Pós modernismo

Prévia do material em texto

CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
MOVIMENTO MODERNO: o 
novo universo da máquina 
(motores, barcos, aviões) 
transforma os objetos, edifícios e 
cidades.
2° GUERRA MUNDIAL: 
paradigma da máquina 
enfraquece > panorama de 
dispersão.
NOVAS CORRENTES: Ex: 
Humanismo, que considera 
culturais locais e arquitetura 
vernaculares. Organicismo, com 
referências orgânicas da 
natureza e a linguagem 
metafórica do orgânico.
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
OS CIAM: Congrés Internationaux 
d’Architecture Moderne. A iniciativa 
partiu de Hélène de Mandrot, uma 
mulher que aspirava o papel de mecenas 
da Arquitetura Moderna. Em seu castelo 
em La Sarraz, Suíça aconteceu a primeira 
reunião, em 1928. De 1928 a 1956, o 
congresso se reuniu por dez vezes, 
tratando de temas como o habitat 
mínimo, o edifício racional, a cidade 
funcional, a habitação coletiva, o núcleo 
da cidade. Seu mais conhecido produto 
foi a Carta de Atenas, produzida no CIAM 
IV, de 1933. 
Foto oficial da 1° reunião, em La Sarraz
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
OS TEAM X: o (Team Ten ou Team 10) 
foi constituído em 1954, por pessoas  
encarregadas de preparar o 10º   CIAM 
de Dubrovnik, Croácia, em 1956. Daí 
vem o “10” do nome. Foi um 
grupamento de vários arquitetos de 
formações distintas que, por muitos 
anos, partilharam uma mesma 
experiência crítica nos colóquios 
internacionais de arquitetura. Essas 
reuniões aconteciam entre 
interlocutores que se conheciam bem, e 
talvez por esta razão que seu diálogo foi 
tão intenso.
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
O núcleo do grupo Team X era 
composto de sete participantes mais 
ativos e envolvidos, ou seja, Jacob 
Bakema, Georges Candilis, Giancarlo 
De Carlo, Aldo van Eyck, Alison e 
Peter Smithson e Shadrach Woods. 
Ninho de Abelha. Casablanca, 1952. Candilis, Woods arquitetos.
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
Dois movimentos distintos 
emergiram Team X: o Novo 
Brutalismo dos membros 
ingleses Alison e Peter Smithson 
e o Estruturalismo, dos membros 
holandêses Aldo van Eyck e 
Jacob Bakema.
O FIM DOS CIAM: a tentativa de 
rejuvenescimento do CIAM 
começou a hesitar, e em 1959, a 
lendária organização chegou ao 
fim. 
O último encontro oficial do 
Team X  teve lugar em 1977, 
mas, em retrospecto, os 
participantes do núcleo 
identificam o desaparecimento 
de Bakema, em 1981, como 
marcando o final do Team X.
Reunião do Team X em Roterdã, no jardim da casa de Van Eyck em Loenen, 1974
O PRINCIPAL PRODUTO DOS TEAM X FORAM SUAS REUNIÕES 
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
OS NOVOS BRUTALISTAS
Novo brutalismo é um termo empregado pela 
primeira vez pelo casal de arquitetos ingleses 
Alison Smithson (1928-1993) e Peter Smithson 
(1923-2003) no memorial descritivo do projeto 
não executado de uma casa no bairro de Soho 
(Londres). Para que um edifício se encaixe nessa 
categorização, sintetiza os três pontos que seriam 
necessários: 
[1] capacidade de ser lembrado como uma imagem 
única, 
[2] exibição clara da estrutura, 
[3] valorização dos materiais por suas inerentes 
qualidades tais quais encontrada”.
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
OS ESTRUTURALISTAS
A visão estruturalista começa com a constatação de que o todo é mais do que a soma de suas partes. Dito 
em outros termos, um conjunto individualizado, que se torna objeto do conhecimento, seja um grupo social, 
a mente humana, a língua falada, etc. é uma estrutura com características próprias e que em muito excede 
as de suas partes consideradas em particular ou mesmo em conjunto. A diferença entre a visão 
estruturalista e a visão mecanicista é a ênfase colocada nos elementos estruturantes, e não nas partes 
componentes. Por exemplo, uma melodia é composta de notas musicais, mas o estudo isolado dessas notas, 
por mais acurado que seja, não esclarece nada sobre a melodia. É o estudo do conjunto e de seus elementos 
estruturantes que vão permitir o entendimento desta melodia.
Para o estruturalista, o seu objeto de estudo é visto como um sistema em transformação. Em primeiro lugar, 
quais são os elementos constituintes que, apesar de suas diferenças, pertencem a esta totalidade. Em 
seguida, quais são as leis que regem as suas transformações dentro deste sistema e, por fim quais são as 
possibilidades de variação e transformação admitidas dentro do sistema.
