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ESTUDO DE CASO ASMA BRONQUICA

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ESTUDO DE CASO: ASMA BRONQUICA 
CASE STUDY: BRONCHIC ASTHMA
CASTRO, Maria Andressa Nunes¹
FERNANDES, Elaine Débora²
GOES, Elza dos Santos³
Orientador: COIMBRA Alex F.
RESUMO
A asma brônquica é uma doença respiratória crônica das mais comuns, com principais sintomas como: dificuldade para respirar, chiado e aperto no peito e tosse, estes pioram devido a poluição ambiental, alérgenos e mudanças climáticas. Se não tratada corretamente e com o devido controle, pode levar ao óbito. Nas situações de agravo com crises severas, o paciente pode evoluir para uma parada cardiorrespiratória (PCR), necessitando de reanimação cardiopulmonar (RCP). O presente estudo trata-se de uma paciente portadora de asma, que foi atendida no Hospital de Emergência HE no estado do Amapá com crise asmática, evoluindo para uma PCR, onde foram executadas as manobras de RCP as quais serão descritas no presente trabalho, tem como principal objetivo descrever o protocolo correto da American Heart Association (AHA), bem como, implementando a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) de acordo com a sua necessidade. A teoria de enfermagem utilizada no estudo de caso foi a de Dorothea Orem, onde, na sua história médica pregressa percebeu-se que a mesma não possuía o autocuidado. O presente estudo mostrou a importância do autocuidado, e tem como objetivo não se limitar apenas a paciente citada, mas, a pacientes que se encontram em situações semelhantes e que decai seu padrão de qualidade de vida por falta de acompanhamento médico especializado. 
Palavras Chaves: Enfermagem; Asma; Parada Cardiorrespiratória.
ABSTRACT
The brônquica asthma is a chronic respiratory illness of most common, with main symptoms as: difficulty to breathe, chiado and squeeze in the chest and cough, these get worse due the ambient pollution, alérgenos and climatic changes. If not treated correctly and with the had control, it can lead to the death. In the situations of I aggravate with severe crises, the patient can evolve for a cardiorrespiratória stop (PCR), needing reanimação to cardiopulmonar (RCP). The present study one is about a carrying patient of asthma, that was taken care of in the Hospital of Emergency HE in the state of the Amapá with asthmatic crisis, evolving for a PCR, where the RCP maneuvers had been executed which they will be described in the present work, it has as main objective to describe the correct protocol of American Heart Association (AHA), as well as, implementing the systematization of the nursing assistance (SAE) in accordance with its necessity. The theory of nursing used in the case study was of Dorothea Orem, where, in its former medical history possuía was perceived that same not the autocuidado one. The present study it showed the importance of the autocuidado one, and has as objective not to limit only the cited patient, but, the patients who if find in similar situations and that its standard of quality of life due to specialized medical accompaniment decays. 
Words Keys: Nursing; Asthma; Stopped Cardiorrespiratória.
INTRODUÇÃO
Segundo o Ministério da Saúde a asma é responsável por mais de dois mil óbitos por ano, e cerca de 350 mil internações. Ela também é a terceira maior causa de internações hospitalares evoluindo de 5% a 10% de mortes por causas respiratórias, a asma pode ser controlada como: o controle ambiental, educação para o paciente e seus familiares, e o uso de medicações, podendo ser implementada nas unidades básicas de saúde (UBS) programas de controle de asma, com essa implementação ocorre a redução de crises asmáticas diminuindo o número de hospitalizações e visitas nos pronto-socorro, além de proporcionar melhoria da qualidade de vida (CARMO, ANDRADE, NETO 2013 p. 162). 
A asma brônquica é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que provoca hiper-reatividade das vias respiratórias, edema de mucosa e produção de muco. Esta inflamação leva a episódios recorrentes de sintomas como: tosse, aperto no tórax, sibilos e dispneia. O aumento dessa patologia e do desenvolvimento das melhores medicações a taxa de mortalidade da doença ainda continua aumentando, são mais elevadas em indivíduos afrodescendentes e latinos que moram em bairros de baixa renda. Contribuindo para fatores de riscos como: a genética e aspectos moleculares, recursos financeiros limitados da comunidade, o acesso, prestação na qualidade dos cuidados de saúde e falta na cobertura de planos de saúde (BRUNNER&SUDDARTH, 2015).
