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PETER EISENMAN

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1 
 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
ESCOLA SUPERIOR DE DESENHO INDUSTRIAL 
GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
BARBARA FONTELA, BRUNA ANTUNES, LARISSA MARTINS E LUÍSA LEAL 
 
 
 
 
 
 
 
CONFRONTANDO A RELAÇÃO TEORIA x PRÁTICA 
NA OBRA DE ARQUITETOS PÓS-MODERNOS 
PETER EISENMAN 
 
 
 
 
 
 
 
PETRÓPOLIS 
2020 
2 
BARBARA FONTELA, BRUNA ANTUNES, LARISSA MARTINS E LUÍSA LEAL 
 
 
 
 
 
 
 
CONFRONTANDO A RELAÇÃO TEORIA x PRÁTICA 
NA OBRA DE ARQUITETOS PÓS-MODERNOS 
PETER EISENMAN 
 
 
 
 
Trabalho do ano letivo do ano de 2020, como requisito 
avaliativo parcial à disciplina de História da Arte e 
Arquitetura V do curso de Graduação em Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 
Professor: Arthur Tavares 
 
 
 
 
 
 
 
PETRÓPOLIS 
2020 
3 
SUMÁRIO 
1. BIOGRAFIA……………………………………………………………………………..04 
2. PRODUÇÃO TEXTUAL………………………………………………………………..05 
3. AS FASES DA PRODUÇÃO ARQUITETÔNICA E URBANÍSTICA………………...09 
PRIMEIRA FASE……………………………………………………………………………09 
SEGUNDA FASE……………………………………………………………………………13 
TERCEIRA FASE…………………………………………………………………………...16 
CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………………………..17 
4. ANÁLISE DO PROJETO CONSTRUÍDO……………………………………………..18 
CRITÉRIOS JUSTIFICATIVOS……………………………………………………………18 
CONCEITO………………………………………………………………………………….20 
CARACTERÍSTICAS DE IMPLANTAÇÃO……………………………………………….21 
GRAU DE ADAPTAÇÃO AO ENTORNO IMEDIATO…………………………………...22 
MATERIALIDADE TÉCNICO CONSTRUTIVA………………………………………….23 
ANÁLISE CRÍTICA…………………………………………………………………………24 
5. CONCLUSÃO…………………………………………………………………………...25 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS…………………………………………………….26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
1. BIOGRAFIA 
 
Nascido em Nova Jersey, em 1932, Peter Eisenman é um arquiteto e teórico representante 
do desconstrutivismo. Suas bases estão diretamente vinculadas aos teóricos e artistas europeus 
como Rowe, Tafuri, Chomsky e Derrida, que influenciaram seus conceitos de design e arquitetura. 
 
Famoso pelo uso de tecnologias de ponta, segundo Castelnou, Eisenman criou o 
posteriormente chamado "objeto axonométrico", que retrata a obra arquitetônica como uma junta 
sintática que revela as formas ao olhar, mas que deixa a mente confusa devido à distorção do ponto 
de fuga. Seus projetos arquitetônicos e urbanísticos, e acima de tudo sua ampla trajetória teórica e 
pedagógica, o aproximam muito de uma “arte conceitual” e do desconstrutivismo, com forte 
componente experimental e busca constante por uma interação entre opostos e disciplinas 
aparentemente desvinculadas da arquitetura convencional. 
 
Graduado em arquitetura pelas Universidades de Cornell e de Columbia e com PhD na 
Universidade de Cambridge, Peter Eisenman alcançou a fama no final dos anos 60, como parte do 
grupo New York Five, um grupo que compartilhava o interesse pela pureza das formas 
arquitetônicas, formado por Eisenman, Michael Graves, Richard Meier, John Hejduk e Charles 
Gwathmey. Ele também fundou o Institute for Architecture and Urban Studies - IAUS ( Instituto 
para estudo de Arquitetura e Urbano), um think tank internacional (troca de ideias) sediado em 
Nova York que se tornou um dos, se não o mais importante, centro de debate arquitetônico e 
urbanístico dos EUA nos anos 70. 
 
Eisenman recebeu o Leão de Ouro, em 2004, pelo conjunto de sua obra na Bienal de 
Arquitetura de Veneza e foi homenageado com o Prêmio Wolf Foundation nas Artes, em 2010., 
Recebeu o Piranesi Prix de Rome, em 2014, por conquistas na carreira, concedido pela 
“Accademia Adrianea di Architettura e Archeologia”. 
 
Inicialmente, seu trabalho teve um viés mais teórico e também dentro das universidades, 
em sua carreira acadêmica diversa ele deu aula em universidades de prestígio como Cambridge, 
Princeton, Harvard e Yale. Além disso, Eisenman ficou conhecido por seus numerosos projetos de 
https://www.washingtonpost.com/archive/realestate/1992/12/12/another-look-at-the-new-york-five/7a9a59ab-4543-4075-95a7-f4f4e635e208/?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br
https://placesjournal.org/article/the-moment-for-something-to-happen?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br
https://www.archdaily.com/tag/venice-biennale
https://www.archdaily.com/tag/venice-biennale
5 
habitação que causaram acalorados debates devido à "experimentação muitas vezes controversa" 
como à Casa I em Princeton, 1967-68 e a Casa VI em Cornwall, 1972 que levaram ao complexo 
multidisciplinar e no laboratório internacional em o Wexner Center for the Visual Arts, Ohio State 
University, Columbus (1983-89). 
 
