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A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 1 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Mariana Santos Neves de Andrade–mariana.sna@hotmail.com Design de Interiores – Ambientação e Produção do Espaço Instituto de Pós-Graduação - IPOG Vitória, ES, 04 de março de 2017 Resumo O objetivo do presente artigo é demonstrar, de forma não exaustiva, a importância da iluminação artificial nos ambientes internos residenciais, através de sua correta aplicação nos espaços, em função das exigências e necessidades dos clientes. A pesquisa ocorreu pelo fato da iluminação artificialser uma ferramenta imprescindível, que nos afeta diretamente, tanto nas nossas sensações epercepções e na forma como enxergamos o ambiente como um todo. Uma iluminação mal aplicada pode carretar diversos fatores negativos. O estudo foi dividido na seguinte forma: inicialmenteuma breve história da iluminação artficial; posteriormente, os tipos de lâmpadas elétricas mais conhecidas no mercado, uma apresentação dos tipos de iluminação,a classificação dos sistemas de iluminação,a função da luz no projeto e, por último, uma visão geral da iluminação nos ambientes internos, tópico no qual serão apresentados, através de imagens, alguns exemplos da aplicação da iluminação artificial no ambiente. O estudo foi realizado através de leituras bibliográficas de artigos cientificos, publicações e livros. O resultado encontrado foi demonstrar às pessoas que não são profissionais da área de arquitetura e design de interiores, a importância do projeto de iluminação nos ambientes internos residenciais e como ele influencia em diversos aspectos, além de prorporcionar a valorização do ambiente. Palavras-chave: Iluminação Artificial, Luz, Lâmpadas, Residência, Ambientes. 1. Introdução Com a vida agitada e no mundo capitalista passamos cada vez mais tempo fora de casa e por isso quando não estamos trabalhando queremos nos sentir bem em nosso lar. O uso da iluminação artificial nos projetos residenciais tem sido cada vez mais valorizado pelos arquitetos e pelos designers de interiores, pois através dele podemos atingir diferentes efeitos, sensações e percepções dentro dos ambientes. A forma que a iluminação é inserida em um ambiente influencia, diretamente, a vida dos moradores da casa, podendo ter consequências positivas;porém quando mal posicionada e projetada, por sua vez, trará consequências negativas e, automaticamente, irá afetar a “saúde” do individuo. A casa deve ser um refúgio e cabe aos profissionais da arquitetura e do design de interiores proporcionar a seus clientes que os ambientes residenciais transmitam não somente beleza e funcionalidade, mas bem estar, aconchego e segurança. O presente artigo partiu da constatação de que o projeto de iluminação, muitas vezes, não recebe, por parte dos clientes, a devida atenção/valorização, pois muitas pessoas não estão conscientes da influência e da importância que a iluminação artificial causa na vida deles, em decorrência dos efeitos que a iluminação e, porque não dizer, a luz, provoca em um ambiente. Não é objetivo do presente artigo adentrar na parte técnica da iluminação artificial residencial A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 2 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 mas tão somente trazer uma visão geral dos tipos de iluminação e principais lâmpadas existentes para uso residencial e a forma como esses elementos podem ser utilizados de forma a valorizar os ambientes e melhorar a vida das pessoas que desfrutam desses mesmos ambientes. Iluminar um ambiente não significa simplesmente escolher uma lâmpada e colocar no “centro” do ambiente, mas sim proporcionar que a luz permita que você realize suas atividadesnaquele ambiente de forma segura e com menor esforço físico ou emocional. Ao definir o tipo de iluminação a ser utilizado no ambiente o arquiteto e o designer de interiores deve considerar uma série de questionamentos tais como a função do espaço, as pessoas que irão usufruir aquele ambiente (faixa etária), o estilo de vida das pessoas, a atmosfera que desejacausar no ambiente, o valor a ser investido na iluminação, que são elementos importantes para o bom desenvolvimento de um projeto de iluminação de interiores, e não apenas a escolha do valor ou tipo de luminária. Como bem afirma Barbosa (2010) o homem deverá ser o centro das necessidades pois os espaços são projetados para atender às suas exigências de conforto luminoso, pois isso impactará seu comportamento e seu modo de vida. Portanto, pretende-se com o presente artigo, trazer uma reflexão acerca da importância da iluminação artificial nos ambientes residenciais, não somente pelo fato de ser um elemento que reproduz a luz natural, mas pelo fato de ser um elemento que, se utilizado de forma adequada, é um agente transformador dos ambientes e das pessoas que por eles passam. 2. História da iluminação artificial A iluminação artificial, regra geral, partiu de uma premissa básica que era a de imitar a iluminação natural, já que o homem está intimamente ligado à iluminação proporcionada pelo sol. Nessa linha de pensamento, aponta Silva (2009): [...] o nosso ciclo vital está intimamente ligado à luz do sol. É necessário lembrar sempre que a luz artificial foi descoberta pela necessidade do homem de enxergar à noite, claro, mas principalmente pela necessidade que a vida exigiu de vivermos em ambientes fechados [...]. Tudo o que fazemos com equipamentos de iluminação, tem no fundo essa necessidade de imitarmos a luz fornecida pelo nosso astro maior – o Sol. No período da Idade da Pedra, o homem descobriu que o fogo, descoberto meio que por acaso, era um elemento que poderia lhe proporcionar luz e calor, e, por conta disso, foi até mesmo considerado um deus. Nascia, assim, a primeira fonte de luz artificial, que proporcionava ao homem sair da escuridão. No entanto, essas primeiras experiências com o fogo, que literalmente caíam do céu, ocorria de forma natural, espontânea, quando os raios caiam nas árvores ou plantas secas e, assim, causavam incêndios com duração variada. Contudo se aquele foco de incêndio – que chegava a causar certo temor ao homem primitivo – se apagasse era necessário esperar por outros incêndios para obter iluminação. Surgia, então, a necessidade do homem controlar o fogo, mantendo-o aceso, para que ele lhe proporcionasse luz, calor e até mesmo lhe desse proteção contra os animais selvagens, mantendo-os