Buscar

npc2 constitucional 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL I
Classificação das Constituições
Quanto ao conteúdo:
Constituição material, real, substancial ou de conteúdo – é aquela que trata especificamente sobre divisão do poder político, divisão de competência e de direitos fundamentais.
OBS: tudo que deve está no texto.
Constituição formal – abrange todas as normas jurídicas que tem como fonte o poder constituinte, gozando da prerrogativa de supremacia perante as outras normas jurídicas.
OBS: tudo que está no texto.
Quanto à forma:
Constituição escrita – é aquela que está reunida em um único texto, como todas as constituições brasileiras desde 1824.
Constituição não escrita (consuetudinária ou costumeira) – nesta as leis estão previstas em leis esparsas, costume, jurisprudência e convenções.
Exemplo – temos como exemplo, a constituição Inglesa que, além dos costumes, possui diversos atos normativos de essência constitucional.
Quanto ao modo de elaboração:
Constituição dogmática – é aquela que resulta da aplicação de princípios ou dogmas, de forma consciente, para a organização fundamental do Estado.
Constituição histórica – resulta de um longo processo de evolução dos valores de um povo, em determinada sociedade, resultando em regras escritas e não escritas. As regras escritas são as leis e as não escritas os costumes.
Quanto à ideologia:
Constituição ortodoxa – consagra um único posicionamento ideológico.
Exemplo – Constituição Soviética de 1917 que aboliu a propriedade e optou pelo modo de produção socialista.
Constituição heterodoxa – é caracterizada pela presença de diversos elementos ideológicos, os quais em muitos casos são contrapostos, cabendo ao interprete do texto constitucional equilibrá-los.
Quanto à extensão:
Constituição analítica – é aquela cujo texto consagra detalhamentos que a tornam longa.
Constituição sintética – é aquela cujo texto tem caráter essencialmente principiológico, em consequência, é dotada de poucos dispositivos.
Quanto à finalidade:
Constituição de garantia – é o modo consagrado pelas revoluções liberais que encerraram o ciclo absolutista e consagraram os direitos fundamentais de primeira geração, que buscam proteger um indivíduo do arbítrio do Estado.
Constituição de balanço – é aquela que consagra simultaneamente os direitos de primeira geração (direitos individuais) e os de segunda geração (direitos sociais). No entanto não estabelece padrões mínimos de atuação, políticas públicas essenciais, dirigidas ao Estado.
Constituição dirigente – consagra de forma simultânea os direitos individuais e os direitos sociais, estabelece políticas mínimas de proteção social, as quais, caso não sejam providas pelo poder público caracterizarão uma inconstitucionalidade por omissão.
Espécies de Supremacia da Constituição
Supremacia Formal – ocorre quando a constituição afirma sua superioridade hierárquica em relação às demais normas jurídicas que compõem o sistema normativo, o que faz através da rigidez jurídica. Como sabemos uma constituição rígida não admite alteração em texto através de lei, o que prova sua superioridade hierárquica.
OBS:
A lei pode ser alterada, revogada.
 
Supremacia Material – ocorre quando a constituição é dotada de rigidez sociológica, ou seja, de uma especial proteção que a sociedade lhe dedica, a exemplo da constituição inglesa, que jamais sofreu qualquer emenda.
OBS:
A lei não pode ser alterada.
Teoria do Poder Constituinte
É a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente organizado.
Titularidade do Poder Constituinte – pertence ao povo, a vontade constituinte é a vontade do povo, expressa por meio de seus representantes.
Espécies:
Poder Constituinte Originária – estabelece a constituição de um novo Estado, organizando-se e criando os poderes destinados a reger os interesses de uma sociedade. Não deriva de nenhum outro, não sofre qualquer limite e não se subordina a nenhuma condição.
Da origem a uma NOVA constituição.
Característica:
Inicial – não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de um Estado.
Autônomo/ Ilimitado – não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os limites postos pelo direito positivo anterior.
Incondicionado – não está sujeito a qualquer forma pré-fixada para a manifestação de sua vontade; não está submisso a nenhum procedimento de ordem formal.
