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Relatório Sniffy (PGE)

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Universidade Paulista
Curso de Psicologia
ANÁLISE EPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
Silvia Hellena Mérida Ramoneda RA: T403898
São Paulo
Maio de 2015
1) RESUMO
A análise do comportamento, proposta por B. F. Skinner foi a base teórica para essa discussão a respeito do experimento realizado, aqui presentes. A partir de observações de um rato albino simulado por um programa de computador, Sniffy, obteve-se dados a respeito do comportamento operante. Houve a proposta de introduzir ao repertório do roedor o comportamento de “pressionar a barra”, e, foram feitas observações sobre seu repertório comportamental quando exposto a modelagem para aquisição do comportamento em questão, quando em esquema de reforço contínuo, extinção e recondicionamento, do mesmo comportamento.
A particularidade do experimento, trouxe aos resultados obtidos, uma curiosa ilustração de quão complexa é a história comportamental de um organismo. E, quão importante é analisa-la minuciosamente, para que seja possível prever e controlar comportamentos de um sujeito.
Palavras-chave: Analise do comportamento, B. F. Skinner; Condicionamento operante; Esquema de reforçamento; Extinção; Modelagem Refoço; Repertório comportamental; Resistencia a extinçao
1	
3
2) INTRODUÇÃO
B F Skinner propôs uma maneira de conhecer o homem e a natureza humana de forma muito mais profunda do que se propunha até a época. Partindo do ponto que, por mais que o comportamento humano (ou o ser humano) fosse complexo, seria possível estuda-lo de forma cientifica. Podendo, desse modo, percorrer o caminho mais rápido e seguro para sua compreensão.
Essa proposta foi denominada Behaviorismo Radical, uma espécie de filosofia de sua abordagem psicológica, a Análise do Comportamento.
O Behaviorismo Radical sucedeu ao Behaviorismo metodológico, de Watson. E recebeu o termo “radical”, por negar radicalmente a casualidade mental (para Skinner, um pensamento, sentimento ou desejo não são a explicação para um comportamento, afinal, são também comportamentos, e, portanto, devem ter suas próprias explicações), e por buscar a gênese (raiz) do comportamento nas profundidades de sua interação com o ambiente.
Skinner propunha que, a partir do conhecimento da história de interação do indivíduo com seu ambiente, seria possível prever e controlar seus comportamentos.
Para que pudesse comprovar suas ideias de forma empírica, foram criados experimentos em laboratório para estudo do comportamento operante já que dessa maneira seria possível controlar as contingencias de reforço e observar os efeitos. 
Uma coisa, é criar em laboratório uma contingencia reforçadora e observa-la, e outra, é fazer o mesmo quando se trata de um contexto maior (vida cotidiana), na qual toda a história comportamental de um indivíduo deve ser analisada.
Supondo que a codificação seja feita de forma abrangente o suficiente para ser eficiente (isso levando em conta que um organismo está em constante interação com o ambiente), “controlar um comportamento”, tem uma dificuldade extra, as figuras controladoras. Afinal, as mesmas não estão presentes em toda interação do organismo com o ambiente. 
No experimento em questão, dispôs-se de uma caixa de Skinner, que forneceu ferramentas de controle das contingencias de reforço. E mesmo com o cenário mais propício e controlado que se pode dispor, houveram particularidades que colocaram em questão quão variável e complexa é a analise comportamental. E quão necessário é obter o máximo de informações a respeito da história de interação com o ambiente do sujeito. Isso, por que, quanto mais se sabe sobe a história comportamental, mais provável será a chance de prever seus comportamentos, e quiçá controla-los.
Ao início do projeto, o objetivo foi obter a linha base de base do sujeito, para depois fazer com que o animal se aproxima-se do comedouro, para ensinar ao rato um novo comportamento, fortalecer esse comportamento utilizando-se do esquema de reforçamento continuo, confirmar se o comportamento fortalecido é realmente mantido pela consequência (retirando o reforço, ou iniciando a extinção), e verificar como o sujeito se comportava quando era exposto novamente a modelagem de um comportamento que havia sido extinto.
Porém, ao longo do processo, um novo quesito apresentou-se relevante sobre sua história de aprendizagem. Trazendo à tona um objetivo mais específico a respeito de todo o processo na qual o sujeito foi submetido, a complexidade da analise comportamental, e manutenção de um comportamento. Os resultados e análises do dado experimento, constarão a seguir.