afastados. A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 3 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Portanto foi imperativo ao homem primitivo descobrir como manter o fogo aceso: muito provavelmente, através da observação de que brasas decorrentes da queima natural da madeira podiam ser realizadas pelo sopro ou pela ação do vento, fazendo com que a chama reaparecesse, leva-nos a pensar ter sido o seu ponto de partida para a manutenção do fogo gerado pelos incêndios causados por raios. A etapa seguinte para o homem primitivo era descobrir como ativar o fogo. Talvez, mais uma vez pela observação, eles perceberam que o fogo aumentava pelo aquecimento de folhas ou galhos secos. Isso indicava que a chama poderia ser iniciada a partir de temperaturas elevadas. Desta forma, descobriram que o atrito entre dois pedaços de madeira seca aumentava a temperatura e produzia a chama. A partir do momento quedescobriu como reativar o fogo, foi possível ao homem primitivo transportar o fogo:por meio de um pedaço de madeira a chama era levada do seu lugar natural até a sua habitação (as cavernas) e lá tentava-se manter o fogo ativo como fonte de luz, calor e proteção. Somente mais tarde, através do atrito de pedras ou pedaços de madeira, percebendo que dali saíam faíscas, foi que o homem primitivo conseguiu, por conta própria, criar o fogo, dominando-o: sem dúvidas este foi um marco e, porque não dizer, o primeiro passo da iluminação artificial. Nesse sentido, afirma Gasparotto (2013): Em busca da sobrevivência no seu habitat, o Homem paleolítico (2.000.000 a.C. a 10.000 a.C.) primeiramente descobre como manter aceso o fogo, que surgia naturalmente na floresta, a fim de criar um espaço de conforto térmico e visual nas noites. Posteriormente, batendo duas pedras e vendo faíscas, entende que pode acender o fogo e, deste modo, passa a iluminar suas noites escuras, privilégio que havia somente quando iluminadas pela lua.Foi desta forma que o Homem passa a fabricar artificialmente a sua forma de iluminar, obtendo uma nova maneira de viver no seu espaço. O fogo foi à grande descoberta para uma virada na evolução do homem. [...].Mais tarde, acendendo o fogo para assar um animal, percebe que a gordura que pingava na brasa, fazia aumentar a chama. Então, começa a usar os óleos animais e vegetais junto com fibras naturais para manter o fogo aceso por mais tempo nas “luminárias de pedra”, na Era Neolítica (10.000 a 4.000 a.C) [...]. O fogo também permitiu ao homem cozinhar o seu alimento e através do aquecimento de carne de animais ele pode notar que a gordura que pingava da caça durante o cozimento atiçava o fogo, percebendo, assim, uma outra maneira de mantê-lo aceso por mais tempo. Percebe-se, portanto, que a gordura animal, de uma certa maneira, foi o primeiro líquido e ser utilizado para iluminar um ambiente (caverna), ainda que de forma rudimentar e primitiva, trazendo, assim, para ele um maior conforto. Pouco a pouco o método utilizado pelo homem foi sofrendo melhorias, muitas vezes decorrente de simples observação do que acontecia ao seu redor. Novamente observando o fogo no chão, viu que o fogo secava a argila e a deixava com maior rigidez. Com isso passa a produzir as “lucernas cerâmicas” e outros artigos. Em torno do ano 3.000 a.C. foram descobertas as chamadas velas de bastão no Egito e na Grécia, que eram feitas com a gordura animal na forma pastosa, ou seja, sebo, e não mais na forma líquida como antigamente, espalhada em pedaços de junco torcido. Ao longo do tempo, com a evolução natural do homem, outros materiais também foram A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 4 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 utilizados, originando novas descobertas, como, por exemplo, a utilização da cera de abelha no lugar do sebo, pois a cera permitia uma chama mais brilhante, além de produzir luz com menos sujeira e menos mau cheiro do que o sebo. Gasparotto (2013) afirma, ainda, que na Idade Média as velas eram artigos de luxo, já que eram caros, sendo colocados em detalhados castiçais de prata e madeira, surgindo, posteriormente as lanternas metálicas, que com o auxílio de suportes passaram a ser penduradas nos muros das casas. Ao longo dos anos as técnicas para manter o fogo aceso para iluminar, segundo a autora, foram sendo aprimoradas, até que em 1783, o suíço François Pierre Ami Argand descobriu que ao se colocar um cilindro de vidro sobre um queimador, a chama ficava mais eficiente, iluminado o equivalente a seis velas. A lâmpada de Argand, como passou a ser conhecida, era feita com um pavio introduzido em um cilindro de vidro, por onde passava uma corrente de ar, a qual auxiliava na combustão da chama, que ficava mais estável, mais brilhante e gerando, assim, menos fumaça e menos odor (dois pontos) surgia, assim, a lâmpada a combustível, que permitiu. criar lustres mais seguros. Alguns anos mais tarde, em 1792 o escocês Willian Murdoch através de uma experiência com a destilação de carvão fóssil armazenou o gás obtido e iluminou a sua casa, surgindo, assim, a iluminação a gás, que foi de suma importância para a iluminação pública. Afirma Gasparotto (2013) que um candelabro a gás permitia um controle da luz e possuía uma luz mais intensa, iluminando o equivalente à luz de doze velas, proporcionando, assim, maior segurança para todos, permitindo prolongar o horário social das pessoas, além de ser um grande passo para o desenvolvimento das indústrias. No ano de 1859, aponta a autora, que foi descoberto o primeiro veio de petróleo na Pensylvânia, pelo norte americano Eldwin Laurentine Drake e, assim, passou-se a produzir a lâmpada de querosene, que era de armazenagem mais fácil e de custo mais barato do que o sistema a gás. O grande salto, no entanto, surge na segunda metade do século XIX com a descoberta da eletricidade, por Thomas Edson. Afirma Gasparotto (2013) que alguns cientistas, ao longo dos anos, tiveram experimentos que geravam faíscas iluminadas por correntes elétricas, mas que Edson foi o inventor da primeira lâmpada com viabilidade comercial no ano de 1879. Com a descoberta de Edson, surge um novo divisor de águas na iluminação artificial e, a partir daí, consciente da importância da iluminação para evolução da humanidade, o homem passa a pesquisar e desenvolver formas cada vez mais sofisticadas para suprir a sua necessidade de reproduzir a luz natural. 