
	2.095.686
	121
	3
	1.367.708
	79
	2
	 Provisões de Longo Prazo
	543.220
	100
	1
	431.693
	79
	1
	518.076
	95
	1
	 Outros Passivos de Longo Prazo
	2.758.333
	100
	4
	3.115.208
	113
	4
	4.844.896
	176
	8
	 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	43.644.669
	100
	61
	43.997.398
	101
	64
	37.268.998
	85
	60
	 Capital Social
	57.582.349
	100
	80
	57.000.790
	99
	83
	249.061
	0
	0
	 Reservas de Capital
	55.023.269
	100
	76
	55.362.431
	101
	81
	0
	0
	0
	 Reservas de Lucro
	4.883.945
	100
	7
	5.857.853
	120
	8
	51.649
	1
	0
	 Ajustes de Avaliação Patrimonial
	-75.267.969
	100
	-104
	-75.382.296
	100
	-110
	24.905.890
	-33
	40
	 Part de acionista não controlador
	1.423.075
	100
	2
	1.158.620
	81
	2
	12.062.398
	848
	20
	Demonstração do Resul. do Exercício
	2014
	A H %
	AV %
	2013
	A H %
	AV %
	2012
	A H %
	AV %
	(=) RECEITA DE VENDAS
	38.079.786
	100
	100
	34.791.391
	91
	100
	32.231.027
	85
	100
	(-) Custo dos bens e serv. vendidos
	-12.814.588
	100
	-34
	-11.397.801
	89
	-33
	-10.459.786
	82
	-32
	(=) RESULTADO BRUTO
	25.265.198
	100
	66
	23.393.590
	93
	67
	21.771.241
	86
	68
	(-) Despesas Operacionais
	-9.421.217
	100
	-25
	-8.018.480
	85
	-23
	-8.140.921
	86
	-26
	 Despesas Com Vendas
	-9.158.701
	100
	-24
	-8.025.779
	88
	-23
	-7.350.920
	80
	-23
	Desp. Gerais e Administrativas
	-1.820.046
	100
	-5
	-1.736.457
	95
	-5
	-1.603.549
	88
	-5
	Outras Receitas Operacionais
	1.837.393
	100
	5
	1.993.003
	108
	6
	969.777
	53
	3
	Outras Despesas Operacionais
	-297.241
	100
	-1
	-260.666
	88
	-1
	-156.710
	53
	1
	Res. da Equiv. Patrimonial
	17.378
	100
	0
	11.419
	66
	0
	481
	3
	0
	(=) RES.ANTES DOS JUROS NÃO OP.
	15.843.981
	100
	41
	15.375.110
	97
	44
	13.630.320
	86
	42
	(+) Receitas Financeiras
	1.173.223
	100
	3
	932.492
	79
	3
	666.763
	57
	2
	(-) Despesas Financeiras
	-2.648.627
	100
	-7
	-2.495.918
	94
	-7
	-1.556.440
	59
	-5
	(=) RESULTADO ANTES IR/CSSL
	14.368.577
	100
	37
	13.811.684
	96
	40
	12.740.643
	89
	39
	(-) Provisão para IR e CSLL
	-2.006.558
	100
	-5
	-2.457.614
	122
	-7
	-2.320.065
	116
	-7
	(=) RES.LÍQ. OPER.CONTINUADAS
	12.362.019
	100
	32
	11.354.070
	92
	33
	10.420.578
	84
	32
	(=) RESULTADO LÍQ, EXERCÍCIO
	12.362.019
	100
	32
	11.354.070
	92
	33
	10.420.578
	84
	32
2.3 ANÁLISES VERTICAL E HORIZONTAL
As análises horizontal e vertical leem um conjunto de demonstraçõesfinanceiras ao longo de diversos períodos, meses ou anos, e a partir dessa leitura, tiram conclusões quanto à evolução da situação patrimonial da empresa (quando se analisa o balanço) ou do seu desempenho (quando se analisa a demonstração de resultados).
 São técnicas de análise financeira que segue uma leitura idêntica à dos olhos quando leem da esquerda para a direita ou de cima para baixo. 
