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Resumo de Saúde Mental I Prova 1 Sinais e Sintomas 1. Principais Sinais e Sintomas Os problemas de saúde mental podem incluir alterações do pensamento, do humor, da energia e/ou do comportamento, traduzindo-se em sinais e sintomas. ➔ Quando adquirem intensidade severa ou persistem no tempo, aliadas ao sofrimento e/ou disfunção, podem ser diagnosticadas como um transtorno mental. ➔ Nestes incluem-se os transtornos de ansiedade, do humor, o obsessivo-compulsivo, as psicoses, entre outros. ➔ Reconhecer os sinais e sintomas precocemente pode ajudar a reduzir a gravidade dos sintomas e prevenir ou retardar a evolução da doença, podendo levar até mesmo a remissão. Ansiedade Ansiedade é um estado emocional vivenciado com qualidade subjetiva do medo: ● Emoção desagradável ● Desconforto e alteração somática Relacionada ao comportamento de avaliação de risco: ● Ameaça potencial ● Contexto novo ● Estímulo presente no passado Medo Alarme primário ● Todo o ser humano apresenta quando confrontado com alguma ameaça à própria sobrevivência ou a sua integridade física. O cérebro reage ao perigo liberando substâncias químicas que preparam o indivíduo para enfrentar, defender-se ou fugir da situação. Resposta ao Medo Adaptativa x Mal Adaptativa Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Quando a reação de alarme é desencadeada de forma automática em determinadas situações: ● Não existe perigo real ● As manifestações físicas são as mesmas ● O indivíduo “aprende” que determinada situação ou objeto provocam ansiedade extrema ● Desenvolve comportamento condicionado Comportamentos Ansiosos ● Luta ou fuga ● Evitação ● Congelamento/imobilidade ● Defesa agressiva ● Submissão Sinais e Sintomas ➔ SOMÁTICOS MUSCULARES: dor muscular, rigidez muscular, mioclonias, ranger de dentes; ➔ SOMÁTICOS SENSORIAIS: visão turva, ondas de calor ou frio, sensação de fraqueza, sensação de picada, zumbidos, parestesias; ➔ CARDIOVASCULARES: taquicardia, palpitações, dores pré- cordiais, sensação de desmaio; ➔ RESPIRATÓRIOS: sensação de opressão, dispnéia, constrição torácica, suspiro, bolo faríngeo; ➔ GASTROINTESTINAIS: disfagia, aerofagia, dispepsia, dor pré ou pós-prandial, queimações, náuseas, vômitos, cólicas diarreias, constipação, perda de peso; ➔ GÊNITO-URINÁRIOS: urgência urinária, polaciúria, frigidez, amenorréia, ejaculação precoce, ausência de ereção, impotência; ➔ SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: rubor, palidez, sudorese, vertigens, cefaleia de tensão, midríase, piloereção, vasoconstrição; ➔ DIFICULDADES INTELECTUAIS: dificuldade de concentração, distúrbios de memória; ➔ MEDO: escuro, desconhecidos, animais grandes, multidão, ser abandonado, trânsito; ➔ ALTERAÇÕES DO SONO: dificuldade de adormecer, sonhos penosos, sono interrompido, sono insatisfatório, fadiga ao acordar, pesadelos, terrores noturnos; ➔ OUTROS: inquietude, temor do pior, apreensão quanto ao presente ou futuro, irritabilidade, sensação de tensão, fadiga, choro fácil, tremores, incapacidade de relaxar, reação de sobressalto, humor depressivo. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Humor Estado de ânimo básico, disposição primária que vai determinar consideravelmente a maneira do indivíduo experimentar as emoções e os sentimentos. ● Estável e persistente → apresenta modificações diante de circunstâncias internas e externas (alterações). Caracterizado por: ● Estabilidade (consistência do humor) ● Reatividade (mudança do humor em reação a circunstâncias externas) ● Duração (persistência do humor) Alterações do Humor ● Rebaixamento (hipotimia) ○ Inibição do estado de ânimo ○ Predominância de sentimentos desagradáveis ○ Lentidão ○ Inibição da atividade psíquica (apatia e desinteresse) ○ Anedonia ○ Auto-estima baixa ○ Sentimentos de culpa ● Exaltação (hipertimia) ○ ↑ do estado de ânimo ○ Predominância de sentimentos agradáveis ○ ↑ da atividade psíquica e da psicomotricidade ○ Pode apresentar fuga de ideias e necessidade de falar ○ ↓ da necessidade de sono ○ Variação entre euforia e exaltação patológica ○ Irritação e desconfiança ○ Interesse sexual ● Disforia ○ Exacerbação do estado de ânimo do indivíduo ○ Predominância de sentimentos de hostilidade ○ Irritação constante e incompatível com as situações vivenciadas ○ Comportamentos agressivos e desproporcionais ● Puerilidade ○ Aparecimento de características infantis e pueris ○ Reações simplórias e ingênuas ○ Linguagem infantilizada e monótona ○ Pode haver irritabilidade sem agitação psicomotora Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Afeto Emoção ● Estado afetivo intenso, momentâneo, involuntário, espontâneo ● Experiência subjetiva acompanhada de manifestações