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Escrita e Interação: Gêneros Textuais – o que são? Para que servem? Ingedore V. Koch & Vanda M. Elias Comunicação em prosa Moderna I Alcione Alves UFAM – 2015/01 . Horóscopo Previsão de vida de uma pessoa baseada na posição dos astros Indução a umcomporta-mento; Leitorinteres- sado no tema predizer alguma coisa ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, que ainda está por ocorrer Linguagem informal Bilhete carta informal e breve passar uma mensagem destinatário específico Variado Linguagem informal Diário relato de experiências pessoais. registro de situações docotidi-anofatos pessoais o autor Questõesíntimas: sentimentos, impressões, segredos Linguagem informal Notícia resumo informativo de um fato ou assunto. registro dos fatos. leitores genéricos e específicos (seções) Informar fatos relevantes acerca de política, economia,sociedade e cultura Linguagem Culta (Formal) Gêneros Produções Orais ou Escritas; Formas-padrão relativamente estáveis de estruturação de um todo – recursos: lexicais, fraseológicos e gramaticais. São modelados e remodelados em processos interacionais dos quais participam os sujeitos; São heterogêneos - do diálogo cotidiano à tese científica – esferas cotidianas e esferas públicas e complexas. – Primários e Secundários Gêneros textuais em perspectiva atual Estudo do campo da Linguística Textual ampliaram a compreensão do processamento cognitivo do texto – recepção e produção; Segundo Bakhtin, são enunciados relativamente estáveis, constituídos de: conteúdo (tema), composição (elementos textuais) e estilo (vínculo tema/estrutura); Para Marcuschi (2002), a comunicação ocorre a partir deles, por serem práticas socialmente construídas com este objetivo e concretizada por meio deles; Koch (2004a) afirma que os indivíduos são dotados de uma competência metagenérica que lhes permite interagir convenientemente nas diversas práticas sociais, permitindo a leitura, compreensão e a produção de textos. Gêneros textuais em perspectiva atual Bakhtin (1992) afirma que a atividade de fala ou de escrita sempre exige do sujeito produtor “uma forma padrão e relativamente estável de estruturação de um todo, que constitui um rico repertório dos gêneros do discurso orais (e escritos). Em nossas práticas comunicativas usamos os gêneros com segurança e destreza, mas podemos ignorar totalmente a sua existência teórica, ou seja, produzimos independe de ter estudado o gênero; Se não existissem os gêneros do discurso e se não o dominássemos, se tivéssemos de criá-los pela primeira vez no processo da fala, se tivéssemos de construir cada um de nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível. Como e por que produzimos textos? Produzimos com base em “modelos” construídos socialmente – os de nosso uso cotidiano ou de nosso domínio discursivo já estão internalizados por nós (bilhete, e-mail, carta, resumo, resenha), o mesmo não ocorre com textos que não nos são comuns (petição, memorando, monografia, artigo científico); Os modelos são abstrações de situações de que participamos e do modo de nos comportarmos linguisticamente, na inter-relação de aspectos: cognitivos, sociais e interacionais; As práticas sociais induzem a construção e reconstrução dos modelos os quais organizam os textos , selecionam as ideias e o modo de dizer numa inter-relação: linguagem/mundo/práticas sociais No entanto: O que significa dizer que: Não somos “livres” para utilizar qualquer forma textual; São produtos sociais, mas não são formas fixas e estão sujeitos a mudanças decorrentes: das transformações sociais; de novos procedimentos de organização; de acabamento da arquitetura verbal; de modificações em relação do lugar do ouvinte. Diferenciando: Tipotextual: Gênerotextual: Domíniodiscursivo: designaumaespéciedeconstruçãoteóricadefinidapelanaturezalinguísticadesuacomposição(aspectoslexicais,sintáticos, temposverbais,relaçõeslógicas,estilo). Otipocaracteriza-semuitomaiscomosequênciaslinguísticas(retóricas) doquecomotextosmaterializados; a