3. Tipos de lâmpadas elétricas As lâmpadas, assim como as luminárias, de acordo com Neufert (2014:510)são fontes de luz artificial, sendo que lâmpada é a fonte luminosa e luminárias são os elementos que dãosustentação à lâmpada e distribuem a luz. Existem no mercado vários tipos de lâmpadas, cada uma delas com suas características e peculiaridades, muitas vezes o que determina a escolha de uma no lugar de outra. Na realidade, as lâmpadas nada mais são do que fontes de luz artificial, que auxiliam no sistema de iluminação. Fiorini (2006:20) afirma que as lâmpadas elétricas podem ser classificadas tanto de acordo A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 5 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 com o processo de emissão de luz (incandescentes ou de descarga), quanto através do seu desempenho, levando em consideração suas características (vida útil, rendimento luminoso, índice de reprodução de cor, temperatura de cor). Ao apontar a classificação conforme o processo de emissão de luz, SILVA (2009:.20), afirma que a classificação das lâmpadas elétricas segue uma estreita relação com a natureza pois imitam fenômenos naturais, ora produzindo luz imitando o sol (lâmpadas incandescentes), ora imitando o relâmpago (lâmpadas de descarga). De uma forma geral, podemos apontar os seguintes tipos de lâmpadas conforme o processo de emissão de luz. 3.1 Lâmpada incandescente A lâmpada incandescente, que por sinal foi a primeira lâmpada elétrica, também é chamada de lâmpada de filamento, pois a luz é gerada pela passagem da corrente elétrica por um filamento que é uma resistência elétrica. Essa resistência faz o filamento aquecer a altas temperaturas, ficando em brasa, ou seja, incandescente. Atualmente é encontrada em variados tamanhos e formatos, sendo uma das suas principais características a transmissão de muito calor e, por conta disso, ocasiona um gasto energético muito grande. Como bem afirma Silva (2004:25) a “lâmpada incandescente é um pequena fogueira enjaulada e, até por isso, está caindo em desuso em todos os projetosonde a economia de energia prepondera”. A lâmpada incandescente pode ser encontrada o mercado em duas variações mais significativas: a incandescente comum (ou convencional) e a incandescente halógena. Lâmpada incandescente comum: produz muito calor já que apenas 10% da energia consumida é transformada em luz visível (o restante é energia térmica, ou seja, calor) e, justamente por isso ela desperdiça muita energia. Por outro lado, o custo de sua aquisição, em comparação com os demais modelos de lâmpadas existentes no mercado, costuma ser relativamente baixo, o que a torna muito popular, apesar de sua menor durabilidade. Este tipo de lâmpada possui um excelente índice de reprodução de cores – elemento muito importante na iluminação residencial – sem falar que ela permite a utilização de reguladores de intensidade luminosa, popularmente conhecidos como dimmers (GUERRINI, 2011:42). Outro aspecto negativo desse tipo de lâmpada, como bem aponta Silva (2004:25), no entanto, é o fato dela, com a utilização, sofrer perda gradativa de sua capacidade de luminosidade: “até o final da vida útil desse tipo de lâmpada, ela perde até 20% de sua luminosidade”, além de produzir muito calor. No Brasil, por determinação do Governo, a partir do ano de 2012, começou uma gradativa proibição na fabricação e venda desse tipo de lâmpada, por conta do seu alto consumo de energia, conforme já mencionado anteriormente e, ao término de todo estoque existente no país, não será mais possível a sua aquisição. A lâmpada halógena, por sua vez, é considerada por alguns autores uma evolução da lâmpada incandescente comum, pois o seu funcionamento acontece de forma similar à lâmpada incandescente comum (passagem de corrente elétrica por um filamento/resistência). A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 6 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 No entanto, o bulbo da lâmpada halógena é feito de quartzo (na convencional o bulbo é de vidro comum), com adição de gás halógeno, o que não acontece na convencional (NEUFERT, 2014:510). Ela possui uma maior durabilidade do que a lâmpada incandescente comum e conforme o tempo a sua luminosidade é uniforme, não sofrendo alteração, como acontece com a incandescente comum. Outro fator que a difere a lâmpada halógena da lâmpada incandescente é que ela é uma lâmpada brilhante, não libera calor e possui tamanho reduzido, além de uma ótima reprodução de cor permitindo, assim, a criação de ambientes confortáveis. Nos últimos tempos, conforme menciona Silva (2009:23), a lâmpada halógena sofreu uma evolução tecnológica e passou a produzir mais luz e emitir menos calor, principalmente o modelo que controla e retém o raio infravermelho. Assim como acontece nas lâmpadas incandescentes comuns, existem diversos modelos diferentes de lâmpadas halógenas, amplamente utilizadas e podemos citar como exemplos a halógena halopim, a halógena bipino, a halógena Halopar e a halógena dicróica. 3.2 Lâmpada de descarga Conforme ensinam Vianna e Gonçalves (2001:208), esse tipo de lâmpada não produz luz pelo aquecimento de um filamento – como ocorre com a incandescente – mas pela ativação de um gás no interior da lâmpada (um vapor de metal ou uma mistura de diversos gases e vapores), dentro de um tubo de descarga, com a ajuda de um reator para o seu funcionamento correto, sendo que algumas ainda necessitam de outros dispositivos auxiliares como ignitores ou dispositivos de partida. De acordo com Silva (2009:24), ela recebe este nome pois, conforme já antes mencionado, imita um fenômeno da natureza, que é o relâmpago, possuindo elevada capacidade de aproveitamento, uma vida útil relativamente longa, além de ser baixa emissora de calor A lâmpada de descarga pode ser classificada em lâmpada de baixa pressão ou de alta pressão. Nesta, o tubo de descarga é de quartzo ou cerâmica, pois o vidro comum não suportaria a pressão interna, que corresponde a várias atmosferas; naquela, por sua vez, o bulbo é feito de vidro comum, pois a pressão interna é semelhante à pressão externa. O exemplo mais conhecido de lâmpada de descarga de baixa pressão de uso residencial é a lâmpada fluorescente, que é muito antiga; ela possui alta eficiência energética e uma vida útil muito longa. Nesse sentido, aponta Vianna e Gonçalves (2001:208): “essas lâmpadas são a clássica forma para uma iluminação econômica. São de alta eficiência e longa durabilidade o que viabilizou aplicação nas mais diversas áreas”. Gurgel (2013:234), por sua vez, sustenta que “seu custo elevado dilui-se na economia de energia elétrica que proporciona e na sua vida útil, até oito vezes superior à das incandescentes tradicionais. Por isso tem sido muito utilizada.”