Segundo o protocolo de diagnóstico e tratamento de asma da sociedade do estado do Rio de Janeiro, o controle da asma deve ser avaliado a cada três meses e tem como objetivo o controle da doença, sintomas e riscos futuros. Para pacientes que são parcialmente controlados ou não controlados é preciso considerar o aumento da dose da medicação de controle ou a adição de outras medicações de outra classe. É importante avaliar a adesão do tratamento e a técnica inalatória antes da realização de mudanças no tratamento (AGUIAR, Fábio et al 2018).
A patologia da asma é a inflamação difusa reversível das vias respiratória que leva a um estreitamento das vias respiratório que leva a um estreitamento das vias respiratórias em longo prazo, dentre essas alterações incluem a broncoaspiração, o edema as vias respiratórias, a hiper-reatividade das vias respiratórias, contudo, essas interações determinam as manifestações clínicas e a gravidade de asma brônquica. A asma brônquica tem um processo de doença complexo, que envolve várias células inflamatórias e estruturais, os macrófagos, linfócitos T, neutrófilos e eosinófilos desempenham um papel essencial na inflamação brônquica. Quando ativados, os macrófagos liberam substâncias químicas chamas mediadores. Esses mediadores perpetuam a resposta inflamatória, que causa aumento no fluxo sanguíneo, vasoconstrição, vazamento de líquido de vasculatura, atração de leucócitos para a área, a secreção de muco e broncoconstrição. À medida que as crises asmáticas tornam-se persistentes, as inflamações progridem e esses fatores podem estar envolvidos na limitação do fluxo de ar (BRUNNER&SUDDARTH, 2015).
Existem três sintomas mais comuns na asma brônquica que é a tosse, a dispneia e os sibilos, porém, em alguns casos a tosse pode ser a única sintomatologia. As crises muitas vezes ocorrem durante a noite ou no início da manhã, possivelmente por causa das variações circadianas que influenciam os limiares dos receptores das vias respiratórias. Às vezes, o muco está tão firmemente encravado nas vias respiratórias que o paciente não consegue expectora-lo pela tosse. Pode haver sibilos generalizados, primeiro na expiração, e em seguida possivelmente na inspiração, ocorrendo constrição no tórax e dispneia generalizada ocorrendo esforço e tornando a expiração prolongada. Conforme o quadro de instabilidade aumenta podem ocorrer sudorese, taquicardia e aumento da pressão do pulmão, causando hipoxemia e cianose central. A hipoxemia é decorrente da falta de suplementação de oxigênio (BRUNNER&SUDDARTH, 2015).
2 OBJETIVOS 
Identificar fatores de riscos e predisponentes que venha a desencadear uma crise asmática, discutir suas principais complicações e o manejo clínico de estágios da doença. 
2.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS 
Ressaltar a importância do autocuidado por meio da prevenção, através das terapias medicamentosas com visitas regulares ao médico especialista.
Descrever o protocolo de RCP segundo a American Heart Association, as principais medicações de uso nas intercorrências e o manejo clínico.
3 METODOLOGIA
O presente estudo abordará um atendimento realizado no Hospital de Emergência (HE) no estado do Amapá-AP, onde tivemos acesso ao atendimento de emergência da paciente em questão de 37 anos, casada, dona de casa, possuía três filhos e com histórico de asma. A teoria que foi utilizada como base foi a de Dorothea Orem. Como fundamentação teórica foi utilizados livros e artigos. Artigos pesquisados em Scientific Electronic LibraryOnline – Scielo, livro como BRUNNER&SUDDARTH 13ª Edição, NANDA-I 2018-2020, Protocolo de parada Cardiorrespiratória da American Heart Association (AHA) 2015.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A paciente não ia ao médico especialista a mais ou menos oito anos, suas crises asmáticas estavam mais frequentes segundo os familiares, chegou a visitar a UBS Marcelo Cândia nos últimos três meses por três vezes, fazendo apenas terapia de inalação e retornava para casa. Observa-se que suas crises estavam constantes, a mesma deveria ter procurado um médico especialista, para fins de mudança do medicamento, já que as crises estavam mais constantes, por esse motivo a teoria que mais se enquadrou no caso em questão foi a de Dorothea Orem com a Teoria do Auto Cuidado, acreditamos que se a paciente tivesse visitado o médico especialista periodicamente o quadro não teria se agravado. 
