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Resumo Direito Tributário

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Laíra Heitz.
CONCEITO: 
Se trata do ramo do direito público que regula as relações jurídicas concernentes à instituição e exigência dos tributos e outras obrigações a elas relacionadas, com o fim de assegurar ao Estado a obtenção de recursos necessários à consecição dos fins que o ordenamento jurídico lhe impõe. 
O artigo 3º do CTN prevê o conceito legal de tributo: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cuo valor nela se possa exprimir, que não constituia sanção de ato ilícito, instituida por lei, cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Diante disto, percebe-se que o tributo: 
1) É um encargo financeiro de natureza pecuniária e compulsória, no qual o contribuinte é obrigado (obrigação de pagar o tributo não depende da vontade do contribuinte, este compelido pela lei a fazê-lo) a entregar dinheiro, pecúnia, ao Estado; 
2) Deverá ser pago em valor monetário direto (moeda, cheque ou vale postal), não podendo alguém liquidar uma divida tributária mediante a utilização de efeitos patrimoniais ou simbólicos diversos, salvo se a lei tributária expressamente autorizar;
3) Não poderá ser confudido com punição por comprometimento de ato ilícito. A sanção ou apenção por ato ilícito é representada pela penalidade pecuniária, que caracterica uma outra modalidade de receira derivada estatal;
4) Somente a lei pode instituir ou aumentar tributo, não podendo a administração fiscal fazer isso a seu critério;
5) O principio da legalidade é a primeira limitação constitucional à competência tributária;
6) A divida constituida em relação aos tributos deverá ser cobrada por autoridade administrativa competente, que atuaá atendendo ao que estabelece a legislação especifica. O ato de cobrar tributos dos contribuintes não poderá ser discricionário, ou sejá, terá que ser vinculário à lei, nos limites da lei. Na atividade vinculada, a autoridade administrativa irá agir exatamente como determina a norma legal; 
7) Não se confudirá com tarifa ou preço público, como é o caso da conta de luz residencial, conta de telefone, gá, passagem de ônibus, metrô, barcas e outros preços públicos. 
NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO: 
A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, para o CTN,o que importa para a definicação da natureza jurídica do tributo é seu fato gerador, não importando qualquer outra caracteristica.
A) Tributos vinculados e não vinculados:
Os vinculados são aqueles que o fato gerador faz referência a alguma atividade estatal para com o contribuinte, como por exemplo as taxas e contribuição e melhoria. Os não vinculados são os que não decorrem de nenhuma atividade estatal espécifica, o fato gerador será um fato econômico, uma demonstração de riqueza do contribuinte, sobre a qual incidirá a alíquota, como por exemplo o importo de renda (o fato econômico = auferir renda), o IPVA (fato econômico = propriedade de veiculo automotor). 
OS IMPOSTOS SÃO TRIBUTOS NÃO VINCULADOS 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
B) Tributos fiscais, extrafiscaise parafiscais 
Os fiscais são os que possuem a principal finalidade de carrear recursos aos cofres público. Já o extrafiscal é aquele que a principal finalidade não é carrear recursos aos cofres do estado, mas sim intervir em uma situação econômica ou social. Os parafiscais ocorre quando a finalidade do tributo é arrecadas recursos, mas seu destino será uma entidade que desemprenhe uma atividade de interesse do estado (ex: SENAI)
C) Tributos reais e pessoais 
Os reais são os que incidem sobre bens ou outro fato econômico sem levar em conta as caracteristicas pessoais do contribuinte (ex: IPTU, IPVA). Já os pessoais são os que levam em conta as caracteristicas individuais do contribuinte (ex: imposto de renda)
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (FALTA TERMINAR)
É a capacidade que têm a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, dada pela Constituição Federal, de instituir seus respectivos tributos. Percebe-se então que só as pessoas juridicas de Direito Público, dotadas de poder legislatvo, pode ser atribuida competência tributária, posto que tal competência somente poderá ser exercida através da lei. 
