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RESENHA MARCUSCHI

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Título: Gêneros textuais: definição e funcionalidade.
Referência Bibliográfica: Referência Bibliográfica: MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela P.; MACHADO, Anna R.; BEZERRA, Maria A. (Org.) Gêneros Textuais e Ensino. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003
Credenciais do autor: Luiz Antônio Marcuschi é Doutor em Filosofia da Linguagem (1976) e Pós-doutor em problemas de língua escrita e oral (1987), ambos na Alemanha. É Professor Titular em Linguística do Departamento de Letras da UFPE, onde iniciou suas atividades em julho de 1976, lecionando na Graduação e na Pós-Graduação. Na UFPE, criou o Núcleo de Estudos Linguísticos da Fala e Escrita (NELFE). É um dos fundadores da ANPOLL e seu presidente de 1988 a 1990. Membro de várias associações científicas nacionais e internacionais no âmbito da linguagem. Pesquisador IA do CNPq, foi por várias vezes representante de área tanto no CNPq quanto na CAPES. Possui uma vasta publicação entre artigos e livros, sendo muito deles pioneiros na área da Linguística. 
Resumo da obra:
 
“Gêneros textuais: definição e funcionalidade”, de Luiz Antonio Marcuschi, é uma introdução geral aos estudos dos gêneros textuais, englobando múltiplas noções e conceitos relevantes à compreensão do tema em foco. O texto abrange um público amplo, formado por professores, estudiosos e pesquisadores na área da linguagem e, por ser altamente teórico e de linguagem simples, se estende quem mais deseje aprender sobre o assunto.
Dividido em sete partes, o texto começa tratando dos gêneros textuais como práticas sócio históricas, indicando que eles possuem caráter altamente maleável e dinâmico e plástico, alterando-se de conformidade com o contexto histórico, com as necessidades e atividades socioculturais de um determinado grupo e com as inovações tecnológicas. Ou seja, que os gêneros surgem e integram-se ao meio social em que se desenvolvem; e que são identificados “muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais”.
Na sequência, revela que novos gêneros são originados de outros anteriores a este, frisando aqui o conceito de “transmutação” proposto por Bakhtin (“assimilação de um gênero por outro formando novos”); o fato de que os novos gêneros não são originados das novas tecnologias em si, mas do uso intensivo dessas e da interferência que causam nas atividades comunicativas diárias e ainda o “hibridismo”, que desafia a relação entre oralidade e escrita. Finaliza pontuando sobre a relevância dos aspectos sócio comunicativos, funcionais e formais para estabelecimento do gênero
Marcuschi, na terceira parte, faz a diferenciação entre tipo e gênero textual. Ele define como tipo textual os textos não empíricos definidos por propriedades linguísticas intrínsecas, e o segundo como textos empiricamente realizados (realização linguística concreta) que cumprem funções em situações comunicativas. Conceitua domínio discursivo e faz uma rápida diferenciação entre texto e discurso.
Algumas observações sobre os tipos textuais são feitas no item quatro, mostrando de forma precisa dentro de um texto empírico de que forma ocorrem mais de um tipo de textual dentro de um mesmo gênero, pontuando para a dificuldade em relacionar as diversas sequências de tipo textual de forma consistente dentro do texto.
Na quinta parte do texto, Marcuschi faz observações sobre os gêneros textuais, ressaltando o caráter sócio-histórico e funcional desses. Enumera teóricos como Bakhtin, Bronckart, Úrsula Fix, Miller e Eija Ventola. Apropria-se conceito de Bakhtin sobre gênero, como “tipo relativamente estável de enunciado” para retomar uma afirmação manifestada anteriormente: gêneros textuais são eventos linguísticos que não podem ser definidos apenas por aspectos formais, mas também pela sua função sociodiscursivas. 
 No mesmo raciocínio autor apresenta ainda o conceito de intertextualidade intertexto em oposição à heterogeneidade tipológica, destacando também a relação entre variação de gêneros textuais e variação cultural.
Na sexta parte o autor associa os gêneros textuais com o processo de ensino-aprendizagem, dando destaque a importância de se conhecer a relação entre oralidade e escrita dentro dos gêneros e o objetivo com que esses são produzidos tendo em vista o uso adequado e o contexto onde estão inseridos.
Em sua conclusão, Marcuschi argumenta no tópico sete sobre o trabalho dos manuais de ensino de língua portuguesa com os gêneros textuais, ressaltando o uso massivo dos mesmos gêneros e o desprezo de outros que poderiam ser importantes ao aprendizado dos alunos.
Avaliação crítica:
Para educadores e estudiosos da língua deveria ser pré-requisito a leitura do texto de Marcuschi. Essa obra desperta o interesse e promove uma nova visão sobre o assunto, permitindo a compreensão e a necessidade de repensar a maneira de ensinar os alunos. 
Resenhista.
Ivana Márcia Lopes Wangestel é acadêmica de graduação ingressa no quinto peródo do curso de Licenciatura em Letras – Português do IFES – (Modalidade EAD)

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