fisiológicas ● Provoca respostas autonômicas e manifestações comportamentais ou motoras ● Choro ● Grito ● Gestos Sentimento ● Estado afetivo mais brando e duradouro em relação às emoções ● Não tem caráter tão reativo como as emoções ● Apresenta-se revestido de conteúdos intelectuais, valores e representações ● São subjetivos vivenciados de forma particular e individual Alterações do Afeto ➔ Apatia ➔ Anedonia ➔ Embotamento afetivo ➔ Ambivalência afetiva ➔ Labilidade afetiva ➔ Incontinência emocional ➔ Sentimento de insuficiência ➔ Angústia ➔ Aflição ➔ Sentimento de falta de sentimento Psicose É uma síndrome (conjunto de sintomas) que pode estar associada a inúmeros transtornos psiquiátricos. O indivíduo apresenta perda do contato com a realidade. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Delírio ● Alteração patológica do juízo, com conteúdo impossível, mas o indivíduo tem convicção da veracidade de sua interpretação ● É provido de grande individualidade e singularidade ● É precedido de um estado de ansiedade, apreensão, sensação de tragédia Grandeza - superioridade Perseguição – acredita ser vítima Ciúmes – crença de infidelidade Influência – ser comandado Sensitivo de relação – comportamento dos outros se referem a sua pessoa Místico – ligado a um Deus, missão Culpa – autoacusação Niilista – acredita na sua destruição e do mundo Fantásticos – adaptação da fantasia ao mundo real Alucinações ● Percepção clara, definitiva e convicta de um objeto inexistente ● Essas percepções são vivenciadas como fenômenos próprios do mundo do sujeito Auditivas Visuais Olfativas e gustativas Táteis Corporais Distorções Motoras Posturas rígidas - catatonia Sinais de tensão Sorrisos ou gargalhadas inadequadas – risos imotivados Gestos repetitivos – estereotipias motoras Falar ou resmungar consigo mesmo – solilóquios Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Exame do Estado Mental 1. Entrevista de Enfermagem Anamnese + Exame Psíquico Aspectos a cuidar na entrevista: ● Ambiente; ● Posição do enfermeiro; ● Entrevista com familiares; ● Linguagem clara e acessível. Entrevista Psiquiátrica ● I – Identificação; ○ Idade, raça, sexo, situação conjugal, grau de instrução, profissão, crença/religião, naturalidade, procedência. Informante. ● II - Queixa Principal; ○ Motivoque o levou ao atendimento. ● III - História da Doença Atual; ○ Diagnóstico, sintomatologia, episódios de crise, internações, uso de psicofármacos, resposta ao tratamento, adesão ao tratamento, etc. ● IV - Antecedentes Pessoais; ○ Infância: Desenvolvimento Neuropsicomotor, Personalidade infantil; ○ Considerações gerais: grau de saúde, acidentes, procedimentos cirúrgicos, ○ Atitudes em relação à própria saúde; ○ Nutrição e hábitos: dieta, problemas intestinais ou urinários, medicamentos utilizados, exercícios físicos, hábitos de sono, hábitos higiênicos, uso de álcool, tabaco ou outras drogas; ○ Doenças passadas, Ciclo menstrual, Gestações, Abortos; ○ Vida sexual; ○ Escolaridade; ○ Trabalho; ○ Atividades de lazer; ○ Antecedentes conjugais; ● V - Antecedentes Familiares; ○ Pais, irmãos, cônjuge, filhos; ○ Ocupação, saúde física e mental, hábitos; ○ Antecedentes psiquiátricos, suicídios ou mortes de causa desconhecida; ○ Relacionamento com familiares; ● VI - EXAME DO ESTADO MENTAL Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA ○ É a análise do funcionamento mental do usuário no momento da entrevista. ○ Objetivo: ■ Realizar diagnóstico sindrômico ■ Possibilitar o planejamento e implementação de cuidados; ■ Avaliar a evolução do quadro; “O exame do estado mental está para a enfermagem em saúde mental assim como o exame físico está para a enfermagem geral.” Aparência É o primeiro elemento observado no usuário (indicativo sobre o estado de diversas funções mentais). Refere-se basicamente a impressão física geral transmitida, refletida pela postura, vestuário e higiene. Inclui tipo físico, gestos, roupas, penteado, corte de cabelo e unhas. Também inclui marcha, expressão facial e contato visual. ● Está cuidada (adequada) ● Descuidada (desleixada) ● Bizarra ● Exibicionista ● Excêntrica Atitude Está relacionado à interação examinador (enfermeiro, médico) e usuário (paciente). Espera-se atitudes saudáveis do cliente (que contribuam para o andamento do exame): atitude cooperante, amistosa, de confiança e interessada. Atitudes de interesse semiológico: Atitude Não-Cooperante: há diversas formas de não cooperar; Atitude de Oposição: o paciente se recusa a participar da entrevista; Atitude Hostil: o paciente ofende, ameaça ou agride fisicamente o examinador; Atitude de Fuga: reflete medo por parte do paciente; Atitude Suspicaz: desconfiança por parte do paciente; Atitude Querelante: o paciente discute com o