Formas de expressão do PCO:
Em razão de sua essência política, não é possível prevê o momento e a forma da manifestação do PCO, no entanto os mecanismos mais usuais de sua atuação são:
Assembleia Nacional constituinte:
PURA – é aquela cujos membros são eleitos pelo povo com a finalidade exclusiva de elaborar a constituição. Logo encerrados os trabalhos constituintes, a assembleia é dissolvida e os seus membros deixam de exercer mandato.
CONGRESSUAL – é aquela cujos membros também são eleitos pelo povo com a finalidade de elaborar a constituição, no entanto em paralelo, tal grupo de representantes atua no âmbito de poder legislativo. Após a promulgação da constituição, permanece no exercício de mandato, como legislador ordinário (Legislador ordinário é o que elabora o ordenamento jurídico infraconstitucional. Aquele que cria as leis).
Movimento Revolucionário:
Apesar de não consenso doutrinário sobre a questão, prevalece o entendimento no sentido de que o movimento revolucionário configura expressão legítima do PCO, o que decorre de sua essência, de ser um movimento que conta com a participação de amplas camadas do tecido social, implementando profundas transformações jurídicas, políticas e econômicas.
INICIAL – porque sua obra – a constituição – inaugura uma nova ordem jurídica. Sendo assim, todos os atos normativos anteriores e posteriores à nova constituição somente serão válidos se, com ela forem compatíveis.
OBS: A jurisprudência do STF foi sedimentada no sentido de conferir tratamentos diversos às normas infraconstitucionais anteriores à constituição e posteriores a sua promulgação, em caso de incompatibilidade material.
Em relação às normas anteriores, o STF entende que não estaríamos diante do fenômeno da inconstitucionalidade, e sim diante do fenômeno da não recepção, tendo-se mencionado a norma infraconstitucional por revogada.
Por outro lado, as normas posteriores à promulgação da constituição, que sejam como ela incompatíveis, serão inconstitucionais pela simples razão de que o parâmetro constitucional já existia.
ILIMITADO – porque não deve obediência a constituição anterior, não encontrando-se submetido aos parâmetros estabelecidos pela ordem jurídica antecessora.
OBS: Apesar do reconhecimento doutrinário e jurisprudencial quanto à ilimitação do PCO, o desenvolvimento das relações internacionais sobre tudo em relação ao sistema internacional de DIREITOS HUMANOS, acaba por exigir dos Estados a aplicação de tratados e convenções internacionais do plano interno. Sendo assim, ainda que não se possa afirmar, de modo categórico a supremacia do DIREITO INTERNACIONAL, sobre o DIREITO INTERNO, não resta duvida quanto ao fato de que a soberania dos estados tem sido relativizada, o que acaba por exigir a consagração daqueles direitos no plano das constituições estatais, o que evidenciaria uma limitação material dirigida ao PCO.
INCONDICIONADO – porque se trata de um poder essencialmente político, cuja manifestação é absolutamente imprevisível, a medida que, não observa qualquer regramento jurídico anterior.
 
Poder Constituinte Derivado – é aquele encarregado pelo PCO da implementação de modificações no texto da constituição, o que somente poderá ocorrer sob certos limites, sob pena de inconstitucionalidade.
Limites ao exercício do PCD reformador na CF/88:
LIMITES FORMAIS – art. 60, I, II e III, CRFB / art. 60, §§ 2º, 3º e 5º, CRFB.
Certas Constituições contêm normas que impossibilitam qualquer modificação durante certo período após a sua promulgação ou só admitem a aprovação de alterações de tempos em tempos, de forma espaçada. Exemplo: a Constituição brasileirado Império, que admitia qualquer alteração somente quatro anos após sua promulgação.
LIMITES CIRCUNSTANCIAIS – art. 60, § 1º, CRFB.
Certas Constituições não podem ser alteradas em determinadas situações de instabilidade política. Pretende-se que qualquer alteração do Texto Constitucional ocorra em plena normalidade democrática, sem qualquer restrição a direitos individuais ou à liberdade de informação, para que as consequências de eventuais modificações do Texto Fundamental sejam amplamente discutidas antes de qualquer deliberação. Exemplos: a) a Constituição brasileira de 1988 não admite emendas na vigência de intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio; b) a Constituição francesa não permite modificações com a presença de forças estrangeiras de ocupação e território francês. Essa norma é fruto da história francesa, que teve a sua Constituição desfigurada durante o período de ocupação nazista.