5
3) MÉTODO
O experimento foi realizado a partir da observação de um rato albino como sujeito, colocado em uma caixa de condicionamento operante (caixa de Skinner), adaptado para um software de computador.
Esse software foi criado para reproduzir os comportamentos de um rato albino, conforme estudos de observação. Sendo assim, pode-se dizer que o experimento, mesmo que tenha sido a partir de um software (simulação), foi legitimo. Isso por que esse programa foi projetado para tal função. 
O experimento foi realizado a partir da simulação de uma caixa de Skinner, com o rato criado pelo programa Sniffy. 
3.1 SUJEITO
Por questões éticas e práticas a análise de comportamento desse projeto se utilizou de ratos albinos Winstrar para obter informações com bases empíricas. Afinal, testar ser que o submetam a situações invasivas, de forma induzida, sendo elas controladas e supervisionadas violaria o código de ética profissional do psicologo.[1: 1 “Art. 2º - Ao psicólogo é vedado: a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão; c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência;”]
Para que pudesse fazer um experimento laboratorial comportamental, admitiu-se a utilização de animais como sujeito, isso por que os animais compartilham características comportamentais de extrema importância para a análise em questão: a sensibilidade de seus organismos às consequências.
3.2) AMBIENTE, MATERIAIS E INSTRUMENTOS
O ambiente no qual o experimento foi realizado, foi a caixa de Skinner. Também conhecida como caixa de condicionamento operante. Essa caixa dispõe de duas alavancas, um dispositivo que libera alimento, e uma lâmpada.
Para que o estimulo (comida) fosse reforçador para o roedor, antes de o experimento ser realizado o rato é privado de alimento, para que a lei de intensidade-magnitude fosse usada a favor do processo. No caso do experimento a partir do software, Sniffy rato virtual é insaciável, portanto, é como se estivesse em constante estado de privação.
Para que fosse possível o registro dos experimentos realizados, foram necessários cronômetro, e local para registro prático (no caso, feitos em documentos de Word, Excel e bloco de notas).
3.3) PROCEDIMENTO
O experimento foi realizado em etapas, foram elas: a modelagem e o reforço continuo da pressão à barra (CRF).
Primeiramente, foi realizada uma observação do sujeito em nível operante, anotando-se o comportamento antes da intervenção para que se comparar com a seu comportamento pós intervenção. 
O treino é iniciado no comedouro. De tempos em tempos é pareado o som com a liberação de comida, até o sujeito aprender que a comida é liberada sempre na presença do som.
Uma vez que a assimilação seja feita, inicia-se o processo de modelagem, que constitui no reforço dos comportamentos graduais até que o roedor cumpra o objetivo final que é a pressão da barra. Ou seja, primeiramente, o rato é reforçado (recebe comida) toda vez que se aproxima da barra, assim que esse comportamento for apreendido, os reforços ocorrerão quando ele se levantar, depois tocar a barra, e por fim, pressiona-la. Esse é o procedimento padrão, porém em nosso experimento procedemos de maneira diversa.[2:É importante para que o entendimento dos resultados que serão apresentados adiante seja possível, saber que, no experimento prático, a ação de "levantar", foi reforçada gradativamente. Primeiro, em qualquer parte em que o rato ficasse de pé, haveria reforço, depois, só quando fosse na parede da barra. ]
Em seguida, a caixa foi colocada em modo automático, fazendo com que o reforço fosse automático, contanto que a barra fosse pressionada. O que proporcionou então o reforço contínuo (CRF) ao roedor. Em meio a essa nova aquisição, houve uma observação e registros de seus comportamentos.
Com o CRF firmado, iniciou-se a extinção do comportamento de apertar a barra, ou seja, seu comportamento de apertar a barra parou de ser reforçado. Com a parada do reforço, foi feita uma observação do comportamento do sujeito perante a nova situação na qual estava sendo imposta para ele.
Assim que seu comportamento foi extinto, foi feita uma nova modelagem para que Sniffy voltasse a pressionar a barra (e obtendo reforço com esse comportamento).
 A respeito do esquema de reforço de razão e intervalo, destaco que foram feitos e analisados sem prévia supervisão. Portanto, estão aqui sendo constados, mesmo que não previamente requisitados.
 É importante para que o entendimento dos resultados que serão apresentados adiante seja possível, saber que, no experimento prático, a ação de "levantar", foi reforçada gradativamente. Primeiro, em qualquer parte em que o rato ficasse de pé, haveria reforço, depois, só quando fosse na parede da barra. 