examinador por se sentir ofendido; Atitude Reivindicativa: o paciente exige execução de seus pedidos e desejos; Atitude Arrogante: o paciente sente-se superior e utiliza-se pelo desdém; Atitude Evasiva: o paciente evita responder certas perguntas; Atitude Invasiva: o paciente deseja saber a vida pessoal do examinador, ou mexe, sem pedir autorização, nos objetos deste no consultório; Atitude de Esquiva: o paciente não deseja o contato social; Atitude Inibida: o paciente demonstra estar pouco confortável e não encara o examinador; Atitude Desinibida: facilidade ao contato social, sem apresentar constrangimento, mesmo para falar sobre a vida sexual; Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Atitude Jocosa: o paciente faz constantemente piadas ou brincadeiras; Atitude Irônica: o tom de voz reflete arrogância e agressividade; Atitude Lamuriosa: paciente com autopiedade, queixando-se constantemente; Atitude Dramática: reflete uma hiperemocionalidade; Atitude Teatral: o paciente parece estar fingindo ou exagerando para chamar atenção; Atitude Sedutora: o paciente elogia e tenta agradar o examinador ou tenta despertar neste o interesse sexual; Atitude Simuladora: o paciente tenta parecer que tem um sintoma (ou doença); Atitude Dissimuladora: o paciente tenta ocultar um sintoma (ou doença); Atitude Indiferente: o paciente não se sente incomodado nem com a entrevista nem com a presença do examinador; Atitude Manipuladora: o paciente tenta obrigar o examinador a fazer o que ele quer por meio de chantagem ou ameaças; Atitude Submissa: o paciente atende a todas as solicitações do examinador; Atitude Expansiva: o paciente deseja intensamente o contato social, tratando o examinador como se fosse íntimo; Atitude Amaneirada: paciente com comportamento caricatural, tratando o examinador, por exemplo, por vossa excelência ou curvando-se quando o vê; 2. Funções Psíquicas ATENÇÃO SENSOPERCEPÇÃO MEMÓRIA ORIENTAÇÃO CONSCIÊNCIA PENSAMENTO LINGUAGEM INTELIGÊNCIA AFETO CONDUTA JUÍZO CRÍTICO Consciência Mundo externo → atenção, sensopercepção, orientação → Memória, pensamento, afetividade, inteligência → Linguagem, conduta → Mundo Externo Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA É o “ambiente” em que se desenvolvem os processos mentais (sensações, pensamentos, emoções) num dado instante. É o grau de alerta comportamental que o indivíduo apresenta. Lucidez: designa o estado normal da consciência (clareza e nitidez dos conteúdos mentais). Está alerta. Atenção É o processo psíquico que concentra a atividade mental sobre os estímulos que a solicitam, sejam internos ou externos. Elemento de seletividade perceptiva e no direcionamento do pensamento. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Descrição na Avaliação: Normovigil, Hipo/hipervigil Normotenaz, Hipo/hipertenaz Hipoprosexia: Diminuição global da atenção, tanto voluntária quanto espontânea. Em quadros de depressão, quadros demenciais, embriaguez, intoxicação por uso de drogas, autismo, esquizofrenia (voltado para o mundo interno). Hiperprosexia: Prejuízo qualitativo da atenção voluntária e aumento quantitativo da atenção espontânea, com labilidade de concentração, que leva o indivíduo a se dirigir aos mais diversos estímulos sensoriais. Em quadros maníacos e intoxicação por estimulantes. Aprosexia: Abolição da atenção voluntária e involuntária – sono, torpor, coma e catatonia. Distraibilidade: Pode ocorrer por excesso de concentração (como no caso de pessoas muito preocupadas e ansiosas), estudiosas ou meditadores que têm interesses exclusivos. Há um aumento da atenção voluntária e uma queda da atenção espontânea. E pode ocorrer por falta de concentração, onde qualquer estímulo do ambiente deixa a atenção flutuante. Há aumento da atenção espontânea e diminuição da atenção voluntária. Sensopercepção Permite ao indivíduo tomar conhecimento do mundo externo e do corpo. Sensação → Fenômeno passivo, físico, periférico e objetivo resultante de alterações produzidas por estímulos externos sobre os órgãos sensoriais. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Percepção → Fenômeno ativo, psíquico, central e subjetivo relacionado à identificação do objeto, atribuindo-o significado. Sensopercepção → É o atributo psíquico pelo qual o indivíduo pode refletir subjetivamente a realidade objetiva. Ilusão X Alucinação Ilusão ↳ Significa “engano, fantasia, miragem”; ↳ Objetoreal percebido com deformações; ↳ Pode acontecer por alterações da consciência, falta de atenção, cansaço, erros de julgamento; Alucinação ↳ Significa “enlouquecido, privado da razão”; ↳ É criado um objeto (imagem, som, sensação) que não é real, mas que é vivido como real; ↳ É a percepção sem objeto; Alucinações: são falsas percepções sem um estímulo sensorial externo. Ilusões: falsas percepções com estímulo sensorial externo. Orientação Capacidade do indivíduo de situar-se quanto a si mesmo e ao ambiente. Autopsíquica ● Refere-se à própria pessoa (sua identidade) e ao grupo social; ● Envolve a consciência da situação, enfermidade/saúde; ● Quem é? Data de nascimento? Profissão? Alopsíquica ● Consciência que o indivíduo tem de sua situação no tempo (dia, mês, ano) e no espaço (lugar onde se encontra ○ Orientação espacial; ○ Orientação temporal; Memória Capacidade de adquirir, reter e utilizar conhecimento mediante vivências e experiências. ↳ Elo temporal da vida psíquica: reflete o passado e permite perspectiva do futuro. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Fases ● Aquisição É a entrada de um dado por meio dos sensores externos, que é encaminhado aos sistemas neurais relativos à memória onde será armazenado por algum tempo que pode ser de segundos ou mesmo de anos. ● Retenção Armazenamento de uma informação. É determinada pela importância desse evento (por exemplo, situações com grande carga emocional, como o nascimento de um filho) ou pela frequência com que ele acontece (o armazenamento do nosso próprio nome). Quando esse dado é retido por um grande tempo ou de forma definitiva dizemos que aconteceu a consolidação. ● Evocação É o último processo da memória, seria o que rotineiramente é chamado de lembrança, é através dele que temos acesso aos dados que nos serão úteis no futuro. Classificação 1. Memória imediata. É a memória que dura de frações a poucos segundos. Um exemplo é a capacidade de repetir imediatamente um número de telefone que é dito. Estes fatos são após um tempo completamente esquecidos, não deixando "traços". 2. Memória de curto prazo. É a memória com duração de alguns segundos. É a memória com duração de alguns segundos ou minutos. Neste caso existe a formação de traços de memória. O período para a formação destes traços chama - se "Período de consolidação. Um exemplo desta memória é a capacidade de lembrar eventos recentes que aconteceram nos últimos minutos. 3. Memória de longo prazo. É a memória com duração de dias. É a memória com duração de dias, meses. É a memória com duração de dias, meses e anos. Um exemplo são as memórias da infância. 4. Memória de procedimentos. É a capacidade de reter e processar informações que não podem ser verbalizadas, como tocar um instrumento ou andar de bicicleta. Ela é mais estável, mais difícil de ser perdida. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Inteligência Refere-se às habilidades cognitivas do indivíduo e a capacidade de: ● Síntese e análise; ● Abstração e generalização; ● Compreender e resolver problemas novos; ● Lidar com conceitos, julgar, raciocinar; ● Estabelecer associações e correlação de conteúdos; ● Construir hipóteses e tirar conclusões. A inteligência está relacionada ao vocabulário e ao estoque de conhecimento do indivíduo. Alterações + Comuns ↳ Deficiência Intelectual: atraso ou insuficiência no desenvolvimento intelectual (QI inferior a 70) – com interferência no desempenho social e ocupacional – pode ser, leve, moderado, grave; ○ Déficit intelectual pela interrupção do processo de desenvolvimento; ○ Características: atitude pueril, impulsividade, labilidade afetiva. ↳ Demências: deterioração global e orgânica do funcionamento intelectual sem alteração no nível de consciência. ○ Déficit intelectual é involutivo (instala-se após o indivíduo ter alcançado um nível determinado de inteligência); ○ Deterioração progressiva – intelecto e memória. Avaliação Rápida Pedir para o cliente: efetuar operações matemáticas; completar provérbios populares; interpretar fábulas; verificar conhecimentos simples; ler fragmento de texto e fazer síntese; solução de problemas. Exemplos: Tenho R$ 5,00 para pagar uma passagem de R$1,20, quanto será meu troco? Depois de contar fábula, perguntar qual a moral da mesma? “Quem não tem cão? ... ” “Quais as cores da nossa bandeira?” Após leitura de texto de curto (jornal/ revista), solicitar síntese das informações É melhor lavar a escada de baixo pra cima, ou de cima para baixo? Afetividade Capacidade de experimentar emoções e sentimentos frente a determinadas situações. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Afeto X Humor Afeto ↳ Experiência imediata (expressão externa da resposta emocional do cliente) ↳ É o que o entrevistador observa como expressão facial do usuário, incluindo a quantidade e amplitude do comportamento expressivo Pode ser modulado, hipomodulado, lábil. Humor ↳ Está relacionado ao temperamento do indivíduo ↳ Uma resposta abrangente e constante Pode ser rebaixado (ou hipotimia) – predominância de sentimentos desagradáveis, lentidão e inibição; humor abatido e tristeza acentuada, melancolia e perda do interesse e prazer. Pode ser exaltado (ou hipertimia) – aumento do estado de ânimo, predominância de sentimentos agradáveis, aumento da atividade psicomotora, aceleração do pensamento, fuga de ideias, taquilalia, diminuição da necessidade de sono, euforia (sensação de alegria exagerada e sensação de autoestima inflada e poder). Eutimia – Estado normal do humor. O humor pode ser: depressivo, ansioso, irritável, eufórico… Euforia: alegria exagerada, geralmente acompanhada de idéias de grandeza. Ansiedade: sentimento de apreensão e desconforto com manifestações físicas (descarga autonômica) sem delimitação específica de objeto. Hipotimia (embotamento afetivo): diminuição da modulação afetiva, mímica facial e corporal monótonas. Depressão: tristeza profunda e imotivada, acompanhada de lentidão dos processos psíquicos, ideias de culpa e desesperança e baixa auto estima. Labilidade afetiva: facilidade de passar de um estado afetivo a outro. Ambivalência afetiva: sentimentos contraditórios e simultâneos, em relação a um mesmo objeto. Irritabilidade: pequenos estímulos desencadeiam respostas afetivas intensas (raiva, desgosto, mal-estar, mau-humor, agressividade). Pensamento Processo que permite assimilar, formular e manejar ideias, articulando-as em determinada sequência, em torno de um objetivo, de modo a conduzir à formação de novas ideias. Associação de ideias - é a sucessiva passagem de uma ideia a outra BrunaGrasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Fio associativo - consiste no elo existente entre uma ideia e outra Atividades do Pensamento Elaboração de Conceitos ● Identifica qualidades gerais e essenciais de um objeto/fenômeno. Formação de Juízos ● Estabelece relações entre 2 ou mais conceitos. Raciocínio ● Relaciona juízos, levando à formação de novos juízos (ou conclusões). Aspectos do Pensamento ● Produção - está relacionado à natureza do pensamento; ● Curso - refere-se às velocidade e ritmo do pensamento; quantidade de ideias ao longo do tempo; como as ideias se articulam; ● Conteúdo - refere-se à temática do pensamento, às qualidades e características das ideias; Alterações De Produção ● Lógico: respeita noções de causalidade, espaço e tempo. ● Mágico: está em desacordo com a realidade. De Curso ● Perseveração: uma palavra ou assunto que o indivíduo apega e sempre fala isso no seu discurso. ● Fuga de ideias: as associações são tão rápidas que o raciocínio fica “incompleto”. A velocidade do curso está tão aumentando que ocorre um “atropelamento” das ideias sem que qualquer uma sela concluída. ● Prolixidade: fala muitas coisas desnecessárias, apega-se a detalhes irrelevantes. ● Desagregação: as ideias sucedem-se sem conexão uma a outra, o discurso é estranho e incompreensível. ● Interceptação ou bloqueio: interrompe o que estava pensando, fica em silêncio e logo após retorna partindo para outro assunto. De Conteúdo ● Delírio: são crenças falsas; de conteúdo impossível; não corresponde à realidade, mas que o indivíduo tem convicção da veracidade. ○ Persecutórias: perseguição (“para fazer mal”); ○ Influencia: seus sentimentos e atos são controlados por algo fora de seu corpo (forças e/ou pessoas), deixando que estas o dominem; ○ Hipocondríaca: pensa estar gravemente doente; ○ Desvalia: afirma ser incapaz, defeituoso, feio, inútil; Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA ○ Grandeza: afirma ser especial, ideias de superioridade extrema, riqueza, importância e poder; ○ Místicas: está presente a crença de que se está ligado a um deus, a missões religiosas com poderes que lhe foram concedidos; ● Obsessões: ideias repetidas, persistentes, indesejáveis que surgem repentinamente na consciência gerando ansiedade; são conscientes e de caráter absurdo ● Fobias: medos irracionais de determinadas situações e coisas ● Ideações suicidas e homicidas Conduta É o comportamento do indivíduo em seus aspectos mais amplos. Refere-se ao ato em si sem considerar a intenção ou motivação. Impulsos (estado motivacional) → um impulso representa um estado interno, uma vivência afetiva que induz o indivíduo a atuar para satisfazer uma necessidade. Vontade → processo psíquico de escolha de uma entre várias possibilidades de ação (moldada por fatores intelectuais e culturais). Causas de Alteração de Conduta ● Orgânicas ○ Metabólicas: hipóxia, hipoglicemia; ○ Neurológicas: epilepsia, tumor cerebral, demência, acidentes vasculares; ○ Uso de substâncias: álcool, cocaína, maconha, anfetamina; ○ Circulatórias: embolia. ● Psiquiátricas ○ Depressão, esquizofrenia, mania, transtornos de personalidade ● Ambientais ○ Comportamento aprendido Principais Alterações Quantitativas: ● Hipobulia (↓) Enfraquecimento de impulsos específicos Abulia (sem vontade) ○ Diminuição e perda de apetite (anorexia) ○ Insônia ○ Sede Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA ○ Libido ● Hiperbulia (↑) Intensificação de impulsos específicos ○ Bulimia (↑ alimentação) ○ Hipersonia ○ Ninfomania e satiríase (↑ sexo) Qualitativas: ● Atos impulsivos → súbitos, incoercíveis e incontroláveis; desprovidos de finalidade consciente ○ Comportamentos heteroagressivos (agressividade física ou verbal) ○ Frangofilia (impulso para destruir objetos à sua volta (frangalhos) ● Atos compulsivos (compulsões) → indivíduo sente-se compelido a realizar determinados atos. Deliberação consciente, após luta e resistência do indivíduo; Nem sempre gera prazer, mas gera alívio momentâneo. ○ Bulimia (compulsão para comer); ○ Piromania (compulsão a atear fogo); ○ Tricotilomania (compulsão para arrancar os cabelos); ○ Cleptomania (compulsão para roubar sem motivos); ○ Dependência química (compulsão para consumir determinada substância); ○ Comportamento semelhante à DQ relacionado: jogo, sexo, compras; ● Comportamentos Desviantes (em relação aos impulsos) ○ Desvios de impulsos de autopreservação: automutilação, suicídio; ○ Desvio de impulso de nutrição ■ Alotriofagia: ingestão de objetos e de animais repugnantes, excrementos; ○ Desvio do comportamentos sexual ■ Parafilias (perversões sexuais): preferência por objetos e situações sexuais não usuais. Ambitendência: indivíduo age de maneira ambígua e às vezes contraditória. Negativismo: indivíduo se recusa em executar o que lhe é solicitado, ou faz o contrário. Reação de último momento: após atitude não cooperativa com o entrevistador, quando este sinaliza que vai interromper interação, o indivíduo “resolve” cooperar. Sugestionabilidade patológica: indivíduo permeável a seguir qualquer sugestão de pessoas que o cerca (sem crítica). Obediência automática: executa prontamente qualquer ordem que lhe é dada. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Psicomotricidade: Apraxia: dificuldade/ impossibilidade de realizar atos motores intencionais, voluntários (perda do movimento aprendido) – sem justificativa orgânica. Hipocinesia/Acinesia: Diminuição acentuada e generalizada dos movimentos voluntários. Hipercinesia: Aumento exagerado da atividade motora voluntária (inquietação, agitação e furor) Ecopraxia: imitação do movimento dos outros. Maneirismo (estereotipias): movimentos expressivos (gestos, mímica, vocalização) que se tornam exagerados quanto à amplitude (extravagantes). Flexibilidade cérea: estado de plasticidade motora onde o cliente conserva as posições que lhes são dadas, como um boneco de cera. Outras alterações de conduta: ● Agitação psicomotora ● Atos delinquentes ● Danos ao patrimônio ● Exposição sexual ● Prostituição ● Risco e tentativa de homicídio ● Uso de mentiras Linguagem Conjunto de sinais, previamente convencionados, que o ser humano utiliza para expressar pensamentos e sentimentos. ● Oral, Mímica e Escrita. Avalia-se: ● Fonética (os sons utilizados) ● Sintaxe (articulação lógica entre as palavras) ● Semântica (mudanças nos significados dos vocábulos no decorrer do tempo) ● Quantidade, Qualidade e Velocidade de produção Principais Alterações Disartria: dificuldade de articular palavras, devido a paresias, paralisia ou ataxia dos músculos da fonação. Disfasia: perturbações da linguagem causadas por lesões centrais que determinam a dificuldade ou perda da capacidade de compreender o significado das palavras e/ou a incapacidade de se utilizar de símbolos verbais. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Disfonia: defeito da fala que resulta em alteração da sonoridade daspalavras, causado por perturbação do aparelho fonador ou por defeito da respiração durante a fala. Taquilalia: aceleração da velocidade de expressão. Bradilalia: diminuição da velocidade de expressão (morosidade). Jargonofasia: justaposição rápida de palavras, sem a menor relação de significado, salada de palavras. Verbigeração: repetição automática e monótona de um som ou palavra. Neologismo: criação de palavras, ou atribuição de novos significados a palavras já existentes. Mutismo: limitação voluntária da palavra falada. Mussitação: movimentação dos lábios que simulam dicção em voz baixa. Ecolalia: repetição em eco da última palavra do interlocutor. Coprolalia: tendência patológica a dizer palavrões. Solilóquios: falar sozinho. Para-respostas: respostas totalmente sem relação à pergunta. Mímica: Hipomimia: diminuição da expressão facial. Tiques: movimento mímico brusco, involuntários e conscientes. Mímica compulsiva: movimento mímico brusco, voluntários e conscientes. Patomimia: alterações intencionalmente forçadas da