Eisenman é um grande admirador e conhecedor do arquiteto racionalista italiano Giuseppe 
Terragni desde sua primeira visita à Itália em 1961, afirmando: “Em frente à Casa Del Fascio de 
Terragni, emblemática do racionalismo, tive uma epifania. Fiquei estupefato, nunca tinha visto 
uma arquitetura assim” (entrevista com F. Erbani em La Repubblica, 2015). 
 
Outra etapa de sua produção teve início nos anos 80, quando ele trabalhou em projetos 
como o Greater Columbus Convention Center (1989-93), Koizumi Sangyo (1988-90), Aronoff 
Center, DAAP - University of Cincinnati College (1996), Nunotani Building (1990-92), Tóquio, 
Monumento do Holocausto em Berlim (1998-2005) e University of Phoenix Stadium (2006, agora 
State Farm Stadium). Seus numerosos projetos também incluem "o desenvolvimento de vários 
blocos no West Side, Manhattan (1999), Spree Dreieck Tower, Berlim (2000), projeto FSM East 
River em Nova York (2001), nova estação ferroviária de alta velocidade, Nápoles ( 2003), e Sheikh 
Zayed National Museum em Abu Dhabi (2007) ". 
 
2. PRODUÇÃO TEXTUAL 
 
Peter Eisenman é, sem dúvida, um dos maiores teóricos da arquitetura no século XX. Suas 
reflexões e pensamentos sobre o fazer projetual através de sua originalidade o fizeram alcançar 
grandes coisas no campo da arquitetura. Peter possui muitas obras escritas, dentre elas: artigos, 
livros e até publicações em revistas. Todas elas refletem os pensamentos do arquiteto em variadas 
fases de sua carreira. Pela sua grande influência na arquitetura partimos do pressuposto que ele 
construiu pouco se comparado a quantidade de produção teórica, mas foram nas suas bases 
ideológicas que ele repousou sua arquitetura, seguindo fielmente suas indagações das suas teorias. 
Ele possui numerosas contribuições teóricas, por isso, tentarei aqui fazer um resumo das principais. 
 
 
6 
Seguindo uma ordem cronológica, apresento a vocês a tese de Eisenman para a 
Universidade de Cambridge em 1963, The Formal Basis of Modern Architecture. Nela ele disserta 
confrontando o historicismo com a teoria e o estudo da forma, dentro da diversidade ele determina 
como o fundamento da estruturação arquitetônica. Para uma boa observação ele analisou através 
de desenhos feitos com muita precisão. Peter parte da argumentação que o conceito da forma 
arquitetônica oscilou sem tentar mostrar o seu significado exato. Assim, tentou dar à forma 
arquitetônica outra maneira de ser lida fazendo relação com: a intenção, função, estrutura e técnica, 
criando uma linguagem formal em que a estrutura arquitetônica básica seria: volume, massa, 
superfície e movimento, criando, dessa forma, uma definição para a mesma. 
 
 “Queria escrever um trabalho analítico que relacionasse o que aprendi a ver, de Palladio 
a Terragni, de Raphael a Guido Reni, em alguma construção teórica que pesasse sobre a 
arquitetura moderna, mas do ponto de vista de uma certa autonomia de Formato." 
- Peter Eisenman 
 
Eisenman começou a publicar em revistas, começando com a The Big Little Magazine, que 
posteriormente ficou conhecida como The Architectural Forum. Era uma revista americana sobre 
arquitetura e construção. Eisenman fez uma publicação em outubro de 1969. A paixão de 
Eisenman pelas "pequenas revistas" da vanguarda inclusive, Casabella, cuja publicação da obra de 
o Institutode Arquitetura e Estudos Urbanos sob o título de “A Cidade como Artifact ”antecipou 
o nascimento de sua revista chamada Opppsitions. A origem do nascimento de Oppositions 
abrigava uma certa intolerância de um mundo de jornalismo um tanto intratável às ideias e um 
tanto subserviente à prática comercial. 
 
Já em 1973, a revista Opposition - A Journal for Ideas and Criticism in Architecture, 
começa a ser publicada. A criação e assim suas edições eram feitas pelos membros do The Institute 
for Architecture and Urban Studies (IAUS) concebido por Peter Eisenman. A partir dessa 
diversidade de teorias e críticas dos editores as edições eram publicadas, criando assim uma revista 
com diferentes pontos de vista. A revista contribuiu para a disseminação do debate teórico europeu 
e consolidou um debate crítico bem estruturado para os EUA. Através da revista foram 
apresentados ao público teóricos como Aldo Rossi, Manfredo Tafuri e Rafael Moneo. Ela também 
7 
foi um espaço de debate entre os Whites e os Grays, onde os textos dos dois grupos eram 
publicados. 
 