rigor,sãomodostextuais.Emgeral,ostipostextuaisabrangemcercademeiadúziadecategoriasconhecidascomo:narração,argumentação,exposição,descrição,injunção. Oconjuntodecategoriasparadesignartipostextuaisélimitadoesemtendênciaaaumentar.Quandopredominaummodonumdadotextoconcreto,dizemosqueesseé umtextoargumentativoounarrativoetc sãoostextosqueencontramosemnossavidadiáriaequeapresentampadrõessociocomunicativoscaracterísticosdefinidosporcomposiçõesfuncionais,objetivosenunciativoseestilosconcretamenterealizadosnaintegraçãodeforçashistóricas,sociais,institucionaisetécnicas. Sãoentidadesempíricasemsituaçõescomunicativase seexpressamemdesignaçõesdiversas,constituindoemprincípiolistagensabertas. Sãoformastextuaisescritasouoraisbastanteestáveis,históricaesocialmentesituadas.Exemplos:telefonema,sermão,cartapessoal,cartacomercial,resenha,cardápioderestaurante, bate-paponocomputador... nãoabrangeumgêneroemparticular, masdáorigemaváriosdeles. Sãopráticasdiscursivasnasquaispodemosidentificarumconjuntodegênerostextuaisqueàsvezeslhesãoprópriosouespecíficoscomorotinascomunicativasinstitucionalizadaseinstauradorasderelaçõesdepoder(discursojurídico,discursojornalístico,discursoreligiosoetc.) Gêneros textuais: composição, conteúdo e estilo Segundo Bakhtin, os gêneros possuem: um PLANO COMPOSICIONAL - tipos estáveis de enunciados – elementos textuais peculiares um CONTEÚDO TEMÁTICO – tema esperado para no tipo de texto produzido um ESTILO – vinculado ao tem e ao conteúdo, estabelece os tipos: estrutura do todo e a relação entre os interlocutores Gêneros textuais: composição GÊNERO CARÁTER ESTRUTURA CARTA ABERTAou AO LEITOR PESSOAL dissertativo-argumentativo Narrativoou descritivo Cabeçalho(local e data); interlocutor; texto; despedida. - Linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. - presença de aspectos e uma linguagem pessoal é mais comum. CARTÃO POSTAL narrativo ou descritivo Destinatário(informaçãoem campo à parte); saudação inicial; mensagem; saudação final e assinatura NOTÍCIA Narrativoe descritivo Título; lide da notícia (quem, o quê, quando?); Corpo da notícia em pirâmide invertida (informações básicasno início) comoe por quê? RECEITA Descritivo e injuntivo Ingredientes; mododepreparo; tempo de preparo; porções; além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções. BULA DE REMÉDIO Descritivo, dissertativo- expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento. HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Gênero: Poema Composição: rimas, estrofes... Tema: expressão de sentimentos O último poema Assim eu quereria o meu último poema. Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação. Manoel Bandeira Gênero: artigo de opinião - Composição: distribuição das informações em forma de texto (início, meio e fim), formalidade - Tema: acontecimentos de ordem social Gênero: Tirinha Composição: ilustrações, informalidade Tema: critica a valores, idEias ou acontecimentos sociais Intenção comunicativa: convencer com base em razões TEXTO IC: contar uma história/estória IC: apresentar um assunto, coisa, lugar ou pessoa de forma detalhada premissa/tese argumentos conclusão Todo texto tem uma intenção comunicativa. Texto=coer./inc.inc Pessoa= contraditória Num texto narrativo encontra-se a descrição! Não há descrição sem a narração! IC: explanar sobre um tema que, na maioria das vezes é polêmico. Transmitir um conhecimento; analisar, discutir, defender e propor solução. Injuntivo Expositivo Esquema da tipologia Gêneros textuais: conteúdo Rojo (2005) chama de conteúdo temático os conteúdos ideologicamente conformados que se tornam comunicáveis através do gênero. Costa Val (2003) diz que os gêneros estabelecem pautas temáticas e formas típicas de tratamento do tema, à medida que, nas diferentes instâncias de uso da língua, se estabelecem diferentes expectativas quanto ao leque de assuntos pertinentes ou impertinentes, Conclui-se que o tema da enunciação é determinado não só pelas formas linguísticas que entram na composição (as palavras, as formas morfológicas ou sintáticas, os sons, as entoações), mas igualmente pelos elementos não verbais da situação. Gêneros textuais: conteúdo GÊNERO CONTEÚDO BIOGRAFIA Fatos mais relevantes da vida de umapessoa ou personagem POESIA SENTIMENTOS ARTIGO DE OPINIÃO Acontecimentosde ordem política, econômica, social, histórica