Buscar

trabalho capítulo 7 livro do prof Tércio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

NOME: YORAN BRUNO SANTOS BENITEZ
TEXTO DISSERTATIVO: a moralidade do direito; direito e fundamento; direito e justiça; direito e moral.
TEXTO-BASE: FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Atlas, 2018, capítulo 07.
Direito e fundamento
No tópico “direito e fundamento” o autor procura problematizar a questão do fundamento do direito, a partir de considerações iniciais a respeito do saber no mundo antigo. Nas origens, associado à ideia de técnica, enquanto um sistema de regras de aprendizado, com o fim de alcance da ação correta, da meta da perfeição, segundo o parâmetro da virtude aristotélica.
A ciência jurídica consistia, naquele contexto, uma arte teorética de “conhecimento e avaliação das obras”, que combinava o conhecimento com sua persuasão. A sabedoria jurídica um meio de produção do verdadeiro, do belo, do útil, do justo, uma forma de interpretar a natureza.
Modernamente, porém, a ciência jurídica é pensada como um instrumento para alcançar uma finalidade, sempre futura, justificando-se sua legitimidade se houver o alcance objetivo. A questão que fica é se ele não é alcançado.
Nesse sentido, o autor procura verificar um fundamento do Direito a partir de elementos a ele externos, tais como a Constituição Federal, a história e um superdireito, ou seja, uma ordem jurídica acima das ordens jurídicas.
No entanto, a Constituição Federal já é parte do Direito, uma norma do sistema, que não pode ser ao mesmo tempo seu fundamento; a história presente logicamente não pode justificar o tempo presente, seu contexto, sua conjuntura; um superdireito é um direito, já faz parte do sistema, como a Magna Carta.
Por essas razões, o autor conclui que o fundamento do Direito é uma crença, o que confere sua legitimidade.
Direito e justiça
Nesse tópico, o autor discute se existe um fundamento básico, um “código doador de sentido”, ou um “código de ordem superior” da experiência jurídica, que possa lhe conferir legitimidade e faça as pessoas assim reconhece-la.
É nesse sentido que o autor já recorre à ideia de justiça, basilar à vivência dos seres humanos em comunidade, tendo como fundamento a noção de igualdade, o que dá equilíbrio às relações sociais, além da razão, aquilo que confere sentido a todas as coisas.
Quanto maior rigor se considera o ideal de igualdade nas interações sociais, mais se é capaz de considerar diferenças juridicamente relevante entre semelhantes, que devem ser prestigiadas na experiência jurídica. 
Assim, “o direito é um jogo de igualdades e desigualdades”, sendo esse o ponto da justiça, princípio do direito.
Direito e moral, direito e moralidade
Como a justiça também é o problema moral do direito, é importante verificar como se diferencia direito e moral. É essa a questão que o autor aborda neste último tópico.
Normas jurídicas e normas morais têm pontos de semelhança, porque estabelecem regras de conduta sem a necessidade de concordância das pessoas que são destinatárias dessas regras.
Por outro lado, existem formas de diferenciar as normas jurídicas e as normas morais, sendo a mais famosa delas referente à ideia de que o comportamento externo do indivíduo tem importância para o Direito, e o comportamento interno para a moral.
O autor, porém, contesta essa diferenciação, referindo que as atitudes internas, mentais das pessoas tem sim muita relevância para o âmbito jurídico. Seria o caso das noções de dolo e culpa no direito penal.
Outro critério utilizado é que as normas jurídicas e as normas morais têm a ver com os critérios objetividade x subjetividade.
Segundo se sustenta, as normas jurídicas se referem à objetividade do comportamento, ou seja, se uma atitude concreta foi de encontro à lei, dando causa a uma sanção decorrente dessa conduta.
Já as normas morais exigem comportamento de acordo com a moralidade de cada pessoa, ou seja, as crenças, os ideais íntimos de cada. Mas também geram consequências, como uma reprovação social, que de certa forma é uma sanção. Bem parecidas, portanto, normas morais e jurídicas de acordo com esse ponto de vista.
Apesar disso, a regra moral tem uma relação muito importante com a regra jurídica, porque confere a ela um sentido de validade. Aquilo que for imoral, ou seja, contra a moral, perde sentido jurídico porque entra em choque com o ideal fundamental de Justiça. 
Em outras palavras, a norma jurídica em contrariedade à norma moral pode até ter validade, eficácia, de maneira a tornar-se de obrigatório cumprimento por todos. Embora perca seu sentido, sua razão lógica de ser permanece.
Por isso é que o autor afirma que o direito sem sua moralidade perde sentido, mas permanece no mundo jurídico, mesmo que em contradição à noção básica de justiça que deve estar associada à experiência jurídica.

Outros materiais