Buscar

Morfossintaxe Aplicada da Língua Potuguesa - Slides de Aula Unidade I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIDADE I
Morfossintaxe Aplicada
da Língua Portuguesa
Prof. Bruno César
 Desenvolver e aperfeiçoar a competência linguística do aluno para, assim, 
melhorar o seu desempenho na intelecção e na produção de textos, 
observando-lhes melhor sua estrutura morfossintática.
Objetivos gerais
Desenvolver:
 a habilidade de observação e de análise das estruturas e dos processos 
morfossintáticos da língua;
 a capacidade de reflexão crítica sobre conceitos tradicionais e modernos da 
morfossintaxe e sobre metodologia mais funcional de ensino;
 estratégias de ensino eficiente da morfossintática aplicadas ao uso efetivo da língua.
Objetivos específicos
 Tal palavra é a união de outras duas conhecidíssimas por nós: morfologia + sintaxe. 
Em outras palavras, há uma relação entre vocábulo e sentença (articulação). Veja: 
 pat = radical da palavra, elemento significativo de natureza lexical;
 o = elemento significativo de natureza gramatical que indica o gênero masculino.
Morfossintaxe?
Na sentença, a articulação pode ocorrer de várias maneiras, entre elas:
 o pato = duas unidades em concordância em gênero e número: o (masculina e 
singular) + pato (masculina e singular);
 os patos = duas unidades em concordância em gênero e número: os (masculina e 
plural) + patos (masculina e plural);
 os patos vêm = duas unidades em concordância em gênero e número: os patos + 
uma unidade em concordância em pessoa e número: + vêm (3ª pessoa do plural).
Morfossintaxe? 
 Existência das várias gramáticas, dentre elas aquela que é ensinada no Ensino 
Básico: gramática normativa.
 Os primeiros estudos gramaticais ocorrem em meados do século II a.C. Os gregos 
estudavam, em Alexandria, os fragmentos textuais de seus autores consagrados. 
 A atividade era criteriosa, pois os manuscritos do mesmo texto variavam entre si 
ou estavam danificados e rasurados; havia lacunas, trechos obscuros, acréscimos 
ou cortes indevidos.
Gramática tradicional e gramatização
Faraco (2008) diz que o estudo dos textos levou os eruditos alexandrinos a 
descreverem e comentarem a língua do seguinte modo:
 métrica, ortografia e pronúncia;
 a distribuição das palavras por classes (nomes, adjetivos, pronomes, verbos, 
advérbios, conjunções etc.);
 a estrutura sintática da oração simples (sujeito, predicado, complementos, 
adjuntos) e dos períodos (coordenação e subordinação);
 o uso das figuras de linguagem e assim por diante.
Gramática tradicional e gramatização
 O erudito alexandrino Dionísio, o Trácio (século II a.C.) é considerado o autor da 
primeira gramática conhecida do mundo ocidental: a Tekhne Grammatike 
(Arte da gramatica).
 Trácio ocupou-se essencialmente da fonética e da morfologia da língua grega, sem 
abordar a sintaxe. Sua obra lista oito classes gramaticais: nome, verbo, particípio, 
pronome, artigo, advérbio, preposição e conjunção.
Gramática tradicional e gramatização
 Diante de toda diversidade da língua encontrada pelos gregos alexandrinos, eles 
concentraram seus esforços na direção do estabelecimento e do cultivo de um 
ideal de língua;
 Aqui nasce a gramática, voltada para o estudo da língua e com o objetivo principal 
de fixar modelos de correção com base nos estudos empíricos dos usos normais 
dos poetas e prosadores.
Gramática tradicional e gramatização
 Depois da incorporação da Grécia aos domínios romanos, no século II a.C., a 
cultura grega foi fortemente valorizada pela elite romana.
 Os estudos gramaticais foram tomados pelos romanos, os quais adotaram a 
concepção normativa e fixou-se a ideia de um latim modelar.