LIMITES MATERIAIS (clausulas pétreas) – art. 60, parágrafo 4º CF.
. Determinadas matérias não podem ser objeto de modificação. São as denominações cláusulas pétreas, o cerne fixo da Constituição, a parte imutável do Texto Constitucional. Exemplo: todas as Constituições brasileiras de 1891 a 1946 proibiam qualquer emenda visando à alteração tanto da República como da Federação. A Atual retirou das cláusulas pétreas a República estabelecendo a realização de um plebiscito em que o povo pôde optar livremente por ela como forma de governo preferida. Por outro lado, inseriram, além da forma federativa do Estado, três outras cláusulas pétreas, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos Poderes e os direitos e garantias individuais.
Essas limitações materiais podem ser:
Explícitas – (art. 60, § 4º, I – IV CRFB) são as que já vêm enunciadas na própria Constituição, as já mencionadas cláusulas pétreas. 
Implícitas - são as que decorrem do sistema constitucional, como as que estabelecem o processo de alteração de normas constitucionais, as que fixam as competências das entidades federativas etc.
PDC DECORRENTE art. 25 da CF:
É aquele que atua no plano dos Estados da Federação, com a finalidade de elaborar suas respectivas constituições, sempre observando princípios de organização previstos na Constituição Federal.
 Característica:
Derivado – deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do poder constituinte originário.
Subordinado – está subordinado a regras matérias, encontra limitações no texto constitucional. Exemplo: Clausulas Pétreas.
Condicionado – seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da CF; é condicionado a regras formais do procedimento legislativo. 
 Este poder se subdivide em:
 
Poder derivado de revisão ou de reforma – poder de editar emendas à Constituição.  O exercente deste poder é o Congresso Nacional que, quando vai votar uma emenda ele não está no procedimento legislativo, mas no Poder Reformador. 
  Poder derivado decorrente – poder dos Estados, unidades da federação, de elaborar as suas próprias constituições. O exercente deste poder é as Assembleias Legislativas dos Estados.  Possibilita que os Estados Membros se auto-organizem.
 A Constituição de 1988 deu aos Municípios um status diferenciado do que antes era previsto, chegando a considerá-los como entes federativos, com a capacidade de auto-organizar-se através de suas próprias Constituições Municipais que são denominadas Leis Orgânicas.
Classificação das Normas Constitucionais
Classificação de José Afonso da Silva
Para ele as normas classificam-se em normas de eficácia plena, normas de eficácia contida e normas de eficácia limitada.
Normas de eficácia plena – (art. 2º, 5º, I, II, CF) são aquelas que já estão aptas para produzirem as suas efeitos integrais desde a entrada em vigor da constituição, independentemente de regulamentação por lei. São por isso dotadas de aplicabilidade IMEDIATA (porque estão aptas para produzirem efeitos imediatamente, com a simples entrada em vigor da Constituição), DIRETA (porque incidem diretamente, sem depender de nenhuma norma regulamentadora intermediaria para a produção de efeitos) e INTEGRAL (porque já possui desde logo seus integrais efeitos).
Normas de eficácia contida – (art. 5º, XIII, 133, CF) são aquelas que também estão aptas para produzirem efeitos direita e imediatamente, com a simples entrada em vigor da constituição, mas que podem ser restringidas posteriormente. São por isso, dotadas de aplicabilidade IMEDIATA (porque estão aptas a produzirem efeitos imediatamente, com a simples promulgação da constituição), DIRETA (porque incidem diretamente, sem depender de nenhuma norma regulamentadora intermediaria para a produção de efeitos), mas NÃO INTEGRAL (porque sujeitas a imposição de posteriores restrições). As restrições podem ser estabelecidas por LEI, por OUTRAS NORMAS CONSTITUCIONAIS e por CONCEITOS ÉTICOS JURÍDICOS.
