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Sistema Musculoesquelético Fundamentos para a Prática de Enfermagem I Bruna Grasel, Julia Ravazio, Patricia Schu e Renan Lackmann. Google Imagens Estrutura e Função Importância do Sistema ● Apoio; ● Movimentação; ● Proteção de órgãos vitais internos; ● Hematopoese; ● Reservatório para armazenamento de minerais. Constituído por ossos, músculos e articulações. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Esqueleto ● 206 ossos (duros, rígidos e muito densos); ● Axial e apendicular; ● Classificação dos ossos: 1. Longos 2. Curtos 3. Planos 4. Irregulares 5. Sesamoides 6. Pneumáticos Google ImagensMOORE, KL., Fundamento de Anatomia Clínica - 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013 Articulação ● Local da união de dois ou mais ossos; ● São unidades funcionais - permitem a mobilidade necessária para as atividades de vida. ● Bolsa (bursa) - saco com líquido sinovial viscoso. ● Classificação 1. Não Sinoviais (imóveis ou apenas ligeiramente imóveis) 2. Sinoviais (móveis) - líquido sinovial. Circundada por cápsula fibrosa, apoiada por ligamentos. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Articulação ● Não sinoviais; ● Sinoviais. Google Imagens Articulações Sinoviais ● Gínglimo - ex: cotovelo; ● Trocoidea - ex: atlas e áxis; ● Selares - ex: trapézio e metacarpal I; ● Elipsóideas - ex: articulações metacarpofalângicas; ● Planas - ex: acromioclavicular; ● Esferóideas - ex: quadril (acetábulo e cabeça do fêmur). Google Imagens MOORE, K L., Fundamento de Anatomia Clínica - 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013 Ligamentos ● Faixas fibrosas de um osso a outro - fortalecem a articulação e ajudam impedir o movimento em direções indesejadas. Google Imagens JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Músculos ● 40-50% do peso do corpo; ● 3 Tipos: Esquelético, Liso e Cardíaco. ● Músculo estriado esquelético (voluntário): composto por feixes de fibras musculares (fascículos). Se insere no osso pelo tendão. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Músculos Google Imagens Movimentos Musculoesqueléticos JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Movimentos Musculoesqueléticos JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Articulação Temporomandibular (ATM) ● Articulação da mandíbula com o osso temporal; ● Fala e mastigação; ● Movimentos: abrir e fechar boca; deslizamento para a protusão e retração; movimento laterolateral da mandíbula. NETTER, FH, Atlas de Anatomia Humana - 6. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Coluna Vertebral ● Proteção da medula espinal e dos nervos espinais; ● Sustenta o peso do corpo acima dos níveis da pelve; ● Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça; ● Papel importante na postura e na locomoção. Moore, Keith L., Fundamento de Anatomia Clínica - 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013 Google Imagens Coluna Vertebral ● 7 cervicais; ● 12 torácicas; ● 5 lombares; ● 5 sacrais; ● 3 a 4 coccígeas. NETTER, FH, Atlas de Anatomia Humana - 6. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 Coluna Vertebral ➔ Anormalidades Google Imagens Discos Intervertebrais ● Placas fibrocartilaginosas elásticas; ● Constituem ¼ do comprimento da coluna; ● Cada disco - núcleo pulposo. ● Amortecedores; ● Ajudam a coluna a se mover. Movimentos: flexão, extensão, abdução e rotação. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Ombro ● Articulação glenoumeral; ● Junção do úmero com a glenoide da escápula; ● Articulação cercada por 4 músculos - manguito rotatório; ● Bolsa subacromial; ● Ossos com marcos palpáveis - cintura escapular; proeminência do acrômio da escápula no topo do ombro; processo coracóide da escápula. NETTER, F H, Atlas de Anatomia Humana - 6. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Cotovelo ● Articulações ósseas do antebraço entre o úmero, o rádio e a ulna; ● Ação de dobradiça - move o antebraço (rádio e ulna em um plano) - permite extensão e flexão. ● Bolsa olecraniana; ● Marcos palpáveis - epicôndilos medial e lateral do úmero e o olecrânio da ulna entre eles. ● Nervo ulnar sensitivo. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 NETTER, F H, Atlas de Anatomia Humana - 6. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 Punhos e carpos ● 8 ossos e 3 articulações; ● Articulação do punho (radiocarpal) - mov. de flexão, de extensão e de desvio laterolateral. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 NETTER, FH, Atlas de Anatomia Humana - 6. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 Quadril ● Articulação entre o acetábulo e a cabeça do fêmur. ● Palpação dos marcos ósseos: crista ilíaca - desde a espinha ilíaca anterossuperior até posteriormente; tuberosidade isquiática encontra-se sobre o músculo glúteo máximo e é palpável quando o quadril está flexionado; trocânter maior do fêmur, normalmente está abaixo da crista ilíaca; NETTER, FH, Atlas de Anatomia Humana - 6. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2014JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Joelho ● Articulação do fêmur, da tíbia e da patela; ● Maior articulação do corpo; ● Maior membrana sinovial do corpo - Bolsa suprapatelar; ● Tipo dobradiça: flexão e extensão; ● Marcos palpáveis, tuberosidade da tíbia, côndilos lateral e medial da tíbia; epicôndilo lateral e medial do fêmur. ●JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Tornozelo ● Junção da tíbia, fíbula e tálus; ● Flexão dorsal e flexão plantar; ● Marcos de superfície: maléolo medial e maléolo lateral; ● Articulação talocalcânea. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Google Imagens Anamnese e Exame Físico Google Imagens Dados Subjetivos Dados Subjetivos 1. Articulações 2. Músculos 3. Ossos 4. Avaliação funcional/atividades da vida diária (AVDs) 5. Comportamentos de autocuidado JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 1. Articulações ● Algum problema nas articulações? Há dor? Justificativa: dor articular e perda de função são as preocupações musculoesqueléticas que mais levam um paciente procurar por cuidados. ● Localização: Quais as articulações acometidas? Bi ou unilateralmente? Justificativa: a Artrite Reumatoide (AR) afeta as articulações simetricamente; outras doenças musculoesqueléticas envolvem articulações isoladas ou de um só lado. Google Imagens JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 1. Articulações ● Início: Quando a dor começou? ● Momento: Que hora do dia a dor ocorre? Quanto tempo dura? Comque frequência? Justificativa: Na AR, a dor é pior pela manhã, ao acordar; na osteoartrite, é pior no final do dia; na tendinite, é pior de manhã e melhora durante o dia. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens ● Qualidade: Qual o tipo de dor: queimação, com rigidez, bem definida ou vaga, penetrante, surda? ● Gravidade: Qual a intensidade da dor? Justificativa: Sensação dolorosa intensa, com inflamação aguda. 1. Articulações ● A dor é agravada pelo movimento, repouso, posição, clima? A dor melhora com repouso, medicamentos, aplicação de calor ou gelo? Justificativa: O movimento piora a dor articular, exceto na AR, em que o movimento diminui a dor. ● A dor está associada a calafrios, febre, dor de garganta recente, trauma, atividade repetitiva? Justificativa: A dor nas articulações que ocorre de 10 a 14 dias depois de uma faringite estreptocócica não tratada sugere febre reumática. A lesão articular ocorre por um trauma, movimento repetitivo. Google Imagens JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 1. Articulações ● Há rigidez em alguma articulação? Justificativa: A rigidez da AR ocorre pela manhã e após períodos de repouso. ● Há edema, eritema ou calor nas articulações? Justificativa: Sugere inflamação aguda. Google Imagens JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 ● Há limitação de movimento em alguma articulação? Qual? Justificativa: A diminuição da ADM pode ser decorrente de lesão articular à cartilagem ou à cápsula ou contratura muscular. 2. Músculos ● Há problemas musculares como dor ou câimbras? Em quais músculos? Justificativa: A mialgia geralmente é sentida como câimbras ou dor. ● Músculos da panturrilha: ocorre em deambulação? Desaparece em outro momento? Justificativa: Sugere claudicação intermitente. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens ● As dores estão associadas a febre, calafrios ou “gripe”? Justificativa: A doença viral muitas vezes leva a uma mialgia. 2. Músculos ● Há fraqueza nos músculos? ● Localização: Em quais músculos? Há quanto tempo a fraqueza tem sido notada? Justificativa: A fraqueza pode envolver os sistemas musculoesquelético ou neurológico. ● Seus músculos parecem mais finos nesse local? Justificativa: Atrofia. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens 3. Ossos ● Há dor óssea? A dor é afetada pelo movimento? Justificativa: A fratura provoca dor aguda que piora com o movimento. Outras dores ósseas geralmente são “vagas” e “profundas” e não estão relacionadas ao movimento. ● Há deformidade em algum osso ou articulação? A deformidade é decorrente de lesão ou trauma? A deformidade afeta a ADM? JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens 3. Ossos JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens ● Já passou por algum acidente ou trauma que afetou ossos e articulações: fraturas, estiramento, entorse, luxação articular? Quais? ● Quando ocorreu? Qual tratamento utilizado? Resultou em limitação atual? ● Há dormência, parestesia ou claudicação? 4. Avaliação funcional - AVD ● A presença de problemas articulares (músculos e ossos) resultam em limitações nas atividades da vida diária? Quais? ● Perguntar sobre cada categoria, no caso de se ter uma resposta afirmativa, e questionar especificamente sobre cada item: ○ Banho | Higiene | Vestuário | Arrumação | Alimentação | Mobilidade | Comunicação JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens 4. Avaliação funcional - AVD Justificativa: ❏ A avaliação funcional rastreia a segurança de uma vida independente, a necessidade de serviços a saúde domiciliares e a qualidade de vida; ❏ Avaliar qualquer déficit de autocuidado; ❏ Prejuízo na mobilidade física; ❏ Prejuízo na comunicação. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 5. Comportamentos de autocuidado ● Presença de risco ocupacional que possa afetar os músculos e articulações? ● Seu emprego envolve trabalho pesado, esforço repetitivo ou estresse crônico nas articulações? Justificativa: Avalie o risco de dor nas costas ou síndrome do túnel do carpo. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens 5. Comportamentos de autocuidado JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 ● Pratica algum tipo de exercício? Qual e com que frequência? Realiza aquecimento? ● Sente dor durante o exercício? Como você a trata? ● Você ganhou peso recentemente? Descreva sua dieta habitual. ● Utiliza medicamentos para o sistema músculo esquelético? Justificativa: Comportamento de autocuidado. ● No caso de deficiência ou doença crônica incapacitante: Como sua doença afeta: ○ interação familiar | interação social | maneira de ver a si mesmo Justificativa: Identifique se há: ➔ Distúrbios de autoestima; ➔ Perda de independência; ➔ Distúrbio de imagem corporal; ➔ Perturbação do papel desempenhado; ➔ Isolamento social. Anamnese complementar para lactentes e crianças ● Alguém lhe contou sobre algum trauma sofrido durante o trabalho de parto? A apresentação foi cefálica? Houve necessidade de fórceps? ● O recém-nascido precisou de reanimação? ● O lactente alcançou os marcos do desenvolvimento motor aproximadamente com a mesma idade ? ● Seu filho já quebrou algum osso? Teve alguma luxação? Como esse foram tratados? ● Você notou a presença de alguma deformidade óssea? curvatura na coluna vertebral? JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Anamnese complementar para adolescentes e idosos Adolescentes: ● Pratica alguma atividade esportiva na escola? Com que frequência? Realiza aquecimento diário? ● Utiliza algum equipamento especial? Existe algum programa de treinamento para a sua atividade esportiva? ● O que você faz quando se machuca? ● Como a sua atividade esportiva está ligada a outras obrigações escolares e outras atividade? Idosos: ● Houve alguma alteração na fraqueza nos últimos meses ou anos? ● houve aumento no número de quedas ou tropeços nos últimos meses ou anos? ● vocÊ usa algum auxílio à locomoção para ajudá-lo a caminhar: bengala, andador? JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Dados Objetivos ● Avaliar funções nas AVDs e detectar anormalidades. ● Observar achados adicionais de AVDs conforme o paciente realiza os movimentos necessários para o exame. ● Atentando para: postura, marcha, como a pessoa senta e levanta, tira o casaco, manuseia pequenos objetos, levanta-se do decúbito dorsal. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Objetivos ● Um exame osteomuscular de triagem suficiente para a maioria das pessoas envolve: ○ Inspeção e palpação das articulações que integram cada região do corpo ○ Observação da ADM conforme a realização dos movimentos. ○ Medidas de triagem específicas da idade ● Um exame musculoesquelético completo, éapropriado para pessoas com doença articular, com história de sintomas musculoesqueléticos ou quaisquer problema com AVDs. Ordem e orientação do exame: Utilize uma abordagem céfalo podálica, de proximal para distal, da linha média para a lateral, seguindo na seguinte ordem: ● Inspeção; ● Palpação; ● Amplitude do movimento- ADM; ● Teste de força muscular. ● Equipamentos necessários: Fita métrica e caneta demográfica. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Inspeção ● Observe o tamanho e os contornos da articulação; ● Inspecione a pele e os tecidos sobre as articulações, analisando a coloração, edema e qualquer massa ou deformidade. Achados anormais: ● Presença de edema é significativa e indica irritação articular; ● Pode ser decorrente de excesso de líquido articular, espessamento do revestimento sinovial, inflamação dos tecidos moles circundantes ou alargamento ósseo. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 ● Deformidades: ● Luxação - perda total de contato entre dois ossos de uma articulação; ● Subluxação - dois ossos em uma articulação permanecem em contato, mas seu alinhamento é perdido; ● Contratura - encurtamento de um músculo leva à limitação da ADM da articulação; ● Anquilose - rigidez ou fixação de uma articulação. ● ● JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Inspeção Palpação ● Palpe cada articulação, os músculos e áreas de cápsula articular; ● Observe se há calor, edema, hipersensibilidade ou massas; ● Articulação normalmente não são dolorosas, caso haja, tente localizá-la em relação a estruturas anatômicas específicas; ● A membrana sinovial normalmente não é palpável, quando espessada, é sentida como “pastosa” ou de “consistência emborrachada”; ● Uma pequena quantidade de líquido está presente na articulação normal, mas não é palpável. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Palpação Achados anormais: ● O calor e a sensação dolorosa apontam para uma inflamação; ● A presença de líquido palpável é anormal; ● O fluido está contido na cápsula, assim , se for empurrado de um lado, o fluido se deslocará e causará um abaulamento visível do outro lado. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Amplitude de movimento ● Peça para que o indivíduo realize movimentos voluntários enquanto estabiliza a área do corpo proximal à que está sendo movida; ● Familiarize-se com o tipo de cada articulação e sua ADM normal, para reconhecer suas limitações; ● Caso encontre uma limitação tente com delicadeza movimentar a parte do corpo passivamente e com os músculos relaxados; ● Apoie a articulação com uma mão enquanto a outra move a parte lentamente até o limite; ● Os intervalos normais de movimento ativo e passivo devem ser os mesmos. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Amplitude de movimento Achados anormais: ● Limitações na ADM: sinal mais sensível de doença articular; ● Doença articular: Produz edema e sensibilidade em torno de toda a articulação e limita os planos de ADM no movimento ativo e passivo. Ex.: osteoartrite; ● Doença extra-articular (lesão de um tendão,ligamento ou nervo específico): produz edema e sensação dolorosa, afeta especialmente o movimento ativo (voluntário); ● Dor; ● Crepitação: som de triturar ou raspar audível e palpável que acompanha o movimento. Ocorre quando as superfícies articulares são rugosas. Ex.: Artrite reumatoide. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Teste de força muscular ● Teste a força dos principais grupos musculares de cada articulação. ● Repita os movimentos induzidos para evidenciar a ADM ativa. ● Peça ao indivíduo para flexionar e manter enquanto você aplica uma força no sentido oposto. ● Força muscular deve ser igual bilateralmente e deve resistir totalmente a força de oposição. ● JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Teste de força muscular JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Articulação temporomandibular ● Com o indivíduo sentado inspecione a área anterior a orelha; ● Coloque a ponta de seus dois primeiros dedos na frente de cada orelha e peça ao indivíduo que abra e feche a boca; ● Desça seus dedos para a área deprimida sobre a articulação e observe a suavidade do movimento da mandíbula; ● Solicite que abra a boca ao máximo; ● Abra parcialmente a boca protruse o maxilar inferior e mova-o lateralmente; ● Protrua o maxilar inferior; ● Compare o tamanho, a força e a firmeza dos lados direito e esquerdo. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Achados Anormais: Crepitação, dor e edema. Coluna cervical ● Inspecione o alinhamento da cabeça e do pescoço. A coluna deve estar reta e a cabeça ereta; ● Palpe os processos espinhosos e os músculos esternocleidomastóideo, trapézio e paravertebrais; ● Devem parecer firmes, sem espasmo muscular ou sensação dolorosa. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Coluna cervical ● Repita os movimentos enquanto aplica força de oposição, o indivíduo normalmente consegue manter a flexão contra uma resistência máxima. Achados anormais: ● Cabeça inclinada para um dos lados ● Assimetria dos músculos ● Músculos sensíveis e rígidos, com espasmo muscular ● ADM limitada ● Dor com movimento ● O indivíduo não consegue manter a flexão JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Ombros ● Inspecione e compare ambos os ombros posterior e anteriormente verificando tamanho e contorno das articulações; ● De frente para o indivíduo palpe os ombros observando qualquer espasmo ou atrofia muscular edema calor ou sensibilidade; ● Comece na clavícula e explore metodicamente a articulação acromioclavicular, escápula, tubérculo maior do úmero, área da bolsa subacromial, suco do bíceps e face anterior da articulação glenoumeral; ● Teste a ADM pedindo ao indivíduo que realize quatro movimentos; (próx. slide) ● Coloque a mão posicionada em forma de copo sobre o ombro durante a ADM para observar se há alguma crepitação. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Ombros Achados anormais: ● Rubor ● Desigualdades dos marcos ósseos. ● Atrofia evidenciada pela perda de volume. ● Edema/tumefação ● músculos rígidos com espasmos muscular ● Hipersensibilidade ou dor JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 ● ADM limitada ● Assimetria ● Dor ao movimento ● Crepitação com o movimento Cotovelo ● Inspecione o tamanho e o contorno do cotovelo nas posições flexionada e estendida. ● Procure alguma deformidade rubor ou edema. ● Verifique a bolsa do olécrano e as cavidades presentes em ambos os lados do olécrano. ● Palpe com o cotovelo flexionado a cerca de 70 graus e o mais relaxado possível. ● Use sua mão esquerda para apoiar o antebraço do indivíduo e palpe a superfície extensora do cotovelo com o polegar e dedos da mão direita. ● Palpe a área da bolsa do olécrano. ● Teste a ADM pedindo para que o indivíduo flexione e estenda o cotovelo. ● Movimentode 90 graus em pronação e supinação ● No teste de força muscular aplique resistência para testar a força muscular contra a flexão e extensão do cotovelo. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Cotovelo Achados anormais: ● Epicôndilos cabeça do rádio e tendões apresentam inflamações mais comumente; ● Em caso de espessamento ou derrame sinovial ocorre uma tumefação macia depressível ou flutuante em ambos os sulcos; ● Calor local ou rubor (sinais de inflamação) podem se estender além da membrana sinovial; ● Presença de nódulos subcutâneos: elevados firmes e não dolorosos. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Punho e mão ● Inspecione as mãos e os punhos nos lados dorsal e palmar observando a posição o contorno e a forma. ● Palpe cada articulação do punho e das mãos. ● Apoie a mão dele com seus dedos e palpe o punho firmemente com ambos os polegares sobre o dorso da mão. certifique-se de que o punho está relaxado e alinhado. ● Mova seus polegares de um lado para outro para identificar áreas deprimidas normais que recobrem o espaço articular. ● Use uma pressão suave e firme. ● Palpe as articulações metacarpofalângicas com seu polegares ligeiramente distal e em ambos os lados da articulação. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 ● Em movimento de pinça palpar os lados das articulações interfalângicas ● Teste a ADM peça para o indivíduo que estenda a mão acima do punho. ● Estenda a mão acima do punho. Flexione a mão abaixo do punho. ● Flexione os dedos para cima e para baixo. ● Com as palmas das mãos sobre a mesa, vire-as para fora e para dentro. ● Separe os dedos; cerre o punho. ● Toque o polegar em cada dedo e a base do dedo mínimo. ● Para o teste muscular posicione o antebraço do indivíduo supinado e apoiado na mesa. coloque a mão no antebraço do indivíduo e peça para que ele flexione o punho contra uma resistência aplicada na palma da mão. ● Teste de Phalen: Flexão dos punhos a 90 graus durante 60 segundos. ● Sinal de Tinel: percussão direta na localização do nervo mediano do punho. Punho e mão JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Punho e mão Achados anormais: ● Subflexão (luxação parcial) do punho ● Desvio ulnar: dedos inclinados para o lado ulnar ● Anquilose; punho em flexão extrema ● Contratura Dupuytren; contratura em flexão do(s) dedo(s) ● Deformidade em pescoço de cisne ou botoeira nos dedos JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Punho e mão ● Atrofia da Eminência Tenar ● Cisto ganglionar no punho ● Edema sinovial no dorso ● Edema generalizado ● Sensação dolorosa ● Calor ou nódulos ● Perda de ADM (mais comum punho) ● Movimento limitado ● Dor ao movimento ● Entorpecimento e queimação em indivíduo com síndrome do túnel do Carpo JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Quadril ● Inspecione a simetria da altura das cristas ilíacas, pregas glúteas e o tamanho igual das nádegas. ● Marcha equilibrada, suave, reflete comprimentos de pernas iguais e movimento funcional do quadril. ● Coloque o indivíduo em região dorsal e palpe as articulações do quadril devendo estar estáveis e simétricas. ● Avalie a ADM elevando cada uma das pernas com o joelho estendido ● flexione um joelho de cada vez encostando-o no tórax, mantendo a outra perna estendida. ● Flexione o joelho e o quadril a 90 graus estabilizando a coxa com uma mão e o tornozelo com outra. Gire o pé para fora e para dentro. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Quadril ● Oscile a pena lateralmente e então medialmente com o joelho estendido. estabilize a pelve pressionando a espinha ilíaca anterossuperior oposta. ● Em pé ( posteriormente no exame) oscile a perna em extensão para trás do corpo. Estabilize a pelve. Achados anormais ● Dor à palpação ● Crepitação ● Movimento limitado ● Dor ao movimentar JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 ● Limitação na rotação interna do quadril é um sinal precoce de doença do quadril; ● Limitação da abdução do quadril em decúbito dorsal é a disfunção mais comum na doença de quadril. Joelhos ● Inspecione o alinhamento inferior da perna, a forma e os contornos do joelho. Em condições normais há presença de concavidades distintas ou depressões, em ambos os lados da patela. ● Verifique o músculo quadríceps quanto a atrofia. ● Facilite a palpação posicionando o joelho em decúbito dorsal com relaxamento completo do quadríceps. ● Comece no alto da região anterior da coxa cerca de 10 cm acima da patela. ● Palpe com seu polegar esquerdo e os dedos em forma de garra ● observe a consistência dos tecidos. ● Os músculos e os tecidos moles devem parecer sólidos JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Joelhos ● A pele normalmente tem aparência lisa, coloração simétrica e ausência de lesões; ● Inspecione o alinhamento inferior da perna, a forma e o contorno dos joelhos; ● Busque qualquer sinal de aumento de volume ou inchaço; ● observe o local das bolsas pré-patelar e suprapatelar; ● Verifique o músculo quadríceps na região anterior da coxa por qualquer atrofia; ● Posicione o joelho em decúbito dorsal, com o quadríceps relaxado; ● Explore a articulação tibiofemoral, palpe o coxim adiposo infrapatelar e a patela, verifique a presença de crepitação. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Joelhos ● Verifique a ADM instruindo o indivíduo a: ● Flexionar o joelho alternadamente; ● Estender o joelho alternadamente; ● Deambule. ● Teste a força muscular: ● Peça que o indivíduo mantenha a flexão do joelho enquanto você faz força contrária tentando estender a perna; ● Avaliar o sucesso do indivíduo ao levantar-se de uma cadeira baixa ou da posição agachada sem usar as mãos. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Joelhos Achados anormais: ● Pele brilhante e atrófica; ● Edema, tumefação ou inflamação; ● Deformidades em angulação → Joelho varo, joelho valgo, contratura em flexão; ● Ausência das concavidades laterais à patela; ● Atrofia muscular do quadríceps; ● No caso de inchaço, distinguir se é dos tecidos moles ou do aumento dos fluidos nas articulações; ● Presença de margens ósseas irregulares, dor e crepitação significativa; ● “Clique” ao realizar o teste de McMurray, positivo para laceração meniscal. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Joelhos ● Teste para o sinal de abaulamento: ○ Quando há inchaço na bolsa suprapatelar; ○ Ocorre quando há quantidades muito pequenas de derrame; ○ Drene firmemente com a mão o aspecto medial do joelho, depois dê leve batidas no aspecto lateral e observe a concavidade do lado medial, buscando por uma onda de líquido. ● Rechaço da patela: ○ Confiável quando há grandes quantidades de líquido; ○ Com a mão esquerda comprima a bolsa suprapatelar a fim de mover o líquido; ○ Com a mão direita empurre a patela fortemente contra o fêmur; ○ Se não houver líquido, a patela já estará compactada contra o fêmur; ○ Se houver, leves batidas na patela movem-na através do fluido e você ouvirá um toque conforme a patela bate nos côndilos. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde paraenfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Joelhos ● Teste de McMurray: ○ Quando houver relato de trauma seguido de bloqueio, falseio ou dor local; ○ Decúbito dorsal, posicionando-se do lado afetado; ○ Segurar o calcanhar e flexionar o joelho e o quadril; ○ Colocar a mão no joelho, com os dedos do lado medial; ○ Rode a perna para dentro e para fora; ○ Rode a perna externamente e empurre com estresse em valgo no joelho (para dentro); ○ Estenda lentamente o joelho; ○ Em condições normais, a perna se estende suavemente sem dor; ○ “Clique”- positivo para laceração meniscal. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Tornozelo e pé ● Inspecione com o indivíduo sentado, sem descarga de peso, em ortostatismo e caminhando; ● Compare os dois pés em posição, contorno das articulações e características da pele; ● Atentar para a presença do arco longitudinal, presença de “pé plano” ou pé cavo. ● Os dedos apontam para frente em posição horizontal, tornozelos são lisos, a pele é lisa com coloração simétrica e sem lesões; ● Palpe os espaços interarticulares, devem ter aspecto macio e deprimido, sem presença de edema/tumefação, aumento de volume ou dor; JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Tornozelo e pé ● Palpe as articulações metatarsofalângicas com o polegar e os dedos na superfície plantar; ● Palpe as articulações interfalângicas nos lados medial e lateral dos artelhos com um movimento de pinça entre o polegar e o indicador; ● Teste a ADM pedindo para que aponte os artelhos para o chão, aponte os artelhos em direção ao nariz; ● Para que tire as pontas dos pés do chão e então as coloque novamente (estabilize o tornozelo com uma mão, segure o calcanhar com a outra para testar a articulação talocalcânea/subtalar); ● Avalie a força muscular pedindo que o indivíduo mantenha a dorsiflexão e a flexão plantar contra a sua resistência. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Tornozelo e pé Achados anormais: - Hálux valgo (joanete); - Dedos em martelo; - Edema/tumefação ou inflamação; - Calosidades, úlceras; - Sensação dolorosa; - ADM limitada ou dor ao movimento; - Incapacidade de manter a flexão no teste de força. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Coluna vertebral - Com o indivíduo de pé, inspecione e observe se a coluna está reta; - O nivelamento horizontal dos ombros, escápulas, cristas ilíacas e pregas glúteas; - Espaços iguais entre o braço e a região lateral do tórax dos dois lados; - Os joelhos e pés devem estar alinhados com o tronco e apontando para frente. - Lateralmente observe as curvaturas fisiológicas da coluna, considerando a normalidade da presença de hipercifose em pessoas idosas e hiperlordose em pessoas obesas; - Palpe a musculatura paravertebral que deve estar firme e sem espasmos, e os processos espinhosos que devem estar alinhados, normalmente não há presença de sensação dolorosa. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Coluna vertebral - Verifique a ADM da coluna pedindo que o indivíduo curve-se para a frente e toque os artelhos, procure por uma flexão de 75-90º e por suavidade e simetria; - As costas devem formar uma curvatura convexa única em forma de “c”; - Enquanto o indivíduo estiver curvado, demarque um ponto em cada processo espinhoso, quando o indivíduo retomar a posição em pé, os pontos devem formar uma linha reta vertical; - Ele deve inclinar-se para cada um dos lados e para trás; - Deve girar os ombros para um lado e então para o outro; - Ele deve caminhar sobre os dedos dos pés por alguns passos e quando retornar deve fazê-lo sobre os calcanhares. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Coluna vertebral - Achados anormais: - Diferença de altura dos ombros, cristas ilíacas e escápulas, ocorre na escoliose; - Inclinação lateral e flexão anterior ocorrem em núcleo pulposo herniado; - Curvaturas anormais na coluna vertebral (“S” nos pontos marcados durante a avaliação da ADM); - Sensação dolorosa ou espasmo da musculatura paravertebral; - Na síndrome da fibromialgia, há dor crônica do esqueleto axial; - ADM limitada; - Dor ao movimento; - Dor isquiática durante o Teste de Lisègue; - Comprimentos desiguais das pernas; - Comprimentos aparentes desiguais das pernas. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Coluna vertebral - Teste de Elevação da Perna Estendida ou sinal de Lisègue: - Ajuda a confirmar a presença de um núcleo pulposo herniado, produzindo dores nas costas e perna; - Eleve a perna afetada até muito próximo do ponto no qual o movimento produz dor, deixando a outra estendida; - Em seguida, dorsiflexione o tornozelo. - O sinal positivo irá gerar a dor isquiática. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Coluna vertebral - Mensuração da Discrepância do Comprimento das Extremidades Inferiores: - Meça caso precise determinar que uma perna é mais curta que a outra; - É importante medir entre pontos fixos; - Da espinha ilíaca anterior ao maléolo medial, cruzando o lado medial do joelho; - Normalmente as medidas são iguais ou diferem em 1 cm; - Mesmo o comprimento sendo igual, às vezes a aparência ainda é desigual; - Para medir o comprimento aparente da perna, meça de um ponto não fixo (o umbigo) a um ponto fixo (maléolo medial) em ambas as pernas. - Aparentam desigualdade quando há obliquidade pélvica, deformidade em flexão ou adução do quadril. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Cuidados ao longo do desenvolvimento Lactentes e Crianças - Examinar a criança despida em decúbito dorsal; - Pernas e pés: avalie os pés (deformidade posicional); distinguir posição flexível ou fixa; observar a relação entre o antepé e retropé; adução metatarsal; verificar se há torção tibial. - Quadris: verificar os quadris para luxação congênita. Manobra de Ortolani Teste de Allis JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Lactentes e Crianças - Mãos e braços: inspecionar forma, número e posição dos dedos, pregas palmares; - Palpar o comprimento da clavícula (osso mais comumente fraturado no parto); - Dorso (costas): levante o lactente e examine o dorso. Curvatura única em forma de C. - Observar a ADM na movimentação dos membros; - Testar a força muscular levantando a criança com as mãos sob a axila; JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Lactentes e Crianças - Crianças em idade pré-escolar e escolar: ❖ Dorso: observar postura; ❖ Pernas e pés: observar posição; joelho varo é normal até depois que a criança começa a caminhar; pode apresentar uma marcha anserina; Quadril: Sinal de Trendelenburg. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Gestante e Idoso ❖ Gestante: Verificar alterações da postura durante a gravidez, pode ter marcha anserina. ❖ Idoso: alterações posturais, diminuição da altura, limitação das AVDs. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Achados Anormais para a Prática Clínica Condições inflamatórias Artrite Reumatoide (AR) - Inflamaçãoda membrana sinovial formando fibrose e limitando o movimento. - Características: calor, eritema, edema, dor na movimentação. - Associada à fadiga, emagrecimento excessivo, febre baixa e linfadenopatia (processo patológico que afeta os nódulos linfáticos). Espondilite Anquilosante - Inflamação progressiva crônica da coluna vertebral, articulação sacroilíaca, e grandes articulações dos membros. - Características: espasmos dos músculos paravertebrais puxando a coluna em flexão anterior; aumento da curvatura torácica; deformidades dos quadris e joelhos. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Condições Degenerativas: Osteoartrite (Doença Articular Degenerativa) - Envolve a deterioração das cartilagens articulares e osso subcondral e formação de novo osso nas superfícies articulares. - Características: rigidez, edema com protuberâncias ósseas rígidas, dor e limitação do movimento. Associada ao envelhecimento. Osteoporose - Diminuição da massa óssea do esqueleto, onde a reabsorção óssea é maior do que a sua formação. - - Aumenta o risco de fraturas. Associada às alterações hormonais da menopausa. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Anormalidades do ombro Atrofia - Paralisia do nervo axilar ou danos no tecido muscular. - Perda do movimento e de massa muscular em torno do músculo deltóide. Derrame Articular - Edema pelo excesso de fluído na cápsula articular. - Pode ser causado em decorrência da Artrite Reumatóide. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Protrusão - Ocorre no trauma envolvendo a abdução, extensão e rotação. Ex: cair sobre o braço estendido. - Na imagem, há uma luxação anterior, onde ocorreu a protrusão do ombro para frente da clavícula. Laceração do Manguito Rotatório - Ocorre na adução traumática quando o braço é mantido em abdução ou na queda sobre o ombro, arremesso ou levantamento de peso. - “Posição de corcunda” e pela impossibilidade de manter o braço elevado. Anormalidades do ombro Capsulite Adesiva - Ombro Congelado - Formação de tecidos fibrosos na cápsula articular, causando rigidez progressiva, limitação do movimento e dor. - Associada ao repouso prolongado no leito ou imobilidade do ombro. Bursite Subacromial - Inflamação e inchaço da bolsa subacromial causando limitação ao movimento e dor. - Causada pelo trauma, esforço, processo inflamatório ou lesão por movimento repetitivo. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Anormalidades de Cotovelo Bursite do Olécrano - Inflamação da bolsa do Olécrano. - Caracterizada por uma saliência grande e macia no cotovelo e pelo rubor no local. Nódulos Subcutâneos - Nódulos firmes, elevados e não dolorosos na região do cotovelo e na superfície extensora do braço. - Comumente relacionados à artrite reumatóide. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Artrite Gotosa - Derrame articular caracterizado por uma protuberância mole nos sulcos de ambos os lados do olécrano. - Ocorre limitação na extensão do cotovelo. Epicondilite - Cotovelo de Tenista - Dor crônica no epicôndilo lateral do úmero com aumento ao movimento. - Decorrente de atividades que combinam pronação e supinação excessiva do antebraço. Google Imagens Anormalidades de Punho e Mão Cisto Ganglionar - Tumor benigno não doloroso sobrejacente à uma bainha de tendão ou cápsula articular. - A flexão o torna mais proeminente. Anquilose - Punho em flexão extrema, devido à artrite reumatoide grave. - Causa incapacidade funcional. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Síndrome do Túnel do Carpo com Atrofia da Eminência Tenar - A atrofia ocorre pela compressão do nervo mediano no interior do túnel do carpo. - Os sintomas incluem dor, ardor e dormência, teste de Phalen positivo e sinal de Tinel positivo. Contratura de Dupuytren - Hiperplasia crônica da fáscia palmar, causando contraturas em flexão dos dedos, primeiro no quarto dígito, então no quinto e a seguir no terceiro. - Indolor, porém prejudica a função da mão. Google Imagens Fratura de Colles - Fratura não articular da extremidade distal do rádio, geralmente decorrente de uma queda sobre a mão. - Observa-se o punho edemaciado com deformidade “em garfo”. Deformidades de Pescoço de Cisne e Botoeira - A contratura em flexão se assemelha à curva do pescoço de um cisne. - Ocorre na artrite reumatoide crônica e muitas vezes é acompanhada pelo desvio ulnar dos dedos. - Na deformidade em botoeira a articulação parece que está sendo empurrada para trás. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Anormalidades de Punho e Mão Google Imagens Desvio Ulnar - Desvio dos dedos para o lado ulnar por causa do estiramento da cápsula articular e desequilíbrio muscular. Artrite Reumatóide Aguda - Edema doloroso e rigidez das articulações. Caracterizada pelo edema, mãos quentes e veias ingurgitadas. Polidactilia - A presença de dedos extras é uma deformidade congênita, que geralmente ocorre no quinto dedo ou no polegar. Sindactilia - A presença de dedos ligados é uma deformidade congênita, geralmente exigindo uma separação cirúrgica. Anormalidades de Punho e Mão JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Anormalidades do joelho Bursite Pré-patelar - Tumefação localizada na região anterior do joelho, entre a patela e a pele. A pele sobrejacente pode estar ruborizada, brilhante, atrófica, ou grossa e espessa. Sinovite Leve - Perda das depressões normais em ambos os lados da patela, que são substituídas por uma leve tumefação. Doença de Osgood-Schlatte - Tumefação dolorosa da tuberosidade da tíbia, logo abaixo do joelho. Os sintomas desaparecem com o repouso. Tumefação dos Meniscos - Decorrente de cisto no menisco lateral. A semiflexão do joelho faz com que a tumefação seja mais proeminente. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Anormalidades do tornozelo e pé Tenossinovite do Tendão Calcâneo - A inflamação de uma bainha tendinosa próxima do tornozelo produz uma tumefação superficial linear e uma sensação dolorosa localizada ao longo do trajeto da bainha. Gota Aguda - É uma doença metabólica - caracterizada por rubor, calor, edema e sensação dolorosa extrema. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Hálux Valgo com Joanete e Dedos em Martelo - O joanete é a bolsa inflamada que se forma no ponto de pressão. - A deformidade em martelo está frequentemente associada ao hálux valgo. Tofos na Gota Crônica - Nódulos rígidos e indolores (coleções de cristais de urato de sódio) na articulação e em torno dela sobre a articulação metatarsofalângica do hálux. Google Imagens Anormalidades da coluna vertebral Escoliose - Curvatura lateral dos segmentos torácico e lombar da coluna vertebral, geralmente com alguma rotação dos corpos vertebrais envolvidos. Hérnia do Núcleo Pulposo - O núcleo pulposo (no centro do disco intervertebral) se rompe dentro do canal vertebral e coloca pressão sobre a raiz nervosa espinhal local. - Sintomas: Dor isquiática, dormênciae parestesia do dermátomo envolvido; inclinação para o lado não afetado; diminuição da mobilidade; sensação dolorosa lombar; e diminuição da função motora e sensitiva na perna. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Anormalidades congênitas ou pediátricas comuns Luxação Congênita do Quadril - A cabeça do fêmur está para fora do acetábulo, que tem uma forma de taça. Sinais: limitação na abdução da coxa flexionada, indicações positivas de sinais de Ortolanie Barlow, rugas de pele ou pregas glúteas assimétricas, discrepância do comprimento dos membros e indicação positiva do sinal de Trendelenburg em crianças mais velhas. Espinha Bífida - O fechamento incompleto da parte posterior das vértebras resulta em um defeito do tubo neural. A gravidade varia de um defeito da pele ao longo da espinha à protrusão da bolsa contendo as meninges, fluido espinhal ou medula espinhal malformada. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Anormalidades congênitas ou pediátricas comuns Pé Equinovaro (Pé Torto) - Trata-se do mau posicionamento congênito rígido e fixo do pé, incluindo inversão, adução do antepé e pé apontando para baixo. Coxa Plana (Síndrome de Legg-Calvé-Perthes) - Necrose avascular da cabeça femoral. Na fase inflamatória inicial, ocorre a interrupção do fornecimento de sangue para a epífise femoral. Síndrome da Fibromialgia - Doença crônica de causa desconhecida, caracterizada por dores musculoesqueléticas generalizadas, com duração de 3 meses ou mais, associadas à fadiga, insônia e angústia psicossocial. Sintomas: dor em ambos os lados do corpo, acima e abaixo da cintura, e no esqueleto axial; e sensação dolorosa à dígito-pressão em 11 dos 18 locais especificados na imagem. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Anormalidades congênitas ou pediátricas comuns - Google Imagens Complementar - Marchas - Função Cerebelar Teste de Equilíbrio: Observar enquanto a pessoa caminha de 3 a 6 metros, vira e volta ao ponto inicial. A marcha é regular, rítmica e sem esforço. A oscilação do braço oposto é coordenada, as viradas são suaves. O comprimento do passo é de aprox. 40 cm de um calcanhar para outro. Normalmente a pessoa anda em linha reta e mantém o equilíbrio. Caminhar na ponta dos dedos e sobre os calcanhares (flexão plantar e dorsiflexão permitem isso). - Teste de Romberg JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 Google Imagens Marchas Patológicas Google Imagens Referências Bibliográficas 1. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 2. MOORE, KL., Fundamento de Anatomia Clínica - 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013 3. NETTER, FH, Atlas de Anatomia Humana - 6. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 4. Google Imagens OBRIGADX!
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