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A inclusão de Alunos Surdos na Escola Luana Lech

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A INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS NA ESCOLA.
LECH, Luana. RU 2421443.
POLO PAP Canoinhas - SC
UNINTER
Resumo
O objetivo deste portifolio é a inclusão de alunos surdos na Escola, numa perspectiva de Escola pública, com as maiores dificuldades encontradas hoje dentro do âmbito escolar. Foi entrevistado uma aluna surda, seus pais e dois professores que dão aula diariamente a ela. O método Utilizado foi perguntas objetivas e visualização do espaço em que a aluna se encontra na escola. Os resultados obtidos foram que a escola está preparada fisicamente para a inclusão de alunos surdo, porem o que prejudica é a falta de conhecimento dos professores em Libras. Por meio de leitura e avalições elaborei a ideia de Escola Inclusiva, com os principais pontos a serem melhorados ou até mesmo criados dentro da escola, para ser totalmente inclusiva. 
Palavras-chave: Escola, Surdos, inclusão.
Introdução 
A deficiência auditiva é a incapacidade de ouvir sons, causada na maioria da vezes por má-formação (genética), lesões na orelha ou estruturas que compõem o aparelho auditivo. Ela pode ser caracterizada por três tipos: Deficiência auditiva moderada, severa e profunda. E quando falamos em algum tipo de deficiência, temos que pensar em inclusão, eu estou inclusa na sociedade, minha família está, e todos temos esse direito de inclusão. Socialmente, a inclusão representa um ato de igualdade entre os diferentes indivíduos que habitam determinada sociedade. Assim, esta ação permite que todos tenham o direito de integrar e participar das várias dimensões de seu ambiente, sem sofrer qualquer tipo de discriminação e preconceito. A inclusão social prevê a integração de todos os indivíduos, independente da condição física, da educação, do gênero, da orientação sexual, da etnia, entre outros aspectos. Já a Inclusão escolar consiste na ideia de que todos os cidadãos devem ter o direito de ter acesso ao sistema de ensino, sem segregação e discriminação, seja por causa do gênero, religião, etnia, classe social, condições físicas e psicológicas, etc. Neste caso toda escola regular com alunos com deficiência auditiva tem o direito de receber um intérprete de Libras e material de apoio para as salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE). A inclusão de surdos tem como a principal meta introduzir a criança em condições sociais com os ouvintes, explorando assim o máximo de suas condições sócio cognitivas para acessos a bens culturais, porem os professores se sente inseguros, e não sabem lidar com esta situação e acaba prejudicando estes alunos. Alguns itens que ajudaria tanto os professores quanto os alunos seria uma melhor capacitação de professores, elaboração de currículo com intuito de atividades especificas a estes alunos, e a inserção de libras na Escola. Mas os professores antes de todos esses itens devem aceitar as diferenças de cada aluno, e a ideia que a criança surda não é capaz, deve-se extinguir 
Método
O estudo foi realizado no dia 18 de Maio do ano de 2018, na Escola Estadual Estanislau Schumann, do município de Bela Vista do Toldo, no Estado de Santa Catarina. Havia apenas uma aluna com deficiência auditiva, com idade de 12 anos, matriculada no 7° ano vespertino. Com total autorização da Escola e dos pais da aluna, entrevistei a Aluna surda, onde comunicação foi realizada pelo seu interprete de libras, seus pais na sua residência, e conversei também com 2 professores que dão aula a aluna. Não será divulgado nomes das pessoas entrevistadas, por motivos de sigilo para a família. O método utilizado foi perguntas e visualizações do espaço da aluna surda dentro da Escola, com os principais objetivos inclusão escolar e socialização.
Resultados 
Os resultados obtidos por meio da minha conversa com os pais, que a inclusão de sua filha não vem como desejaria, e que ela tem muita dificuldade no aprendizado. O que ajuda muito na compreensão das aulas é o seu interprete de libras. Na conversa com os dois professores, as dificuldades encontradas, foram que não tiveram libras como disciplina curricular no seu curso de formação inicial, então eles não tem nenhum conhecimento diante este fato, em seguida perguntei seria possível inicial hoje um aprimoramento para uma melhor comunicação com a aluna surda. Observei que há muito esforço de ambos para se comunicar e ensinar a aluna e a todos, porém o que lhe impede é sua sobre carga de trabalho, assim ficando sem tempo para um tipo de aprimoramento. Outra questão levantada é a não flexibilização curricular para o processo de inclusão, os professores responderam que todos os alunos são iguais, assim a matéria repassada, é igual a todos. Sabemos que todos somos iguais, porem temos todos nossas diferenças, segundo o Ministério da Educação (2004):
“Com relação à proposta pedagógica cabe apontar a importância das flexibilizações curriculares para viabilizar o processo de inclusão. Para que possam ser facilitadoras e não dificultadoras, as adequações curriculares necessitam ser pensadas a partir do contexto grupal em que se insere determinado aluno.” (ESCOLA, 2004, Ministério da educação, Secretaria Educação especial.)
