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04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 1/15 Introdução Sabemos, por experiência própria, que o ritmo de mudanças em relação a tudo que nos rodeia parece intensificar-se a cada dia. E, para quem ainda não se deu conta disso, na prática, basta apenas lembrar um aspecto que é indicador por excelência da passagem do tempo – data de validade: seja de acontecimentos, artefatos, alimentos ou idade de seres vivos (humanos ou não). Refletir sobre o quanto isso mobiliza as pessoas na contemporaneidade parece suficiente para nos flagrarmos que estamos passando por profundas transformações. Esse fenômeno intensificou-se com a última revolução tecnológica, a partir da segunda metade do século XX, quando se instauraram novas formas de comunicação, que se estenderam rapidamente por todo o tecido social, gerando profundas mudanças nas relações que 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 2/15 fundamentam a produção da sociedade. Tais tecnologias sintetizam o conjunto de saberes acumulados pelas iniciativas e ações desenvolvidas pela humanidade, constituindo novos suportes à interação social. Nesse contexto, a todo e qualquer processo impõe-se mais velocidade, independente de área ou campo em que ele se situe no espaço social, já que agora os eventos disseminam-se ao mesmo tempo e para todos os lugares. Assim, rompe-se o paradigma que se sustenta na especialização associado à visão linear e fragmentada, passando a predominar a perspectiva da complexidade, que se apóia em princípios vinculados à digitalidade. Instaura, igualmente, a “incerteza como forma social” (KOKOREF; RODRIGUES, 2005, p. 6), tanto que as "leis da física quântica exprimem possibilidades e não mais certezas" (PRIGOGINE, 1996, p. 13). Indivíduo, Individualidades, Individualização Afinal, do que se está falando? Trata-se da era digital, na contemporaneidade, que se constitui pelo conjunto de transformações provocadas pela introdução de novas tecnologias de informação e comunicação. Esse processo impõe uma reflexão em busca de uma explicação para a singularidade dos seres que lhe facultam / concedem / outorgam a sua crescente autonomia. Desse ponto de vista, a questão do indivíduo parece igualmente assumir sentido de desafio à análise no campo das ciências humanas e sociais e, por isso, os debates são ainda mais intensos (MOLÉNAT, 2006, p. 38). Indaga-se, então, se tal fenômeno pode ser considerado como produto de um processo de evolução histórica ou liberado das tradições? Reflexivo ou pressionado pela urgência? Identidade(s), 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 3/15 individualidade(s) e/ou indivíduo – como categorias de análise –, estão para se tornar o sujeito predileto de análises de cientistas sociais? Indivíduo Pode-se dizer que: De um lado, o indivíduo se emancipa por dispor de meios para realizar e cumprir o que se apresenta como seu destino pessoal (no consumo, em comunicação e mobilidade, etc.). No entanto, de outro lado, evolui também num universo em que as regras se tornam mais frouxas ou instáveis (KOKOREF; RODRIGUES, 2005, p. 8). É consenso entre pensadores que o conjunto de mutações que colocam em jogo posições e tomadas de posição dos agentes sociais, “navega para longe (...) para além do alcance do controle dos cidadãos, para a extraterritorialidade das redes eletrônicas” (BAUMAN, 2001, p. 50). Em outros termos, parece decisivo o papel que as NTIC assumem nesse processo, como principal mediação nas relações desencadeadas pelos indivíduos na construção do social em tempos líquidos. 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 4/15 Afinal, “numa sociedade de indivíduos cada um deve ser um indivíduo” e “ser um indivíduo significa ser diferente de todos os outros” (BAUMAN, 2007, p. 25-26). E, ser um indivíduo é aceitar uma responsabilidade inalienável pela direção e pelas consequências da interação. “A livre escolha pode ser uma ficção, mas a presunção do direito de escolher livremente transforma essa ficção numa realidade do Lebenswelt – num fato social durkheimiano, que não pode ser eliminado pelo desejo ou pela argumentação, muito menos rechaçado ou ignorado impunemente” (BAUMAN, 2007, p. 33). É certo que para ser um indivíduo “numa sociedade de indivíduos custa dinheiro, muito dinheiro” (p. 37), mas “render-se às pressões da globalização, nos dias de hoje, tende a ser uma reivindicação em nome da autonomia individual e da liberdade de autoafirmação” (BAUMAN, 2007, p. 53). Do mesmo modo, a autonomia do indivíduo apresenta-se em fatos como uma exigência, colocando-o muitas vezes em uma situação de 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 5/15 ansiedade, já que cada ser não dispõe dos mesmos