 O criador da primeira gramática latina foi Varrão, que seguiu Crates de Malos e 
definiu seu trabalho como “a arte de escrever e falar corretamente; e de 
compreender os poetas” (FARACO, 2008, p. 137).
Gramática tradicional e gramatização
 Nesse processo, agregou-se o pressuposto de bem falar e bem escrever à 
concepção de pessoa culta.
 Isso quer dizer que uma pessoa culta é aquela que cultiva certos modelos de 
língua, aproximando seu modo de falar em público e de escrever aos usos dos 
autores consagrados. 
 Imitar a língua dos autores clássicos passou a ser o ideal linguístico dessas 
pessoas.
Gramática tradicional e gramatização
Os gregos e os romanos produziram um saber sobre a linguagem. Faraco (2008) 
apresenta três aspectos:
 Constituição de um vocabulário para falar sobre a língua, equivalente, hoje, à 
metalinguagem.
 Formulação de grandes perguntas sobre a linguagem humana, presentes ainda 
hoje nas nossas especulações linguísticas e filosóficas modernas.
 Sistematização de três direções para o estudo da língua caracterizadoras de 
alguns de nossos modos de investigação.
Gramática tradicional e gramatização
Auroux (1992) denomina gramatização o fenômeno ocorrido no século XVI:
 as primeiras gramáticas das línguas vernáculas foram criadas;
 as primeiras propostas com vistas à fixação da ortografia foram feitas;
 os primeiros dicionários foram organizados.
Gramática tradicional e gramatização
 NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira), criada em 1959 para orientar as 
gramáticas brasileiras (MEC 28/01/59). 
 A ideia de uma nomenclatura oficial buscava tentar controlar a proliferação 
indiscriminada da terminologia gramatical. 
 Um docente dizia “adjunto adnominal”, outro chamava “adjunto limitativo”, outros, 
“modificador”, “epiteto” e assim por diante. 
Gramática tradicional e NGB
 A gramática tradicional (NGB) estuda a qual classe gramatical pertencem as 
palavras de determinada frase, realizando uma análise morfológica. 
 Quando dividimos uma oração em partes para estudar as diferentes funções que 
as palavras podem desempenhar na oração e entre as orações de um texto, 
estamos realizando uma análise sintática. 
 São estudos sintáticos: colocação, concordância, regência, coordenação ou 
subordinação.
Gramática tradicional e NGB
 Gramatização consiste na transformação de sistemas linguísticos em línguas 
sistemas de regras gramaticais: o português e seus compêndios gramaticais.
 Gramaticalização está apoiada na alteração que determinado termo do sistema 
linguístico permite. 
 A língua, em uso, permite a criação de novas palavras ou expressões: o 
adjetivo duro, usado para caracterizar objetos concretos, deu origem a 
diversas palavras com sentido temporal, como os verbos durar e perdurar.
Gramatização e gramaticalização
A sigla “NGB” significa:
a) Norma Gramatical Brasiliana.
b) Norma Gramatical Brasileira.
c) Norma Gramaticalizada Brasiliana.
d) Normatividade Gramaticalizada Brasileira.
e) Normas Gramaticais Brasileiras.
Interatividade
A Linguística comporta diferentes escolas teóricas, que divergem em sua maneira de 
compreender o fenômeno da linguagem. Tais abordagens linguísticas podem ser 
divididas em dois grandes paradigmas: 
 o paradigma formalista prioriza o estudo da linguagem sob a perspectiva da forma, 
relegando a análise da função a um plano secundário.
 o paradigma funcionalista ressalta a função que a forma linguística desempenha 
na interação comunicativa.
Paradigmas da linguística
Formalismo: 
 Tende a conceber a língua como um fenômeno mental.
 Afirma que os universais linguísticos são considerados herança linguística genética 
que é comum a toda espécie humana.
 Considera a aquisição da linguagem pelas crianças uma capacidade humana inata.
 Vê a língua como objeto autônomo.
 Analisa a estrutura da língua, sem considerar situações reais de comunicação.