!! O Distrito Federal pode versar sobre matéria de direito Tributário tanto estadual, quanto municipal, além da matéria distrital propriamente dita. ]
!! A decisão sobre o nível de incidência dos tributos dependem do ente político titular da competência; mas a arrecadação resultante das leis que ele edita não lhe pertence integralmente, pois é partilhada. 
Quanto aos tributos federais, a Contituição prevê a partilha do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF), do importo sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR), do imposto sobre produtos industrializados (IPI), do importo sobre a propriedade territorial rural (ITR) e de impostos novos que a União venha a criar com fulcro no artigo 154, I, além da contribuição para intervenção no domínio econômico. 
!! 20% do que a União arrecadar com impostosnovos, que pode criar nos termonos do artigo 154, I, pertence aos Estados e Distrito Federal (Art 157, II) 
1. Classificação da competência tributária 
A doutrina costuma discriminar três modalidades de competência tributária: privativa, residual e comum. 
	a. privativa: competência para criar impostos atrivuída com exclusividade a determinado ente político; assim, o imposto de importação seria de competência privativa da União; o ICMS seria de competência dos Estados e distrito feral. 
	b. residual: 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA:
A obrigação tributária é a relação jurídica pela qual o Estado tem o direito de exigir do contribuinte uma prestação ou tributo. 
Os sujeitos dessa obrigação são: o credor (sujeito ativo/ente público) e o devedor (sujeito passivo). Já o objeto dessa relação será uma prestação de dar, fazer ou não fazer. 
Há dois tipos de obrigação tributária, a acessória e a principal, previstas no artigo 113 do CTN
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
- Obrigação principal: surgirá com a ocorrência do fato gerador, tendo como seu objeto o pagamento de tributos ou penalidade pecuniária e extingui-se juntamente com o crédito dela decorrente. Percebe-se então que a obrigação principal sempre será uma obrigação de dar dinheiro ao fisco. 
- Obrigação acessória: tem como objeto as obrigações positivas (de fazer) ou negativas (de não fazer), que não envolvam pagamento, por interesse da arrecação ou fiscalização de tributos.
!! A palavra chave para diferencias a obrigaão tributária principal da acessória é "pagamento". Se for pagamento, a obrigação é principal, caso contrário, é acessória.
!! A penalidade pela infração a dispositivos tributários é obrigação tributária, embora não se confunda com tributo;
!! A inobservância da obrigação acessória (ex: falta de emissão de documento fiscal na venda de mercadoria) a converte em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária (multa).
A) Fato gerador: Assim como são dois tipos de obrigação tributária (principal e acessória), também são dois tipos de fatos geradores: 
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma dalegislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
O fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necesária e suficiente para o surgimento da obrigação tributária. Já o fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na orma da legislação aplicável impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
!! O fato gerador da obrigação tributária principal tem que estar previsto na lei, enquanto o da obrigação acessória pode estar na legislação que, conforme determina o Art.96 do CTN, compreende as leis, os tratados e convenções internacionais, os decretos e as normas complementares; 
!! O art. 114 do CTN assevera que o fato gerador é a condição necessária e suficiente para o surgimento da obrigação tributária, pode-se concluir que esta surge imediatamente à ocorrência daquele.
O fato gerador faz nascer a obrigação tributária, que se aperfeiçoa com o lançamento, ato pelo qual se constitui o crédito correspondente à obrigação.
OBS: Há possibilidade de exigência da obrigação tributária antes da ocorrência do fato gerador; que é possibilidade esta assegurada pelo art. 150, § 7º, da Constituição Federal, incluído pela Emenda Constitucional nº 03/1993:
Constituição Federal
Art. 150. (...)
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
O Artigo 116 do CTN regula o momento no qual se considera ocorrido o fato gerador: 
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
I – tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II – tratando-se da situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
*situação de fato: considera-se ocorrido o fato gerador desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias matériais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios, ou seja, surge a obrigação tão logo ocorram as circunstâncias materiais (provas) necessárias, importando apenas os elementos concretos, materiais.
Exemplo: a saída de um produto de uma loja é fato gerador do ICMS seja a que título for, venda, troca, doação ou transferência, à medida que a simples circulação do produto é a circunstância material necessária e suficiente para o surgimento da obrigação.
