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DESAFIO PROFISSIONAL 2016.

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO ITAPIPOCA
CURSO LICENCIATURA EM MATEMATICA
Disciplinas norteadoras: Psicologias da Educação e Teorias da Aprendizagem; Redes Sociais e Comunicação; Didática; Língua Brasileira de Sinais; Responsabilidade Social e Meio Ambiente
 REYNALDO EUGÊNIO DA SILVA 
 RA - 3281411003
DESAFIO PROFISSIONAL
NOME DO TUTOR A DISTÂNCIA: SILVANA MARIA BATISTA
ITAPIPOCA/CE
19/11/2016
INTRODUÇÃO
Os surdos ao longo de toda a história foram tratados de uma forma negativa, onde eles eram considerados pessoa com deficiências que não se ajustavam a sociedade, chegando em algumas épocas, a serem descartados.
A luta pelos direitos foi árdua, mas nos dias atuais existe uma grande preocupação em fazer com que pessoas surdas ou ouvintes sejam incluídas na sociedade, dando principalmente a elas uma educação de bom nível como elas merecem.
A educação para surdos e ouvintes é algo novo, por isso algumas escolas ainda estão se adaptando para receber esses alunos e fazer com que os mesmos não sintam dificuldades de adaptação. 
O seguinte trabalho irá ajudar a coordenadora Sônia a minimizar os problemas comportamentais e de aprendizagem de uma aluno surdo que entrara em sua escola, mostrando a importância do interprete educacional e a utilização da linguagem bilíngue como forma de melhorar a relação desse aluno surdo com o resto da escola.
DESENVOLVIMENTO
PASSO 1
Na publicação intitulada " O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa" no subtítulo interprete educacional, que faz parte do Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos da Dr. Ronice Müller de Quadros pode-se ver a função do intérprete na área educacional mundial.
A pesquisa mostra que em alguns países a demanda desse profissional é grande e ele acaba sendo indispensável, principalmente no Brasil onde as escolas públicas e particulares de ensino estão cada vez mais tendo a presença de surdos matriculados. 
Na apresentação da ideia, temos a defesa de uma grande problemática que pode acontecer com um intérprete em uma escola. É o fato dele ser confundido a um professor, assumindo tarefas que não cabe a ele. As vezes a própria instituição pode acabar delegando funções que acabam tirando a importância de se ter um professor na sala de aula, ou até mesmo o professor passa parte de sua responsabilidade fazendo com que o intérprete fique sobrecarregado. Seja qual for o problema, deve-se saber que o profissional intérprete está lá apenas para auxiliar o professor que possui a autoridade máxima na sala de aula.
Outro problema que é abordado na publicação é fato que a criança não saber diferenciar a função do intérprete com a do professor, gerando a dificuldade apresentada no parágrafo anterior. Em contra partida, podemos ver uma melhora qualitativa quando estamos falando de adolescente e adultos, onde esses sabem diferenciar e por isso tem melhores resultados nos estudos.
Após apresentar as dificuldades encontradas pelo intérprete educacional, a pesquisa mostra uma nova forma que está sendo utilizada para minimizar esses problemas, chegando até mesmo ao ponto de solucioná-los. Essa nova ferramenta é fazer com que o professor se torne o intérprete de língua de sinais, onde esse profissional irá dividir suas funções por turnos: um para professor e o outro para o intérprete. Isso mostra que mesmo a função de intérprete seja nova no Brasil, já se tem algumas evoluções para minimizar as falhas que o mesmo pode proporcionar.
A partir daí, a publicação mostra uma pesquisa com intérpretes de língua de sinais em sala de aula na Universidade Luterana do Brasil realizada por Quadros(2011), onde essa pesquisa mostra a interpretação da língua portuguesa para a língua brasileira de sinais com a presença de alunos surdos em sala de aula. Podemos ver que existe um problema quando falamos na intermediação entre alunos surdos e professores, ou até mesmo com o resto da classe através do intérprete, onde esse quando não é qualificado pode acabar atrapalhando o processo de ensino, com por exemplo, o erro na tradução de algumas palavras para a libras que pode levar ao aluno surdo a mal compreensão do assunto, fazendo com que eles fiquem desmotivados e deixem de participar de algumas atividades do grupo.
