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Prof. Marlio Bonfim Extensometria 1 1.Introdução 2.Extensômetros 3.Tipos de Extensômetros 4.Ponte de Wheatstone 5.Configurações de Ponte 6.Dispositivos de Calibração 7.Extensômetros como transdutores Dep. de Engenharia Elétrica Curso de Especialização Engenharia Elétrica / Instrumentação Tópicos abordados: Prof. Marlio Bonfim Extensometria 2 4. Ponte de Wheatstone •Dispositivo usado para medir resistências elétricas •Inventado por Samuel Hunter Christie em 1833 e divulgado por Charles Wheatstone 10 anos mais tarde •Constituida por 4 resistores dos quais 1 ou 2 são variáveis e os demais sao fixos e conhecidos Empregada extensamente na instrumentação eletrônica especialmente na medida de pequenos sinais Prof. Marlio Bonfim Extensometria 3 4. Ponte de Wheatstone •Configuração básica: •Vexc: fonte de tensão constante •R1, R2, R3 e R4: resistores da ponte •VG: Tensão de saída da ponte a ser medida com Voltímetro de alta impedância (digital ou analógico) •Para R1=R2=R3=R4 → VG=0 (ponte em equilíbrio) b a c d R4 R3 R1 R2 Vexc Prof. Marlio Bonfim Extensometria 4 4. Ponte de Wheatstone •Tensão de saída em desequilíbrio: •Considerando a resistência interna do Voltímetro infinita: V ac=V a−V c=V exc R3R3R4− R2R1R2 •Em termos de variação de resistência ΔR: V ac=V out= V exc 4 R1R1 − R2R2 R3R3 −R4R4 b a c d R4 R3 R1 R2 Vexc Prof. Marlio Bonfim Extensometria 5 4. Ponte de Wheatstone •Adaptando a equação anterior para extensômetros: •Considerando 4 extensômetros idênticos: V o= V exc .K 4 1−23−4 K= R /R L /L = R /R R R = .K •Considerando 1 extensômetro (R1) e 3 resistores fixos de valor nominal idêntico: V o= V exc .K. 4 Prof. Marlio Bonfim Extensometria 6 4. Ponte de Wheatstone V o= V exc .K 4 1−2 •Considerando 2 extensômetros e 2 resistores fixos de valor nominal idêntico: V o= V exc .K 4 13 V o= V exc .K 4 1−−2 V o= V exc .K 4 1−3 •Sinais de mesma polaridade em braços adjacentes se subtraem • Sinais de mesma polaridade em braços opostos se somam •Sinais de polaridade oposta em braços adjacentes se somam •Sinais de polaridade oposta em braços opostos se subtraem Prof. Marlio Bonfim Extensometria 7 4. Ponte de Wheatstone •Na prática é comum a utilização de 2 resistores fixos e 2 extensômetros para aumentar sensibilidade da medida e reduzir o efeito da variação da resistência com a temperatura: •Para aumentar a sensibilidade: 2 extensômetros idênticos em braços adjacentes da ponte de Wheatstone submetidos a forças opostas: V o= 2V exc.K. 4 = V exc .K. 2 R4 R3 G1Vexc G2 Prof. Marlio Bonfim Extensometria 8 4. Ponte de Wheatstone •Para reduzir a sensibilidade à temperatura: 2 extensômetros idênticos em braços adjacentes da ponte de Wheatstone submetidos à mesma temperatura: V o=0 R4 R3 G1Vexc G2 V o= V exc .K 4 T 1−T 2 T2 T1 T 1=T 2•Se: •Então: Prof. Marlio Bonfim Extensometria 9 4. Ponte de Wheatstone •Balanço da Ponte (saída nula): R1.R3=R2.R4 • A tensão de saída se anula para: R4 R3 R1 R2 Vexc •Para ''zerar'' a saída da ponte são necessários pelo menos 2 resistores variáveis • Esta condição permite a medida da tensão de saída Vo com corrente nula independente da resistência interna do Voltímetro Prof. Marlio Bonfim Extensometria 10 4. Ponte de Wheatstone •Balanço da Ponte (saída nula): R1.R3=R2.R4 •Para obter-se uma leitura do sinal na condição de ''zero'' da ponte: •O resistor variável (potenciômetro) deve possuir uma escala graduada •Ajusta-se o potenciômetro para obter-se 0 V na saída da ponte •Lê-se na escala graduada o valor da resistência do potenciômetro •Determina-se o valor da resistência do extensômetro através da relação: • Converte-se o valor da resistência em força ou deslocamento Prof. Marlio Bonfim Extensometria 11 4. Ponte de Wheatstone A instrumentação eletrônica atual raramente utiliza a condição de medida balanceada pois: •Dispõe-se de grande variedade de Voltímetros digitais (conversores A/D) de alta precisão e resolução, além de alta impedância •O uso de potenciômetros com leitura analógica ou digital encarece o sistema e dificulta a leitura •Medidas dinâmicas (frequências de leitura da ordem de dezenas de Hz) são impraticáveis nas medidas balanceadas Prof. Marlio Bonfim Extensometria 12 5. Configurações da Ponte Na extensometria várias configurações da ponte de Wheatstone podem ser adotadas tendo em vista alguns fatores: •Simplicidade da montagem •Custo •Compensação de temperatura •Aumento de sensibilidade •Distância entre extensômetro e instrumentação Prof. Marlio Bonfim Extensometria 13 5.1 ¼ da Ponte Ativa 5.1.1 Conexão com 2 fios: Aplicações: •Laboratórios com temperatura controlada •Cabos de conexão curtos •Testes de curta duração R4 R3 Vexc R2 Vantagens: •Simplicidade e baixo custo Desvantagens: •Sensível à temperatura de extensômetro •Sensível à resistência dos cabos de conexão (comprimento, temperatura) Prof. Marlio Bonfim Extensometria 14 5.1 ¼ da Ponte Ativa 5.1.2 Conexão com 3 fios: Aplicações: •Ambientes com temperatura controlada •Testes de curta duração R4 R3 Vexc R2 Vantagens: •Simplicidade e baixo custo •Insensível à resistência dos cabos de conexão (comprimento, temperatura) Desvantagens: •Sensível à temperatura de extensômetro Observações: •Os 3 cabos devem ser idênticos e acoplados termicamente entre si Prof. Marlio Bonfim Extensometria 15 5.2 1/2 Ponte Ativa 5.2.1 Extensômetros ativo (G1) / passivo (G2), braços adjacentes: Aplicações: •Ambientes com temperatura variável •Testes de longa duração Vantagens: •G2 atua na compensação de temperatura de G1 (são acoplados termicamente) Desvantagens: •Apenas 1 braço da ponte é variável R4 R3 G1Vexc G2 Prof. Marlio Bonfim Extensometria 16 5.2 1/2 Ponte Ativa 5.2.2 Extensômetros ativo (G1) / ativo (G2), braços adjacentes: Aplicações: •Ambientes com temperatura variável •Testes de longa duração Vantagens: •Variações térmicas em G1 e G2 são compensadas (extensômetros acoplados termicamente) •Sensibilidade melhorada: sinais de G1 e G2 opostos, resultado é somado Desvantagens: •Necessário ter variação de G2 oposta a G1 R3 R4 R3 G1Vexc G2 Prof. Marlio Bonfim Extensometria 17 5.3 Ponte Completa 5.3.1 Extensômetros ativos (G1, G3) / passivos (G2, G4), braços opostos: Aplicações: •Ambientes com temperatura variável •Testes de longa duração Vantagens: •Variações térmicas em G1, G2, G3 e G4 são compensadas mutuamente (extensômetros acoplados termicamente) •Sensibilidade melhorada: sinais de G1 e G3 de mesma polaridade, resultado é somado •Desvantagens: •Maior custo R3 G4 G3 G1Vexc G2 Prof. Marlio Bonfim Extensometria 18 5.3 Ponte Completa 5.3.2 Todos Extensômetros ativos (G1, G2, G3, G4), 4 fios Aplicações: •Ambientes com temperatura variável •Testes de longa duração Vantagens: •Variações térmicas em G1, G2, G3 e G4 são compensadas mutuamente (extensômetros acoplados termicamente) •Sensibilidade quadruplicada: 2 braços adjacentes (G1/G2 e G3/G4) com polaridade oposta •Desvantagens: •Maior custo R3 G4 G3 G1Vexc G2 Prof. Marlio Bonfim Extensometria 19 5.3 Ponte Completa 5.3.3 Todos Extensômetros ativos (G1, G2, G3, G4), 4 fios Aplicações: •Ambientescom temperatura variável •Testes de longa duração Vantagens: •Variações térmicas em G1, G2, G3 e G4 são compensadas mutuamente (extensômetros acoplados termicamente) •Sensibilidade quadruplicada: 2 braços adjacentes (G1/G2 e G3/G4) com polaridade oposta •Desvantagens: •Maior custo R3 G4 G3 G1Vexc G2 Prof. Marlio Bonfim Extensometria 20 5.3 Ponte Completa 5.3.4 Todos Extensômetros ativos (G1, G2, G3, G4), 6 fios Aplicações: •Ambientes com temperatura variável •Testes de longa duração Vantagens: •Variações térmicas em G1, G2, G3 e G4 são compensadas mutuamente (extensômetros acoplados termicamente) •Sensibilidade quadruplicada: 2 braços adjacentes (G1/G2 e G3/G4) com polaridade oposta •Insensibilidade ao comprimento dos cabos •Desvantagens: •Maior custo R3 G4 G3 G1Vexc G2 Prof. Marlio Bonfim Extensometria 21 Exercício 2 Seja uma lâmina metálica sujeita a forças de tração e flexão, determine a configuração mais adequada da ponte de Weatstone para obter-se: a) Sensibilidade à tração, insensibilidade à temperatura e flexão b) Sensibilidade à flexão, insensibilidade à temperatura e tração T Prof. Marlio Bonfim Extensometria 22 Exercício 3 Para o mesmo problema anterior, determine a tensão de excitação da ponte para obter-se: a) Sensibilidade à tração de 5 mV/N aplicado na extremidade livre da lâmina (força T) b) Sensibilidade à flexão de 10 mV/N aplicado na extremidade livre da lâmina (força W) T Prof. Marlio Bonfim Extensometria 23 Exemplo 1 Dados : E= / = M ZE Barra: L=1 m; h=5 mm; b=25 mm Alumínio: E=73 GPa Extensômetro: Le=100 mm; R= 300 ohms; K=2
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