ou cultural, raramente sobre acontecimentos pessoais TIRINHA Críticabem-humorada a coisas do mundo, modos de comportamento, valores e sentimentos CRÔNICA Relatode fatos do cotidiano: mundana, lírica, filosófica, humorística, jornalística... TEXTO ENCICLOPÉDICO Apresentade maneira organizada e sistemática as informações básicas sobre determinado conteúdo do conhecimento humano RELATÓRIO Experiência, visita técnica ou pesquisa vivenciada este anúncio divulga o produto, um sutiã, por meio de um texto, que descreve e enaltece a marca, e recursos multimodais, como a figura da mulher, que usa o sutiã, e os próprios produtos anunciados. Diante disso, não temos dúvida de que se trata de um anúncio que se apropriou do gênero manifesto. O próprio título do texto já nos indica o caráter do novo gênero, e, como todo manifesto, inicia com seu nome: Manifesto Viva (interessante, aqui, é que é o título do manifesto que retoma o nome da marca). Como todo manifesto, também, o texto refuta algo – no caso, determinado comportamento feminino – e lança, defende e incita, nas pessoas, as quais se destina, outra proposta, outro comportamento. Mais uma vez, o recurso intertextual é usado a favor de que o anúncio atinja de forma mais direta e, portanto, mais eficaz, seu público alvo: nesse caso, as mulheres. Mais uma vez, também, verificamos como a utilização de outro gênero contribui para construir o sentido de um anúncio publicitário e para potencializar seu propósito comunicativo: vender o produto. Receita para fazer um herói Tome-se um homem, Feito de nada, como nós, E em tamanho natural. Embeba-se-lhe a carne, Lentamente, Duma certeza aguda, irracional, Intensa como o ódio ou como a fome. Depois, perto do fim, Agite-se um pendão E toque-se um clarim. Serve-se morto. Reinaldo Ferreira - Nasceu a 20 Março 1922 (Barcelona, Espanha) Morreu a 30 Junho 1959 Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira foi um poeta português que realizou toda a sua obra em Moçambique. Oração dos Programadores Sistema operacional que estais na memória, Compilado seja o vosso programa, Venham à tela os vossos comandos, Seja executada a nossa rotina, Assim na memória como na impressora. Acerto nosso de cada dia, rodai hoje Informai os nossos erros, Assim como nós informamos o que está corrigido. Não nos deixeis cair em looping, Mas livrai-nos do Dump, Amém. Oração do Professor de gramática Verbo, torna absoluta a minha oração; mas; caso encontre um irmão de outro credo que tornem-se coordenadas nossas ações. Verbo, em um tempo composto com locuções em meu caminho, não quero ser subordinada, mas na ausência de termo essencial, integrante ou acessório, que possa usar uma conjunção integrante e escrever algo coerente; quando de elogios eu precisar, que eu possa as adjetivas usar as quais por meio de pronomes relativos eu possa identificar; quando meu texto pobre estiver, que muitas relações eu possa estabelecer, unindo ao meu pensar elementos coesivos das circunstâncias adverbiais; mas para não ficar repetitivo quero usar clareza, integrando ao meu texto formas reduzidas. Amém Sei que não devo, mas não resisti.. Gêneros textuais: estilo Rojo (2005) diz que o estilo são as configurações específicas das unidades de linguagem, traços da posição enunciativa do locutor e da construção composicional do gênero (marcas linguísticas ou estilo) Para Costa Val (2003), os gêneros definem o estilo, orientando o processo de seleção de recursos lexicais e morfossintáticos no interior de cada frase e nas relações interfrasais. O estilo está indissoluvelmente ligado ao enunciado e a formas típicas de enunciados, isto é, aos gêneros do discurso. O enunciado - oral e escrito, primário e secundário, em qualquer esfera da comunicação verbal - é individual, e por isso pode refletir a individualidade de quem fala (ou escreve). Em outras palavras, possui um estilo individual. Mas nem todos os gêneros são igualmente aptos para refletir a individualidade na língua do enunciado, ou seja, nem todos são propícios ao estilo individual. Os gêneros mais propícios são os literários - neles o estilo individual faz parte do empreendimento enunciativo enquanto tal