Agora vamos falar do primeiro Livro de Eisenman. Em 1975 ele publica o livro Five 
Architects, os 5 seriam dentre eles: o próprio Peter Eisenman, Michael Graves, Charles Gwathmey, 
John Hejduk e Richard Meier que estavam ingressados como professoras nas universidades 
americanas. Eles se reuniam na exposição onde suas obras estavam expostas, no MOMA (The 
Museum of Modern Art) em Nova York. Eram discutidas questões da metodologia até as práticas 
do ensino e também sobre a necessidade de interdisciplinaridade nas universidades. Depois da 
sétima reunião do grupo CASE (Conference of Architects for the Study of the Environment) Peter 
deu a ideia de compilar as questões abordadas nas reuniões neste livro. 
 
Em 1984, Peter Eisenman publica o artigo chamado: O fim do clássico: o fim do começo, 
o fim do fim. Nesse artigo ele explica que há relações entre o Clássico e o Moderno apesar do 
movimento moderno dar o argumento de ruptura radical com o clássico. Ele coloca três pontos 
intrínsecos à arquitetura que explica a relação entre esses dois períodos. O primeiro é a 
representação, o segundo é a razão e a terceira é a história. Em nenhum momento ele afirma que 
os modernistas tenham tentado se relacionar com os ideais classicistas, mas que essas 
características do clássico eram algo inquestionáveis no momento, ainda era preciso passar por um 
processo de desconstrução para chegar nesses pontos quase que naturais da arquitetura. Ele finaliza 
propondo que o fim do começo e o fim do fim é propor o fim dos inícios e o fim dos valores. 
 
No “Fim do Clássico: fim do começo e fim do fim”, Eisenman afirma ter relações claras 
entre O Clássico e O Moderno, neste artigo – The Futility of the objects: Decomposition and the 
Process of Difference – no ano de 1984, ele afirma que a ruptura é necessária. Ele defende aqui 
um novo método: a decomposição. A decomposição em oposição à composição, afirmando que a 
criação não deve começar do zero, mas sim a partir das variações somando e subtraindo elementos 
naturais existentes. Ele sustenta a ideia de uma arquitetura sobre movimento e fluxo, e que a 
estabilidade fica em segundo plano, em outras palavras ele diz que o processo projetual é mais 
importante do que o projeto acabado. 
8 
Em 1986, Peter Eisenman publica o livro: Giuseppe Terragni: Transformations, 
Decompositions, Critiques. Aqui ele registra e analisa duas obras primas do arquiteto racionalista 
italiano Giuseppe Terragni. Ele ilustra mais de 500 diagramas arquitetônicos e emprega o que 
chama de leitura crítica e textual dos dois edifícios. A casa del Fascio (1936) e a Casa Giuliani-
Frigerio (1940). Ele amplia a definição de uma visão estética, composicional, conceitual e textual 
e através disso começa a estruturar uma ideia crítica da arquitetura. A base da sua análise repousa 
nas várias articulações e aberturas nas fachadas que constituem conjunto de marcas, se 
distanciando assim das abordagens tradicionais. Ele disserta também sobre o processo de 
decomposição e a função do projeto e construção da casa. 
 
Neste momento, entre 1978 e 1988, Eisenman está numa importante e distinta fase de sua 
carreira. Ele começa a fazer uma série de inscrições em concursos de projetos teóricos e comissões 
públicas chamadas Cities of Artificial Excavation. Em 1994, ele resolve começar a publicar sobre 
essa etapa de sua carreira que recebe o nome de -Cities of Artificial Excavation: O Trabalho de 
Peter Eisenman-. Ele fez uma reavaliação teórica sobre a relação de arquitetura e sítio e sobre a 
composição projetual da arquitetura. Neste trabalho estão documentados 4 projetos de escavação 
artificial e cada projeto é analisado e representado através de seus arquitetos, são mais de 200 
desenhos. Cada projeto possui um texto demonstrando as ideias teóricas de Eisenman e logo após 
uma descrição do sítio e a sua estratégia. 
 
Por fim, mas não indicando o fim da contribuição teórica desse grande arquiteto, em 1999 
é publicado o livro Diagram Diaries. Este livro é uma junção de relatos que apresentam o trabalho 
de Eisenman até o momento. Ele faz uma retomada de suas primeiras obras até o início da 
construção do Wexner Center. Aqui se faz uma exploração do trabalho do arquiteto e indo além. 
São examinados os trabalhos teóricos ao longo de um eixo central que traça a sua carreira. Os 
perfis de projeto são organizados de acordo com o motivo gerador: o interior e exterior da 
arquitetura e suas influências na obra. Por meio das escrituras e das ilustrações, quem lê pode 
entender toda a dissolução do pensamento através dos diagramas para o design, afirmando que a 
forma do diagrama está sendo manipulada fluidamente. 
 
 
9 
3. AS FASES DA PRODUÇÃO ARQUITETÔNICA E URBANÍSTICA 
 
Para Peter Eisenman a principal forma de expressar a arquitetura é através do processo e 
ao longo de suas produções, seus projetos podem ser lidos em dois aspectos: lugar e forma. As 
fases de registros de suas obras eram realizadas por meios de maquetes e diagramas, suas fases ou 
etapas de decisões eram tomadas de forma que fique evidente o cuidado em observar o ponto de 
partida, como era evoluída a ideia e produção até o produto final. Seus projetos expressam 
particularidades que caracterizam suas produções em busca de uma arquitetura onde a linguagem 
possa se destacar sobre o local e as necessidades do programa. Para Eisenman, a forma não precisa 
efetuar sobre a sua função, pois sua maior preocupação acontece nas questões da forma e o que 
pode influenciá-la. 
 