Normas de eficácia limitada – (art. 7º, XI, XIX, CF) são aquelas que só produzem seus plenos efeitos depois exigidas regulamentação. São dotadas de aplicabilidade MEDIATA (tem a sua eficácia diferida para o futuro, pois só produzirão seus efeitos essenciais posteriormente depois da regulamentação por lei), INDIRETA (não incidem diretamente, pois o exercício do direito constitucional dependerá da expedição de norma regulamentadora intermediaria pelo legislador infraconstitucional) e REDUZIDA (com a promulgação da constituição, sua eficácia é bastante restrita). São ainda subdivididas pelo professor José Afonso da Silva em dois grupos distintos:
As definidoras de princípio institutivo ou organizativo;
As definidoras de princípio programático;
Classificação de Maria Helena Diniz
Maria Helena Diniz classifica as normas constitucionais levando em consideração a produção de efeitos concretos dessas normas e a sua intangibilidade. Para ela, as normas constitucionais classificam-se em normas com eficácia absoluta (supereficazes), normas com eficácia plena, normas com eficácia relativa restringível e normas com eficácia relativa dependente de complementação legislativa.
Normas de Eficácia Absoluta – são normas constitucionais intangíveis, que não poderão ser contrariadas nem mesmo por meio de emenda constitucional. É o caso das Clausulas Pétreas, previstas no art.60, § 4º da CF.
Normas de Eficácia Plena – são aquelas plenamente eficazes desde a entrada em vigor da constituição, por conterem todos os elementos imprescindíveis para que haja a produção imediata dos efeitos previstos. Diferem das normas de eficácia absoluta porque, ao contrário destas, poderão ser atingidas por emenda constitucional.
Normas de Eficácia Relativa Restringível – correspondem em sua descrição as que o professor José Afonso da Silva denomina nas de eficácia contida. Tem aplicabilidade imediata, mas sua eficácia pode ser reduzida, restringida nos casos e na forma que a lei estabelecer.
Normas de Eficácia Relativa Dependente de Complementação Legislativa – não tem aplicação imediata, por dependerem de norma posterior que lhes desenvolva a eficácia, para então permitir o exercício do direito benefício nelas consagrado. Corresponde a normas de eficácia limitada na terminologia adotada pelo professor José Afonso Silva.
Classificação de Luis Roberto Barroso:
Quanto á finalidade
Normas Constitucionais de Organização – são aquelas que têm por finalidade organizar o Estado, criando poderes, definindo suas competências e eliminando o seu exercício. 
Ex: art. 92 – estrutura do poder judiciário, art. 37 caput, CF/88.
Normas Constitucionais Definidoras de Direitos – são aquelas que têm por finalidade estabelecer os direitos fundamentais, individuais e sociais, assim como suas respectivas garantias.
Ex: remédios Constitucionais – HC/ HD/ MI/ MS.
Normas Constitucionais Programáticas – são aquelas que estabelecem programas, linhas de atuação para o Estado, visando à utilização de políticas sociais compensatórias. Ainda que, aparentemente, estabeleçam programas futuros. As normas Programáticassão autoaplicáveis, sendo assim, quaisquer medidas do poder público com o seu conteúdo serão inconstitucionais.
Ex: Inconstitucionalidade por omissão (deixar de fazer).
Ex: art. 215, 218, 3º, CF/88.
A Constituição e o Conflito de Normas no Tempo.
O Conflito entre a Constituição Nova e a Constituição Anterior
Em um ordenamento jurídico somente há espaço para a vigência de uma Constituição. Em consequência, ao entrar em vigor uma nova constituição, temos a revogação GLOBAL da constituição anterior.
– Fenômenos – 
Recepção Natural:
Inicialmente, devemos observar que esse fenômeno não excepciona a regra da REVOGAÇÃO GLOBAL DA CONSTITUIÇÃO ANTERIOR e consiste no seguinte: a constituição nova consagra em seu texto uma norma da constituição revogada. Esse pode decorrer da característica mais importante do PCO, que é o poder Ilimitado.
Ex: Habeas Corpus – art. 5º, LXVIII;
Objetivo: garantir a liberdade de locomoção;
Espécies:
Preventivo
Repressivo 
Legitimidade – qualquer pessoa.
 Mandado de Segurança – art. 5º, LXIX e LXX.
Objetivo: garantir direito líquido e certo não amparado por H.C ou H.D.
Espécies:
Individual – singular
Coletivo – pluralista 
Legitimidade 
Individual – singular – qualquer pessoa;
Coletivo – pluralista – art. 5º, LXX, alíneas A e B.
Esse fenômeno ocorre no plano constitucional e deve ser expresso, constar no texto da CARTA.