 
4.1 COLETAS DE DADOS
4.1.1 IDENTIFICAÇÃO 
Paciente F.M.C de 37 anos, nascida dia 21 de junho de 1981, declara-se parda, casada, com três filhos, dona de casa, reside na zona norte do estado do Amapá.
4.1.2 HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL
Paciente veio na Unidade Básica de Saúde UBS Marcelo Cândia dia 14 de março de 2019 às 16:35 hr, com queixas de cansaço e esforço aparente. Apresentando nível de consciência, orientada, com perfusão periférica de 89%, e uso de musculatura acessória, sibilo bilateral em ausculta pulmonar. Realizado, hidrocortisona de 500mg, mais nebulização de soro fisiológico 0,9% em 5 ml, com Berotec 10 gotas mais Atrovent 20 gotas em três etapas de 20, sem melhoras (Dados retirado do prontuário da paciente).
 Paciente foi encaminhada para o Hospital de Emergências por carro próprio, adentrando às 18:20 hr, na triagem apresentou pressão arterial 210x120 mmHg tendo sua classificação de risco na cor vermelha, na consulta médica foi prescrito pelo médico hidrocortisona 500 mg, por via venosa, nebulização de Atrovent 20 gotas com água destilada em 3 mls, furosemida 1 comp. via oral e propanalol 1 comp. via oral. A mesma fez o uso de todas as medicações, porém, evoluiu seu quadro para uma Parada Cardiorrespiratória (PCR). Realizado o protocolo de reanimação cardiorrespiratória (RCP) com compressões continuas, administrando 1 ventilação a cada 6 segundos, a paciente não respondeu aos estímulos, logo depois a mesma foi intubada, porém, de acordo com a AHA recomenda-se compressões torácicas por um determinado período (normalmente, 1,5 a 3 minutos) antes da administração do choque, o que não foi realizado. A RCP deve ser administrada enquanto as pás do desfibrilador automático externo DEA são aplicadas, e até que o DEA esteja pronto para analisar o ritmo. Após a intubação, foi utilizada adrenalina três vezes a cada cinco minutos e compressões contínuas com uma ventilação a cada seis segundos, sendo verificada a artéria femoral e radial a cada cinco minutos, apresentando pupilas midriáticas, porém, segundo a AHA a recomendação é administrar a epinefrina o mais rápido possível após o início da PCR, aplicar em um período de 1 a 3 minutos, e em 3 intervalos posteriores de 4 a 6, 7 a 9 e superior a 9 minutos), oferecendo 1 ventilação a cada 6 segundos e verificando o pulso carotídeo a cada 2 minutos, pois, com a administração precoce da epinefrina ocorre um aumento do retorno da circulação espontânea (RCE) com maiores chances de sobrevivência e alta hospitalar e com o sistema neurológico intacto. 
No momento das compressões paciente broncoaspirou restos alimentares e apresentou epistaxe. Após a avaliação e monitoramento da saturação e pulso, a mesma estabilizou e foi administrado sulfato de magnésio diluído em soro glicosado 5%. Posteriormente bicarbonato de sódio 8,4% correndo aberto em acesso venoso periférico em Y com metilprednisolona 500 mg + 100 ml de soro fisiológico, porém, segundo o Guia de Medicamentos e Cuidados de Enfermagem de Viana e Silva 2010, indica via exclusiva para o bicarbonato de sódio, evitando interações medicamentosas. 