 A análise vertical vai analisar as demonstrações financeiras em proporção de uma determinada grandeza. No caso da análise do balanço, vai exprimir todos os itens em função do total do ativo em percentagem. No caso da análise da demonstração de resultados, irá apresentar as suas diversas rubricas em função das vendas, também em percentagem.
Ao elaborarmos a análise vertical, observamos que o ativo circulante representa em média 30%, de todos os recursos à disposição da empresa. Dentro do ativo circulante, as disponibilidades é a conta mais relevante, chegando a representar 16% do ativo total em 2013. Em seguida as mais expressivas são valores a receber, estoques e outros ativos circulantes, quase que como os mesmos índices, sempre expressivos e de grande relevância. No ativo não circulante, a maior representação é dos intangíveis, representadas por marcas e patentes. 
Referente ao passivo, a maior parte é composta por capital próprio. Observa-se que a conta de reservas de lucros, que é a retenção de lucros, obteve um grande aumento de 2012 para 2013. Com relação ao capital de terceiros, este está alocado na sua maioria em contas de empréstimos e financiamentos. 
Já na DRE os custos representam em média 30% das receitas líquida e as despesas mais expressivas foram as com vendas, um gasto importante para a empresa. 
Na análise horizontal da DRE as receitas aumentaram no decorrer dos anos. Consequentemente os custos também aumentaram, mas em proporção menor do que as receitas. O mesmo ocorreu com todas as despesas, inclusive com as despesas financeiras que apresentou um crescimento significativo. O lucro líquido aumentou a cada ano. 
Os índices mais significativos são referentes ao aumento do faturamento, em concordância com uma evolução menor de custos e despesas, fazendo com que o lucro líquido aumentasse a cada ano. Verificamos que a situação da AMBEV é estável e com perspectivas de melhoras, embora seja preciso tomar cuidado com o aumento dos empréstimos e financiamentos e, consequentemente, com as despesas financeiras, tendo em vista a instabilidade econômica do país.
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
É sabido que o nível de tributação sobre as empresas e pessoas físicas no Brasil é absurdo, chegando a inviabilizar certos negócios. Empresas quebram com elevadas dívidas fiscais, e nem as contínuas “renegociações”, como REFIS, PAES e PAEX, trouxeram alguma tranquilidade ao contribuinte. 
O Planejamento Tributário, muitas vezes negligenciado ou até mesmo desconhecido por muitas empresas, pode ser uma fonte imensa de oportunidades para sua empresa reduzir custos e melhorar seus resultados.
Mas o que é Planejamento Tributário? Definimos como sendo a forma lícita, ou seja, que se encontra em conformidade com a lei, de reduzir a carga fiscal imposta à pessoa jurídica. Através dele, o contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, principalmente dos impostos. 
Ao analisarmos mais profundamente a Lei das S/A’s,observamos que é dever legal do administrador zelar pela situação financeira da empresa. Nesse sentido, conhecer também a legislação e trabalhar o planejamento tributário da companhia é um dos diferenciais que podem resultar em um orçamento empresarial eficaz.
Planejar é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina, para que possa nesse caso dar melhores resultados para a empresa.
3 MATEMÁTICA FINANCEIRA
Considerando os valores a receber no Ativo Circulante e os empréstimos e financiamentos no Passivo Circulante no ano de 2014, qual seria a taxa de juros compostos mais adequada para que a empresa tenha um acréscimo de 5% no valor das suas disponibilidades no Ativo Circulante em um período de 12 meses?
M = C x (1+I)n, onde:
M=10.208.170,35 (9.722.067 + 5%)
C=9.722.067
I=?
N=12
10.208.170,35 = 9722.067 (1+I)12
I = 0,41%
Se o empréstimo e financiamento no Passivo Circulante de 2013 tivessem que ser pagos em 5 parcelas iguais e mensais:
Qual tipo de amortização seria a mais adequada?
SAC – Sistema de Amortização Constante, que geralmente é a mais utilizada. Os juros e o capital são calculados uma única vez e divididos em várias parcelas durante o período
Qual seria o valor das parcelas considerando uma taxa de 1,7% a.m.?