Paradigmas da linguística
Funcionalismo: 
 Tende a considerar a língua como um fenômeno social.
 Afirma que os universais linguísticos derivam da universalidade dos usos a que alíngua serve na sociedade.
 Considera a aquisição da linguagem um desenvolvimento das necessidades e 
habilidades comunicativas da criança na sociedade.
 Vê a língua como relacionada aos seus usuários. Além disso, relaciona, em sua 
análise, a estrutura da língua às diversas situações de comunicação.
Paradigmas da linguística
 Estruturalismo é a corrente de estudos linguísticos fundados por Ferdinand de 
Saussure na Suíça, no início do séc. XX.
 Concepção de um sistema cujo resultado é da aproximação e organização de 
unidades, possuindo características semelhantes e obedecendo a princípios de 
funcionamento.
 A língua deve ser estudada em si mesma e por si mesma, criando um estudo 
imanente da língua. 
 Esse estudo desconsidera fatos extralinguísticos como 
relações entre língua e sociedade, cultura, etc.
Linguística formal estruturalista
 Na visão de Saussure, a linguagem tem dois lados: língua (langue) e fala (parole), 
sendo língua o lado social e fala, o lado individual. 
 Na língua, conhecimento comum a todos, encontra-se a essência da atividade 
comunicativa; na fala, por sua vez, desenvolve-se o que é específico de cada 
um dos falantes. 
 Ressalta-se que a língua não pode ser criada nem modificada por apenas um 
indivíduo.
Linguística formal estruturalista
 O estudioso faz a oposição entre sincronia e diacronia, pois se a sincronia estuda 
a língua em um determinado tempo, a diacronia – que significa através do tempo –
estuda a evolução histórica da língua.
 A língua é um sistema de signo, formado pelas partes inseparáveis: 
um significante e um significado. 
 O significante consiste na sequência de fonemas e significado representa 
o sentido que é atribuído ao significante.
Linguística formal estruturalista
 Corrente de estudos da ciência da linguagem, iniciada nos Estados Unidos, no 
final da década de 1950, por Noam Chomsky, com Estruturas Sintáticas.
 Os falantes são considerados criativos, independentemente de serem analfabetos 
ou autores da literatura, já que criam infinitamente frases novas, das mais simples 
e despretensiosas às mais elaboradas e eruditas. 
 Trata-se da competência linguística, uma capacidade natural e inconsciente de 
produzir e entender frases.
Linguística formal gerativista
 Análise da linguagem humana de forma matemática e abstrata, afastando-se da 
gramática tradicional e da linguística estrutural. 
 Aproxima-se da interdisciplinaridade dos estudos da mente humana (cognitivo).
É um grande sistema de regras/elementos.
Linguística formal gerativista
Fonte: Livro-texto.
Estrutura de constituintes sintáticos (os sintagmas), organiza-se de forma 
hierárquica. Tal hierarquia é notada na representação arbórea:
 A construção arbórea é de cima para baixo, começando pelos constituintes 
oracionais SN e SV. 
Linguística formal gerativista
 Compreender como os falantes tenham intuição sobre as estruturas sintáticas que 
produzem e ouvem. O falante sabe quando a ocorrência é gramatical ou 
agramatical.
 O conhecimento linguístico inconsciente é implícito e natural, que governa a 
formação de frases (competência).
 O uso concreto da língua é denominado desempenho linguístico (ou performance 
ou atuação), que envolve habilidades fora da língua, tais como atenção, memória, 
emoção etc.
Linguística formal gerativista
 Uma das hipóteses dessa vertente é a existência de uma gramática universal 
(GU). Consiste no conjunto das propriedades gramaticais comuns de todas as 
línguas naturais, bem como as diferenças previsíveis entre elas. 
 Para a GU, há a teoria dos “Princípios e Parâmetros”, a qual foi desenvolvida, 
sobretudo, na área da sintaxe, uma vez que a estrutura sintática evidencia melhor 
as semelhanças entre as línguas, mesmo entre aquelas sem parentesco.