A pesquisa finaliza com o pensamento que o interprete se faz necessário em sala de aula, e que o mesmo deve ser bem escolhido pois ele terá uma responsabilidade enorme com os surdos ao qual auxiliar, estando sempre se aperfeiçoando na qualificação especifica na área da interpretação e nas áreas de conhecimento envolvidas. Além disso, é ele que vai intermediar a relação professor-aluno, melhorando o ambiente escolar par todos. 
Conclui-se que a inserção do intérprete em sala de aula deve ser analisada e discutida em diversos aspectos, pois não adianta apenas colocar um profissional de intérprete em uma sala de aula, mas o mesmo deve ter qualificações necessárias, além de dominar as duas linguagens, seja ela a língua portuguesa e a libras. E que o mesmo tem que auxiliar ao professor e não adquirir suas funções, para que o seu trabalho tenha bons resultados.
PASSO 2
Um dos maiores problemas que um professor passa atualmente está ligado a indisciplinas em sala de aula. Existem vários fatores que podem levar a essa problemática, como por exemplo, salas muito lotadas onde fica difícil o professor impor a sua voz, ou até mesmo um colégio onde não possuem regras e acaba deixando o professor com esse “problema” para resolver. Isso leva a uma reflexão sobre estratégias e competências profissionais que podem ser inseridas em sala de aula para que posa auxiliar ao professor no desempenho do seu papel.
Uma proposta de mudança de comportamento que pode ajudar um professor em sala de aula para extinguir o comportamento inadequado do aluno é usar um tipo de reforço negativo, onde esse aluno receberá algum tipo de punição pelo seu comportamento, como por exemplo, resolver uma atividade extra, perder algum ponto extra que esse aluno possuía, ou até mesmo ser retirado de sala. 
Esse tipo de metodologia pode até ser ultrapassada e exagerada, mas mostra ao resto da sala que se algum aluno praticar algum comportamento inadequado ele irá receber uma punição pelo seu ato, sem esquecer que quando houver melhora por parte do aluno, utilizar um reforço positivo, como por exemplo, uma palavra de incentivo. Isso mostrara a sala e principalmente ao aluno que suas atitudes boas farão que ele tenha uma relação melhor com o seu professor.
PASSO 3
Toda criança seja ela ouvinte ou surda tem o direito de aprender, e para isso deve receber uma educação de qualidade mesmo com os vários desafios que possam aparecer no caminho. Sendo assim, a escola tem o papel importante de inserir essa criança na sociedade e proporcionar a ela uma variedade de entendimentos sobre o mundo em que ela vive.
É inteiramente desafiador educar uma criança surda, pois ela utiliza a língua de sinais como o seu principal meio de compreender o mundo. Só que existe um reconhecimento que a linguagem é fundamental para a construção de qualquer ser humano, por isso, a língua de sinais é considerada a primeira língua e a língua portuguesa a segunda para os surdos. 
No entanto, a língua portuguesa para o ouvintes não pode ser ensinada da mesma forma que para as surdas, pois as crianças ouvintes já possuem um entendimento dessa língua e ficariam prejudicados em relação a aprendizagem. Por isso, para aluno ouvintes, a língua portuguesa é utilizada como primeira língua e a língua de sinais a segunda. 
Esse tipo de educação onde se é utilizada duas línguas para a aprendizagem do aluno é chamada de bilíngue, e só são aplicadas em escolas especiais. Já a educação monolíngue é ofertada na rede pública de ensino e usa apena a língua portuguesa como língua de ensino. Então fica delegado aos pais a escolha mais adequada para a educação deseus filhos.
Além disso, existem turmas composta apenas de alunos surdos onde existe a presença de um professor que seja especializado na área da surdez e bilíngue, no qual a língua portuguesa é tratada de forma tão igual quanto a linguagem de sinais. E ainda escolas da rede pública de ensino que utilizam a língua portuguesa como língua principal, utilizam professores interpretes como uma forma de fazer com que surdos e ouvintes possam interagir com o resto da escola como uma forma de inclusão desses alunos.
PASSO 4
Atualmente, o professor é aquele que determina o grau de conhecimento que será transferido ao seu aluno, cabe a ele a utilizar instrumentos que o auxiliem em suas aulas para que as mesmas não fiquem muito verbalizadas. 