4) RESULTADOS
Os resultados puderam ser obtidos a partir de observações registradas. Serão aqui apresentadas 5 figuras. Cada uma possui sua função para representar como ocorre o condicionamento operante, com ênfase nos aspectos de aquisição de um novo comportamento a partir de esquema de reforço contínuo - por meio da modelagem-. E como o sujeito se comporta com a retirada de um reforço – extinção – quando submetido a esse esquema.
A respeito da extinção será apresentada uma breve discussão a respeito do que ocorre com o comportamento do sujeito, quando ele é exposto a um CRF, e quando é exposto a um esquema de reforço intermitente. 
Antes de qualquer intervenção, é de extrema importância que seja feito os registros dos comportamentos do sujeito estudado a nível operante. E é por conta disso que os resultados, seguem a ordem apresentada a seguir. 
4.1 NÍVEL OPERANTE
Caracteriza-se como comportamento operante, respostas emitidas pelo organismo que produzem alterações no ambiente. E “nível operante de um sujeito”, é o repertório de comportamentos operantes do mesmo, antes que haja uma intervenção.
A observação do nível operante servirá como base de comparação pós intervenções.
Figura 1- dados coletados dos comportamentos em nível operante.
Descrição da figura 1:
A observação do sujeito Sniffy, a nível operante, mostrou que seus comportamentos mais frequentes foram o de farejar, depois limpar-se, levantar e por último, tocar e pressionar a barra.
4.2 INTERVENÇÃO
Inicialmente, após a observação do comportamento a nível operante do sujeito, foi feita uma modelagem, com o objetivo de introduzir um novo comportamento no repertório do indivíduo: pressionar a barra.[3: O experimento realizado, foi elaborado para que o comportamento de “pressionar a barra” tivesse uma ocorrência superior aos demais comportamentos. Dizer que tal comportamento foi “adquirido” contradiz ao fato de que o sujeito realizava esse comportamento na pré-intervenção. Porém, quando se pretende introduzir um novo comportamento, utilizando-se da modelagem por aproximação sucessiva, quanto mais perto do “novo” comportamento, a maneira na qual o sujeito se comporta varia de tal maneira que acaba adquirindo comportamentos que não existiam em seu repertório de pré-modelagem. E, por conta do experimento ter sido montado em cima do comportamento de “pressionar a barra”, a demonstração de que, um comportamento que não pertencia ao repertório de um sujeito pode ser aprendido a partir da modelagem, não ficou “clara”, uma vez que, o comportamento de pressionar a barra já existia em modo operante]
Essa modelagem foi feita por aproximação sucessiva. Começando com o reforço do comportamento de aproximação da barra. Dentre as ações do sujeito próximo a barra, estava ficar em pé, tocar a barra, e pressiona-la. Sucessivamente a modelagem foi feita de maneira que se chegasse ao objetivo: manter em reforçamento contínuo o comportamento de pressionar a barra. 
Quando a frequência de pressionar a barra, e receber o reforço (comida), tornou-se relativamente estável, pôde-se concluir que a aquisição desse novo comportamento, havia sido estabelecida. 
 Após o fim da modelagem, o processo de pressionar a barra foi incluído ao repertório do sujeito. E foi então imposta uma relação continua de reforço, conforme o comportamento fosse exercido, ou seja, o sujeito ficou no esquema de reforço contínuo (CRF). 
Foi mantido o ato de reforçar continuamente por um tempo, e durante esse período fez-se novamente a observação dos comportamentos mais frequentes do sujeito. 
Após o registro desse período, iniciou-se a extinção, ou seja, o comportamento do sujeito de apertar a barra parou de ser reforçado (não recebia mais comida quando pressionava a barra). Ao fim da extinção, seus comportamentos foram novamente registrados, podendo então se dizer que a extinção havia sido bem sucedida. Isso por que seus comportamentos voltaram relativamente próximos ao que se tinha obtido a nível operante.
Dados em porcentagens:
Figura 2 – Os comportamentos foram registrados a Nível Operante (representado na cor laranja no gráfico), Em esquema de reforço contínuo, ou CRF (representado em azul no gráfico), e após a extinção (representado em roxo).
Descrição da figura 2:
Esse gráfico ilustra como seus comportamentos (não apenas o de “pressionar a barra”) ocorreram em três situações diferentes.
Atentando-se a eles separadamente, podemos observar algumas coisas. No nível operante, é possível perceber que o comportamento de “farejar” acaba sendo o que mais ocorre (cerca de 49%), mesmo sendo uma taxa alta, seus comportamentos de se limpar, também são considerados relativamente altos (cerca de 30%).