 Foi prescrito ventilação mecânica pelo médico, onde o enfermeiro aproveitou a oportunidade para aspirar as secreções oral e nasal e do tudo orotraqueal (TOT). Após dez minutos a saturação da paciente caiu para 50%, onde ocorreu a necessidade de utilizar o balão autoinflável com ventilação excessiva, mas, segundo a American Heart Association, não é recomentado a ventilação excessiva e retornou sua saturação para 98%. Depois da troca de plantão o médico plantonista prescreveu thiopental 2g + 200 ml de soro fisiológico (20 ml/hr) tendo necessidade continua do uso do balão autoinflável, pois o ventilador mecânico não estava conseguindo suprir a necessidade de aporte de oxigênio que a paciente necessitava. Paciente foi encaminhada para a UTI, aonde lá veio a óbito na mesma noite.
TABELA DE MEDICAMENTOS APLICADOS
	Medicação
	Ação
	Indicação
	Cuidados de enfermagem
	Hidrocortisona 500 mg
	Antiinflamatorio esteroide, corticosteroide, vasoconstritor, imunossupressor.
	Asma brônquica, colite ulcerativa, edema inflamação grave, reação alérgica grave.
	Informar ao paciente a ação do medicamento os efeitos colaterais mais comuns e importância da colaboração durante o tratamento; Orientar o paciente a procurar um médico diante de quaisquer reações adversas significativas ou intolerantes.
	Berotec (Fenoterol)
	Broncodilatador
	Asma Brônquica, bronquite crônica, bronquite obstrutiva e enfisema pulmonar.
	Observar a melhorar do padrão respiratório e comunicar a equipe medica; Informar ao paciente a ação do medicamento os efeitos colaterais mais comuns e importância da colaboração durante o tratamento.
Durante o tratamento avaliar a melhora do quadro e comunicar a equipe médica. 
	Atrovent (Ipratropio) 
	Broncodilatador 
	Broncoespasmo (falta de ar repentina), DPOC, bronquite crônica, enfisema e asma brônquica. 
	Informar ao paciente a ação do medicamento os efeitos colaterais mais comuns e importância da colaboração durante o tratamento; Durante o tratamento avaliar a melhora do quadro e comunicar a equipe médica.
	Furosemida 20 mg
	Diurético, anti-hipertensivo. 
	Crise Hipertensiva, edema, edema pulmonar agudo.
	Manter o controle da pressão arterial e frequência cardíaca atentando-se para possíveis sinais de hipotensão.
	Propanalol
	Anti-hipertensivo, antianginoso, antienxaquecoso, antiarrítmico.
	Angina do peito, arritmia, enxaqueca, hipertensão arterial.
	Manter o controle da pressão arterial e frequência cardíaca durante o tratamento; não administrar medicação se FC for < 60bpm.
	Bicarbonato de Sódio 500 mg
	Antiácido, Agente alcalinizador. 
	Alcalinização sistêmica; alcalinização urinária; Diarreia severa.
	Se possível informar ao paciente quanto a ação do medicamento e efeitos colaterais mais comuns; Preferir via exclusiva de administração; Precipita em contato com gluconato de cálcio e interfere na ação da epinefrina.
	MetilPrednisolona
	Antiinflamatório esteroide, corticosteroide e imunossupressor. 
	Inflamação e Imunossupressão. 
	Aplicar por via endovenosa lentamente, certificando-se da permeabilidade do acesso venoso; Checar rotineiramente eletrólitos como sódio e potássio sanguíneo; A atenção deverá ser aumentada nos pacientes com doenças renais ou hepáticas. 
	Tiopental 2g
	
Barbitúrico de ação curta. 
	
Anestesia geral (Para procedimento de curta duração); Estados convulsivos após a anestesia. 
	
Em pacientes asmáticos deve-se utilizar o produto com extrema cautela , tendo materiais e medicamentos disponíveis para manobras de RCP; Manter permeabilidade do acesso venoso e testar refluxo antes da administração do anestésico.