M = C x (1 + i)t = 1.040.603 (1 + 0,017)5
M = 1.040.603 (1,0879395) = 1.132.113,10 / 5 = 226.422,62
Imagine que o valor a receber no Ativo Circulante de 2012 não ocorreu até dezembro de 2012, então é feito um novo planejamento para que esse valor seja pago à empresa em junho de 2013. Qual o novo valor a receber pela empresa considerando uma taxa de juros compostos de 2% a.m.?
M = C x (1 + i)t
M = 2.935.692 (1 + 0,02)6
M = 2.935.692 (1,1261623) = 3.306.065,60
Para o empréstimo no Passivo Exigível a Longo Prazo não Circulante em 2013, qual forma de pagamento abaixo é mais interessante para a AMBEV, por quê?
Juros Simples: 
I = 0,65% a.m.
N = 8 m.
J = C x 0,0065 x 8 = 0,052C
Juros compostos
I = 0,75%
N = 5 m.
M = C x (1 + i)t = C (1,0075)5 = 1, 038C = 0,038c
A forma mais interessante para a AMBEV é a dos juros compostos em 5 meses. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo do período seguinte, gerando o que chamamos de capitalização. 
CONCLUSÃO
Através deste trabalho aprendemos como a contabilidade, através das suas demonstrações financeira e contábil, auxilia seus profissionaisna análise dos custos, despesas, contas a pagar, a receber, adesão a empréstimos e financiamentos.
No caso de uma empresa como a AMBEV, que é o nosso caso estudado, tais demonstrações são fundamentais tanto para uma ampla análise dos valores, como em cumprimento às exigências imposta pela Lei das S/A’s.
Também observamos que através da contabilidade, o profissional pode analisar se a empresa precisa ou não rever sua carga tributária. Para isso ele deverá elaborar um Planejamento Tributário, que não é exclusividade das grandes empresas. Desde um pequeno estabelecimento até uma empresa de grande porte com unidades por todo o Brasil, podem realizar esse tipo de análise e gestão dos tributos. O que muda, apenas é a forma como esse planejamento será aplicado. Em empresas maiores, por exemplo, deverão ser levados em conta os impactos em todos os processos da operação, como a estrutura gerencial, contábil e financeira. Ao final, cabe ao responsável pela tomada de decisão da empresa entender as limitações previstas em lei e planejar a sua estratégia de atuação.
REFERÊNCIAS
MONEZI, Mariangela. As normas para publicações legais das Sociedades Anônimas. Publicado em 06 Fev. 2004. Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2004-fev-06/normas_publicacoes_legais_sociedades_anon imas.
MUNIZ, Humberto. Planejamento tributário como ferramenta para redução de impostos. Publicado em 15 Mar. 2012. Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://www.contabeis.com.br/artigos/708/planejamento-tribuitario-como-ferramenta-para-reducao-de-impostos/.
SOARES, Dagmar da Cruz. VIEIRA, Sérgio Alves. FARIA, Simone de Melo. FREIRE, Valdirene Martins. Balanço patrimonial, DRE e DFC: Demonstrações Obrigatórias e a Utilização Administrativa.2007. Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://sinescontabil.com.br/monografias/trab_profissionais/sergio_1. pdf
SILVA, Maria Lucia de Almeida Prado. Obrigatoriedadede publicação das demonstrações financeiras pelas empresas. Publicado 23 Mar. 2016. Acesso em 15 Abr. 2016. Disponível em: http://www.azevedosette.com.br/pt/noticias/ publicacao_de_demonstracoes_financeiras_pelas_sociedades_de_grande_porte/1395
TOBIAS, Afonso Celso B. Como elaborar e interpretar uma análise vertical e horizontal das demonstrações financeiras. Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://www.cavalcanteassociados.com.br/utd/UpToDate294.pdf
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.
ZANLUCA, Julio César. Planejamento tributário: pague menos, dentro da lei!Acesso em 23 Abr. 2016. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br /tematicas/demonstracoescontabeis.htm

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