 Input e output ampliam as línguas e seus usos.
Linguística formal gerativista
 Subordinar o estudo do sistema linguístico ao uso. Aqui, deriva-se a relação entre 
linguagem e contexto social.
 A língua é considerada um instrumento da interação verbal. Descreve-se a 
linguagem não como um fim em si mesmo, mas como um requisito pragmático da 
interação verbal.
 Esse paradigma da linguística possui o seguinte quadro de princípios e categorias: 
normatividade, iconicidade, marcação, transitividade, plano discursivo e 
gramaticalização.
Linguística formal funcionalista
Como exemplo de contexto de situação, Cunha e Souza (2011) verificam os 
aspectos campo, relação e modo do gênero editorial, cujo resultado apresentamos 
aqui em forma de quadro:
Linguística sistêmico-funcional
Fonte: Livro-texto 
(adaptado).
Campo
Defesa de um ponto de vista representando uma 
opinião institucional ao público leitor.
Relação
Acontecimento entre escritor e leitor. O escritor é 
alguém imbuído de autoridade para opinar, e o leitor é 
o público geral, que pode ou não aceitar a tese 
defendida. A distância entre eles é máxima.
Modo
É o canal, o meio de veiculação do texto, no caso, a 
escrita. A linguagem tem papel constitutivo.
Saussure é responsável pela:
a) Linguística Estruturalista.
b) Linguística Gerativista.
c) Linguística Formal.
d) Linguística Lógica.
e) Linguística Funcionalista.
Interatividade
 Rosa (2009): morfologia significa o estudo das formas. Apenas no séc. XIX, o 
termo começou a ser usado. 
 A palavra pode ser considerada por diversos pontos de vista. Bechara (2001) 
indica que podemos estudar o aspecto material fônico; significação gramatical e 
lexical.
 Na língua oral, predomina o ritmo acentual, resultando em silabas átonas 
agrupadas em torno da silaba tônica. Na língua oral há um só grupo fônico e, 
portanto, um só vocábulo.
Morfologia: conceitos e uso
 A palavra é, então, constituída de uma base fônica e de formas semânticas, 
a gramatical e lexical. Quando falamos, ouvimos, lemos e escrevemos, 
temos consciência da palavra, e não dos morfemas.
 O morfema é a menor unidade significativa, que tem propriedade de articular-se 
com outras unidades. 
Morfologia: conceitos e uso
Fonte: Livro-texto.
 A cada comutação, o significado foi alterado, mantendo a estrutura do significante. 
A comutação é produtiva também no plano do conteúdo, quando é processada a 
comutação de morfemas para estabelecer paradigmas. 
Morfologia: conceitos e uso
Fonte: Livro-texto.
 O morfema pode conter dois ou mais valores, comprovados pela comutação. 
Isso é conhecido como cumulação.
 O símbolo Ø significa morfema zero. Em Língua Portuguesa, o singular dos nomes 
não é concretizado em um ponto do vocábulo, mas é uma categoria de número, 
comprovado pelo confronto com o plural: livro-s e livro- Ø.
Morfologia: conceitos e uso
 O morfema suprassegmental tem um significado gramatical sem ser um segmento 
entre outros da cadeia sintagmática. 
 Relaciona-se com a variação de dois fatores entonacionais: intensidade e altura. A 
incidência de maior tonicidade em uma ou outra sílaba e o elemento diferenciador. 
Por exemplo: fábrica e fabrica.
 Aqui, a tonicidade cria um nome (fábrica) e um verbo (fabricar).
Morfologia: conceitos e uso
 A acentuação também funciona em nível sintático. Dependendo da maior 
tonicidade em uma ou outra palavra, distinguimos qual é o substantivo 
e qual é o adjetivo, por exemplo: ingênuos fiéis e fiéis ingênuos.
 A variação de altura opera na língua portuguesa como elemento componente da 
modulação frasal e é responsável pela diferença entre asserção e interrogação 
em frases como: “Ele já viajou” e “Ele já viajou?”