recursos para enfrentar possíveis mudanças com as quais venha a se deparar. Nessa perspectiva, a produção do social tende a se apoiar cada vez mais no potencial do indivíduo que, por sua vez, passa a depender de suas possibilidades para interagir e, assim, construir sua(s) identidade(s), visando fortalecer a sua individualidade. Vale observar que tal processo é permeado por mobilidade, desejos voláteis, flexibilidade, capacidade para assumir riscos, responsabilidade por si, atuação em rede, identidade construída de valores ‘líquidos’, tensão entre escolhas (contraditórias), desejo de errância (BAUMAN, 2000). Hoje, quando se ouve a palavra indivíduo dificilmente se pensa em indivisibilidade, se é que se chega a pensar nisso. “Pelo contrário, indivíduo (tal como o átomo da física química) se refere a uma estrutura complexa e heterogênea com elementos notoriamente separáveis mantidos juntos numa unidade precária e bastante frágil por uma combinação de gravitação e repulsão de forças centrípetas e centrífugas num equilíbrio dinâmico, mutável e continuamente vulnerável” (BAUMAN, 2007, p. 30). Enfim, nesses tempos, conforme Bauman, “tudo corre agora por conta do indivíduo”. Cabe a ele descobrir o que é capaz de fazer, (...) “esticar essa capacidade ao máximo e escolher os fins a que essa capacidade poderia melhor servir” (2001, p. 74), pois “numa sociedade de consumo compartilhar a dependência de consumidor – a dependência universal das compras – é a condição sine qua non de toda liberdade individual; acima de tudo da liberdade de ser diferente, de ter identidade” (BAUMAN, 2001, p. 98). Individualidade 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 6/15 Em outras palavras, individualidade: ... significa em primeiro lugar a autonomia da pessoa, a qual, por sua vez, é percebida simultaneamente como direito e dever. Antes de qualquer outra coisa, a afirmação ´eu sou um indivíduo´ significa que sou responsável por meus méritos e meus fracassos e que é minha tarefa cultivar os méritos e reparar os fracassos. (BAUMAN, 2007, p. 30) Em mais detalhes, significa dizer que a “responsabilidade em resolver os dilemas gerados por circunstâncias voláteis e constantemente instáveis é jogada sobre os ombros dos indivíduos”, assim como “a virtude que se proclama servir melhor aos interesses do indivíduo não é a conformidade às regras, mas a flexibilidade: a prontidão emmudar repentinamente de táticas e de estilos, abandonar compromissos e lealdades sem arrependimento – e buscar oportunidades mais de acordo com sua disponibilidade atual do que com as próprias preferências” (BAUMAN, 2007b, p.10). 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 7/15 Tudo isso porque “a força da sociedade e o seu poder sobre os indivíduos agora se baseiam no fato de ela ser ‘não localizável’ em sua atitude evasiva, versatilidade e volatilidade, na imprevisibilidade desorientadora de seus movimentos” (BAUMAN, 2005, p. 58-59). Individualização Bauman observa que a “sociedade de consumo líquido-moderna despreza os ideais de longo prazo e da totalidade” (2001, p. 63) e, do mesmo modo, se engana quem “espera encontrar um lugar, um futuro balizado, uma segurança, uma utilidade na sociedade – a sociedade do trabalho – pois ela está morta”. Por isso, “é preciso que as mentalidades mudem para que a economia e a sociedade possam mudar” (GORZ, 2004, p. 69-71). 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 8/15 Identidades: Uma Categoria, Várias Abordagens Identidades assumem novas configurações, visto que passam a ganhar “livre curso, e agora cabe a cada indivíduo, homem ou mulher, capturá-las em pleno voo, usando seus próprios recursos e ferramentas. O anseio por identidade vem do desejo de segurança, ele próprio um sentimento ambíguo” (BAUMAN, 2005, p. 35). Concebe-se identidade como algo que nos é revelado somente através de um processo de invenção; “como alvo de um esforço, ‘um objetivo’; como uma coisa que ainda se precisa construir a partir do zero ou escolher entre alternativas e então lutar por ela e protegê-la lutando ainda mais” (2005, p. 21-22). Pode-se dizer que “a solução de um quebra-cabeça segue a lógica da racionalidade instrumental” e “construção da identidade, por outro lado, é guiada pela lógica da racionalidade do objetivo” (BAUMAN, 2005, p. 55). 