*situação jurídica: considera-se ocorrido o fato gerador, desde o momento em que esteja definitivamente constituída,nos termos do direito aplicável, ou seja, cumpridos seus requisitos e exigências legais, o fato gerador será considerado ocorrido.
O artigo 117 do CTN se refere aos fatos geradores que são situações jurídicas condicionais, dispondo sobre as condições suspensiva e resolutória:
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I – sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II – sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Assim, se a condição jurídica for uma condição suspensiva, a obrigação surge com o implemento da condição; se resolutória tal condição, os efeitos do fato aparecem desde a celebração do negócio ou a prática do ato
!! Na condição suspensiva, a aquisição do direito fica na depência de um evento ou condição futura e incerta que dexa suspenso a eficácia do ato.
!! Na condição resolutória ou resolutiva, o direito adquirido se desfaz quando ocorre determinado evento. Tal evento “resolve”, ou seja, extingue o ato jurídico.
B. Sujeito Ativo: O polo ativo da relação jurídica tributária, sendo principal ou acessória, figura o titular do direito de exigir o cumprimento da obrigação. Por se tratar, a relação jurídica tributária, em relaão a seu objeto tanto o pagamento de uma quantia em dinheiro como alguma prestação outra de diversa natureza (ex: emitir documentos fiscais), poderá configurar como sujeito ativo, a pessoa titular do direito de cobrar aquele pagamento ou a pessoa legitimada para exigir o cumprimento do dever formal ou acessório. 
EM SINTESE: O sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento
Obs: São pessoas jurídicas de direito público: a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios. Somente essas pessoas, portanto, podem ser sujeito ativo da obrigação tributária.
Obs: Embora se dê como regra que o sujeito ativo é o próprio estado, uma vez que o tributo só pode ser criado por ele, existem exceções, precisamente no campo das contribuições parafiscais, que são considerados sujeitos ativos indiretos, ou seja, podem arrecadar e fiscalizar tributos. 
A parafiscalidade é uma delegação da capacidade tributária ativa, com limitações, por quem a detém. Sendo assim, o sujeito ativo indireto é quem recebe do poder público a função de cobrar tributos dos contribuintes.
C. Sujeito Passivo: O sujeito passivo da obrigação principal é aquele obrigado ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária, já o sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que contituam o seu objeto, sendo que, o sujeito passivo da obrigação principal tem que estar previsto em lei, podendo o da obrigação acessória estar na legisação tributária.
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
!! No que diz respeito ao sujeito passivo da obrigação tributária principal, o CTN o define como contribuinte (quando tenha relaçao pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador) ou responsável (quando, sem se revestir da condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei). 
Exemplo: Se um indivíduo é proprietário de um apartamento, torna-se contribuinte do IPTU. Se, no entanto, ele for menor de idade, os pais, mesmo não se revestindo da condição de contribuinte, tornam-se responsáveis na impossibilidade de cobrança do tributo do proprietário menor de idade (art. 134, I, do CTN).
Os doutrinadores chamam o contribuinte de sujeito passivo direto ou contribuite de juris por ter uma relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; ao responsável denominam sujeito passivo indireto.
!! No caso dos impostos indiretos, vale dizer, aqueles nos quais o contribuinte transfere o encargo financeiro para o consumidor, a doutrina chama este último de contribuinte de fato.
!! O CTN, no art. 123, estabelece que se não houver disposição de lei em contrário, os contratos particulares não podem alterar a definição legal do sujeito passivo da obrigação tributária:
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
1. Solidariedade:
 A solidariedade se caracteriza toda vez que, relativamente a uma mesma obrigação, existem com interesse comum dois ou mais credores (solidariedade ativa), ou dois ou mais devedores (solidariedade passiva). No plano tributário, a solidadedade que seconsidera é a passiva , e ocorre sempre que existam pessoas simultaneamente envolvidas com o fato gerador da obrigação ou quando a lei expressamente determinar. 
Ex: Se duas ou mais pessoas forem proprietárias do mesmo imóvel serão solidariamente obrigadas ao pagamento do IPTU. 