mímica, pretendendo aparentar doença mental, executadas para simular enfermidade. Hipermimia: aumento dos movimentos e expressão facial. Amimia: imobilidade facial absoluta. Paramimia: discordância entre a expressão facial e a linguagem (la belle indiferénce). Taquimimia: movimentação mímica excessivamente rápida. Bradimimia: mímica lentificada. Ecomimia: repetição, em espelho, da mímica do interlocutor. Mímica pueril: expressão fisionômica infantil em adultos. Estruturas da Personalidade 1. A Vida Mental Sigmund Freud 1856 - 1939 ↳ Considerado o pai da psicanálise ↳ Século XX – Considerado o século Freudiano Determinismo Psíquico Nossos processos mentais ocorrem de forma encadeada: ● Pensamento Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA ● Sentimento ● Lembrança Topografia da Mente Consciente ● Lida com todas as informações das quais você está ciente em um dado momento ● Agrega informações que você dirige atenção ○ Intencional ○ Momento Inconsciente ● Processos mentais que nunca foram conscientes ● Não podem ser acessados pelo consciente ○ Situações excepcionais ● Ficam guardadas informações que foram excluídas do consciente ou que não podem ser lembradas ○ Reprimidas ○ Censuradas Pré-Consciente ● É uma porção do inconsciente que facilmente se torna consciente ○ Permanece os conteúdos acessíveis à consciência ● Memórias que possam ser lembradas ○ Ajuda a suprimir memórias desagradáveis e não essenciais Pulsões ● Tensões ou necessidades que nos dirigem a um determinado fim ○ Fonte ○ Finalidade ○ Pressão ○ Objeto ● Está na fronteira entre o mental e o físico Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA 2. Estrutura da Personalidade A nossa psique ou nossa mente tem como principal meta preservar ou recuperar um certo nível de equilíbrio interno que permita minimizar o desprazer e maximizar o prazer. Id ● Estrutura original da personalidade ○ Caótico ○ Desorganizado ● Todo o conteúdo é inconsciente ○ Parte mais profunda do iceberg ● Desejos contraditórios ● ALógica, valores ou ética (não se aplica) ● Fonte de energia de todas as pulsões Ego ● Estrutura da personalidade que se desenvolve a partir do Id na medida em que o bebê toma consciência de sua própria identidade ○ Atender e aplacar as necessidades do Id ○ Preservar a saúde, segurança e a sanidade da psique ● É lógico e racional ● Faz o meio de campo entre o mundo interno e externo ● Usa energia do Id ● Se esforça pelo prazer e tenta evitar o desprazer ○ Limitações ○ Oportunidades ○ Realidade externa ○ Controlando as exigências ○ Avaliando quando, onde e se devem ser satisfeitas Superego ● Surge a partir do ego ○ Atua como um juiz dos pensamentos e ações do ego ● Residem os códigos de conduta aprendidos no convívio social ○ Proíbe ou limita certos pensamentos ● Capacidade de auto-observação ● Modelo dos pais ● Pode atuar de maneira primitiva, severa e inflexível ○ Baseado em julgamentos ○ Busca da perfeição Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA ● Pode se desenvolver compreensivo e flexível ○ Aprendendo a perdoar a si e aos outros Mecanismos de Defesa do Ego 1. Conceito e Classificação Conceito Os mecanismos funcionam de forma dinâmica. Mecanismo de defesa são utilizados pelo ego, em nível inconsciente, contra as demandas do id. ➔ Função: protetora e adaptativa, oriunda dos perigos internos e externos, não é estática DSM – V: mediação da reação do indivíduo a conflitos emocionais e a estressores externos, pode ser adaptativo ou mal-adaptativo. Classificação Impulsos do id ameaçam chegar à consciência, mas sofrem a reprovação do superego e provoca um aumento da ansiedade resultando no uso de mecanismo de defesa do ego. ● Ego capaz = mecanismos mais adaptativos Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA ● Ego imaturo, frágil = mecanismos menos adaptativos ou patológicos George Vaillant (1971): hierarquia 1. Defesas Maduras 2. Defesas Neuróticas 3. Defesas Imaturas 4. Defesas Narcísicas* 2. Principais Mecanismos de Defesa Defesas Maduras ● Adaptativas: maximizam gratificação ● Balanço adequado entre satisfazer e atenuar o conflito ● “Caráter transformador, fazem o melhor com uma má situação” Antecipação Antecipar realisticamente algum desconforto interno futuro. O mecanismo é voltado a uma meta e implica em planejamento cuidadoso e antecipação afetiva prematura, porém realista de resultados calamitosos e potencialmente assustadores. Humor Usar humor para expressar abertamente sentimentos e pensamentos sem desconforto. ● Freud (1905): “pode ser considerado como o mais elevado desses processos defensivos” ● Vaillant (2000): “humor torna a vida mais fácil” Supressão Consciente ou semiconscientemente adia-se a atenção a um impulso ou conflito consciente. O