Entre 1960 e 1980, Peter Eisenman projeta uma arquitetura abstrata, que ignora o entorno 
e o simbolismo, logo nos primeiros projetos a intenção de trabalhar sem interferências do local 
parecia parte de um método que levaria à uma liberdade arquitetônica ainda não alcançada. Além 
disso, exerce nessa fase ampla liberdade de criação e faz uso da geometria como base de estudos 
e princípios de composição e decomposição da forma. A ideia do uso da geometria, da presença e 
ausência, do cheio e vazio, aparece em todos os projetos, tanto nos construídos como nos não-
construídos. Através desses atributos, a carreira do arquiteto pode ser classificada em três fases, 
sendo a primeiro entre a década de 60 e 80, a segundo ao longo dos anos 80 e a terceira e atual 
fase a começar pela década de 90. 
 
● PRIMEIRA FASE 
 
Nesta primeira acontece de maneira clara a busca pela forma, onde Peter Eisenman produz 
algumas das suas obras mais marcantes, as suas 10 casas, onde se faz presente um trabalho de 
composição geométrica intenso. Um conjunto de projetos residenciais que tinha como objetivo a 
criação de uma arquitetura livre de estilos e que se destacasse pela forma. 
Todas os projetos das 10 casas de Peter Eisenman partem da forma do cubo perfeito que a 
partir da projeção do grid cartesiano, passa porextrusões, torções e rotações. Nessa sequência 
guardam intencionalmente índices de seu processo de composição, permitindo que se preserve a 
10 
referência, possibilitando o entendimento do processo de evolução da obra, ou seja, todo o 
conteúdo da casa pode ser encontrado a partir da modificação da forma. 
 
“Procuro formas de conceitualizar o espaço, de modo a colocar o sujeito em uma relação 
deslocada, pois não irão encontrar referências iconográficas as formas tradicionais de 
organização. Foi o que sempre tentei fazer, obrigar o sujeito a reconceitualizar a arquitetura.” 
— Peter Eisenman. 
 
Diante do que vinha sendo praticado pelo modernismo em torno dos anos 80, o arquiteto 
acreditava que trabalhar na desconstrução da forma padrão era a maneira mais efetiva de atuar 
projetualmente de chamar atenção para o que estava sendo disseminado pelos arquitetos da época 
. 
Casa I - Princeton, Nova Jersey, 1967- 1968. 
 
Fonte: https://eisenmanarchitects.com/House-I-1968 
 
A primeira obra da sequência de 10 casas está localizada em Princeton, Nova Jersey. Foi 
construída em 1967, com desenhos axonométricos e contando com o cubo como geometria inicial, 
teve como princípio obter um distanciamento entre cliente e autor, pois Peter Eisenman acreditava 
que seria livre para colocar suas ideias em prática caso fosse ausente de influências externas. 
 
 
 
https://eisenmanarchitects.com/House-I-1968
11 
Casa II - Hardwick, Vermont, 1969-1970. 
Fonte:https://eisenmanarchitects.com/House-II-1970 
 
A casa de número dois, que está localizada na cidade de Hardwick, Vermont, Estados 
Unidos. O projeto deu continuidade ao estudo de volumetria da casa I. Quando analisamos a Casa 
II entendemos que seu produto final é resultante de uma geometria básica de cubo, que é formado 
por planos e malhas que ao mesmo tempo que são sustentações e fechamentos, são composições 
que pretendem esconder os elementos arquitetônicos como pilares e vigas. Segundo Moneo, 
estritamente a esse projeto, Peter Eisenman tenta encenar a presença de árvores nas sombras 
geradas no interior da residência a partir de pilares e vigas aparentemente sem função técnica ou 
estética presentes na porção mais externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://eisenmanarchitects.com/House-II-1970
https://eisenmanarchitects.com/House-II-1970
https://eisenmanarchitects.com/House-II-1970
12 
Casa III, Lakeville, 1969 - 1971. 
 Fonte: 
https://eisenmanarchitects.com/House-III-1971 
 
A casa de número três, está localizada na cidade de Lakeville, Minnesota, Estados Unidos. 
A partir das observações feitas das duas casas projetadas por Peter Eisenman anteriormente, o 
arquiteto incluiu no processo de criação deste projeto duas características principais: A negação 
do espaço como elemento do projeto e o cuidado imposto pela forma, sendo assim, uma atua como 
consequência da outra. Além do mais o espaço vazio nesse momento passa a introduzir o 
desenvolvimento da forma, pois a mesma deveria ter capacidade expressiva por si só. 
 