Para auxiliar a professora na organização de suas aulas sem esquecer a necessidade de incluir fatores que auxiliem ao aluno surdo, devem ser agregado alguns fatores que irão beneficiar a todos. Primeiramente deve se incluir aulas com recursos visuais, como por exemplo, lousa, slides, figuras e etc., pois estes além de deixar a aula mais dinâmica, favorecer o aprendizado dos aluno que são surdos.
Além disso, Incluir durante o decorrer do ano aulas de campo, que irão fortalecer o que foi aprendido em sala de aula fazendo com que os alunos possam interagir com o ambiente. Lembrando que o profissional interprete poderá ajudar no entendimento do aluno surdo em todos os casos já citados.
Vale lembrar também que deve ser incluído aulas de libras para todos os alunos, como forma de melhorar a comunicação da sala como o aluno que é surdo, e até mesmo irá auxiliar para futuros novos alunos surdos que poderão ingressar na escola. Além disso, poderá ser incluídos filmes ou até mesmo palestras que possam melhorar a relação dos alunos de forma geral.
PASSO 5
Conclui-se que é um desafio grande implantar uma educação de boa qualidade para surdos e ouvintes nas escolas públicas de ensino ou até mesmo para as escolas especiais para surdos. Existem vários fatores que atrapalham essa inclusão, como por exemplo, a falta do interprete na sala de aula, ou até mesmo quando a escola possui esse profissional, a função do interprete de libras pode ser confundida com a do professor e vice versa, além disso, a falta de comunicação entre os pais com a escola.
A linguagem bilíngue é fundamental para a educação dos surdos e ouvintes, mas são os pais que tem o poder de decidir qual a melhor educação que eu filho deve receber, seja ela a monolíngue que utiliza a língua portuguesa como a principal língua, e é oferecida nas escolas públicas de ensino, ou a bilíngue que utiliza as duas linguagens, a portuguesa e a de sinais nas escolas especiais para surdos e ouvintes.
Professores, interpretes, pais, diretores e outros, estão todos juntos na busca de amenizar os desafios que possam desmotivar o processo de inclusão dos alunos surdos nas escola. Com o esforço de todos podemos melhorar a qualidade de ensino para essas crianças, mostrando para eles que a sua deficiência auditiva é não o impedirá de alcançar seus sonhos e buscar um excelente futuro. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É fato que atualmente vivemos em uma sociedade preconceituosa e racista, que não aceitam pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou não são considerada “padrão” para sociedade. Por esse motivo, o processo de inclusão de alunos surdos e ouvintes nas escolas é um desafio grande, mas que vem sendo quebrado todas as barreiras que impedem o avanço esse processo.
Podemos perceber que essas crianças possuem um vontade enorme de aprender e buscam sempre a respeitar o professor e o interprete. Elas só querem ser tratadas de forma iguais as outras crianças e receber a mesma educação que é oferecida para todos sem nenhum tipo de favorecimento ou regalias.
 Mas essa luta não acabou, precisamos ainda melhorar em vario aspectos no processo e inclusão, e tratar delicadamente esse assunto ao longo de muitos anos de forma séria e sensata. 
REFERÊNCIAS
CELIA, R. Escolha e utilização dos recursos audiovisuais. Disponível em: http://www.fkb.br/biblioteca/livrosedf/Curso%20de%20Didatica%20Geral%20%20Regina%20Celia%20C.%20Haydt.pdf. Acessado em 05 de novembro de 2016.
FÁTIMA, S. Educação Bilíngue para Surdos: Identidades, Diferenças, Contradições e Mistérios. Disponível em: http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/24287/T%20-%20FERNANDES,%20SUELI%20DE%20FATIMA%20.pdf?sequence=1.. Acessado em 03 de novembro de 2016.
FURTADO, O.; LOURDES, M.; MERCES, A. Uma introdução ao estudo da psicologia. Disponível em: https://docs.google.com/file/d/0B_UpzuaKL16MdXdzUXV5cjFPZjA/edit. Acesso em 25 de outubro de 2016.
MÜLLER, R. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf. Acessado em 13 de outubro de 2016.
RINALDI, G. Educação Especial A educação dos surdos. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/educacao_surdos.pdf. Acessado em 05 de novembro de 2016.
RITA, M. A educação dos alunos surdos. Disponível em: https://loja.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/5936/a-educacao-dos-alunos-surdos.aspx. Acessado em 01 novembro de 2016.

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