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 9/15 Igualmente, de acordo com a abordagem de Stuart Hall, o sujeito pós- moderno “não tem uma identidade fixa, essencial ou permanente”, já que está em processo constante de formação. Afirma que, embora a noção de identidade esteja relacionada a “pessoas que se parecem”, “sentem a mesma coisa” ou “chamam a si mesmas pelo nome”, estes elementos são referenciais insuficientes, pois não satisfazem aos pressupostos necessários à compreensão adequada do fenômeno da identidade (HALL, 1998, p. 45). Como um processo, assim como uma narrativa ou como um discurso, “a identidade é sempre vista da perspectiva do outro” (HALL, 1998, p. 45). Essa é uma formulação fundamental, porque nos leva a considerar que identidades só podem ser vislumbradas no que têm a dizer – sobre si e sobre o seu outro, na relação com o outro. Hall argumenta que a formação de nossas identidades se dá culturalmente, ou seja, passa por uma escolha pessoal, mas fundamentalmente passa pela mediação de aspectos objetivos, presentes em normas, instituições, e atividades, enfim nas ações e estruturas sociais contextualizadas em um determinado tempo e lugar. Um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do século XX. Isso fragmenta as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que, no passado, forneciam a todos sólidas localizações como indivíduos sociais. Essas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais, abalando a ideia que temos de nós próprios como sujeitos integrados. Para Hall, um processo irreversível de fluidez das culturas vem desenvolvendo o estreitamento das nações, pondo em evidência o vínculo do homem com as sociedades, testando-os como seres que se localizam em meio a um campo social e cultural indefinido. Nesse sentido, alerta sobre o papel da tecnologia para o cerco perante as identidades tácitas, nos mostrando como o impacto da globalização na mutação de identidades culturais nacionais, raça, gênero, etnia, 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 10/15 fragmentando as regulações culturais das identidades a ponto do surgimento de uma “crise de identidade”. Tal perda de um "sentido de si" estável é chamada, algumas vezes, de deslocamento ou descentração do sujeito. Esse duplo deslocamento - descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos - constitui uma "crise de identidade" para o indivíduo. Como observa o crítico cultural Kobena Mercer, "a identidade somente se torna uma questão quando está em crise, quando algo que se supõe como fixo, coerente e estável é deslocado pela experiência da dúvida e da incerteza" (MERCER, 1990, p.43). Esses processos de mudança, tomados em conjunto, representam um processo de transformação tão fundamental e abrangente que somos compelidos a perguntar se não é a própria modernidade que está sendo transformada (HALL, 1997, p. 7-22). Vale destacar a influência da última fase da globalização sobre as identidades no que tange aos sistemas de representação, pois ao acelerar processos de tal forma que se sente que o mundo é menor e as distâncias mais curtas, faz com que os eventos em um determinado lugar tenham impacto imediato sobre pessoas e lugares situados a uma grande distância. Isso produziu a "compressão espaço-tempo", que: ... a medida que o espaço se encolhe para se tornar urna aldeia "global" de telecomunicações e urna "espaçonave planetária" de interdependências econômicas e ecológicas — para usar apenas duas imagens familiares e cotidianas — e à medida em que os horizontes temporais se encurtam, até ao ponto em que o presente é tudo que existe, temos que aprender a lidar com um sentimento avassalador de compressão de nossos mundos espaciais e temporais. (HARVEY, 1989, p. 240) Mais recentemente, Canclini considera, igualmente, a mobilidade identitária como fenômeno associado às possibilidades de conexão e 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 11/15 desconexão das comunicações, ou das redes de informação, entretenimento e participação social ou, ainda, uma combinação dessas modalidades (CANCLINI, 2005). Antony Giddens igualmente observa que o processo migratório de culturas passou a testar a estabilidade da identidade, possibilitada principalmente a partir da diminuição da relação tempo/espaço (GIDDENS, 2002). Assim, verificam-se formas de classificação de como as identidades se constroem nesse processo. Pesquisas têm relacionado identidade e diferença, enfatizando que a migração produz identidades plurais, mas também identidades contestadas, em um processo que é caracterizado por grandes desigualdades. As tendências das culturas se aproximarem, diminuindo a disparidade entre tempo e espaço, se inicia a partir da flexibilização das relações sociais, bem como de uma “modernização das instituições”, trabalhada por Giddens (2002). Dentre as perspectiva até aqui expostas, oportuno é considerar as ideias de Canevacci, em especial, quando se refere a “um novo sentido de identidade: uma identidade móvel, fluída, que incorporou os muitos fragmentos que – no espaço temporário de suas relações possíveis com o seu eu ou com o outro – se ‘veste’ ou se ‘traveste’ de acordo com as circunstâncias”. Daí, “achamada