Desconstitucionalização das Normas Constitucionais:
A exemplo do fenômeno anterior, não temos a exceção ao fenômeno da REVOGAÇÃO GLOBAL DA CONSTITUIÇÃO ANTERIOR. Neste caso, a constituição nova determina que uma norma da constituição anterior permanecerá vigente no ordenamento jurídico a ser inaugurado, no entanto, passará a ostentar hierarquia de norma infraconstitucional, vigorando como lei.
O conflito entre a Constituição nova e o ordenamento infraconstitucional anterior:
Ao entrar em vigor uma nova constituição não temos a revogação GLOBAL do ordenamento infraconstitucional anterior. Em verdade, tais normas deverão ser submetidas a um processo de filtragem constitucional, ferindo sua compatibilidade material (conteúdo) com a constituição que entra em vigor.
Em consequência pelo principio da continuidade de ordem jurídica, todas as normas infraconstitucionais anteriores que manifestarem compatibilidade material com a constituição permanecerão em vigor, enunciando o fenômeno da RECEPÇÃO.
Em sentido oposto, aquelas que manifestarem incompatibilidade material serão objeto do fenômeno da NÃO RECEPÇÃO, tendo-se por revogadas.
Questão:
Enuncie duas diferenças entre os fenômenos da Recepção Material e da Recepção.
EXPRESSO ≠ TÁCITO
Plano Constitucional Infraconstitucional
(Foi dito expressamente pela (Depende da 
nova constituição) Interpretação).
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Origem e desenvolvimento dos direitos fundamentais:
Historicamente, a doutrina subdivide os direitos fundamentais em:
Direitos de Primeira Geração – relativos à liberdade. Buscam proteger o individuo do Estado.
Ex: art. 5º, CF. Direitos civis e políticos.
Direitos de Segunda Geração – relativos à igualdade. São chamados de liberdades positivas.
Ex: direitos econômicos, sociais e culturais.
Direitos de Terceira Geração – relativos à fraternidade. Referentes a proteções universais.
Ex: o direito ao desenvolvimento, à proteção ao patrimônio comum, direito à proteção ao meio-ambiente.
Direitos de Quarta Geração – são os direitos produzidos pelo resultado da globalização das garantias fundamentais, como direitos universais, visando a sua institucionalização.
Ex: englobam os direitos ao pluralismo democrático e à informação.
A EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS.
É o efeito protetor que as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais produzem para um individuo diante da relação entre particulares.
 ESTADO
	
 Eficácia vertical
 
 INDIVÍDUO	 INDIVÍDUO
	Eficácia Horizontal
OS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA CRFB.
Os Destinatários dos Direitos Fundamentais na CRFB/88.
Segundo a CF/88 no CAPUT de seu art. 5º diz que são destinatários:
Os brasileiros e estrangeiros residentes no país.
Segundo a interpretação do STF “residentes” são todos que estão em território brasileiro, independente de residirem no país, são titulares de direitos fundamentais.
Tem-se reconhecido como titulares de direitos fundamentais as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado.
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS.
Os direitos relacionados pelo art. 5º, CAPUT, CF, são considerados direitos da personalidade. Segundo o CC que elaborou um capitulo dedicado aos direitos de personalidade, disciplina em seu art.11 que “com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”.
DIREITOS INDIVIDUAIS.
DIREITO À VIDA (ART.5º, CAPUT, CF).
Apesar de ser considerado como um direito muito importante, o direito à vida não é absoluto.
São várias as justificativas existentes para considerá-lo um direito passível de flexibilização:
ABORTO – segundo o artigo128, CP existem duas possibilidades de pratica do aborto que são verdadeiras excludentes de ilicitude:
ART. 128, CP – não se pune o aborto praticado por médico.
ABORTO NECESSÁRIO:
		I. Se não há outro meio de salvar a vida da gestante.
	ABORTO NO CASO DE GRAVIDEZ RESULTANTE DE ESTRUPO:
II. Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, incapaz, de seu representante legal. 
São os abortos necessário e sentimental. Aborto necessário é aquele praticado para salvar a vida da gestante e o aborto sentimental é utilizado nos casos de estupro. Essa duas exceções a pratica do crime de aborto são hipóteses e que se permite sua pratica no direito brasileiro. Alem dessas duas hipóteses previstas na legislação brasileira, o STF também reconhece a possibilidade da pratica de aborto do feto anencéfalo (feto sem cérebro). Mais uma vez o direito à vida encontra-se flexibilizado.