e constitui uma das suas linhas diretrizes. As condições menos favoráveis para refletir a individualidade na língua são as oferecidas pelos gêneros do discurso que requerem uma forma padronizada, tais como a formulação Vou mandar um carrtão de dia dos namorados para a Susi Derkins. Beleza! Ela é uma gatinha. Eu fiz um coraçãozão vermelho Agora vou botar renda em volta. Que gracinha. Aposto que ela vai adorar. Susie, Eu te odeio. Morra. Calvin Gênero: a escolha da ferramenta A escolha estará sempre em acordo com as diversas práticas sociais, a partir de: esferas de necessidades temáticas; conjunto de participantes Vontade enunciativa ou intenção do locutor. - Schneuwly (1994) considera os gêneros ferramentas na medida em que um sujeito /enunciador age discursivamente numa situação definida /ação por uma série de parâmetros, com a ajuda de um instrumento semiótico /gênero. A escolha do gênero se dá sempre em função dos parâmetros da situação que guiam a ação e estabelecem a relação meio-fim, que é a estrutura básica de toda atividade mediada. Gênero: a escolha da ferramenta Gênero: a escolha da ferramenta Dominar um gênero consistiria no próprio domínio da situação comunicativa, domínio esse que se pode dar por meio do ensino das aptidões exigidas para a produção de um gênero determinado. Ao comunicar-se socialmente, o produtor escolhe no intertexto o gênero que lhe parece adequado. Gênero: a escolha da ferramenta O INTERTEXTO – reservatório de modelos textuais - é constituído pelo conjunto de gêneros de texto elaborados por gerações anteriores e que podem ser utilizados em cada situação específica, com eventuais transformações. Elementos a considerar na escolha do gênero: Objetivos visados – lugar social – papéis dos participantes O agente deve também: Adaptar o gênero a seus valores particulares (ESTILO) / transformação dos modelos pela: * Ausência de uma das categorias previstas na composição do texto; * Intertextualidade entre gêneros – produzir um gênero em formato de outro, mantendo a função do texto-base. Gênero: a escolha da ferramenta ASSIM: O gênero é o meio de articulação entre as práticas sociais e os objetos escolares. Uma ação de linguagem consiste em produzir, compreender, interpretar e/ou memorizar um conjunto organizado de enunciados orais ou escritos – UM TEXTO; Toda ação linguageira implica em capacidades: de AÇÃO – adaptação às características do contexto e do referente; DISCURSIVAS – mobilizar o modelo adequado; LINGUÍSTICO-DISCURSIVAS – domínio de operações psicolinguísticas e as unidades linguísticas. Sequências textuais ADAM (2008); SCHNEUWLY & DOLZ – Todo texto é formado de sequências - esquemas linguísticos básicos que entram na constituição dos diversos gêneros e variam menos em função das circunstâncias sociais. BEAUGRANDE & DRESSLER (1981) - A comparação de textos a que estão expostos os falantes e a memória das características desses textos constroem modelos mentais tipológicos específicos – SUPERESTRUTURAS (Van Dijk, 1983) – permitindo construir e reconhecer as sequências tipológicas. DESCRIÇÃO EXPOSIÇÃO INJUNÇÃO EXPOSIÇÃO INJUNÇÃO EXPOSIÇÃO EXPOSIÇÃO ARGUMENTAÇÃO EXPOSIÇÃO Em todos estes gêneros também se está realizando tipos textuais, podendo ocorrer que o mesmo gênero realize dois ou mais tipos. Um texto é tipologicamente variado (heterogêneo) A carta pessoal pode conter uma seqüência narrativa, uma argumentação, uma descrição e assim por diante. Sequências Tipológicas Gênero textual Descritiva Rio, 11/08/1991 Injuntiva Amiga A. P. Descritiva Para ser mais preciso estou no meu quarto, escrevendo na escrivaninha, com um Micro System ligado na minha frente(bem alto, por sinal). Expositiva Está ligado na Manchete FM – ou rádio dos funks – Eu adoro funk, principalmente com passos marcados. Aqui no Rio é o ritmo momento... e você, gosta? Gostotambém dehousee dancemusic, sou fascinado por discotecas! Narrativa Ontem mesmo (Sexta-feira) eu fui e cheguei quase quatro horas da madrugada. Expositiva Dançar é muito bom, principalmente em uma discoteca legal. Aqui no condomínio onde moro têm muitos jovens, somos todos muito amigos e sempre vamos todos juntos. É muito maneiro! Sequências