Nota-se uma coerência nos projetos das dez casas, os princípios de transformação da forma, 
a base geométrica e o tratamento complementar ao programa e ao lugar são constantes. No entanto, 
estas casas representam uma trajetória onde o arquiteto pouco a pouco encontra o equilíbrio entre 
os conceitos, o trabalho geométrico e a capacidade construtiva, refinando tanto os seus processos 
quanto os resultados alcançados. Algumas das casas ficaram apenas no plano da concepção de 
teorias e ideias e acabaram não sendo construídas e efetivadas, porém para Peter Eisenman, a 
arquitetura se concretiza quando o projeto é finalizado no campo das ideias, não dependendo da 
execução da obra para existir verdadeiramente. 
 
 
 
https://eisenmanarchitects.com/House-III-1971
13 
● SEGUNDA FASE 
 
A partir da década de 80, Peter Eisenman apresenta uma mudança em sua maneira de agir 
e pensar sobre a concepção do local e sua relação com o objeto arquitetônico assim como a adoção 
de geometrias não euclidianas. Desde então as influências locais passam a serem utilizadas como 
referências projetuais em proporções modestas e variáveis conforme exigência e entendimento do 
arquiteto. Esse entendimento do que o espaço pode oferecer junto a utilização de geometrias 
orgânicas resulta em novos projetos que se integram ao solo ou ao entorno mesmo mantendo o 
trabalho de abstração da forma. Além disso, também ocorre uma mudança no pensamento de Peter 
Eisenman sobre o processo de projeto e os processos decisórios do arquiteto sobre o 
desenvolvimento das etapas de concepção. 
 
A segunda fase o arquiteto passa a considerar os estímulos externos em suas produções, a 
integração do espaço externo com o entorno continua ausente em seus projetos, porém, nesse 
momento Peter Eisenman começa a considerar alguns elementos externos como possíveis 
elementos de composição no conceito do projeto. Além de um período de exterioridades, acontece 
um processo de aperfeiçoação das formas por meio da desorganização da geometria básica. Esse 
método é aplicado por meio de diagramas, maquetes físicas e eletrônicas. Sendo assim, podemos 
considerar a segunda fase como uma etapa onde acontece um olhar cuidadoso nas relações entre 
lugar e objeto. 
 
Casa Guardiola, Cádiz, 1988. 
 
Fonte: https://eisenmanarchitects.com/Guardiola-House-1988 
https://eisenmanarchitects.com/Guardiola-House-1988
14 
Projetada para a cidade de Cádiz na Espanha, a Casa Guardiola foi um dos projetos que 
contribuíram para a quebra de paradigma do âmbito dos projetos de Peter Eisenman. Utilizado 
como o marco para a segunda fase da carreira do arquiteto, o projeto possui um diferencial 
comparado com a sequência de 10 casas da primeira fase, dessa vez o arquiteto aceita o local como 
fonte de material para o projeto, entendendo o espaço e respeitando as restrições apresentadas pelo 
mesmo. Destacamos essa condicionante pois desta vez a locação da forma é levada em 
consideração, sem que o terreno precise ser um plano horizontal e estéril como fez nos projetos 
anteriores. Em relação a sequência de dez casas, existem dois pontos interessantes a serem 
destacados: a obliquidade com que ele sobrepõe as figuras trabalhadas e o fato de que o resultado 
da volumetria não é produto da composição de sua planta. 
 
Além disso, é válido destacar que esse é dos primeiros projetos em que o arquiteto utiliza 
do computador como um facilitador de composições complexas que começam a fugir das 
transformações geométricas básicas. 
 
Aronoff Center of Design and Art, Universidade de Cincinnati, Ohio, 1988-1996 
 
Fonte: https://eisenmanarchitects.com/Aronoff-Center-for-Design-and-Art-1996 
 
 
 
 
15 
Localizado em Ohio, Estados Unidos, este projeto foi criado para a expandir uma 
universidade em Ohio em 1988. Dessa vez o desafio é a necessidade de considerar edificações pré-
existentes no território. O conceito se resume em um prédio que funcionasse como uma cobertura 
sobre os edifícios já existentes. 
 
Para o partido arquitetônico, Peter Eisenman utiliza o computador para a formulação de 
diagramas e novamente trabalha diante da sobreposição de figuras, o arquiteto utilizou do desenho 
vetorial para reproduzir o formato e trabalhou as repetições dessa figura. 
 
Estas repetições resultaram em um elemento de conexão entre o prédio antigos e o novo, 
como se o prédio estivesse projetando sobre si próprio, talvez como indício de um elemento 
existente que permanece no prédio novo. Esta área de conexão abriga a circulação existente entre 
os dois prédios e possui um pé direito que atravessa todos os pavimentos e atinge a cobertura. 
novo edifício implantado recebe formas e cores completamente diferentes do existente, dando 
enfoque ao edifício criado por Peter Eisenman. Esse contraste provocauma relação de figura e 
fundo onde o edifício existente apenas compreende elemento complementar ao que de fato passa 
a ser elemento principal e que deve atrair atenção, o prédio novo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
● TERCEIRA FASE 
 
A terceira e atual fase de trabalho de Peter Eisenman é caracterizada pelo uso de formas 
mais complexas e é marcada pela utilização do computador como instrumento de auxílio na 
modelagem da forma e representação gráfica dos projetos. Prioritariamente usada como ferramenta 
de representação ou parametrização do projeto, a representação gráfica dos projetos do arquiteto 
se tornaram mais completa, rigorosamente mais detalhada, de fácil reprodução e automatizada. 
Projeto Max Reinhardt Haus, Berlim. 1992. 
 