De fato é importante a flexibilidade curricular, tanto para um melhor aprendizado do aluno, como na potencialidades por ele próprio. Um exemplo é fazer exercícios mais visuais ou algo que o aluno com deficiência possa participar e interagir com a sala de aula, ajudando com sua interação social na escola e de seus conhecimentos.
Sobre a aluna surda foi muito gratificante poder vê-la expor suas ideias para uma escola inclusiva, notei que ela é muito criativa e inteligente, já no seu modo de inclusão com seus colegas, o resultado foi que todos lhe dão atenção e ela nunca se sentiu excluída na Escola. Ela me contou que gosta muito da sua sala e de seus colegas, “ano passado na apresentação escolar de fim de ano cantamos um música de natal em libras, onde todos meus colegas e professores pediram minha ajuda e do meu interprete para ensina-los” relatos da aluna. Então a Escola é inclusiva tanto socialmente como fisicamente, averiguei que ela tem tudo que necessita, como um interprete em libras que esta todos os dias com ela na sala de aula, o ambiente físico está apto pra ela.
Sobre suas dificuldades é a comunicação com os professores e a dificuldade em aprendizagem em algumas matérias. Nesse contexto podemos ver que ela está socialmente inclusa na escola, porem a sua maior dificuldade é o aprendizado, algo que poderia resolver com propostas diferentes de estudos e uma melhor interação dos professores a ela. 
A ideia de escola inclusiva, é em primeiro lugar a inclusão de todos, independentemente de deficiência, raça, cor, religião, cultura, etc. Somos diferentes de todos os modos, porém, como seres humanos continuamos iguais. Se na sociedade somos um todo, a escola também é para todos. 
No caso do Colégio Estanislau Schumann, com a aluna surda, ele não está no caminho errada, pelo contrário esta afrente de muitas Escolas Estaduais do Estado. Ao meu ver uma Escola Inclusiva, é um lugar aonde a Escola deve se adaptar ao aluno, e não o aluno se adaptar a escola, e respeitar e valor de cada um. A preparação dos professores, dos alunos e até mesmo da comunidade, é essencial nesse caso. Trazer a comunidade para escola, dar espaço a ideias e sugestões, pode ajudar muito!
 No caso dos professores a capacitação ou até mesmo um melhor entendimento em libras ajudaria os alunos, a utilização recursos mais visuais, gestos, sinais para facilitar a compreensão da matéria, não apenas dos alunos especiais, mas de todos os estudantes em geral. Criar um Plano Educacional Individualizado (PEI), para alunos com necessidades especiais, com uma divisão deste plano com dados do aluno, time de apoio, suas habilidades e necessidades, os recursos a serem utilizados. Onde servira de base para acompanhar a evolução do aluno, e averiguar suas dificuldades. 
 Assim poderemos ter uma Escola inclusiva, vale lembrar que trabalhar com pessoas especiais é umdesafio, porém é extremamente gratificante.
Conclusão
A pesquisa mostrou que a aluna está inclusa na Escola, tanto socialmente como fisicamente, mas com um pequeno detalhe, a formação de professores não os preparou para realidade nas escolas e a diversidade de alunos, ficando totalmente despreparados para ensinar alunos surdos, e qualquer outro tipo de aluno que possui algum tipo de deficiência.
Portanto a educação brasileira necessita de mudanças, principalmente na formação de professores, prepara-los para a realidades impostas pela sociedade, assim teremos uma escola inclusiva. 
Referências
A ESCOLA, Ministério da Educação, Secretaria da educação especial. Programa de educação inclusiva: Direito a diversidade, Brasília, 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aescola.pdf
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Brasília, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l9394.htm 
NASCIMENTO, Adriana Costa e MARCARENHAS, Carmen da Silva. Importância da língua de sinais na educação de surdos na escola regular, São Paulo, 2009. Disponível em www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-importancia-da-lingua-de-sinais-na-escola-regular/28123/ 
SILVA, Angélica Bronzanatto de Paiva e PEREIRA, Maria Cistina de Cunha. O aluno surdo na Escola regular: Imagem e ação do professor. Campinas, São Paulo, 2003 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v19n2/a10v19n2.pdf.
GOMES, Vilma e ANGELICI, Rosangela Franchini. A integração do aluno deficiente auditivo e surdo no ensino regular. Disponível em: http://faflor.com.br/revistas/refaf/index.php/refaf/article/view/101/html#_ftn2.

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