PENA DE MORTE - a alínea a do inciso XLVII do artigo 5º do CF diz;
XLVII – não haverá penas;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
Todas as vezes que a constituição traz uma negação acompanhada de uma exceção, estamos diante de uma possibilidade, por esse motivo demos afirmar novamente que o direito à vida não é absoluto.
LEGÍTIMA DEFESA E ESTADO DE NECESSIDADE – esses dois institutos também excludentes de ilicitude do crime, são outras possibilidades de limitação do direito a vida, conforme disposto no art. 23 do CPB:
ART. 23 – não há crime quando o agente pratica o fato:
I. Em estado de necessidade;
II. Em legítima defesa;
Em linhas gerais e de forma exemplificativa, o estado de necessidade permite que, diante de uma situação de perigo uma pessoa possa, para salvar uma vida, tirar a vida de outra pessoa. Na legítima defesa, caso sua vida seja ameaçada por alguém, existe legitimidade de retirar a vida de quem o ameaçou. Com essas justificativas fica claro que o direito a vida não é absoluto.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE (CAPUT DO ART. 5º DA CRFB).
Direito pertencente à segunda geração dos direitos fundamentais, a igualdade visa reduzir as desigualdades sociais. Possui como sinônimo o termo ISONOMIA. A doutrina classifica esse direito em:
IGUALDADE FORMAL – a igualdade formal se traduz no termo de que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. É o previsto no caput do art. 5º. É uma igualdadejurídica, que não se preocupa com a realidade, mas apenas evita que alguém seja tratado de forma discriminatória.
IGUALDADE MATERIA – também chamada de igualdade efetiva ou substancial. É a igualdade que se preocupa com a realidade. Traduz-se na seguinte expressão: “tratar os iguais com igualdade e os desiguais com desigualdade, na medida das suas desigualdades”. Este tipo de igualdade confere um tratamento com justiça para aqueles que não a possuem.
A igualdade formal é uma regra utilizada pelo Estado para construir um tratamento isonômico entre as pessoas. Contudo, por diversas vezes, um tratamento igualitário não consegue atender a todas as necessidades práticas. Faz-se necessária a utilização da igualdade em seu aspecto material para que se consiga produzir um verdadeiro tratamento isonômico.
Imaginemos as relações entre homens e mulheres. A regra é que homem e mulher são tratados da mesma forma conforme previsto no inciso I do art. 5º da CRFB: homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta constituição; 
Contudo, em diversas situações, homens e mulheres serão tratados de forma diferente: 
LICENÇA MATERNIDADE – 120 dias. Para o homem apenas 5 dias de licença paternidade;
APOSENTADORIA – a mulher se aposenta 5 anos mais cedo que o homem;
SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO – só o homem está obrigado.
Estas são algumas das situações onde são permitidos tratamentos desiguais entre as pessoas. As razões que justificam essa discriminação são as diferenças efetivas que existem entre os homens e as mulheres em cada uma das hipóteses. Exemplificando a mulher tem mais tempo para se recuperar do parto em razão da nítida distinção do desgaste feminino para o masculino no que tange ao parto. E indiscutível que por mais desgastante que seja o nascimento de um filho para o pai, nada se compara ao sofrimento suportado pela mãe. Por esta razão, a licença maternidade é maior que a licença paternidade.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (ART.5º, II, CRFB).
O princípio da legalidade aplicado aos indivíduos deve ser compreendido como a autorização para que venham praticar todos os atos que a lei não vedou. Logo, somente quando uma conduta comissiva ou omissiva se encontrar expressamente vedada em lei se poderá sancionar o indivíduo. 
LEGALIDADE PENAL (ART. 5º, XXXIX, CRFB).
A legalidade penal impõe que somente através da lei formal, ou seja, da lei aprovada pelo Poder Legislativo (art. 22, I, CRFB) através do respectivo processo legislativo, pode o Estado criar fato típico e, consequentemente, determinar o sancionamento daquele indivíduo que vier a realizar tal conduta.
LEGALIDADE TRIBUTÁRIA (ART. 150, I, CRFB).
