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Recurso de Apelação em Processo Criminal

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AO JUIZO DA __ V ARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE RONDONÓPOLIS – MT
 
PROCESSO: (...) 
GABRIEL MATOS, já qualificado no processo em epígrafe, vem diante deste juízo por seu advogado que esta subscreve, inconformado pela r. sentença condenatória, interpor 
 
 APELAÇÃO
Com fulcro no art. 593, inciso I, Código de Processo Penal. Requer que seja recebida e processada o presente recurso com os seus efeitos suspensivos e devolutivos, e que sejam os autos encaminhados para o Eg. Tribunal de Justiça de Mato Grosso. 
 Termos em que, respeitosamente,
 pede e espera deferimento. 
 (LOCAL/DATA)
 (ADVOGADO/OAB)
 
EGRÉGIO TRIBUANL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO
 RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
APELANTE: GABRIEL MATOS
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO 
PROCESSO: (...)
Egrégio Tribunal, 
Nobres Julgadores,
A r. sentença de fls. (...), p proferida pelo Douto Juízo da __ª Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis/M T, merece ser reformada totalmente pelos motivos que o Apelante passa a expor:
TEMPESTIVIDADE 
Com fulcro no art. 593, I, CPP o presente recurso de Apelação é tempestivo, tendo em vista o prazo de 05 dias contados a partir da intimação. 
O Apelante foi intimado pessoalmente da prolação da sentença. 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
LEGITIMIDADE 
O ora APELANTE possui legitimidade para recorrer decisão, tendo em vista o seu total interesse na reforma da r. sentença condenatória. 
CABIMENTO 
Como previsto no art. 593, I, CPP o presente recurso interposto é o cabível para a reforma da sentença proferida pelo juiz singular em 1ª instância. 
DOS FATOS 
O Apelante foi denunciado pelo crime de ameaça (Art. 147 CPP), vindo a ser condenado injustamente. 
Ao proferir Sentença, o MM. Juiz condenou o Réu pela prática do crime de ameaça (art. 147 do Código Penal) à pena mínima de 01 (um) mês de detenção, em razão de sua primariedade e dos bons antecedentes. Para tanto, usou como argumento principal para sustentar sua decisão, o fato de que as declarações da vítima possuiriam valor probatório de maior relevo, não necessitando, assim, de estarem corroboradas por qualquer outro elemento, principalmente pelo depoimento das testemunhas.
DOS DIREITOS 
De acordo com o narrado no item anterior (IV- Dos Fatos), não há nos autos elementos que demonstrem que o Réu, ora Apelante, seja autor do ato delituoso como outrora acusado. Com o exposto, deve prevalecer o Princípio Constitucional do “in dúbio pro reo”, que significa dizer que na dúvida, o réu deverá ser absolvido. 
Existe nos autos teses antagônicas onde a Autora e o Réu alegam situações diferentes e a parte atuante no pólo ativo não é capaz de produzir provas, nem mesmo testemunhais. 
No processo penal brasileiro ninguém pode ser condenado se não houver provas que liguem o réu ao ato pelo que se está sendo acusado, pois vigora o Principio da Verdade Real. 
O ius puniendi do Estado não é concretizado de forma descomedida, tendo em vista que a época do processo inquisitório já se encerrou em nossa história e atualmente vivemos em um Estado Democrático de Direito, com amplas garantias processuais, tornando-se aquele (só que hoje acusatório) um instrumento ético da busca da verdade real de um determinado fato.
Com efeito, denota-se que toda a acusação e também a r. Sentença condenatória, basearam-se principalmente nos depoimentos prestados pela suposta vítima, o que evidentemente não poderiam levar à condenação do apelante.
DOS PEDIDOS 
Requer ao Eg. Órgão julgador:
Que o presente recurso seja recebido e provido;
A reforma total da sentença a fim de absolver o réu, tendo em vista o “periculum in mora” causado pela condenação injusta. 
 Termos em que, respeitosamente,
 pede e espera deferimento. 
 (LOCAL/DATA)
 (ADVOGADO/OAB)

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