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
!!No Direito tributário o fisco poderá sempre exigir o cumprimento da obrigação de qualquer um dos devedores solidários, sem qualquer ordem de preferência. 
!! A lei pode prevê que determinadas pessoas sejam solidariamente obrigadas ao recolhimento de determinado tributo, como no caso do recolhimento de contribuição paraa seguridade social, cuja obrigação de recolher tributo recai sobre o proprietário, incorporador, o dono da obra, o construtor e etc.
Sobre os efeitos da solidariedade o CTN, na falta de disposição imposta pelo legislador ordinário, regula a matéria no seu art. 125:
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
2. Capacidade Tributária: 
	A) Capacidade tributária passiva: A capacidade tributária passiva é a propria aptidão para realizar o fato gerador, aptidão para ser sujeito passivo da obrigação tributária, independendo de qualquer circunstância que limitem, no âmbito do direito privado, a prática de atos de mercancia, prestação de serviços, industrialização e, até mesmo, atos praticados por qualquer pessoa física.
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I – da capacidade civil das pessoas naturais;
II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício das atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. 
!! Ao determinar que a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais, o CTN atribui, por exemplo, a condição de sujeito passivo do IPTU a um menino de um ano de idade que tenha herdado um imóvel de um parente próximo, bem como a um louco de qualquer gênero ou qualquer pessoa que não seja habilitada à prática de atos na vida civil.
	*Domicilio Tributário do Sujeito Passivo: 
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:
I – quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
II – quanto às pessoas jurídicas de Direito Privado ou às firmas individuais, o lugar de sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à sua obrigação, o de cada estabelecimento;
III – quanto às pessoas jurídicas de Direito Público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.
Quando as regras previstas nos incisos do Art. 127 não forem suficiente, irá se considerar como domicilio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem a obrigação. 
	B) Capacidade tributária ativa: Atribuição administrativa conferida às pessoas jurídicas de direito público para arrecadar, fiscalizar ou executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas relativas a tributos. 
Exemplo: União possui capacidade tributária ativa para arrecadar e fiscalizar o Imposto de Renda. 
3. Norma Geral antielisão
A norma geral antielisão é instrumento colocado à disposição da administração tributária com a finalidade de combater procedimentos de planejamento tributário praticados com abuso de forma ou de direito, podendo o Fisco desconsiderar atos e negócios praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador. 
	*Elisão: conduta lícita do contribuinte,normalmente anterior ao fato gerador, que visa reduzir a carga tributária sobre a operação desejada (planejamento tributário)
	*Evasão: conduta ilícita do contribuinte, normalmente posterior ao fato gerador, que visa ocular a ocorrência do fato gerador.
	*Elusão: também chamada de elisão ineficaz,é a conduta do contribuinte que simula negócio jurídico, aparentemente lícito, para ocultar a ocorrência do fato gerador.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
O responsável tributário é o sujeito passivo que não se enquadra na condição de condição de contribuinte; obrigatóriamente vinculado ao fato gerador; tem sua obrigação decorrente de expressa disposição legal.
O CTN divide as hipóteses de responsabilidade tributária em três modalidades: reponsabilidade por sucessores (arts. 129 a 133); a responsabilidade de terceiros (arts. 134 e 135) e responsabilidade por infração (arts. 136 a 138). Já a Doutrina divide as hipóteses em responsabilidade por transferência e responsabilidade por substituição.
	- Responsabilidade por substituição: São aquelas que já no momento da ocorrência do fato gerador o sujeito passivo da obrigação tributária é o responsável, sendo que a responsabilidade tributária surge simultaneamente com a ocorrência do fato gerador. 
!!Sua finalidade é facilitar a fiscalização e arrecadação tributária, promovendo a cobrança dos tributos na etapa onde houver menor número de sujeitos passivos.
O exemplo mais comum é a substituição tributária adotada pela legislação do ICMS. Nesta hipótese, a indústria tem que recolher o seu próprio imposto (ICMS-1) devido ao fato gerador que é a saída de seu estabelecimento (FG-1) e é responsável por substituição tributária pelo recolhimento do imposto devido pelo varejista (ICMS-2) em função da venda ao consumidor (FG-2).
