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Processo - Teoria Geral do Processo


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Msc. Gillian Santana de Carvalho Mendes
 - Jurisdição( inércia )
 -Ação (provocação )
 - Processo ( concretização)
- Prática de vários atos para atuação da 
jurisdição
-procedimento complexo, repleto de atos 
sucessivos
 - Processo = pro + cedere (caminhar para frente)
 “Praticam-se atos ordenados e sucessivos para 
fazer atuar a jurisdição, que previne ou compõe 
conflitos sociais, ou administra interesses sociais 
de relevo. A soma de todos esses atos constitui o 
processo judicial, que é, como nitidamente se vê, 
o meio ou método pelo qual o Estado exerce a 
jurisdição, administrando a justiça”. (Sérgio 
Bermudes)
 “
 É o instrumento de que se utiliza a parte que 
exercitou o direito de ação na busca de uma 
resposta judicial que ponha fim ao conflito de 
interesses instaurado ou vias de sê-lo”. (Misael 
Montenegro Filho)
 - O processo é o instrumento da jurisdição
 - Processo é um conjunto de atos sucessivos, 
praticados ordenadamente, a fim de se 
alcançar um resultado
 Complexidade : composto por vários atos
 Dimensão temporal : se desenvolve no tempo
 Interdependência entre os seus atos : relação 
entre os atos
 Progressividade : produção de um resultado 
final
 “O primeiro é a soma de atos que tem fim 
determinado, não importando a marcha que toma 
para atingi-lo. O segundo é o modo pelo qual o 
processo se forma e se movimenta, para atingir o seu 
respectivo fim” (Ernane Fidélis dos Santos)
 Procedimento: “sucessão de atos, que representa a 
forma como processo se desenvolve”. (Misael 
Montenegro Filho)
 - Processo (atuação da jurisdição) x Procedimento 
(rito percorrido pelo processo) 
 Procedimento Comum – É o rito ordinário, 
aplicável em todos os casos em que a lei não 
dispor de maneira diferente
 Procedimento Especial – São aqueles 
referentes a processo que seguem um rito 
especial, previsto em lei, com por exemplo, na 
lei de Execução Fiscal etc
 Procedimento de Execução – São aqueles 
processos em que se visa a execução ou 
cumprimento de sentença, execução de títulos 
extrajudiciais e outros casos previstos no próprio 
CPC ou em leis esparsas.
 - Leva em consideração o tipo de provimento 
jurisdicional a que visa a ação
 Processo de Conhecimento
 - atividade predominante: cognição1
 - contraditório pleno : participar da formação da 
decisão de mérito
 Processo de Execução
 - busca pela satisfação da obrigação (dar, pagar, fazer 
ou não fazer)
 - contraditório limitado: desfecho único da execução
 Tutelas Provisórias – No CPC de 1973, essa categoria 
recebia o nome de Medidas Cautelares. Mas foram 
substituídos pelas tutelas provisórias de Urgência e 
Evidência
 “Cognição é a técnica utilizada pelo juiz para, 
através da consideração, análise e valoração 
das alegações e provas produzidas pelas 
partes, formar juízos de valor acerca das 
questões suscitadas no processo, a fim de 
decidi-las”. (Kazuo Watanabe)
 - Relação estabelecida entre autor, réu e Estado-
juiz através do processo : poderes jurídicos de 
praticar atos até a prolação da sentença
 - Pressupostos da Relação Processual: 
requisitos para que a relação processual nasça e 
se desenvolva regularmente
 “...podem ser definidos como os requisitos de 
existência e validade da relação processual. Em 
outros termos, os pressupostos processuais são os 
elementos necessários para que a relação 
processual exista e, existindo, possa se 
desenvolver validamente”. (Freitas Câmara)
 requisitos necessários para que o processo 
possa se instaurar
 SUBJETIVOS
 órgão investido em jurisdição
 capacidade de ser parte
 OBJETIVO
 existência de uma demanda - Petição Inicial
 desenvolvimento regular do processo
 SUBJETIVOS
 Competência e ausência de impedimento do juiz
 capacidade processual da parte, capacidade 
postulatória e legitimidade ad causam 
 OBJETIVOS
 Intrínsecos: respeito ao formalismo processual
 Extrínsecos: negativos: perempção, 
litispendência, coisa julgada ou convenção de 
arbitragem; positiva: interesse de agir
 “Parte é quem pede e contra quem se pede a 
tutela jurisdicional. Ao lado do juiz, as partes 
compõem o quadro das pessoas do juízo, dos 
sujeitos do processo”.
(L.G. Marinoni)
 “Como sujeito da relação processual, cabe ao 
órgão jurisdicional, primordialmente, o poder 
de dizer e realizar o direito entre as partes de 
modo definitivo” (A. Rocha).