. Sua reprodução de cores é razoável e o seu uso pode ser aplicado em todos os ambientes residenciais, já que é encontrada em tonalidades diferentes (cada tonalidade da lâmpada influencia no conforto e na intensidade na iluminação do ambiente). Atualmente, a lâmpada fluorescente pode ser encontrada em formas e tamanhos bem variados, como, por exemplo a fluorescente tubular, a compacta, a circular, dentre outras. A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 7 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Dentre as mencionadas, a lâmpada fluorescente compacta, pode reduzir até 80% do consumo de energia comparando-a com a lâmpada incandesceste mantendo o mesmo nível de iluminação, além de apresentar uma vida útil muito maior. Além disso, alguns modelos possuem reatores eletrônicos já incorporados proporcionando, assim, grande economia, vida útil maior e muito mais conforto. Dentre as lâmpadas de descarga de alta pressão, podemos citar as lâmpadas a vapor de mercúrio puro (muito utilizadas na iluminação publica), as lâmpadas de luz mista (uma combinação da lâmpada incandescente com uma lâmpada a vapor de mercúrio puro, sem utilização de reator funcionando diretamente na rede de 220 volts). 3.3 Lâmpada LED O LED (Light Emitting Diod), em português, diodo emissor de luz, atualemnte, é a fonte de luz que possui maior avanço tecnológico no mercado, e vem conquistando cada vez mais a população e os profissionais, substituindo pouco a pouco as lâmpadas tradicionais, devido a seus benefícios e vantagens. De acordo com, Castro (2012:4) , os diodos emissores de luz “são semicondutores em estado sólido que convertem energia elétrica diretamente em luz. A luz do LED é gerada dentro do chip, um pequeno gerador de luz, um material de cristal sólido. O chip gerador de luz é pequeno”. O LED possui diferentes funções: dentre as mais antigas, era utilizado para sinalizar os equipamentos eletrônicos. Hoje possui uma versatilidade muito grande, é utilizado como luz de farol de carro e iluminação para residências, comércios e indústrias. Alguns autores, não consideram o LED como uma lâmpada, mesmo tendo o formato de uma, eles afirmam que é apenas uma fonte de luz e que seu objetivo não e substituir as lâmpadas tradicionais. Em contrapartida, alguns autores, consideram o LED como uma lâmpada, pelo fato de possuir formato e função como o de uma lâmpada tradicional, já que ele é uma fonte de luz artificial que pode ser utilizada também para iluminar ambientes – e é esta a linha de pensamento adotada no presente artigo. Um fator importante que se pode apontar nesta lâmpada é que na sua composição não há mercúrio nem chumbo, o que permite seu descarte em lixos comuns (o que não ocorre com as lâmpadas fluorescentes, por exemplo), por não causar danos ambientais e também não gera riscos para a saúde da população/consumidor (INMETRO:[s.d]).Além disso, o LED não imite raios ultravioletas e nem infravermelhos (que são raios prejudicais à saúde); consome pouca energia e possui uma longa vida útil (cerca de 50 mil horas, ou seja, 50 vezes mais quando comparadas com as incandescente). O que lhe garante maior durabilidade – por conta disso, segundo, Castro (2012:2), as lâmpadas LEDs tem sido chamadas de Green Light, devido aos benefícios ambientais e para saúde do homem. A lâmpada LED possui uma grande variedade de cores, bom índice de reprodução de cores e uma variedade de temperatura de cor, sendo estes, fatores que ajudam a ter um grande leque de opções em sua aplicação/utilização, juntamente com o fato de possuir dimensão reduzida, já que é composto por um chip pequeno, permitindo assim, uma maior flexibilidade na sua utilização, principalmente quando inserida dentro de luminárias. A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 8 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Assim, como as demais lâmpadas, as de LED também possuem suas desvantagens, sendo este, seu alto custo de aquisição, e, talvez, esse seja esse o motivo para que ela ainda não esteja sendo utilizada em grande escala. Porém, quando analisarmos seus benefícios, nota-se que este custo é compensado, por exemplo, pelo baixo consumo de energia. Atualmente podemos encontrar no mercado uma grande variedade de lâmpadas em LED, dentre elas, podemos ciar como exemplos, os modelos que se assemelham a lâmpadas incandescentes, lâmpada de filamento de carbono, lâmpadas tubulares. Além disso, dentre os modelos disponíveis, podemos citar também a fita led, que é muito utilizado na iluminação dos ambientes – o uso não pode ser aleatório pois há lâmpadas LED especificas para determinados ambientes, por exemplo, na área externa é preciso ter atenção, pois é necessário que conferir no rótulo da lâmpada se esta é adequada para área externa: para isso é necessário que contenha IP65 para permitir que fique exposta a umidade. Sendo assim, as em formato de PAR, não são apropriadas para serem utilizadas nas áreas externas (DARODA, 2015). 4. Tipos de iluminação Inúmeras são as finalidades para a utilização da luz artificial no ambiente e o fator determinante para o tipo de iluminação necessária será obtido pela sua compreensão como um todo, considerando assim as dimensões do espaço, os materiais utilizados naquele espaço, e, de forma especial a função daquele espaço. Neste sentido destaca Gurgel (2013:236): A luz pode ser utilizada para diferentes finalidades. A compreensão exata do ambiente como um todo (dimensões, materiais e utilização) é o principal determinante do tipo de iluminação necessária. A atmosfera desejada complementará as informações para a correta escolha das lâmpadas e luminárias. Na mesma linha de pensamento Barbosa (2010:35) , aponta: A luz pode fazer o espaço parecer mais quente ou mais frio, pode nos fazer sentir abertos ou integrados ou ainda restritos, fechados e com intimidade. O espaço pode ser regulado pela luz, durante o dia, e à noite pela luz humana artificial que recria a claridade com fontes brilhantes na escuridão. Tomando por base o pensamento de Gurgel, podemos encontrar as seguintes funções da iluminação: 4.1 Iluminação geral É a iluminação mais comum e básica tendo como objetivo iluminar o ambiente de modo geral, sem preocupação de criar algum efeito ou destaque, caracterizando-se por ser o ponto de partida de