Fonte:https://eisenmanarchitects.com/The-Max-Reinhardt-Haus-1992 
 
Projetado em 1992 é mais um dos projetos não construídos de Peter Eisenman. O projeto 
tem como a descontinuidade do espaço como conceito projetual, o edifício aparece como um 
grande volume construído que despreza o gabarito, texturas e cores do entorno. 
Peter Eisenman opta por usar o computador como ferramenta principal para a modelagem 
da forma. O prédio traz como resultado estético a desarticulação do seu interior onde cada 
pavimento apresenta uma continuidade própria, no entanto, em seu exterior destaca a força da 
forma relacionado ao contexto inserido. Concluímos que apesar da mudança no conceito da forma 
ou do uso da geometria, o arquiteto mantém o programa como elemento secundário e não 
determinante para sua arquitetura. Neste trabalho, Peter Eisenman modela o volume como o 
elemento a ser experimentado e nesse caso não aparecem categorias como proximidade, 
frontalidade e recuo. 
 
 
https://eisenmanarchitects.com/The-Max-Reinhardt-Haus-1992
https://eisenmanarchitects.com/The-Max-Reinhardt-Haus-1992
https://eisenmanarchitects.com/The-Max-Reinhardt-Haus-1992
17 
● ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 
 
Apesar de classificarmos a carreira de Peter Eisenman em três fases, algumas 
características permanecem constante em suas obras. Em sua fase inicial, o arquiteto buscava 
utilizar a linguagem formal como expressão máxima de espaço arquitetônico. 
A segunda etapa está marcada ênfase dada aos processos de modelagem, explorando as 
geometrias e sobreposições da forma básica, nesse período o objetivo passou a ser o encontro entre 
a sobreposição de formas e suas transformações durante o processo, resultando assim no projeto 
final. 
A terceira fase traz duas diferenças fundamentais em relação às fases anteriores, a adoção 
definitiva do uso de figuras não ortogonais e o conceito de projeto como elemento determinante 
para a elaboração da forma. O uso do computador nesta fase se mostra indispensável pela escolha 
das figuras não euclidianas como elemento base do projeto e os aspectos de auto similaridade e 
escala. Observa-se então uma alteração do pensamento de Peter Eisenman ao longo de sua carreira, 
o arquiteto revê suas formas de atuação mesmo mantendo a proposta inicial de solucionar o 
problema arquitetônico através da forma. 
Alguns pontos podem ser destacados na relação entre o objeto arquitetônico e o espaço, 
para Eisenman nunca houve a intenção de integrar esses dois itens, mas sim o aprimoramento sobre 
como inserir esses elementos, tanto do objeto no espaço quanto do espaço no objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
4. ANÁLISE DO PROJETO CONSTRUÍDO REPRESENTATIVO DA TRAJETÓRIA 
PROFISSIONAL 
 
● CRITÉRIOS JUSTIFICATIVOS 
 
O Centro de Artes Wexner está localizado no lado leste do campus da Universidade do 
Estado de Ohio em Ohio, Estados Unidos. O projeto surge a partir do convite para participar de 
uma competição realizada em 1982/ 83 pela universidade onde júri selecionou cinco equipes de 
design. As equipes trabalharam a partir de um programa arquitetônico detalhado formulado por 
um comitê consulta formado por professores, funcionários, alunos e ex-alunos do estado de Ohio. 
Sem um local específico delineado, as equipes tiveram que alocar edifício proposto em algum 
lugar entre a borda leste do Oval do estado de Ohio e a entrada da High Street para o campus. 
 
 
FONTE:https://www.archdaily.com.br/br/793327/classicos-da-arquitetura-centro-de-artes-wexner-peter-eisenman 
 
 
 
https://www.archdaily.com.br/br/793327/classicos-da-arquitetura-centro-de-artes-wexner-peter-eisenman
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Além de Eisenman, o concurso contou com Michael Graves, Cesar Pelli, Kallmann 
McKinnell & Wood, e Arthur Erickson como os finalistas. O projeto de Peter Eisenman 
juntamente com o arquiteto Rihard W. Trott1 e o arquiteto paisagista Laurie Olin2 destacou-se dos 
demais por romper com o pensamento convencional. 
 
Apesar de sua inexperiência com edifícios de grande escala, Eisenman, seu nome 
amplamente respeitado, apoiou, por si só, a abertura do museu, que nem sequer apresentou obras 
de arte com o intuito de não distrair a arquitetura. Dentre os diversos projetos de Eiseman, o 
Wexner foi um marco em sua carreira por torná-lo visível em escala internacional sido sua primeira 
grande comissão pública. Antes desse projeto ele era conhecido principalmente como um teórico 
e acadêmico da arquitetura. 
 
 O edifício foi idealizado para comportar seu novo centro multidisciplinar de artes 
contemporâneas. O local é voltado para realização de exibições, exposições e performance de 
artistas residentes e programas educacionais. Entretanto, quando foi construída, substituiu a 
Galeria de Belas Artes da Universidade, e tomou posse e administração do acervo permanente da 
Universidade. A coleção tem papel coadjuvante em programas de mídia visual e no Centro de 
Artes Cênicas. 
 
