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3- Crimes Contra a Saúde

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CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
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1) Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273)
2) Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica (art. 282)
3) Charlatanismo (art. 283)
4) Curandeirismo (art. 284)
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1) FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: 
 Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. 
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
1.1) BEM JURÍDICO
Incolumidade pública, de forma específica, a saúde pública.
1.2) SUJEITOS
Ativo: qualquer pessoa
Passivo: a coletividade, juntamente com as pessoas que, de qualquer forma, adquiriram o produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais falsificado, corrompido, adulterado ou alterado.
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
1.3) TIPO SUBJETIVO
 Dolo
Na modalidade ter em depósito, o elemento subjetivo do injusto se faz presente – para vender.
1.4) CONSUMAÇÃO
Com a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração do produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. 
1.5) TENTATIVA
Admissível
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
1.6) FORMAS EQUIPARADAS
 § 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado.
 § 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições:
 I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; 
 II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior;
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
 III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização;
 IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade;
 V - de procedência ignorada;
VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente.
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
1.7) MODALIDADE CULPOSA
§ 2º - Se o crime é culposo: 
 Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
1.8) FORMAS QUALIFICADAS
 Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
1.9) PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
O legislador se equivocou ao equiparar os cosméticos e saneantes aos produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais. 
Medida absurda, desproporcional e arbitrária
Loções cremosas, detergentes, etc.
Quanto a esses, o legislador penal nem exige constatação da produção de um perigo concreto para a saúde das pessoas.
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
APELAÇÃO-CRIME. FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS. ART. 273, § 1º-B, INC. V, DO CP. NAS MESMAS PENAS INCORRE QUEM VENDE E EXPÕE À VENDA MEDICAMENTO DE PROCEDÊNCIA IGNORADA. PRINCÍPIO ATIVO (MISOPROSTOL), UTILIZADO PARA A PRÁTICA DE ABORTOS ILEGAIS. LICITUDE DAS PROVAS COLHIDAS. ESCUTAS TELEFÔNICAS. REVISÃO DA CONDENAÇÃO. PENA COMINADA AO TIPO PENAL. DESPROPORCIONALIDADE MANIFESTA.
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FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU
 ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO
 A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
Resta configurada a prática do crime pelo réu que vendia, expunha à venda, tinha em depósito para vender e entregava para consumo o medicamento Cytotec 200mg, cujo princípio ativo é o misoprostol, de procedência ignorada. Crime formal, que se satisfaz com a simples ação do agente e a vontade de concretizá-lo, configuradoras do dano potencial. IV - Proclamada a absolvição do outro co-réu, por insuficiência de provas de que soubesse entregava o medicamento de procedência ignorada para consumo. Talvez agisse de forma negligente e descuidada, ao não fiscalizar ou não tomar as devidas cautelas na sua atividade de motoboy. Em face disto o dolo genérico resta afastado, pois ou sabia que estava entregando o medicamento Cytotec, ou não pode ser considerado partícipe do delito. Ainda, pode ter sido induzido em erro por terceiro, igualmente afastando o dolo (art. 20, § 2º, do CP). 
(TJ-RS - ACR: 70056784333 RS , Relator: Rogerio Gesta Leal, Data de Julgamento: 12/12/2013, Quarta Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 17/02/2014)
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2) EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA, ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
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EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA,
 ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
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EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA,
 ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
2.1) BEM JURÍDICO
Incolumidade pública, em especial a saúde pública.
2.2) SUJEITOS
Ativo: na primeira parte do artigo, qualquer pessoa (crime comum). Na segunda, apenas o médico, dentista ou farmacêutico que excede os limites de sua profissão (delito especial próprio)
Passivo: a coletividade, juntamente com a pessoa atendida por aquele que exerce ilegalmente a medicina, arte dentária ou farmacêutica.
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EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA,
 ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
2.3) TIPO SUBJETIVO
Dolo
2.4) CONSUMAÇÃO
Com o exercício habitual dos atos da profissão.