qualquer projeto de iluminação. Ela ajuda na percepção do ambiente como um todo: geralmente fica distribuída de forma uniforme, o que permite uma maior flexibilidade no layout, mas, em contra partida, pode gerar ofuscamento e sua iluminação poderá não ser suficiente. Em ambientes residenciais, na maioria das vezes, a iluminação geral fica posicionada no centro do ambiente. A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 9 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 4.2 Iluminação de tarefa Neste tipo de iluminação o posicionamento da luminária é essencial para se conseguir realizar atividades especificas evitando, assim, excessivo esforço visual. É caracterizada por possuir uma luz constante e direta que possibilita a realização com precisão de atividades como cozinhar, ler, trabalhar. Seguindo a orientação da NBR 5413, existem iluminância para cada grupo de tarefas visuais que levarão em consideração, dentre outras, a idade do usuário, a velocidade e a precisão com que a tarefa deverá ser realizada, além de outros aspectos (DARODA, 2015). 4.3 Iluminação de efeito Neste tipo de iluminação trabalha-se com foco dirigido, que é utilizado para iluminar superfícies, objetos ou detalhes, sendo usada para criar pontos de interesse, gerar sombra, realçando determinados elementos. Esse tipo de iluminação geralmente é muito utilizado para valorizar quadros, objetos ou outro elemento de destaque no ambiente. O uso correto deste tipo de iluminação, além de atender ao seu objetivo maior, dependerá, também, do efeito que o profissional deseja impor em cada ambiente, a fim de deixá-lo ainda mais valorizado. 4.3 Iluminação decorativa Este tipo de iluminação, pela natureza de sua função, não é usada como fonte de luz no ambiente, pois objetiva criar destaque sem gerar muita luz. Muitas vezes esse tipo de iluminação busca dar destaque à própria luminária em si, como por exemplo através da utilização de um abajur, pois a sua capacidade de iluminação não é o fator principal de sua escolha. Existem atualmente no mercado uma variedade de luminárias que proporcionam efeitos variados e muitas delas, pelo seu próprio design, tornam-se verdadeiras peças decorativas, e a escolha para utilização de uma ou outra terá por base o custo de aquisição da peça. Na maioria das vezes a iluminação decorativa somente é definida após a definição da iluminação geral e da iluminação de tarefa, sendo que, via de regra, é a primeira a ser percebida ao entrar em um ambiente pelo impacto que causa (DARODA, 2015). 5. Classificação do sistemas de iluminação Os sistemas de iluminação são classificados pela forma como um fluxo luminoso é irradiado em uma determinada luminária, podendo ser irradiada diretamente ao plano de trabalho e em oposição ao plano de trabalho. Ao fazer a escolha do tipo de luminária a ser utilizado em um ambiente é preciso conhecer os efeitos que o facho de luz daquela luminária terá, para que consiga alcançar os objetivos e os efeitos desejados. Seguindo essa linha de pensamento, tem-se a seguinte classificação: a) Iluminação direta: o facho de luz emite de 90 a 100% do seu fluxo para baixo podendo variar conforme o ângulo de abertura do facho de luz. Este tipo de iluminação evita A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 10 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 que o teto e as paredes absorvam grande parte do fluxo luminoso, mas, por outro lado, produz grandes sombras e poderá causar ofuscamento; b) Iluminação semi-direta: o facho de luz emite de 10% a 40% da luz para cima e o restante, para baixo, proporcionando redução no contraste sombra-luz em relação ao sistema direto e a chance de causa ofuscamento é menor do que na iluminação direta; c) Iluminação difusa: o facho de luz é distribuído de forma homogênea em todas as direções. Este sistema evita a formação de áreas de sombras, permitindo que boa parte do fluxo chegue à superfície a iluminar, por reflexão no teto e nas paredes, e, por isso, a chancede causar ofuscamento é muito baixa; d) Iluminação semi indireta: o facho de luz emite de 60% a 90% da luz para cima e o restante, para baixo, e por isso, a chance de causar ofuscamento é praticamente nula e há pouca sobra. Sendo assim, esse sistema proporciona um efeito agradável, mas possui baixo rendimento luminoso por conta das perdas na absorção pelo teto e paredes; e) Iluminação indireta: o facho de luz é praticamente emitido para cima. Assim como no sistema semi indireto, não há ofuscamento nem sobra, e por isso, deixa o ambiente agradável mas em contra partida, o rendimento luminoso ainda é pior do que o anterior pois há ainda maior absorção pelo teto e paredes; f) Iluminação direta-indireta: o facho de luz é dirigido igualmente para cima e para baixo. Figura 1 – Os sistemas de iluminação Fonte: Gurgel (2013:243) 6.Função da luz no projeto A função da luz no projeto vai muito além da simples utilização como uma fonte de luz artificial para iluminar um determinado ambiente para que possamos realizar atividades, pois ela pode se utilizada de acordo com as mais diversas e variadas funções. Conforme a iluminação é utilizada no ambiente ela poderá proporcionar diferentes sensações, emoções e características através da percepção humana, de acordo com o resultado final no espaço utilizado. De acordo com Doroda (2015) pode-se afirmar que a luz pode ter a função de: A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 11 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 a) conectar: a luz, nesse caso, interliga espaços ou através da similaridade de tratamento da iluminação ou por definir elementos de transição de um local para outro, de forma que, apesar de separados, os ambientes possuam linguagens similares; b) separar: a luz, nesse caso, estabelece diferentes características para cada espaço; as qualidades distintas da iluminação e sua linguagem comunicam variações fazendo com que a percepção humana facilmente reconheça estas mudanças de um ambiente para outro; c) destacar: através da iluminação utilizada, as pessoas reagem aos contrastes, ou ao que se chama de interrupção no padrão visual que é observado; uma área com maior intensidade de luz dentro de um espaço de luz uniforme, com certeza atrairá o olhar. Ou seja, quando há um contraste do espaço com a luz, esta é a primeira coisa que iremos olhar ao entrar no ambiente; d) definir hierarquias: a luz ajuda na orientação e pode nos ajudar a reconhecer uma hierarquia espacial estabelecida. A instalação das luminárias pode reforçar a organização espacial; e) ritmo e movimento: o movimento é estimulado pela luz, com ritmos que provocam variações, podendo definir paradas e locais de contemplação. 