personalidade narcisista emergente em nossa sociedade emergente expressaria uma estrutura de caráter que perdeu interesse pelo futuro...” (CANEVACCI, 2005, p. 34). Nesse contexto, alonga-se a fase mais móvel e criativa do sentir-se jovem – tornar-se um jovem interminável. Assim, “os jovens são atemporais no sentido de que ninguém pode sentir-se como excluído desse horizonte geracional” (CANEVACCI, 2005, p. 35-6). Ao finalizar, mencionam-se argumentos que ao invés de identidades, herdadas ou adquiridas, defendem a utilização da categoria de análise identificação por estar mais próxima da realidade do mundo globalizado. É concebida como uma atividade que nunca termina, 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 12/15 sempre incompleta, na qual todos nós, por necessidade ou escolha, estamos engajados. Há pouca chance de que as tensões, os confrontos e os conflitos que essa atividade gera irão subsistir. A busca frenética por identidade não parece ser um resíduo dos tempos de pré- globalização que ainda não foram totalmente extirpados, que tendem a se tornar extintos conforme a globalização avança. Pelo contrário. Essa guerra de identificação está em plena marcha na contemporaneidade... Notas * Mais detalhes referentes a esse item, consultar Desaulniers, Julieta Beatriz Ramos, Formação & Cidadania em Tempos Líquidos: desafios e possibilidades. Trabalho apresentado no ISA, 02/2008. A era digital, na contemporaneidade, se constitui pelo conjunto de transformações provocadas pela introdução de novas tecnologias de informação e comunicação. O indivíduo se emancipa por dispor de meios para realizar e cumprir o que se apresenta como seu destino pessoal. O indivíduo, por outro lado, evolui também num universo em que as regras se tornam mais frouxas ou instáveis. Tal processo é permeado por mobilidade, desejos voláteis, flexibilidade, capacidade para assumir riscos, responsabilidade por si, atuação em rede, identidade construída de valores ‘líquidos’, tensão entre escolhas (contraditórias) Concebe-se a identidade como algo que nos é revelada somente através de um processo de invenção; “como alvo de um esforço, ‘um objetivo’; como uma coisa que ainda se precisa construir a 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 13/15 partir do zero ou escolher entre alternativas e então lutar por ela e protegê-la lutando ainda mais” (BAUMAN, 2005, p. 21-22) Como um processo, assim como uma narrativa ou como um discurso, “a identidade é sempre vista da perspectiva do outro” (HALL, 1998, p. 45) Esses processos de mudança, tomados em conjunto, representam um processo de transformação tão fundamental e abrangente que somos compelidos a perguntar se não é a própria modernidade que está sendo transformada (HALL, 1997, p. 07-22). BAUMAN, Zygmunt. A sociedade individualizada. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. _______________. Vida líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. _______________. Tempos líquidos. Rio de Janeiro: Zahar, 2007b. _______________. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. _______________. Amor líquido - sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. _______________.Globalização – as consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 14/15 CANEVACCI, M. Culturas extremas, mutações juvenis nos corpos das metrópoles. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. CANCLINI, Nestor García. Diferentes, desiguais e desconectados. Editora UFRJ, 2005. CORCUFF, Philippe. As novas sociologias – construções da realidade social. Bauru, SP: EDUSC, 2001. DESAULNIERS, Julieta B. R. Formação & Cidadania em Tempos Líquidos: desafios e possibilidades. Trabalho apresentado no ISA, 02/2008. GIDDENS, Anthony. A Constituição da Sociedade.São Paulo: Martins Fontes, 1989. GORZ, André. Misérias do presente, riquezas do possível. São Paulo: AnnaBlume, 2004. HALL, Stuart. Identidades culturais na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1997. HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 1989. KOKOREFF, Michel; RODRIGUES, Jacques. Une société de l’incertitude. In: Revue Sciences Humaines, sept-oct 2005. MERCER, Kobena. Marginalization and contempory cultures. New York: Cambridge, 1990. MOLÉNAT, Xavier. Quel individu pour la sociologie? In: DORTIER, Jean-François (coord). La pensée éclatée – la chronique des idées d’aujour’hui. In Revue Sciences Humaines, n. 167, jan. 2006. PRIGOGINE, Ilya. O fim das certezas - tempo, caos e leis da natureza. São Paulo: INESP, 1996. 04/04/2019 3. Novas Identidades em uma Sociedade em Transformação file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Temp/Rar$EXa0.332/SOCIEDADE_E_CONTEMPORANEIDADE_990102/aula_3.html 15/15
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