2.5) TENTATIVA
Inadmissível, em razão da habitualidade necessária
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EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA,
 ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
2.6) FORMAS QUALIFICADAS
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
  Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
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EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA,
 ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
2.7) Exemplos:
Não comete o crime quem exerce a função de parteira, distinta da atividade médico-obstetra, mesmo que não possua documentação legal.
O excesso no exercício da profissão estará caracterizado, por exemplo, quando o profissional pratica ato para o qual não possui formação nem autorização específica. 
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EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA,
 ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
Estado de necessidade
Há lugares isolados, onde não existem médicos, dentistas ou farmacêuticos. Se alguém, nessas localidades, que possui conhecimentos básicos dessas profissões, com a finalidade de auxiliar aquela comunidade carente de recursos, vier a exercê-las com regularidade, não se poderá imputar-lhe o crime do art. 282
do CP, tendo em vista tratar-se de estado de necessidade.
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EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA,
 ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
ILEGAL DA ARTE DENTÁRIA (ART. 282, PARÁGRAFO ÚNICO DO CP)- PRELIMINAR DE NULIDADE DE SENTENÇA PELA AUSÊNCIA DE PERÍCIA NOS EQUIPAMENTOS ODONTOLÓGIOS APREENDIDOS - CRIME DE PERIGO ABSTRATO - DESCABIMENTO - NULIDADE DA PROVA POR MÁCULA NA COLHEITA - ARBITRARIEDADE NO PROCEDIMENTO DOS FISCAIS DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLÓGIA - INOCORRÊNCIA - MÉRITO - HABITUALIDADE E FINALIDADE LUCRATIVA DEMONSTRADA - PROVAS SEGURAS E IRREFUTÁVEIS DA AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVA -1. Desnecessária a realização de perícia nos equipamentos apreendidos no consultório odontológico do apelante para aferir sua prestabilidade, haja vista ser o delito de exercício ilegal da arte dentária crime de perigo abstrato, sendo suficiente para integração do tipo apenas a potencialidade de lesão ou prejuízo de dano. 2. Presentes e comprovados os pressupostos de habitualidade e intuito lucrativo que configuram o delito de exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica, mantém-se a condenação nas sanções do artigo 282, parágrafo único do Código Penal. 
(TJ-PR - ACR: 1357544 PR Apelação Crime - 0135754-4, Relator: Rubens Oliveira Fontoura, Data de Julgamento: 17/04/2001, Terceira Câmara Criminal (extinto TA), Data de Publicação: 04/05/2001 DJ: 5871)
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3) CHARLATANISMO
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CHARLATANISMO
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
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CHARLATANISMO
3.1) INTRODUÇÃO
A exploração da boa-fé dos incautos é um tema preocupante quando coloca em jogo a saúde das pessoas, especialmente diante do desespero daqueles que, em busca da cura para os seus próprios males ou para os de pessoas próximas, buscam qualquer alternativa possível. 
O charlatanismo expõe que o autor sabe que o tratamento que apregoa não produzirá nenhum efeito curativo, ao contrário do que sustenta.
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CHARLATANISMO
A lei não exige que alguém acredite no que foi dito ou propagandeado, e muito menos que alguém seja prejudicado por isso. Basta que a pessoa diga ou propagandeie. O que se exige é que o criminoso saiba que ele não será capaz de curar a pessoa, que seu método não seja eficaz, ou que, ainda que seja eficaz, não gere cura garantida.
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CHARLATANISMO
Inculcar significa indicar, apregoar, recomendar meio secreto ou infalível para cura de determinada doença.
Anunciar é fazer propaganda, alardear esse meio, seja por intermédio de jornais, revistas, rádio, televisão, folhetos, cartazes, etc. 
A cura a que se refere a lei penal diz respeito a determinadas doenças para as quais não exista tratamento próprio, ou mesmo existindo, o agente propõe tratamento alternativo, por meio secreto ou infalível. 