	Epinefrina
	Antiasmático; vasoconstritor; broncodilatador
	Asma Brônquica; Choque anafilático; parada cardíaca.
	Observar continuamente a melhora do padrão respiratório; Informar que esse produto pode ter sua ação inibidora ou pode inibir a ação de betabloqueadores. 
	Sulfato de Magnésio
	Anticonvulsivante
	Convulsão na toxemia gravídica; Hipomagnesemia.
	Investigar o uso de outros medicamentospossíveis interações medicamentas; Informar sobre as possíveis manifestações como anúria, alterações da função cardíaca, diminuição da temperatura corpórea, queda da pressão arterial, sonolência, sudorese e vermelhidão na pele,
4.1.3 HISTORIA MÉDICA PREGRESSA
Paciente com histórico de asma brônquica realiza terapia medicamentosa diária de salbutamol a mais de oito anos e não consultava com médico especialista desde então. Não era hipertensa ou diabética, Sentiu fortes dores desde o período da manhã, porém, procurou a UBS no período da tarde já apresentando cansaço e mal estar. A mesma é sedentária, alimenta-se bem, mas dificilmente com presença de leguminosas. Não possui alergias a medicamentos segundo esposo, e sua ultima alimentação foi ao meio dia no almoço, comeu frango, arroz e feijão. Suas atividades diárias são: acordar cedo por volta as 06:00 horas da manhã, fazer o café, cuidar das crianças e ir deixar na escola, ao retornar faz almoço (suas atividades de dona do lar). 
	Medicação
	Ação
	Indicação
	Cuidados de Enfermagem
	Salbutamol
	Broncodilatador
	Tratamento de broncoespasmo associado com a asma.
	Recomendar a importância dos hábitos saudáveis quanto a dieta alimentar adequada e a pratica de atividades físicas; Recomendar a paciente se manter hidratado; Informar sobre as possíveis manifestações como angina, aumento do apetite, alterações nos batimentos cardíacos, fraqueza, palpitação, queimação no estômago, sonolência sudorese. 
4.1.4 HISTORIA FAMILIAR
A mãe era diabética e hipertensa já falecida, e o pai não souberam informar.
4.2 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Desobstrução ineficaz de vias aéreas: devido às secreções espessas e ao estreitamento das vias aéreas.
Padrão respiratório ineficaz: Definido pela inspiração e/ou expiração que não proporciona ventilação adequada. Caracterizado pela capacidade vital diminuída.
Limpeza ineficaz das vias aéreas: Inspiração e/ou expiração que não proporciona ventilação adequada.
Ventilação espontânea prejudicada: Definida pela incapacidade de iniciar e/ou manter respiração independente que seja adequada para sustentação da vida, caraterizada pela diminuição da saturação arterial de oxigênio. 
Risco de debito cardíaco diminuído: Definido pela suscetibilidade a volume de sangue bobeado pelo coração inadequado para atender as demandas metabólicas do organismo que pode comprometer a saúde, associada pela alteração na frequência cardíaca. 
Risco de aspiração: Definido pela suscetibilidade a entrada de secreção gastrointestinais, secreções orofaríngeas, sólidos ou líquidos nas vias traqueobrônquicas que pode comprometer a saúde, associado a incapacidade prejudicada para deglutir, a o nível de consciência diminuído, é presença de sonda oral/nasal. 
Risco de boca seca: Definido pela suscetibilidade a desconforto ou dano a mucosa oral devido a quantidade reduzida ou a qualidade da saliva para hidratar a mucosa que pode comprometer a saúde, devido ao estresse excessivo, associada a incapacidade de alimentar-se por via oral. 
Risco de integridade da membrana mucosa oral prejudicada: Definido pela suscetibilidade a lesão em lábios, tecidos moles, cavidade oral e/ou orofaringe que pode comprometer a saúde, devido a estressores, associados a fator mecânico.
Débito Cardíaco diminuído: definido pelo volume de sangue bobeado pelo coração inadequado para atender as demandas metabólicas do organismo, associado a alteração na frequência cardíaca.