7. Visão geral da iluminação nos ambientes internos Após compreender melhor as diversas opções de iluminação que se pode realizar nos ambientes, a seguir serão tecidas, de forma mais genérica, algumas sugestões de iluminação para que os ambientes fiquem mais valorizados. Ressalta-se que cada projeto possui sua particularidade, pois dependerá muito do cliente, das atividades que ele pretenderá realizar naquele espaço, a idade dos usuários, os materiais que o compõem, além de outros pontos que já foram mencionados anteriormente. Silva (2009:84), afirma que: Iluminar um ambiente de forma adequada é muito mais do que números e fórmulas, pois luz, na maioria dos casos, pressupõem emoção [...]. Existe a luz razão e a luz emoção. Mesmo quando utilizamos a luz razão é indispensável uma boa quantidade de emoção para que o todo funcione adequadamente, pois não estamos fazendo a iluminação para que a obra se baste, ou seja, para as paredes, o concreto, as portas. Nos estamos iluminando para o bem-estar das pessoas, e, ao envolvermos o ser humano, lidamos com a emoção [...]. Percebe-se portanto, que usar os cálculos de iluminação, pois eles demonstrarão apenas o lado mais técnico, mais racional; com relação ao lado emocional, cabe à sensibilidade e técnica do profissional proporcionar toda a gama de emoção e sensação que impactarão o ambiente. Segundo Hicks apud Bueno (2015) a iluminação artificial possui duas funções, sendo elas: A iluminação artificial tem dois papéis na decoração: O primeiro é ser funcional, permitindo que, na ausência de luz natural, as atividades rotineiras sejam desenvolvidas com segurança. O segundo é valorizar o ambiente, destacando objetos e obras de arte, criando clima e aconchego e revelando texturas, formas e cores. Para alcançar estes objetivos, a iluminação deve ser sutil, prática e flexível. Anteriormente, era muito comum encontrar nos cômodos apenas um ponto de luz no centro para iluminar todo o espaço; porém desta maneira há um risco de se causar monotonia e a sua iluminação poderá não ser suficiente e adequada (assim, como a carência de iluminação, o excesso também poderá ter consequências negativas para esse espaço). De forma geral, alguns autores, aconselham que nas áreas íntimas/reservadas e social como dormitório, sala de jantar, sala de estar, deve-se optar pela iluminação amarela, ou seja, A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 12 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 temperatura de cor baixa, pois desta forma, consegue-se obter um ambiente com uma atmosfera mais relaxante, aconchegante e, consequentemente, agradável. Em contrapartida, nas demais áreas, como cozinha, áreas de serviço, garagem, aconselha-se utilizar a iluminação branca, ou seja, temperatura de cor alta, pois assim, o usuário conseguirá estar mais atento as atividades que ali serão realizadas. Porém, como já mencionado anteriormente, cada projeto é único, pois vai depender dos seus usuários, assim, como suas necessidades e atividades que serão realizadas naquele ambiente e também o quanto o cliente está disposto a investir na iluminação do ambiente. 7.1 Sala de estar A sala é conhecida como o ambiente social da residência, onde as famílias se reúnem para passar boa parte do tempo juntos e muitos ainda gostam de reunir os amigos nesse espaço. A luz a ser empregada neste ambiente vai depender da atmosfera que o cliente quer alcançar: o importante é o usuário conseguir realizar as atividades neste cômodo, como: assistir televisão, interagir e realizar leituras, sem ter desconforto visual. Podem ser utilizados no ambiente os mais diversos sistemas de iluminação. Para obter um maior conforto, muitos autores, recomendam a utilização da iluminação indireta que poderá ser realizado através de sancas iluminadas, arandelas e plafons, os quais ajudarão na valorização do ambiente. Dessa forma consegue-se uma iluminação mais suave, relaxante, sem ofuscamento e um maior conforto aos seus usuários. Atualmente, muitos projetos tem aderido na iluminação indireta através do uso da iluminação “wall washer” – onde a luz ilumina diretamente a parede. Muitos utilizam esse tipo de iluminação para valorizar algum revestimento, papel de parede ou até mesmo um objeto que está na parede. Outro tipo de iluminação que vale a pena ser utilizado é a iluminação de destaque ou pontual, quando pretende valorizar algum quadro, objeto, estátua, vasos decorativos, mesas centrais ou laterais. Esse tipo de iluminação ajuda na valorização do próprio elemento e na composição da iluminação do espaço. Soares (2012:03), aconselha o uso de lâmpadas com alto índice de reprodução de cor para traduzir com perfeição as cores dos objetos destacados. Além de a iluminação ser utilizada para valorizar algum determinado objeto, pode-se fazer o uso da iluminação decorativa, como já mencionado anteriormente,a própria luminária ou efeito de luz é o objeto a ser valorizado, sem proporcionar muita luz ao ambiente. Figura 2 – Exemplo de iluminação na sala de estar Fonte: Viva ([s.d]) A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 13 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Na imagem acima, podemos observar o uso do emprego de uma iluminação central, que tem mais efeito como iluminação de destaque, pois o seu foco está direcionada para a mesa de centro. Além disso, observamos à direta, a iluminação do estilo “wall washer” que esta iluminando o aparador com objetos, criando assim um ponto de interesse para os olhares. E para completar a iluminação, foi utilizada a iluminação indireta, através do uso do abajur e das sancas iluminadas, proporcionando um maior aconchego e suavidade ao ambiente. Outro ponto que vale ser mencionado é a recomendação de não usar luminárias com focos para os sofás, poltronas, cadeiras, pois, quando o usuário sentar em um destes mobiliários irá causar um desconforto visual. Um elemento que vale a pena ser investido é o uso de dimmer pois, através de seu emprego, consegue-se controlar a quantidade de luz desejada a ser utilizado, naquele determinado momento. 