!! Se o legislador atribui ao responsável o dever de pagar o tributo quanto a fatos geradores futuros mediante a presunção de que estes irão ocorrer, tem-se a substituição tributária progressiva, autorizada pelo art. 150 § 7º, da CF
Exemplo: Concessionária de veículos que recolhe o ICMS devido por toda a cadeia circulatória em razão de fatos geradores futuros. 
!!Se a lei opta por adotar o caminho contrário, deslocando na cadeia circulaótira ou produtiva a um sujeito passivo a responsabilidade pelo pagamento de tributo em relação aos fatos geradores anteriores na cadeia, é o caso de substituição regressiva.
	- Responsabilidade por transferência: Surge na hipotese de o dever de pagar o tributo nascer vinculado a pessoa do contribuinte e deslocar-se para o responsável após a ocorrência de um fato novo. Seria aquela que no momento da ocorrência do fato gerador somente o contribuinte seria obrigado ao pagamento do tributo, entretanto, um evento posterior, confere a terceira pessoa responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária.
1. Responsabilidade dos sucessores (Arts. 129 a 130 CTN): 
A responsabilidade dos sucessores é uma das hipóteses de responsabilidade por transferência, ou seja, surge em momento posterior à ocorrência do fato gerador, modificando o sujeito passivo da obrigação tributária
STF: “A responsabilidade tributária dos sucessores protege o erário de um tipo de inadimplência bastante específica, que é o desaparecimento jurídico do contribuinte, conjugado com a transferência integral ou parcial do patrimônio a outra pessoa jurídica. Assim, a desconstituição da pessoa jurídica faz com que o crédito tributário não possa mais ser exigido contra o contribuinte original, que deixa de existir juridicamente. O patrimônio – material ou imaterial – transferido deveria garantiro crédito. O sucessor, ainda que se trata de um ente federado, deve arcar com a dívida” – RE 599176/PR, rel. Min. Joaquim Barbosa, 5-6-2014.
A responsabilidade por sucessão refere-se somente a tributos, não havendo previsão de responsabilidadequanto a penalidade (multa).
A) Sub-rogam-se na pessoa do adquirente os créditos tributários relacionados com o imóvel adquirido, se o respectivo fato gerador consistir na pro-priedade, no domínio útil ou na posse, assim também quanto a taxas e contribuições de melhoria vinculadas ao imóvel, salvo quando conste do título prova de sua quitação.
!! Os créditos tributários acompanham o imóvel, pois este serve de garantia de satisfação daqueles, mesmo após transferência para terceiros sem relação com a dívida.
B) No caso de bens móveis: São pessoalmente responsáveis o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos, ou seja, tanto o adquirente quanto o remitente de bens móveis no momento da aquisição dos bens passama ser resonsáveis pelos tributos incidentes sobre o mesmo.
!! remição: é a forma de aquisição de bem por parente do executado quando resgatam-se bens em processo de execução, bens que já haviam sido levados em hasta pública.
	OBS: NÃO CONFUDIR REMIÇÃO COM REMISSÃO, UMA VEZ QUE REMISSÃO SE TRATA DE PERDÃO CONCEDIDO POR LEI - CAUSA DE EXTINÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
C) Havendo arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço e não sobre a pessoa do arrema-tante, ao contrário do que ocorre com o adquirente de bens (sub-rogação na pessoa). C
D)Em caso de falecimento do contribuinte, respondem por tributos devidos pelo de cujus o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, até a data da partilha ou adjudicação, limitada a res-ponsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação (art. 131, II).Também responde o espólio pelos tributos devidos pelo contribuinte falecido, até a data da abertura da sucessão (art. 131, III, do CTN).
RESUMO: Antes da morte (responde pelos tributos o próprio contribuinte, o futuro de cujus); Com a morte/abertura da sucessão ( responderá o espólio pelos tributos devidos até a data do óbito; já os tributos cujos fatos geradores surgirem durante o processo de inventário o espólio será contribuinte); Com a partilha/ fim de processo de inventário (os sucessores - herdeiros e legatários - serão responsáveis pelos tributos devidos tanto pelo de cujos quanto pelo espólio; Após a partilha (cada herdeiro ou legatário será contribuinte dos tributos originários após este momento, com relação ao respectivo bem recebido).