Reservadas às exceções, somente através de lei formal poderão a União, os Estados e os Municípios instituir ou majorar tributos.
LEGALIDADE ADMINISTRATIVA (ART. 37, CAPUT, CRFB).
Enquanto o princípio da legalidade aplicada aos indivíduos veda o sancionamento daquelas condutas que não se encontrem expressamente vedadas por lei, aquele dirigido a administração pública impõe que o administrador público esteja sempre adstrito à lei, ou seja, somente poderá praticar atos expressamente autorizados por lei.
PROIBIÇÃO DA TORTURA (ART. 5º, III, CRFB).
Ninguém será submetido a tortura ou a tratamento desumano ou degradante, sendo que a lei considerará crime inafiançável a prática da tortura (art. 5º, XLIII, CRFB). A lei n. 9455/97 integrou a referida norma constitucional definindo os crimes de tortura.
DIREITO À LIBERDADE;
O direito à liberdade pertence à primeira geração dos direitos individuais por expressarem os direitos mais ansiados pelos indivíduos como forma de defesa diante do Estado.
LIBERDADE DE PENSAMENTO;
Esta liberdade serve de amparo para uma série de possibilidade no que tange o pensamento. Assim como os demais direitos fundamentais, a manifestação do pensamento não possui caráter absoluto, sendo restringida pela própria CF que proíbe seu exercício de forma anônima.
ART. 5º, IV – é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato.
ART. 5º, V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou imagem.
A vedação ao anonimato, além de ser uma garantia ao exercício de manifestação de pensamento, possibilita o exercício do direito de resposta caso alguém seja ofendido. Questão interessante diz respeito a denuncia anônima. Diante da vedação constitucional ao anonimato, poder-se-ia imaginar que esta ferramenta de combate ao crime fosse considerada inconstitucional. Contudo, não tem sido este o entendimento do STF. A denúncia anônima pode até ser utilizada como ferramenta de comunicação do crime, mas não pode servir como amparo para a instauração do Inquérito Policial, muito menos como fundamento para condenação de quem quer que seja.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA E CULTO;
Art. 5º, VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de e a suas liturgias;
Este inciso marca a liberdade religiosa existente no Brasil. Por esse motivo, dizemos que o Brasil é um Estado laico, leigo ou não confessional. Isso significa, basicamente, que no Brasil existe uma separação entre Estado e Igreja. A separação encontra, inclusive, vedação no texto constitucional.
Art. 5º, VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
Aqui a constituição federal garantiu a assistência religiosa nas entidades de internação coletivas, sejam elas civis ou militares. Entidades de internação coletiva são quartéis, hospitais e hospícios. Em razão desta garantia constitucional é comum encontrarmos nestes estabelecimentos capelas para que o direito seja exercido. 
Art. 5º, VIII – ninguém será privado de direito por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Estamos diante do instituto da escusa de consciência. Este direito permite a qualquer pessoa que, em razão de sua crença ou consciência, deixe de cumprir uma obrigação imposta sem que com isso sofra alguma consequência em seus direitos. Tal permissivo constitucional encontra uma limitação prevista expressamente no texto em analise. No caso de uma obrigação imposta a todos, se o individuo recusar-se ao cumprimento, ser-lhe-á oferecida uma prestação alternativa. Não há cumprindo também, a constituição permite que direitos sejam restringidos.
LIBERDADE DE ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA, OU DE COMUNICAÇÃO E IDENIZAÇÃO EM CASO DE DANO.
Art. 5º, IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença;
Art. 5º, X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
É livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientifica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Veda-se, portanto, a censura de qualquer natureza, seja ela política, ideológica ou artística (art. 220, p 2º, CRFB), entretanto a própria constituição estabelece que a lei federal deva regular as dimensões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Publico informar sobre a sua natureza, faixa etária recomendada. Não obstante, se das manifestações acima relacionadas resultar violação à intimidade, à honra e à imagem de qualquer pessoa, será assegurado direito à indenização por dano moral ou material suportado.
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO.
Esta é uma das liberdades mais exigidas pelo individuo durante as lutas sociais, são o grande carro chefe na limitação dos poderes do Estado. O inciso XV já diz:
Art. 5º, XV – é livre a locomoção no território nacional em termo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecerou dele sair com seus bens.