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CHARLATANISMO
3.2) BEM JURÍDICO
Incolumidade pública, em especial a saúde pública
3.3) SUJEITOS
Ativo: qualquer pessoa
O crime pode ser cometido por profissionais da área da saúde, a exemplo dos médicos, como também por pessoas que lhe são estranhas, como camelôs que vendem, nas ruas e praças públicas, fórmulas já preparadas com ervas, plantas e outras misturas e apregoam a cura de doenças como câncer e AIDS. 
Passivo: a coletividade, bem como as pessoas eventualmente iludidas.
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CHARLATANISMO
3.4) CONSUMAÇÃO
Com a inculca ou o anúncio
3.5) TENTATIVA
É admissível
3.6) FORMA QUALIFICADA
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
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4) CURANDEIRISMO
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CURANDEIRISMO
4.1) INTRODUÇÃO
Ao contrário do charlatão, o curandeiro acredita que, com suas fórmulas sobrenaturais, mágicas, conseguirá a cura daquele que foi à sua procura.
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CURANDEIRISMO
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
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CURANDEIRISMO
Esse crime é muito mais complexo do que parece porque ele esbarra na liberdade religiosa. Usar gestos e palavras é algo que quase todas as religiões fazem. A benção do padre, por exemplo, é uma forma de cura espiritual para os fiéis. O uso das mãos é importante para os espíritas, o sinal da cruz é parte dos rituais de cura espiritual para os católicos, e assim por diante.  
Isso quer dizer que esses religiosos estão exercendo o curandeirismo?
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CURANDEIRISMO
4.2) BEM JURÍDICO
Incolumidade pública, em especial a saúde pública
4.3) SUJEITOS
Ativo: qualquer pessoa
Passivo: a coletividade, bem como a pessoa tratada pelo agente.
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CURANDEIRISMO
4.4) CONSUMAÇÃO
Com o reiterado exercício do curandeirismo
4.5) TENTATIVA
É inadmissível
4.6) FORMA QUALIFICADA
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa.
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CURANDEIRISMO
LESÕES CORPORAIS E CURANDEIRISMO - ARTIGOS 129, 284, § 1º, C/C. O ARTIGO 69, CAPUT, TODOS DO CÓDIGO PENAL - AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS - USO DE SERINGA E AGULHA PARA TRATAR BÓCIO - INFECÇÃO - RECEITA DE ANTIBIÓTICO - COMPROVAÇÃO - INTERNAMENTO HOSPITALAR E CIRURGIAS MÉDICAS - NECESSIDADE - DEMONSTRAÇÃO - CONDENAÇÃO E APENAMENTO MANTIDOS. Demonstrado, extreme de dúvida, que o acusado na prática de curandeirismo, submeteu a vítima a uma "intevenção" para tratamento de tireóide, com seringa e agulha, provocando-lhe as lesões corporais descritas no laudo técnico, correta a sentença condenatória que ofertou à controvérsia adequado deslinde, decidindo-a de conformidade com as provas carreadas para os autos e a ela aplicando o melhor direito que lhe é pertinente.  
(TJ-PR - ACR: 1478444 PR Apelação Crime - 0147844-4, Relator: Idevan Lopes, Data de Julgamento: 11/05/2000, Segunda Câmara Criminal (extinto TA), Data de Publicação: 19/05/2000 DJ: 5637)
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CURANDEIRISMO
Pode-se constatar ser uma conduta plenamente ajustada às regras do convívio social, porque, ainda que prevalecendo os mecanismos de repressão, continuarão as pessoas dirigindo-se aos curandeiros para encontrar talvez a humanização e a solução por vezes inexistente nos tratamentos acadêmicos e científicos.
Sendo, portanto, conduta socialmente adequada e culturalmente incorporada, no que ela possui de verdadeiro, de autêntico, de real, não há razão de ser o tipificar e qualificar enquanto crime, quaisquer atos na intenção de curar. Caso, agindo de boa-fé, acarrete em conseqüências danosas, pode-se cogitar de uma responsabilização no âmbito civil e não no âmbito criminal, visto que a conduta se encontra dentro das margens de tolerância e adequação social, ou seja, dentro das margens das condutas humanas suportadas pela sociedade.

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