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INTRODUÇÃO medicina na familia

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INTRODUÇÃO
	A partir dessa nova fase do Eixo Comunidade, continuamos em nossa tarefa de constante aprendizado mediante o contato com os usuários da UBS do bairro Walfredo Gurgel, emCaicó-RN. 
O projeto pedagógico do curso de medicina Ceres-Facisa/UFRN (2012, p. 22), que norteia o componente curricular da Escola Multicampi de Ciências Médicas do RN (EMCM-UFRN), preconiza a parceria da faculdade com a comunidade no processo de ensino-aprendizagem desde o início da graduação, oferecendo “[…]uma inserção desde o início do curso e longitudinal ao longo de todaa formação a experiências de aprendizagem baseada na comunidade”, tendo como objetivo primordial garantir que o estudante possa “[…] compreender e agir sobre os determinantes de saúde e ganhar apropriadascompetências clínicas.”
	Desse modo, é imperativo que o estudante desenvolva o senso da prática médica orientada às necessidades de um território vivo e singular, no qual se estabelecem vínculos significativos à sua formação como médico generalista e humanista, tanto com os instrumentos orientadores do serviço em saúde quanto com os usuários do sistema.
	Partindo desse pressuposto, estabelecemos como principal objetivo identificar na realidade da atenção básica em nossa unidade, através de atenta observação e diálogo com os principais atores inseridos na mesma, aquilo que já amadurecemos a partir de um referencial teórico. Em diversos momentos de conversa em grupo, reuniões e estudoindividual, todos nós tivemos como intuito principal essa identificação da materialização, naquela realidade local, de conceitos tão fundamentais como gestão da clínica, acolhimento e humanização do sistema único de saúde (SUS). Reconhecendo, a despeito daparticularidade e importância de cada um desses conceitos, que todos se integralizam e se comunicam em torno da gestão da clínica, sobre a qual deliberaremos em seguida.
	É importante ressaltar ainda que, num processo de integração teórico-prática, não nos restringimos à mera discussão da realidade, apesar de ser uma parte importante das nossas atividades. Mas, nos dedicamos em seguida a um movimento inicial de coleta de informação por meio da abordagem dialogada com os mais diversos interlocutores envolvidos na gestão da clínica – como dito anteriormente. Isso se deu através de pequenas entrevistas – sempre com o devido cuidado de não transparecer qualquer imposição ou intuito investigativo ao processo de trabalho ali realizado – com médica, enfermeiros,agentes comunitários de saúde e outros funcionários da unidade. Buscamos mesmo a integração e o aprendizado a partir das experiências, sempre válidas, de todos aqueles que participam diariamente desse processo tão dinâmico e tão rico, quando não surpreendente, que é o atendimento às necessidades em saúde na prática clínica, que vai se tornando rotineiro. Poucas abordagens diferentes das que realizamos, teriam se mostrado tão produtivas e relevantes para nós.
	Portanto, reunindo todas as informações que angariamos em todo o módulo de Funções Biológicas, tanto as que obtivemos do referencial teórico e as que obtivemos em campo, foi traçado o roteiro da intervenção. Como será descrito a seguir, identificando necessidades daquela realidade, com as quais se podia trabalhar efetivamente, foi decidido que através do método de exposição dialogada, além de dinâmicas e roda de conversa concomitantes, apresentaríamos meios e caminhos que acrescentariam à gestão da clínica naquela conjuntura, conceito com nuances intuitivamente compreendidas pela equipe de profissionais no Walfredo, que lidam com as situações que se apresentam na rotina.
	Assim, a intervenção aqui se apresenta mais como uma meio de intercambiar conhecimentos e saberes e de apoiar a prática dos profissionais daquela unidade básica de saúde, relacionando todos os temas adequados ao nosso próprio processo de aprendizagem pré-definido com as necessidades ou dificuldades que os mesmos apontaram em relação a estes temas no dia a dia daquela UBS. Também, não somente definir os temas que são adequados, mas, como serão apresentados. A maneira de introduzir ou rememorar tais conceitos deve passar a ideia de cooperação e não de correção ou ingerência no ambiente de trabalho, o que não nos compete e que dista do intuito da intervenção. Compreendemos que procedemos de realidades e contextosdiferenciados, portanto, a intervenção se pauta com mais intensidade pelo sentimento de gratidão em vista do que nos foi proporcionado – inclusive, a forma como fomos tão bem recebidos desde o início e de como foi recebida a petição que constitui a intervenção – e o desejo de criar, na medida do possível, condições e mecanismos facilitadores para a atuação desses profissionais.
	Finalmente, será apresentado como foi desenvolvida a concretização da intervenção, desde o contato e os acertos concernentes aos detalhes de sua realização, quanto à mobilização de um verdadeiro time, que se mostra disposto a participar do que lhe é proposto. O resultado não poderia ter sido mais promissor. Foicom surpresas e momentos tocantes que finalizamos por enquanto mais um passo de verdadeira “imersão” nesse que é o reconhecido baluarte de qualquer sistema de saúde coeso e eficaz – que infelizmente, é ainda tão desprezado e injustiçado. Muito pode ser feito e caminhamos passo a passo, em conjunto, com vistas à transformação dessa realidade, tão real e desafiadora, na qual estamos desde agora inseridos.
	O presente documento se propõe a apresentar a seguir todo o detalhamento e prosseguimento das atividades do referido grupo do Eixo Comunidade durante o presente módulo.
REFERÊNCIA UTILIZADA: Projeto pedagógico Ceres-Facisa/UFRN. Dezembro de 2012.

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