Morfologia: conceitos e uso
 Os morfemas classificatórios constituem-se de vogais temáticas, cuja função é 
enquadrar os vocábulos em classes de nomes (substantivose adjetivos) e de 
verbos. Temos, assim, a subdivisão: nominais: -a, -e, -o; verbais: -a, -e, --.
 A ausência da vogal temática em alguns nomes cria as formas atemáticas, 
como nas palavras terminadas em consoantes e vogais tônicas.
Morfologia: conceitos e uso
 Os morfemas flexionais alteram os morfemas lexicais, adaptando-os às categorias 
gramaticais que admite. 
 No caso dos nomes, os morfemas são de gênero e número; quanto aos verbos, 
os morfemas são de modo e tempo, número e pessoa.
 Os morfemas flexionais são: aditivos, subtrativos, alternativos, morfema zero e 
morfema latente.
Morfologia: conceitos e uso
 Os morfemas aditivos são o acréscimo de um ou mais fonemas para dar 
informação gramatical. Exemplo: cantor – cantora (aditivo de gênero); rapaz –
rapazes (aditivo de número).
 Os aditivos podem ser classificados como cumulativos, resultando da acumulação 
de mais de uma noção gramatical em uma forma linguística indivisível. Por 
exemplo: amaramos, beberamos, partiramos - /ra/, /mos/.
Morfologia: conceitos e uso
 Morfema latente ou alomorfe ocorre quando o vocábulo não traz morfema 
gramatical para indicar qualquer categoria. Ele se caracteriza pela ausência de 
marca, não trazendo em si o contraste entre as categorias gramaticais. 
 Chama-se latente porque as significações revelam-se indiretamente pelo contexto, 
como ocorre em: o, os lápis (o contexto indica o número do vocábulo); o, a dentista 
(o contexto indica gênero).
Morfologia: conceitos e uso
 Os morfemas derivacionais, por sua vez, criam novas palavras na língua. A partir 
do morfema lexical livr-o foram criados os termos livr-eiro e livr-aria, entre outros.
 Em nossa língua, os morfemas -cao, -mento, -inho etc. não têm a mesma função 
que elementos como -s, -a, -va, que são indicadores de número e gênero nos 
verbos. 
Morfologia: conceitos e uso
Segundo Matthews (apud ROSA, 2009), o termo categoria é empregado: 
 para referir classes de palavras como N ou V;
 para representar as dimensões de um paradigma, com número, por exemplo;
 para cada uma das possibilidades de contraste no interior de uma dimensão, 
como número singular, número dual e número plural.
Morfologia: conceitos e uso
 Uma categoria morfossintática é obrigatória para uma classe de palavras e espera-
se que qualquer verbo em língua portuguesa, por exemplo, tenha dimensão 
número/pessoa.
 A realização de uma categoria morfossintática em um lexema pode ser dos 
seguintes tipos: propriedades inerentes, propriedade de concordância, 
propriedades configuracionais e propriedade de constituinte.
Morfologia: conceitos e uso
Em geral, são três os critérios de classificação para classes abertas:
 semântico: significados são estabelecidos para a atribuição de palavras a 
determinadas classes;
 morfológico: as palavras são classificadas devido a categorias gramaticais, 
ou seja, se a palavra possui informações de tempo, modo, gênero;
 sintáticos: possibilidade da palavra de assumir posições diferentes na sentença, 
bem como suas funções sintáticas quando articuladas em sentenças.
Morfologia: conceitos e uso
Morfologia seria o estudo das:
a) Estruturas sintáticas.
b) Estruturas semânticas.
c) Estruturas fonológicas.
d) Estruturas pragmáticas.
e) Formas, estruturas e classificação de palavras.
Interatividade
 O paradigma gerativista dá conta em verificar como se constitui uma oração. 
Os constituintes desta são formados, basicamente, por sintagma nominal (SN) 
e sintagma verbal (SV).