Inaugurado em novembro de 1989, deu-se o nome de Leslie Wexner, principal doador do 
Centro. Outros nomes seriam o Centro de Artes Visuais, Centro Wexner de Artes Visuais e 
Cênicas, Centro de artes visuais de Ohio e Biblioteca de Belas Artes e Comunicação e Artes 
Gráficas. Em 1985, o projeto o prêmio de “Arquitetura Progressiva”. 
 
 
 
1 Richard Trott (1952-1987) foi fundador, CEO e presidente do Conselho e da Richard Trott and Partners Architects 
Inc., Formado em arquitetura pela Universidade do Estado de Ohio 196, durante seu trajeto como estudantes, recebeu 
honrarias e foi premiado diversas vezes. Em 1965, Trott abre seu próprio escritório e suas obras passam a ser 
conhecidas nacionalmente e com ele ganhou mais de 85 prêmios de design. A carreira de Trott foi caracterizada por 
uma receptividade a novas, e até mesmo radicais, ideias que buscavam integrar as artes e o design em vários edifícios 
premiados. 
2 Laurie Olin (1938) é arquiteto paisagista americano. Cursou engenharia civil na Universidade do Alasca e arquitetura 
pela Universidade de Washington onde foi encorajado para segui carreira em arquitetura paisagística. Com isso, 
trabalhou em projetos paisagísticos de diferentes escalas. Atualmente é professor de arquitetura paisagística na 
Universidade da Pensilvânia, no mesmo local lecionou durante 40 anos. 
http://www.archdaily.com.br/br/tag/michael-graves
http://www.archdaily.com.br/br/tag/cesar-pelli
http://www.archdaily.com/tag/arthur-erickson/
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● CONCEITO 
 
Eisenman projetou o edifício 11.980m² com três andares e uma cave pensando em resgatar 
a história do antigo prédio de arsenal localizado na borda oeste do local que foi demolido em 1959 
após um fogo. Para isso, utilizou grandes estruturas que formam uma torre de tijolos, todavia no 
projeto é desenhado recortes nela e faz uso de formas geométricas como argumento. A estrutura 
branca que funciona como coluna dorsal em forma de andaime que acontece ao longo de toda a 
fachada leste do edifício aponta para o futuro, fazendo referência a uma constante evolução. Ao 
final da trama há uma conexão com as torres de tijolo. A integração das duas estruturas torna o 
passado comoponto focal, mas também garante uma importância para o futuro. 
FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/793327/classicos-da-arquitetura-centro-de-artes-wexner-peter-eisenman 
 
 
https://www.archdaily.com.br/br/793327/classicos-da-arquitetura-centro-de-artes-wexner-peter-eisenman
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● CARACTERÍSTICAS DE IMPLANTAÇÃO 
 
No projeto para um novo Centro de Artes Visuais no campus da Universidade do Estado 
de Ohio, Trott e Eisenman propuseram um novo eixo leste / oeste no campus. A ideia era ligar as 
grades da universidade além de criar um novo trajeto 
 
A estrutura de andaime, que mede 165 metros de matriz tridimensional, atua como um eixo 
de circulação e desempenha um papel espacial mais importante ao delinear e projetar a organização 
em todo o lote. Esta malha viária da cidade é o gerador de um novo caminho de pedestres no 
campus. Além de servir de via direta de entrada para o centro das artes, a trajetória iniciada por 
esse caminho se projeta muito mais longe: ao longo da irregular ponta norte do Oval, reforçando 
sua forma, através da torre principal do Hall da Universidade, até o apartamento fim da ferradura 
do Ohio Stadium, onde a grade da cidade começa mais uma vez. Assim, o confronto entre o padrão 
das ruas da cidade e a geometria do Oval recebe um impacto dramático muito maior. 
 
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● GRAU DE ADAPTAÇÃO AO ENTORNO IMEDIATO
 
FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/793327/classicos-da-arquitetura-centro-de-artes-wexner-peter-eisenman 
Conforme o campus crescimento do campus foi acontecendo, ele racionalizou e estendeu 
uma grade interna do campus Oval central, reforçando a separação da universidade de seu contexto 
urbano. A universidade continuou a se expandir na área circundante e agora abrange ambas as 
grades em sua periferia. O principal complexo atlético e muitos outros prédios do campus estão 
desconectados do plano original do campus porque estão de acordo com o padrão das ruas de 
Columbus. 
https://www.archdaily.com.br/br/793327/classicos-da-arquitetura-centro-de-artes-wexner-peter-eisenman
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Para a proposta da nova edificação, as geometrias subjacentes ao projeto e orientação foram 
calculadas para enfatizar a divergência de 12,25º entre malha viária de planejamento da cidade de 
Columbus e do campus da OSU para transmitir uma ideia de pertencimento. Como resultado, 
obteve um edifício cuja a funcionalidade foi questionada por muitos, mas que desperta um certo 
interesse arquitetônico. 
 