 - Posição de supremacia e equidistância às 
partes (imparcialidade)
 Causas de impedimento do juiz
 Ex: se for parte no processo; preferiu sentença ou 
decisão; tiver postulado como advogado da parte; 
cônjuge, companheiro ou parente da parte;
 Causas de suspeição2 do juiz
 Ex: amigo íntimo ou inimigo capital das partes; 
aconselhar as partes; interesse no julgamento; motivo 
íntimo
 Função básica:
 direção do processo isonomia entre as partes 
 rápida solução do litígio
 assegurar a dignidade da Justiça
 buscar a conciliação (qualquer tempo)
 Art. 144 do NCPC - Há impedimento do juiz, sendo-lhe 
vedado exercer suas funções no processo:
 I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como 
perito, funcionou como membro do Ministério Público ou 
prestou depoimento como testemunha;
 II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo 
proferido decisão;
 III - quando nele estiver postulando, como defensor público, 
advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou 
companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
 IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou 
companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha 
reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
 V - quando for sócio ou membro de direção ou de 
administração de pessoa jurídica parte no processo;
 VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou 
empregador de qualquer das partes;
 VII - em que figure como parte instituição de ensino com a 
qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de 
prestação de serviços;
 VIII - em que figure como parte cliente do escritório de 
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por 
advogado de outro escritório;
 IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
 § 1º - Na hipótese do inciso III, o impedimento só se 
verifica quando o defensor público, o advogado ou o 
membro do Ministério Público já integrava o processo 
antes do início da atividade judicante do juiz.
 § 2º - É vedada a criação de fato superveniente a fim de 
caracterizar impedimento do juiz.
 § 3º - O impedimento previsto no inciso III também se 
verifica no caso de mandato conferido a membro de 
escritório de advocacia que tenha em seus quadros 
advogado que individualmente ostente a condição nele 
prevista, mesmo que não intervenha diretamente no 
processo
 Art. 145 do NCPC - Há suspeição do juiz:
 I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de 
seus advogados;
 II - que receber presentes de pessoas que tiverem 
interesse na causa antes ou depois de iniciado o 
processo, que aconselhar alguma das partes acerca do 
objeto da causa ou que subministrar meios para atender 
às despesas do litígio;
 III - quando qualquer das partes for sua credora ou 
devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de 
parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, 
inclusive;
 IV - interessado no julgamento do processo em favor de 
qualquer das partes.
 § 1º - Poderá o juiz declarar-se suspeito por 
motivo de foro íntimo, sem necessidade de 
declarar suas razões.
 § 2º - Será ilegítima a alegação de suspeiçãoquando:
 I - houver sido provocada por quem a alega;
 II - a parte que a alega houver praticado ato 
que signifique manifesta aceitação do arguido.
 As Partes
 “No processo, há duas partes; autor e réu: o autor 
é quem pede em nome próprio ou em cujo nome é 
pedida a prestação jurisdicional do Estado; réu é 
aquele contra quem se pede a prestação 
jurisdicional do Estado”. (Albuquerque Rocha)
 Quem pode ser parte
 qualquer pessoa humana (art. 2º do CC)
 pessoas jurídicas organizações formais (massa 
falida, espólio, herança, etc)
 “é a aptidão que deve ter a parte para exercitar, por si 
mesma, os poderes jurídicos de que é titular no 
processo” (Albuquerque Rocha)
 - Capacidade de ser parte aptidão para ser sujeito da 
relação processual (adquire-se com a personalidade)
 - Capacidade de estar em juízo (art. 7º do CPC)-
praticar/recepcionar atos em juízo
 OBS: podem exigir a representação
 Ex: incapazes, réu preso, pessoas jurídicas
 - Capacidade postulatória > prática de atos 
postulatórios
 OBS: dispensa de advogado/procurador (Juizados, 
Justiça do Trabalho)
 “Tais deveres poderiam, em verdade, ser 
reduzidos a uma única frase: cabe às partes o 
dever de auxiliar o juízo no descobrimento da 
verdade e na efetivação das decisões
 judiciais sem utilizar expedientes antiéticos”. 
(Freitas Câmara).
 “Situação caracterizada pela coexistência de 
duas ou mais pessoas do lado ativo ou do lado 
passivo da relação processual, ou em ambas as 
posições”. (Cândido Rangel Dinamarco)
 Objetivo
 “O litisconsórcio impõe a cumulação subjetiva da 
relação jurídico processual, justificando-se por 
razões de economia processual e do afastamento 
da possibilidade de serem proferidas decisões em 
processos que se ramifiquem de um mesmo tronco 
em comum”. (Misael M. Filho)
 Classificação (regime jurídico)
 - Quanto à posição: Ativo / Passivo / Misto
 - Quanto à formação: Necessário / Facultativo
 - Quanto ao tratamento: Unitário / Simples
 CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; 
DINAMARCO, Cândido Rangel; GRINOVER, Ada 
Pellegrini. Teoria geral do processo. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2012. 
 MEDINA, Paulo Roberto de Gôuvea. Teoria Geral 
do Processo, Salvador: Juspodiw, 2016
 ROCCHA, José Albuquerque. Teoria geral do 
processo. São Paulo: Atlas, 2009.
 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de 
direito processual civil v.1: teoria geral do 
direito processual civil e processo de 
conhecimento . Rio de Janeiro: Forense, 2015.