E) No caso de pessoas juridica, a sucessão obedece outras regras. A pessoa jurídica resultante de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas fusionadas, transformadas ou incorporadas (art. 132 do CTN). A mesma regra vale nos casos de ex-tinção de pessoas jurídicas de direito pri-vado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual (art. 132, parágrafo único). 
!! Portanto, nos casos de transformação empresarial a pessoa jurídica re-sultante da operação é responsável pelas dívidas tributárias das empresas transformadas.
F) No caso de fundo de comércio ou estabelecimento, a pessoa natural ou juridica de direito privadoque adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido. (art. 133 do CTN)
!! Responderá integralmente o sucesso se o alienante cessar a exploração de comércio, indústria ou atividade. 
!! Responderá subsidiariamente o sucessor com o alienante caso o vendedor prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou outro ramo do comécio. 
!! Não recai sobre os tributos de pessoa juridica
2. Responsabilidade de terceiros:
 Nos termos do art. 134 do CTN, na impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, são solidariamente responsáveis: os pais, pelos tributos devidos dos filhos menores; os tutores e curatores pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; os inventariantes, pelos tributos devidos do espólio; o sindico e o comissário , pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; os tabeliães, escrivães e demais serventuários de oficio, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão de seu oficio; os sócios , no caso d liquidação de sociedade de pessoas
!! O terceiro responde solidariamente, mas com beneficio de ordem ( nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigaão original pelo contribuinte
3. Responsabilidade por infrações:
A responsabilidade por infrações da legislação tributária, salvo disposição de lei em contrário, independe da intenção do agente, não importando tampouco se o ato infracional chegou a produzir todos os efeitos.
 Assim, são irrelevantes, nos casos de infração: a intenção do agente; e o resultado da conduta por ele praticado.
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.
!! A responsabilidade por infrações tri-butárias classifica-se como “culposa” e “de mera conduta”.
4. Denúncia espontânea: 
Denúncia espontânea é a autodelação premiada no Direito Tributário. O próprio infrator confessa ao Fisco a prática de um comportamento irregular antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização relacionada com a infração, acompanhado do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do pedido para que o Fisco arbitre o valor devido.
!! Neste caso, o art. 138 do CTN determina a exclusão da responsabilidade afas-tando a aplicação de qualquer penalidade, sejam multas punitivas ou moratórias. 
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
* DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JÚRIDICA DO CTN:
O art. 135 do CTN consagra o caráter excepcional da responsabilidade de diretores, sócios, gerentes ou representantes por dívidas da empresa. Isso porque vigora o princípio da autonomia patrimonial isolando os bens da pessoa jurídica em relação ao patrimônio de seus dirigentes.
!! O CTN afirma que somente os atos praticados com excesso de poder ou infração de lei, contrato social ou estatutos têm o poder de afastar a autonomia patrimonial, autorizando o Fisco a redirecionar a cobrança contra os dirigentes da empresa. Excesso de poder ou infração constituem sempre comportamentos dolosos, que exigem má-fé para sua caracterização, sendo inadmis-sível sua configuração na modali-dade meramente culposa.
!!Cabe ao Fisco o ônus de provar a ocorrência dos motivos circunstanciais que autorizam a responsabilização dos administradores. Assim, se o Fisco não puder demonstrar que ocorreram atos concretos de excesso de poder, infração à lei, ao contrato social ou aos estatutos, descabe a inclusão de diretores, sócios e gerentes na execução fiscal. 
!! Comprovado o excesso de poder ou a infração, caracterizando comportamento doloso ensejador da responsabilidade pessoal do dirigente, como regra a pessoa jurídica deixa de ser a devedora principal do tributo, passando o dirigente a ocupar tal papel.
!! Segundo o STJ, o simples inadimplemento da obrigação tributária não autoriza o redirecionamento da Execução Fiscal

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