Já em CRF, seu comportamento de “pressionar a barra” (que foi o comportamento reforçado em questão) chega a aproximadamente 59%, tendo o mais próximo disso seu comportamento de farejar (cerca de 16%). Sendo que, curiosamente, esse comportamento de farejar, já se mostrava alto em nível operante, e comparando sua recorrência com a anterior.
Por fim, o sujeito, após ser submetido ao processo de extinção retorna com comportamentos relativamente semelhantes ao que aparecia no nível operante, e é por esse motivo, que esse período pôde ser considerado pós extinção. A questão de representar todos os comportamentos do sujeito, ajuda a facilitar a percepção que nesse período em especifico, não se assemelha ao nível operante apenas o comportamento em questão (pressionar a barra) mas praticamente seu repertorio.[4: Um adendo a respeito da extinção em particular desse experimento empírico, será discutido mais adiante.]
Figura 3- Dados do registro da frequência acumulada do comportamento de pressionar a barra. Em nível operante (representado em vermelho), em reforço contínuo, ou CRF (representado em verde) e após extinção (em roxo). 
Descrição do gráfico da figura 3
Esse gráfico mostra, em nível operante, CRF e pós extinção um comportamento aprendido especifico (pressionar a barra). Antes de ser reforçado, enquanto um comportamento se encontra em esquema de reforço continuo, e o que ocorre com esse comportamento quando ele passa pelo processo de extinção. 
O gráfico mostra que em reforço contínuo (CRF) há um aumento linear e crescente, indicando que a medida que o tempo do experimento decorre o roedor aumenta continuamente a frequência mantendo-se por períodos maiores pressionando a barra.
4.2.1 A EXTINÇÃO OPERANTE
Esse processose compreende pela suspensão de reforço. Quando isso ocorre, a probabilidade é que o comportamento que era reforçado diminua, retornando a nível operante.
Foi mencionado logo no início, que no processo de modelagem, houve uma especificidade. No meio desse processo (aproximação da barra, ficar de pé, tocar na barra, apertar a barra) o sujeito foi exposto a uma aproximação sucessiva “fora de contexto”, ou, uma modelagem dentro da modelagem inicialmente programada. Ao invés de reforçar os comportamentos de “ficar de pé” somente quando o sujeito estivesse próximo a barra, foram reforçados todos os comportamentos de “ficar em pé”, indo por aproximação sucessiva. Ou seja, ficar em pé, depois ficar em pé na parede do fundo, e por fim, ficar em pé próximo à barra. 
Além disso, o sujeito foi exposto a reforços em comportamentos anteriores da modelagem que deveriam já ter sido extintos (uma espécie de esquema intermitente).
Esses fatos acabaram causando no sujeito, quando exposto a extinção, uma resistência relativamente maior do que se esperava e propunha em um CRF, representado no gráfico da figura 4 e 5.
Isso por que, dentre os “ficar em pé” havia probabilidade maior que esses comportamentos ocorressem ao mesmo tempo em que pressionava a barra. Causando uma resistência maior do que se espera de um CRF. 
O que é interessante ressaltar é que durante o processo de extinção, o comportamento de “ficar em pé” foi o que mais ocorreu. De diferentes formas, ou seja, houve uma variabilidade da topografia da resposta reforçada (estando entre elas a própria pressão a barra). 
Figura 4 – o processo de extinção de um esquema que esteve em CRF
Figura 5 – Processo de extinção no experimento realizado.
4.2.2 RESISTENCIA A EXTINÇÃO
O tempo ou número de vezes na qual um organismo continua emitindo uma resposta após a suspenção de seu reforço, é denominada “resistência a extinção”. E, os fatores que a influenciam estão diretamente ligados a história de aprendizagem na qual o sujeito foi submetido. 
Há, basicamente, três fatores relevantes nessa história de aprendizagem que se deve levar em consideração: O número de reforços anteriores, o custo da resposta (o quão difícil é realizar o comportamento em questão) e por fim, o esquema de reforçamento cujo sujeito tenha sido submetido. 
Descrição da figura 4 e 5
O que se nota no gráfico das figuras 4 e 5, é que a emissão do comportamento de “pressionar a barra” se porta de maneira diferente de um para outro. Isso por conta de suas histórias de aprendizagem. 