 Segundo Souza e Silva e Koch (1989), sintagma consiste em um conjunto de 
elementos constituintes de unidade significativa dentro da oração, os quais 
mantêm relações entre si de dependência e ordem.
Organização e constituição da frase
Assim, o sintagma nominal pode ser composto por um núcleo e mais unidades em 
torno deste núcleo:
Organização e constituição da frase
Fonte: Livro-texto.
 No caso do sintagma verbal, o núcleo é o verbo, que é considerado o elemento 
fundamental dentro desse sintagma.
Organização e constituição da frase
Fonte: Livro-texto.
Dependendo do elemento que constitui o núcleo, a natureza do sintagma muda para 
nominal ou verbal. Além de SN e SV, existem:
 SA: sintagma adjetival, cujo núcleo é um adjetivo;
 SP: sintagma preposicional, formado de preposição mais sintagma nominal.
A forma básica de uma oração é SN e SV, como verificamos no exemplo: os garotos 
(SN)| empinavam papagaios de papel (SV).
Organização e constituição da frase
O SN sujeito existe como posição estrutural, mas muitas vezes esse elemento não é 
preenchido lexicalmente, tal como:
Organização e constituição da frase
Fonte: Livro-texto.
O SP é o terceiro subconjunto e caracteriza-se por ser:
 facultativo: sua ausência na oração não prejudica a estrutura sintática;
 móvel: pode ser deslocado de sua posição normal, que e após o SN e o SV, 
e ser anteposto a esses sintagmas ou, ainda, intercalado;
As flores (SN) enfeitavam os jardins (SV)| na primavera (SP).
Na primavera (SP) as flores (SN) enfeitavam os jardins (SV).
Organização e constituição da frase
 O sintagma nominal (SN) possui, basicamente, um nome (N) como núcleo.
Organização e constituição da frase
Fonte: Livro-texto.
Exemplificando, temos:
 No entanto, o SN pode ter como núcleo um pronome (Pro) substantivo, seja o 
pronome pessoal,demonstrativo, indefinido, interrogativo, possessivo ou relativo. 
Nesse caso, o pronome está no lugar do N.
Organização e constituição da frase
Fonte: Livro-texto.
Pode ser exemplificado assim:
O SN complexo é aquele formado por mais de um elemento:
 determinante propriamente dito ou elemento-base (det-base);
 pré-determinante (pré-det);
 pós-determinante (pós-det).
Organização e constituição da frase
Fonte: Livro-texto.
A regra completa do determinante é: Det (pre-det) det-base (pos-det). Em língua 
portuguesa, os elementos que servem de determinantes-base são artigo e 
demonstrativo – que são, portanto, mutuamente exclusivos:
Organização e constituição da frase
Fonte: Livro-texto.
O sintagma preposicionado (SP) e constituído de preposição seguida de um SN. Seu 
papel é o de modificador circunstancial, expresso, em sua maioria, por locuções 
adverbiais, normalmente introduzidas por preposição. Podemos verificar nas 
seguintes orações:
 O leiteiro sai cedinho. (Adv.).
 O leiteiro sai de madrugada. SP (Loc. adv.).
 O leiteiro sai à mesma hora todos os dias. SP (Loc. adv. à mesma hora) 
SN (Loc. adv. todos os dias).
Organização e constituição da frase
No esquema arbóreo, o SP é assim:
 O SP pode apresentar-se como constituinte 
independente, como uma terceira divisão da oração. 
Aqui, ele pode veicular informações circunstanciais de 
tempo, lugar, modo e causa, entre outros, em 
conformidade com os advérbios e locuções adverbiais.
Organização e constituição da frase
Fonte: Livro-texto.
SP, SN e SV significam “Sintagmas”:
a) Preposicionado, Nomeado e Vertical.
b) Posicionado, Nominal e Vertical.
c) Preposicionado, Nominal e Verbal.
d) Pertencente, Neutro e Verbal.
e) NDA.
Interatividade
ATÉ A PRÓXIMA!

Continue navegando