Leitura indicada: http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/181/artigo132442-1.aspx
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
O Orfanato (1955/66) em Amsterdã, de ALDO VAN EYCK, 
ao lado, é um projeto para atender mais de 100 crianças 
abandonadas.
ABORDAGENS: 
• não restringir suas vidas aos limites do orfanato, com 
atividades cotidianas exercidas na cidade com outras 
crianças.
• Internamente, divisões por grupos, enquanto o espaço 
interior se modifica para atender às necessidades de 
cada faixa etária.
• O orfanato se desenvolve como a malha de uma pequena 
cidade com ruas, acessos múltiplos e seus vazios 
urbanos. 
• claridade labiríntica: intervalos entre os blocos - espaços 
de transição destinados à convivência, com bancos, 
caixas de areia e espelhos para aguçar a curiosidade das 
crianças e promover sua interação com o entorno. 
• Opostos: individual- coletivo, interior-exterior, 
pequeno-grande, claro-escuro, representa o que o 
arquiteto entende por fenômenos gêmeos, quando se 
obtém o equilíbrio espacial pela dualidade: só existe o 
espaço interno se existir também o externo.
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
A CONDIÇÃO PÓS-MODERNA: 
novas questões como o conceito 
de tipologia, estrutura da cidade, 
a linguagem como comunicação 
simbólica, além de novas 
metodologias e novos horizontes 
para uma nova época.
ARCHIGRAM: grupo de 
arquitetos ingleses formados em 
1961. Inspiração na tecnologia 
para projetos utópicos. 
architectural + telegram
Sociedade altamente 
informatizada e nômade. 
Tornaram-se repertório para o 
movimento High Tech, com 
Richard Rogers, Renzo Piano e 
Norman Foster.
Walking City , 1964, – Archigram 
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
Entre 1960 e 1974 o grupo Archigram concebeu 
mais de 900 projetos, entre eles o plano para a 
Plug-In City de Peter Cook. Este projeto provocador 
sugere uma cidade fantástica cujas unidades 
residenciais modulares se conectam a uma máquina 
central que proveria toda a infraestrutura necessária. 
A Plug-In City não é de fato uma cidade, mas uma 
megaestrutura em evolução constante que incorpora 
residências, transporte e outros serviços essenciais – 
todos transportáveis por enormes guindastes.
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
O ano de 1965 funcionou 
como fronteira: início de uma 
etapa diferente, de busca de 
novas estratégias (teóricas e 
projetuais).
Anos 65 a 69 - período de 
mudanças radicais, 
primeiramente com o 
desaparecimento dos grandes 
mestres do Movimento Moderno: 
morrem Le Corbusier, Mies e 
Gropius. 
Além disso, os projetos 
dos arquitetos mais jovens 
mostram uma troca paulatina de 
coordenadas: Rossi - com 
elementos classicistas e 
historicistas. Venturi -jogos 
formais e simbólicos 
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
Entre 1965 e 1970, surge uma grande 
quantidade de publicações com 
panoramas gerais e locais da arquitetura 
dos anos 50 e 60:
Kevin Lynch- A imagem da cidade (1960)
Robert Venturi- Aprendendo com Las 
Vegas (1972) 
Imagem da Cidade: destaca a maneira como 
percebemos a cidade e as suas partes 
constituintes, baseado em cidades 
norte-americanas, no qual pessoas eram 
questionadas sobre sua percepção da cidade, 
como estruturavam a imagem que tinham dela 
e como se localizavam.
Lynch identificou que os elementos que as 
pessoas utilizam para estruturar sua imagem 
da cidade podem ser agrupados em cinco 
grande tipos: caminhos, limites, bairros, 
pontos nodais e marcos.
Concluiu que essa percepção é feita aos 
poucos, já que é impossível apreender toda a 
cidade de uma só vez. O tempo é um elemento 
essencial. Nada é experimentado 
individualmente, e sim em relação a seu 
entorno. Elementos semelhantes, porém 
localizados em contextos diferentes, adquirem 
significados também diferentes.
LEGIBILIDADE - PERCEPÇÃO AMBIENTAL: 
IDENTIDADE, ESTRUTURA E SIGNIFICADO 
CAU – ULBRA SM 
PROF. MA. ANA PAULA NOGUEIRA
DISC. DE ARQUITETURA 
CONTEMPORÂNEA
Em meados dos anos 1970 a 
consciência crítica com o legado do 
Movimento Moderno, se evidencia em 
projetos, textos e fatos como em 1972 
com a implosão do Conjunto 
residencial Pruitt-lgoe em St. 
Louis.