7.2 Sala de jantar Assim, como na sala de estar, na sala de jantar deve-se criar uma atmosfera aconchegante e que proporcione um conforto para seus usuários. Sendo assim, uma boa opção é o uso de luminárias com temperatura de cor baixa (popularmente chamada de “luz amarela”); porém deve-se evitar o uso de lâmpadas que emitem muito calor, como as incandescentes, pois poderá causar um desconforto térmico nas pessoas que estiveram sentadas à mesa ou até mesmo nas proximidades. Outro fator que se deve mencionar, é que o ideal é fazer o uso de lâmpadas que possuam uma excelente reprodução de cor, garantindo-se, assim, a representação fiel do alimento que estará sobre a mesa. Nesse ambiente não é comum fazer o uso de uma iluminação geral, mas utilizar diversos pontos de luz de destaque, o uso de iluminação indireta, através de sancas iluminadas, por exemplo, e o uso de pendente ou lustre em cima da mesa de jantar, proporcionando uma iluminação direta à mesa. Assim como nos demais cômodos, é necessário tomar cuidado na hora de realizar a iluminação para que não cause um desconforto visual quando o usuário estiver em pé e quando estiver sentado à mesa, como já mencionado, por isso é necessário instalar o pendente em cima da mesa em uma altura adequada. A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 14 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Figura 3 – Exemplo de iluminação na sala de jantar Fonte: Interpam (2013) Como pode-se observar na imagem acima, nota-se o uso da iluminação direta através do uso de pendentes no qual as cúpulas jogam toda a luz diretamente em cima da mesa de jantar. Além disso, para auxiliar na iluminação, empregou-se a iluminação indireta, através do uso da sanca iluminada, o que ajuda a proporcionar uma atmosfera mais aconchegante; e utilizou-se, também, a iluminação de efeito o que valoriza os adornos que estão em cima do móvel criando também um ponto de interesse. 7.3 Dormitórios Assim, como já comentado sobre a sala de estar, nos dormitórios aconselha-se também fazer o uso da iluminação indireta para proporcionar um maior aconchegado e principalmente proporcionar que o seu usuário consiga relaxar. Além disso, fazer o uso de lâmpadas com temperatura de cor baixa também é uma boa alternativa. Se possível, sugere-se também fazer o uso do sistema de dimerização, para alterara intensidade da luz, tornando mais adequado conforme as atividades que serão realizadas naquele determinado momento. Por exemplo, quando for assistir televisão no quarto, o indicado é fazer o uso de uma iluminação mais suave; quando for escolher alguma roupa no guarda-roupa, o ideal é fazer o uso de uma iluminação com uma intensidade maior. Geralmente, usa-se uma iluminação geral, centralizada no quarto, com uma luminária com iluminação indireta, ou até mesmo com uma sanca iluminada. Além disso, é importante ter uma iluminação que auxilienos momentos de leitura na cama, podendo fazer o uso de abajour, por exemplo, ou até mesmo uma iluminação no teto que seja direcionada para a realização dessa atividade. Em relação aos guarda-roupas é importante que eles possuam uma boa iluminação em suas proximidades e que tenham uma luz com boa reprodução de cor, para enxergar fielmente a cor dos vestuários. A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 15 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Atualmente, encontram-se vários tipos de iluminação interna para guarda-roupas, como por exemplo, a iluminação com sensor de presença, fazendo com que ilumine internamente o guarda-roupa (muito utilizado em closets); também pode-se fazer o uso da iluminação que acende internamente quando abre a porta do guarda-roupa, e apaga a luz, quando se fecha. Nos quartos que tiverem alguma escrivaninha ou mesa de trabalho, é importante fazer o uso de uma iluminação com luz direcionada, e até mesmo usa-se o abajur para auxiliar na iluminação. É importante que essa iluminação não atrapalhe a pessoa que estiver na cama, se for o caso. Para valorizar algum objeto, quadro, porta-retrato, ou até mesmo para criar um clima mais intimista pode-se optar por fazer o uso de uma iluminação de destaque ou até mesmo a iluminação tipo “wall washer” (já comentada anteriormente), respectivamente. Imagem 4 - Exemplo de iluminação na sala de jantar Fonte: Decorando (2015) Na imagem acima, como exemplo, percebe-se a iluminação indireta, aproximadamente no centro do quarto, através do uso da sanca iluminada. Próximo ao guarda-roupas, optou-se por fazer o uso de spots para iluminar melhor as roupas quando o mesmo estiver em uso. Além disso, usou-se uma iluminação de efeito (no estilo “wall washer”) para valorizar o papel de parede utilizado em cima da cabeceira, proporcionando uma atmofesta mais aconchegante ao usuário, quando fizer o uso apenas dessta iluminação. Por último, mas não menos importante, percebe-se a presença de um pendente, na lateral da cama, que proporciona uma iluminação mais suave, que assim, como a iluminação em cima da cama, também proporciona uma iluminação mais relaxante, podendo ser utilizada, também,ao fazer uma leitura naquele canto. 7.4 Cozinha e área de serviço Atualmente, a cozinha deixou de ser apenas a área de cozinhar e realizar refeições, mas passou a ser também um ambiente onde as famílias se unem na hora da preparação da refeição. Quando a cozinha é integrada com a sala, ela passa a ter uma função assim como uma sala de estar, ou seja, ela se torna uma área social, na qual as pessoas conseguem cozinhar e, ao mesmo tempo, consegue manter uma relação social com suas visitas e moradores da residência. A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 16 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Já a área de serviço, hoje em dia, pode-se perceber nas novas construções, cada vez mais a sua redução do espaço, e podendo até mesmo nem existir na casa, e por isso, quando em edifícios, cria-se uma lavanderia compartilhada entre os moradores. De modo geral, a cozinha e a área de serviço são áreas que necessitam de uma boa iluminação paraque o indivíduo consiga de forma adequada realizar as atividades neste espaço, já que esta é uma área que demanda muita atenção, a fim de evitar qualquer tipo de acidente. Sendo assim, é indicado o uso da iluminação geral em abundância e deve-se optar por lâmpadas com cor fria. Além disso, aconselha-se o uso da iluminação de tarefa em cima das bancadas para melhorar a visibilidade na hora da preparação do alimento ou no caso da área de serviço, para passar roupas, por exemplo. Nestes ambientes, é preciso ter cautela para que a luz não cause um desconforto visual ao usuário como o ofuscamento, e, assim, podendo causar algum tipo de acidente. Outro fator que vale a pena ser comentado, é que se faça o uso de lâmpadas que não liberem calor, como as incandescentes, e opte-se também por lâmpadas que possuem uma boa reprodução de cor, pois desta maneira, consegue-se enxergar melhor a fidelidade da cor do alimento e das roupas. Além disso, é comum encontrar nas cozinhas o uso da iluminação de efeito, a fim de valorizar algum objeto, quadro, adorno ou até mesmo algum eletrodoméstico que merece ter algum destaque devido ao seu design diferenciado, por exemplo. Imagem 5 – exemplo de iluminação na cozinha Fonte: Casa (2015) Na imagem acima, pode-se observar o uso da iluminação geral, e o uso da iluminação de tarefa, que se encontra na parte inferior dos armários superiores, iluminando assim, as bancadas que serão usadas para preparação e manuseio de alimentos e lavar louça, e também para realizar as refeições, como se observa no canto direito. 