4.3 PLANEJAMENTOS E IMPLEMTAÇÃO DE ENFERMAGEM
Os planejamentos e implementações foram realizados simultaneamente, ao longo dos procedimentos da RCP, devido ao quadro de emergência da paciente.
Compressões contínuas com profundidade de pelo menos 5 cm, fazendo 1 ventilação a cada 6 segundos;
Utilização de equipamentos de proteção individual (EPI’S);
Preparo e administração de medicações;
Acesso Venoso: Calibroso, para medicações de perfusão rápida. 
Monitoramento de Perfusão Periférica: Oxímetro;
Aspiração de Vias aéreas: Devido à broncoaspiração, utilizado soro fisiológico 0,9 % para limpeza da sonda, consequentemente desobstruindo as vias respiratórias com tal ação com intuito de melhorar a complacência pulmonar.
Ventilador mecânico: Utilizado para oferecer o suporte a paciente que não conseguia respirar espontaneamente, pois, possivelmente seus pulmões tiveram atelectasia, não conseguindo suprimir a necessidade de oxigênio que necessitava.
5 CONCLUSÃO
Sabemos que a asma é uma patologia crônica e incurável, por isso, fez-se necessário a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) com o auxilio da equipe médica na realização das manobras de ressuscitação onde todos trabalhavam em prol do bem estar da paciente, a equipe engajou-se para a melhora do quadro. Porém, devido às trocas de gases respiratórios não ocorrerem, houve colapso dos alvéolos que impediram a troca normal de oxigênio e dióxido de carbono, a atelectasia. Assim, os órgãos, nervos e músculos da respiração não conseguiram trabalhar de forma adequada sendo impossível ocorrer à perfusão aonde, a paciente veio a óbito na mesma noite. 
O presente estudo mostrou a importância do autocuidado, e tem como objetivo não se limitar apenas a paciente citada, mas, a pacientes que se encontram em situações semelhantes e que decai seu padrão de qualidade de vida por falta de acompanhamento médico especializado. É necessário refletir sobre a necessidade de o enfermeiro ser mais ativo na Unidade Básica de Saúde (UBS), com programas educativos, tendo como objetivo a promoção e prevenção da saúde, de engajamento no autocuidado a fim de proporcionar uma melhora no padrão de resposta, diminuindo os riscos de agravos e evitando óbitos. 
REFERÊNCIA 
CARMO, ANDRADE, NETO 2011 p. 162.  Avaliação de um programa de controle da asma em unidades de saúde da família. Revista Cardiológica Saúde Pública. Rio de Janeiro. Ed. 27. p. 162-172, jan 2011. Disponível:< http://www.scielo.br/pdf/csp/v27n1/17.pdf> Acesso em 28 de Março de 2019.
HINKLE, Janice; CHEEVER, Kerry. Tratado de Enfermagem Médico-Cirurgica. Rio de Janeiro: Guanabara. 2015. Ed. 13°. 
AGUIAR, Fábio et al. Protocolo de Diagnóstico e Tratamento de Asma da Sociedade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro 2018. Disponível em: < http://www.sopterj.com.br/wp-content/uploads/2018/03/protocolo-asma-SOPTERJ-2018.pdf> Acesso em: 22 de Março de 2019.
VIANA, Dirce; SILVA, Evandro. Guia de Medicamentos e Cuidados de Enfermagem, São Paulo: Yendis 2010.
GUIDELINES. Destaques da American Heart Association 2015 Atualização das diretrizes de RCP e ACE. American Heart Association. Disponível em: < https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf> Acesso em 22 de Março de 2019.
Graduanda em Enfermagem na Faculdade de Macapá¹
Graduanda em Enfermagem na Faculdade de Macapá²
Graduanda em Enfermagem na Faculdade de Macapá³
Pós Graduado em Docência e Gestão de Ensino Superior, Cardiologia e Hemodinâmica e Urgência e Emergência, Mestre em Terapia Intensiva e Dr em Terapia Intensiva4

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