desconforto é reconhecido, mas minimizado. ● “Eu vou pensar sobre isso amanhã” e o faz ● “Eu sou capaz de manter um problema fora da minha cabeça até que eu tenha tempo para lidar com ele” Sublimação Permite que os instintos sejam canalizados ao invés de bloqueados ou reprimidos. Os sentimentos são reconhecidos, modificados e voltados em direção a um objeto ou meta significativos e uma pequena satisfação instintiva ocorre. ● Expressar agressividade através de jogos ● Esportes, hobbies Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Racionalização Oferecer explicações racionais como uma tentativa de justificar atitudes, crenças ou comportamentos, que de outro modo, podem ser inaceitáveis. ● “Não pude fazer o trabalho de casa porque meu computador tem um vírus, assim como todos os meus lápis e canetas.” Defesas Neuróticas ● Vivências consideradas potencialmente ameaçadoras → fora da consciência. ● Alteram afetos, sentimentos ou expressões ● Fixação com preocupações pessoais e problemas insolúveis Altruísmo Ajudar ao outro com o propósito de sentir-se gratificado.● Filantropias ● Serviços ao próximo Idealização Os objetos externos são vistos como “completamente bons” ou “completamente maus”. O indivíduo exagera os aspectos positivos do objeto, visando se proteger de uma angústia. Ex: Ele é maravilhoso! Formação Reativa Transformação de um impulso inaceitável em seu oposto. ● Um homem pode experimentar sentimentos de amor por uma mulher casada ● O homem pode experimentar sentimentos de desagrado em relação a ela – o oposto dos sentimentos originais. Anulação Mecanismo no qual invalida uma ação ou um desejo anteriormente válido. Frequentemente usado por quem tem transtornos obsessivos. O pensamento geralmente é onipotente e não está relacionado com a realidade. Ex: organização, limpeza, bater na madeira. Defesas Imaturas ● Envolvem uma maior distorção na imagem de si mesmo ou de outros → regular a autoestima ● Deixar vivências desagradáveis ou inaceitáveis fora da consciência → atribuindo ao meio externo Imaturas e Narcísicas* (projeção, fantasia autística, negação, cisão) Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA Projeção Atribuição de sentimentos e desejos próprios a uma outra pessoa devido a sentimentos internos intoleráveis ou dolorosos. ● Adulto com raiva por frustração súbita e intensa, por um erro seu, projetando a culpa em outra pessoa. Agressão Passiva A agressão em relação a um objeto, expressa indireta e inefetivamente, através da passividade, masoquismo e volta-se contra o self. ● A: “Eu queria que vc prestasse atenção exatamente no que eu falo e não no que vc acha que eu falo.” B: “Como vc ousa me chamar de estúpido?!” Atuação Expressar um desejo ou impulso inconsciente através da ação para evitar tomar consciência de um afeto concomitante. ● A fantasia inconsciente é vivida impulsivamente no comportamento. Isolamento Separar a ideia de um impulso inconsciente do afeto que a acompanha. A ideia pode passar para a percepção consciente, mas o afeto (o sentimento) se mantém inconsciente, diminui a ansiedade. ● Uma memória traumática facilmente recordada, mas despida de quaisquer sentimentos intensos concomitantes. Desvalorização É um mecanismo de defesa em que as pessoas reduzem ou menosprezam o valor daquilo que os outros têm ou daquilo que não conseguiram ter ou conquistar. ● A: “Eu dou aulas em dois colégios de manhã e à tarde e à noite e aulas particulares nos fins de semana.” B: “E o que vc faz para ganhar dinheiro?” Fantasia Autística Modificação grosseira da realidade para adequar-se às necessidades externas ou internas e o uso de sentimentos persistente de superioridade ou autoridade delirantes. Negação Evita a percepção de algum aspecto doloroso da realidade. Pode ser usada tanto em estados normais como nos patológicos. Deslocamento Mudar uma emoção, impulso ou objeto para outro que se assemelha ao original em algum aspecto ou qualidade. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA ● Sentimentos de raiva em relação ao pai deslocados para outro objeto ● Fobias Dissociação Modificação temporária, porém drástica, do caráter ou do senso de identidade individual, a fim de evitar a angústia. Exemplo: estados de fuga e reações de conversão Cisão Os objetos são divididos entre bons e maus, positivos e negativos, podendo ocorrer mudança abrupta de um para outro. Somatização Converter derivados psíquicos em sintomas corporais e tender a reagir com manifestações somáticas, ao invés de manifestações psíquicas. ● É tudo aquilo que vc não diz, e a mente, não suportando a pressão do conteúdo armazenado, manifesta em forma de doença. Bruna Grasel | Acadêmica de Enfermagem UFCSPA
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