● MATERIALIDADE TÉCNICO CONSTRUTIVA 
 
Em termos construtivos o arquiteto segue alguns princípios do desconstrutivismo, 
transformando elementos rígidos que seriam estruturais como meramente simbólicos. Um 
exemplo disso, são algumas colunas das grades tridimensionais que não tocam o solo, contrário do 
papel que seria desempenhado. É a forma de o arquiteto brincar com o símbolo clássico da coluna. 
Após a conclusão do museu, o edifício foi registrado com uma série de problemas 
construtivos e de projeto que mancharam sua imagem pública. O que feriu a imagem dos 
desconstrutivistas por ter sido um exemplo do movimento. Em 2003, após 14 anos da sua 
inauguração, o edifício passou durante três anos por uma reforma. 
 
FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/793327/classicos-da-arquitetura-centro-de-artes-wexner-peter-eisenman 
 
 
https://www.archdaily.com.br/br/793327/classicos-da-arquitetura-centro-de-artes-wexner-peter-eisenman
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● ANÁLISE CRÍTICA 
 
O espaços internos do edifício (que incluem galerias, espaços de performance e um cinema, 
bem como um café e uma loja) foram projetados para acomodar todas as formas de arte 
contemporânea concebíveis, e mesmo aquelas ainda não imaginadas. Embora o júri concurso tenha 
registrado o projeto como edifício que "capturou o espírito, o dinamismo e a capacidade aberta das 
necessidades programáticas do novo centro", a recepção popular e de críticos não se semelhante. 
 
O edifício do Centro Wexner também marcou um momento de transição de um design mais 
antigo "clássico" ou "moderno" para um período de arquitetura altamente experimental a serviço 
de museus, centros de arte e instalações culturais em todo o mundo. 
 
Antes do edifício ser concluído, o Centro de Artes de Wexner recebeu críticas de Paul 
Goldberger através do New York Times, apelidando-o como "O Museu que a teoria construiu.". 
Peter Eisenman, responsável pelo projeto, tinha passado a maior parte de sua carreira promovendo 
a forma arquitetônica que seria o ideal em teoria. Quando o edifício vem a público, com enorme 
expectativa de como seria na prática o discurso teórico que promoveu durante sua carreira, gerou 
uma reação mista entre os populares e intrigou a comunidade acadêmica. Com ele, uma validação 
do desconstrutivismo e teoria, enquanto os seus problemas forneceram munição para outros que 
viam teoria e prática como atividades complementares, mas divergentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.archdaily.com.br/br/tag/peter-eisenman
http://www.archdaily.com.br/br/tag/peter-eisenman
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5. CONCLUSÃO 
 
QUAL O LEGADO DE PETER EISENMAN PARA A ARQUITETURA? 
 
Em virtude dos fatos levantados e produzidos podemos entender a importância de Peter 
Eisenman para a corrente desconstrutivista e também para o desenvolvimento da Arquitetura no 
século XX. Primeiramente como teórico, ele contribui para o enriquecimento dos debates que 
estavam em curso com suas ideologias desconstruídas, trouxe também quebra de paradigmas 
óbvios dentro do campo da arquitetura para discussão. Ele defende que a arquitetura deve ser 
autônoma e explicar-se por si só, sem interferências externas. Além disso, buscou explicar suas 
obras através de signos, símbolos e processos para chegar ao seu significado único a onde se insere. 
Através da trajetória da sua carreira vimos ele explorar de modelos tridimensionais, virtuais e 
físicos para o entendimento e desenvolvimento do projeto de arquitetura e isso foi de grande 
importância em como a arquitetura é desenvolvida hoje, o quanto uso da tecnologia mudou nossa 
forma de projetar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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contemporâneos” Editora Cosac Naify, 2004. p.137-182. 
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 <https://www.archdaily.com.br/br/625349/em-foco-peter-eisenman>Acesso 23/10/2020 
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 <https://www.archdaily.com.br/br/793327/classicos-da-arquitetura-centro-de-artes-
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 <https://eisenmanarchitects.com/Wexner-Center-for-the-Visual-Arts-and-Fine-Arts-
Library-1989 
 https://wexarts.org/architecture> Acesso 26/10/2020 
 <https://archinect.com/KnowltonOSU/release/alumnus-richard-w-trott-intersecting-
campus-and-columbus> Acesso 28/10/2020 
 <https://osupublicationarchives.osu.edu/?a=d&d=OSUM199005-01.2.29&e=-------en-20-
-1--txt-txIN-------> Acesso 28/10/2020 
 <https://www.vitruvius.com.br/revistas/> Acesso 28/10/2020 
 <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-05092015 
111523/publico/gabrielaizarrev.pdf> Acesso:20/10 
 <http://ppgau.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/dissertacoes/2017/Disserta%C3%A7%C3%A
3o%20Rodrigo%20Lauria%20Fonseca.pdf> Acesso:18/10 
 <https://medium.com/@Tigran.Khachatryan_/architectural-context-part-8-peter-
eisenman-5d4e36d23be6> Acesso: 25/10 
 <https://www.researchgate.net/publication/307842968_Peter_Eisenman> Acesso: 21/10 
 <https://www.researchgate.net/publication/334289128_Plastic_Temperaments_Notes_on
_the_Historical_Project_of_Peter_Eisenman_following_Bruno_Zevi> Acesso: 20/10 
 
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