O direito explanado nesse inciso, não possui caráter absoluto, haja vista que tem sido garantido em tempo de paz. Significa que em momentos sem paz poderá haver restrições a liberdade de locomoção.
DIREITO À PRIVACIDADE
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO (ART. 5º, XI, CF)
A casa é asillo inviolável do individuo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia por determinação judicial. Sendo assim, sem o consentimento do morador, somente se admite o ingresso.
DIREITO À SEGURANÇA JURÍDICA (ART. 5º, XXXVI,CF)
Como regra conferindo estabilidade as relações jurídicas, o legislador constituinte originário estabeleceu que a lei não prejudique o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. O art. 6º, LICC, se encarregou de definir tais institutos:
DIREITO ADQUIRIDO: direito que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem;
ATO JURÍDICO PERFEITO: ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou;
COISA JULGADA: decisão judicial sobre a qual não caiba mais recurso.
DIREITOS COLETIVOS
LIBERDADE DE REUNIÃO (ART.5º, XVI, CF)
XVI. 	todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais aberto ao público, independentemente de autorização, desde que não frustem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Não frustar outra reunião convocada anteriormente para o mesmo local – garantia de isonomia no exercicio do direito prevalecendo o de quem exerceu primeiro.
OBS: NÃO PRECISA DE AUTORIZAÇÃO, MAS NECESSITA DE PRÉVIO AVISO.
Outro ponto importante é a possibilidade de restrinção deste direito no Estado de sitio e no Estado de defesa. O problema está nas distinções entre as limitações que podem ser adotadas em cada uma das medidas:
	ART. 136, 1º - O Decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as areas a serem abrangidas e indicará, nos temos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
	I.	restrinções aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
ART.139 – na vigência do estado de sitio decretado com fundamento no art. 137, IV, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
IV.	 suspensão de liberdade de reunião;
Enquanto no estado de defesa ocorrerão restrições ao direito de reunião, no estado de sítio ocorrerá a suspensão desse direito.
ESTADO DE DEFESA RESTRIÇÕES
ESTADO DE SÍTIO SUSPENSÃO
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
 XVII. é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.
 XVIII. a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas, independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
 XIX. as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
 XX. ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
 XXI. as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicial.
Primeiro ponto que deve ser lembrado é que a liberdade de associação só poderá ser usufruída para fins lícitos, sendo proibida a criação de associação paramilitar. Maior destaque deve ser dado ao inciso XIX que condiciona qualquer limitação às atividades associativas a uma decisão judicial. As associações podem ter suas atividades suspensas ou dissolvidas. Em qualquer um dos casos deve haver decisão judicial. No caso da dissolução, por ser uma medida mais grave, não basta qualquer decisão judicial, tem que ser transmitida em julgado. Isso significa uma decisão definitiva, da qual não caiba mais recurso.
O inciso XX tutela a chamada liberdade associativa pela qual ninguém será obrigado a se associar ou mesmo permanecer associado a qualquer entidade associativa.
Por fim, temos o inciso XXI que permitem as associações que representem seus associados tanto na esfera judicial quanto na administrativa desde que possuam expressa autorização, ou seja, autorização por escrito, por meio de instrumento legal que comprove a autorização.
SUSPENSÃO
	 DECISÃO JUDICIAL
DISSOLUÇÃO TRANSITADA EM JULDADO
	
DIREITOS SOCIAIS
PRESTAÇÕES POSITIVAS
 Os direitos sociais encontram-se previsto no art. 6º até o art. 11 da CF. são normas que se concretizam por meio de prestações positivas por parte do Estado, haja vista objetivarem reduzir as desigualdades sociais.
Deve-se dá destaque no art. 6º, que diz;
 ART. 6º - são direito sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção a maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição.
Percebe-se que boa parte dos direitos aqui previstos, necessita-se de recursos financeiros para serem implementados, o que acaba por dificultar sua plena eficácia.
RESERVA DO POSSÍVEL
Seria possível exigir do estado a concessão de um direito social quando tal direito não fosse assegurado de forma condizente com sua previsão constitucional?
 IV. salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e as de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.
Obeserve que a constituição garatne que o salário mínimo deve atender as necessidades vitas basicas
 ALUNA: CLARISSA RUFINO AROCA.

Continue navegando