7.5 Banheiro A iluminação do banheiro dependerá também de como o usuário utiliza esse espaço, não apenas para a higiene e necessidades, mas também se o usuário faz a barba dentro do box ou na bancada, se usa o espelho do banheiro para se maquiar, se ao usar o vaso sanitário o usuário costuma realizar leituras, se tem banheira, se assiste televisão, etc. – todos esses pontos influenciarão na realização do projeto de iluminação A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 17 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Existem duas situações que exigem muita atenção: a iluminação do box e a iluminação do espelho, no qual, este deverá ter um cautela por conta da reflexão que poderá proporcionar, resultando em uma iluminação inadequada para o seu usuário. De modo geral deve-se optar por uma iluminação geral que deverá ser centralizada e abundante. Além disso, deve-se evitar o uso da iluminação direta sobre o espelho, e optar pelo uso de lâmpadas e luminárias que proporcionem uma iluminação difusa, pois desta forma, o efeito de ofuscamento será reduzido. Outro fator que deverá ser levado em consideração, é que se deve evitar o uso da iluminação que causa sombreamento, pois poderá atrapalhar o usuário, principalmente quando o usuário utilizar o espaço para maquiar, por exemplo. Neste quesito, a melhor iluminação para maquiar é a iluminação com lâmpadas que possuem alto índice de reprodução de cor, pois assim, representará as cores de forma mais fiel; além do mais deve-se evitar o uso de lâmpadas que liberam muito calor para não causar desconforto térmico ao usuário – o ideal é ter a iluminação difusa em todas as direções para não ter sombra no rosto. Já no box do chuveiro, deve-se optar por utilizar lâmpadas que possam suportar a umidade do banheiro e o mesmo deve acontecer caso no banheiro exista uma banheira. Muitos usam a técnica terapêutica da cromoterapia, através de uso da iluminação em LED com diferentes cores e temperaturas, pois, acreditam que com o uso dessa técnica, conseguirá obter um maior equilíbrio mental, espiritual, ajudando também na saúde. Imagem 6 – Exemplo de iluminação no banheiro Fonte: Simples (2013) Na imagem acima, nota-se o uso de uma iluminação indireta atrás do espelho, o que não irá causar ofuscamento ao seu usuário e dessa forma enxergará sem nenhum desconforto visual. Percebe-se também que foi utilizada uma iluminação indireta, com estilo “wall wahser” em cima do espelho, que auxiliará na iluminação, porém é preciso ter cuidado na hora de posicionar o foco para não causar desconforto visual e sombreamentos. A iluminação artificial nos ambientesinternos residenciais. Dezembro/2017 18 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Percebe-se pela reflexão do espelho que a iluminação indireta também foi utilizada na parede que possui um revestimento diferente das demais paredes, a fim de valorizá-lo e também servindo como uma iluminação de efeito. Além disso, dentro do box nota-se o uso da iluminação difusa proporcionando ao usuário uma melhor visibilidade quando estiver tomando banho. 8. Conclusão De tudo o que foi exposto, pode-se perceber que no mercado há diversos tipos de lâmpadas elétricas e que cada uma possui suas particularidades, algumas com mais vantagens e outras com mais desvantagens; apesar do LED não ter o intuito de substituir as lâmpadas, percebe-se que isso que vem acontecendo aos poucos devido aos seus inúmeros benefícios. Iluminar um ambiente, como demonstrado ao longo do presente artigo, é muito mais amplo do que simples alocação de lâmpadas e/ou luminárias, pois há toda uma ciência a ser levada em consideração, tanto no aspecto emocional quanto no aspecto técnico. O uso inadequado da iluminação artificial além de trazer consequências negativas aos usuários, como por exemplo, desconforto visual e desconforto térmico (para as lâmpadas que esquentam), poderá resultar em alto gasto e desperdício de energia elétrica, e, também, de energia física e emocional. A iluminação artificial, se por um lado permitiu, ao longo da evolução do homem, proporcionar a imitação da luz natural, por outro lado,com o avanço da tecnologia e dos estudos acerca da natureza humana, permitiu a adequação do ambiente à necessidade/desejo do ser humano. Como bem afirmam Vianna e Gonçalves, (2001:196) “a qualidade de iluminação depende primeiramente do sistema utilizado. A escolha do sistema de luz a ser empregado é de fundamental importância, pois ele é o elemento definidor da eficiência-desempenho do ambiente sob o ponto de vista da iluminação”. Mas percebe-se que não basta ao profissional da área se ater aos conhecimentos técnicos, de forma fria e impessoal; cada projeto é único e especialmente desenvolvido de forma a proporcionar aos clientes que a sua casa possa refletir a sua personalidade e, também, lhe permitir sentir-se abrigado e acolhido no seu espaço, transformando a casa em um verdadeiro lar, no sentido mais amplo da palavra. Através dos exemplos demonstrados anteriormente, percebe-se mais uma vez a importância de se investir em uma boa iluminação artificial, pois ela consegue não somente valorizar melhor os ambientes e os elementos que o compõem, mas proporciona também benefícios de ordem físico e emocional aos usuários do ambiente. Referências BARBOSA, Cláudia V. Torres. Percepção da iluminação no espaço da arquitetura: preferências humanas de iluminação em ambiente de trabalho. São Paulo: 2010. Tese de Douturado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. BRONDANI, Sergio Antoni. 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