Dentre os três pontos relevantes dessa história de aprendizagem (o número de reforços anteriores, o custo da resposta e o esquema de reforçamento), o que difere o gráfico da figura 4, da figura 5, é o esquema de reforçamento.
Isso quer dizer que, no gráfico da figura 4, o sujeito foi exposto a um esquema de reforço continuo (CRF), e o da figura 5, teve seu processo de modelagem particular, e, por conta da “modelagem dentro da modelagem” e da intermitência randômica dos comportamentos de “ficar de pé”, a resistência a extinção de ambas as situações, foram diferentes. 
4.3 ESQUEMA DE REFORÇAMENTO INTERMITENTE
Já foi dito que o CRF (esquema de reforçamento contínuo) representa esquemas nos quais os comportamentos desejados são reforçados toda vez na qual eles são emitidos. 
Então, os intermitentes, representam situações em que nem toda a vez em que o comportamento desejado é emitido, é reforçado. 
Dentre os meios de reforçar intermitentemente estão os esquemas de razão (referente a quantidade de comportamentos emitidos), e os de intervalo (o tempo em que leva para tais comportamentos serem emitidos). Sendo eles, fixos ou variáveis.
Como anteriormente foi dito, esse esquema de reforçamento, é uma das questões relevantes a respeito da história de aprendizagem a ser levado em conta quando se analisa a resistência à extinção de um organismo. 
 5 DISCUSSÃO
O projeto teve a expectativa de comprovar através de dados obtidos em experimento, informações teóricas a respeito da análise do comportamento. 
A partir dos dados obtidos, alguns fatos a respeito da história de aprendizagem do sujeito trouxeram à tona algumas discussões a respeito da aquisição de comportamento e resistência a extinção. 
O que o experimento propunha:
O experimento propunha ensinar ao sujeito Sniffy apertar a barra. Para que o objetivo fosse atingido, existia passos determinados, para efetuar um processo de modelagem. A introdução desses passos, exigiriam a aprendizagem do comportamento pretendido, de forma gradual. Seriam eles:
1-Aproximar-se da barra
2-Ficar de pé próximo da barra
3-Encostar na barra
4-Pressionar a barra
 Sabia-se que o roedor tinha a seu nível operante (havia sido feita uma observação antes da intervenção) os seguintes comportamentos:
-Pressionar a barra
-Tocar a barra
-Farejar
-Levantar
-Se limpar
Considerando que o primeiro passo da modelagem seria se aproximar da barra, assume-se que, qualquer comportamento realizado próximo a barra, seria reforçado.
(A história comportamental já começa aqui. O sujeito tem 4 comportamentos para realizar próximo a barra. Se, durante esse processo, ele realizar algum comportamento mais vezes que outros, por mais que não seja o comportamento em si que está sendo reforçado, e sim localização na caixa (próximo da barra), dependendo do tempo que se aplica nesse estágio, o rato pode associar um comportamento especifico com o reforço, por produzi-lo mais do que os demais, e não sua aproximação da barra)
A partir do momento que o sujeito se mantém próximo a barra por um tempo considerável, assume-se que ele associou que a aproximação é o comportamento reforçado, e é ai, que apenas o comportamento de ficar de pé (próximo a barra) é reforçado.
(Durante esse processo, a seleção do comportamento de “ficar de pé” passa por uma variação considerável dos outros comportamentos que não são mais reforçados, inclusive, se anteriormente, havia sido assimilado que determinado comportamento próximo a barra que causava reforço, esse mesmo comportamento custa mais para cessar do que os demais, até que ele assimile que o comportamento de se levantando próximo a barra é o eliciador do reforço) 
Nesse momento, o comportamento que mais ocorre, é ficar em pé próximo a barra. E, dentre os comportamentos de estar de pé próximo a barra, estão o de tocar a barra e pressiona-la. E é nesse momento que se seleciona o comportamento de “tocar a barra” (reforça apenas quando o sujeito toca a barra), depois, seleciona-se o comportamento de pressiona-la.
O que ocorreu:
Essa seria a proposta da modelagem, porém ocorreram dois fatores que alteraram significativamente a resistência a extinção. 1
- O comportamento de “ficar em pé” teve uma modelagem própria, isso é:
1- ficar em pé em qualquer parte da caixa
2- ficar em pé no fundo da caixa
3-ficar em pé próximo a barra
Temos então a seguinte situação:
1-Aproximar-se da barra
2-Ficar de pé: em qualquer lugar da caixa
2.1-Ficar em pé: no fundo da caixa
2.2-ficar em pé: próximo a barra
3-Encostar na barra
4-Pressionar a barra2
-Nessa modelagem de “ficar em pé”, o reforço não foi constante. E sim intermitente randômico:
O sujeito ficava em pé em qualquer parte da caixa, isso incluía no fundo e também próximo a barra, e, quando o comportamento de ficar em pé no fundo da caixa, estava em seleção, ao invés de somente esse comportamento ser reforçado, alguns comportamentos anteriores da modelagem, também foram reforçados.
 O motivo para o reforço ter sido intermitente, foi por conta de respostas emocionais que a extinção do comportamento anterior da modelagem causou no agente controlador.
A respeito disso, duas observações
Na aquisição de comportamento, durante o processo de modelagem, além do sujeito que estar sendo ensinado, existe também “quem ensina” (agente controlador) as eliciacoes emocionais do sujeito que está sendo ensinado, acabam sendo estimulo eliciador de respostas emocionais do agente controlador. (Nocaso do experimento em laboratório, a interferência desse quesito tende a ser menor do que na prática do dia a dia)
Para manter um comportamento em reforço continuo, exige do agente controlador uma constância, que na vida prática, é quase que impraticável. (No caso do experimento esse quesito é basicamente extinto, uma vez que a caixa de Skinner produz respostas automáticas a comportamentos desejados)
Por fim, considerando essas variáveis ao longo do experimento, podemos resumir tudo dizendo que, a resistência do sujeito foi maior do que se espera de um CRF.
Agora, a resistência a extinção, não poderia ser prevista, se a análise da história de sua aprendizagem, não considerasse essas variáveis. O que resume a importância de uma observação minuciosa da história de um indivíduo quando se pretende prever e modificar um comportamento por meio dessa vertente da psicologia, a análise comportamental.
-
6) GLOSÁRIO
Fonte: (VOCABULÁRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Autoria: Ronaldo Rodrigues Teixeira Júnior / Co-autoria: Maria Aparecida Oliveira de Souza e Marcela França Dias) 
A
Ambiente: todo conjunto de eventos que afetam e são afetados pelo comportamento dos organismos. 
Aprendizagem: processo pelo qual um comportamento é adicionado ao repertório do organismo
B
Behaviorismo Radical: área que serve de base para o estudo filosófico, conceitual e histórico da Análise do Comportamento
C
Comportamento: interação entre um organismo e seu mundo histórico e imediato.
Condicionamento: é uma alteração no responder, sob influência do ambiente.
Condicionamento clássico, pavloviano ou respondente: processo pelo qual um estímulo neutro adquire funções similares as de um estímulo incondicionado através de emparelhamentos prévios
Condicionamento operante: processo pelo qual uma resposta tem sua freqüência alterada, devido às conseqüências passadas dessa ação.
Conseqüência: evento que ocorre após uma resposta e que possui alguma relação de controle sobre a mesma.
E
Estímulo: qualquer evento físico ou combinação de eventos relacionados com a ocorrência de uma resposta.
H
História comportamental: condições a que um organismo tem sido exposto e que afetam seu comportamento presente.
M
Modelagem: modificação gradual de alguma propriedade do responder através do reforço diferencial por aproximações sucessivas.
O
Organismo: fonte de emissão de comportamentos.
P
Privação: redução na disponibilidade de um reforçador - aumenta a probabilidade de ocorrência de comportamentos que produzam esse estímulo.
R
Reforçamento: processo comportamental utilizado para aumentar a freqüência de um comportamento
Reforçamento contínuo (ou CRF): processo de reforçamento de todas as respostas dentro dos limites de uma classe operante.
Reforçamento intermitente: processo de reforçamento de algumas, mas não de todas as respostas dentro dos limites de uma classe operante.
Repertório: comportamento que um organismo pode emitir, no sentido de que o comportamento existe em um nível acima de zero, foi modelado ou, se extinto, pode ser rapidamente reinstalado.
Resistência: aumento de um limiar, pela apresentação de pequenas intensidades sucessivas de um estímulo. Resposta: unidade de comportamento que afeta e é afetado por estímulos.
5
Plan1
	EXPERIMENTO	Pressionar a Barra	Tocar a Barra	Farejar	Levantar	Limpar-se	Total de Ocorrências
	Nível Operante	2%	2%	49%	18%	30%	188
	CRF	59%	3%	16%	9%	13%	225
	Pós Extinção	4%	2%	40%	20%	35%	197

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