Tipológicas Gênero textual Narrativa C. foi três vezes à K. I., Injuntiva pergunte só a ele como é! Expositiva Está tocando agora o “Melôda Mina Sensual”,super demais! Aqui ouço também a Transamérica e RPC FM. Injuntiva você, quais rádios curte? Expositiva Demorei um tempão pra responder, espero sinceramente que você não esteja chateada comigo. Eu me amarrei de verdade em vocês aí, do Recife, principalmente a galera da ET, vocês são muito maneiros! Meu maior sonho é viajar, ficar um tempo por aí, conhecer legal vocês todos, sairmos juntos... Só que não sei ao certo se vou realmente no início de 1992. Mas pode ser que dê, quem sabe! /........../ Não sei ao certo se vou ou não, mas fique certa que farei de tudo para conhecer vocês o mais rápido possível. Posso te dizer uma coisa? Adoro muito vocês! Sequências Tipológicas Gênero textual Narrativa Agora, a minha rotina: às segundas, quartas e sextas- feiras trabalho de 8:00 às 17:00h, em Botafogo. De lá vou para o T., minha aula vai de 18:30 às 10:40h. Chego aqui em casa quinze para meia-noite. E às terças e quintas fico 050 em F. só de 8:00 às 12:30h. Vou para o T.; às 13:30 começa o meu curso de Francês (vou me formar ano que vem) e vai até 15:30h. 16:00h vou dar aula e fico até 17:30h. 17:40h às 18:30h faço natação (no T. também) e até 22:40h tenho aula. /........../ Ontem eu e Simone fizemos três meses de namoro; Injuntiva você sabia que eu estava namorando? Expositiva Ela mora aqui mesmo no condomínio. A gente se gosta muito, às vezes eu acho que o namoro não vai durar muito, entende? Argumentativa O problema é que ela é muito ciumenta, principalmente porque eu já fui afim da B., que mora aqui também. Nem posso falar com a garota que S. já fica com raiva. Sequências Tipológicas Gênero textual Narrativa É acho que vou terminando... Injuntiva Escreva! Faz um favor? Diga pra M., A., P. e C. que esperem, não demoro a escrever. Adoro vocês! Um beijão! Narrativa Do amigo P. P. 15:16h ORGANIZAÇÃO DE TEXTO NARRATIVOS DESCRITIVOS EXPOSITIVOS ARGUMENTATIVO INJUNTIVO Sequência temporal Sequências imperativas Sequências de localização Sequências analíticas ou analíticas Sequências contrastivas explícitas Um gênero pode não ter uma determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Ex. o artigo de opinião da folha de São Paulo: Esse modo de análise pode ser desenvolvido com todos os gêneros. Nota-se que há uma grande heterogeneidade tipologica nos gêneros textuais. Quando se nomeia um certo texto como narrativo, descritivo ou argumentativo, não está se nomeando o gênero e sim o predomínio de um tipo de seqüência de base. Sequências textuais Narrativa Enunciado indicativo de ação; Sucessão temporal/causal de eventos; Verbo de ação, nos tempos do mundo narrado; Advérbios temporais, causai e locativos Discurso relatado (direto, indireto e indireto livre) Predominam em relatos:notícias, romances, contos, crônicas, anedota, diário,lenda, fábula, relato, biografia Ex.:Os passageiros aterrissaram em Nova York no meio da noite. Sequências textuais Descritiva Apresentação de propriedades, qualidades, elementos componentes de uma entidade, sua situação no espaçoetc; Estrutura simples com um verbo estático e de situação ou que indicam propriedades, qualidades, atitudes; Verbos no presente (comentários) ou imperfeito (interior de relato); Articuladores espaciais e situacionais Anúncio classificado, cardápio, laudo técnico, fichamento, resumo, ... Ex.:Sobre a mesa havia milhares de vidros. Sequências textuais Injuntiva Prescrições de comportamentos ou ações sequencialmente ordenadas; Verbo no imperativo, infinitivo ou futuro do presente; Articuladores sequenciais Enunciados incitadores à ação; Podem assumir configuração mais longe onde o imperativo é substituído por “deve”. Anúncio publicitário, regrasde jogo, receita, manual de instruções, regulamento, livro de autoajuda... Ex.:Pare! Seja razoável. Todos brasileiros acima de 18 anos do sexo masculino devem comparecer ao exército para alistarem-se. Nas aulas de produção de textos, tradicionalmente a escola tem trabalhado com esse tipo de texto. Alguns exames de seleção como os vestibulares e os chamados vestibulinhos para escolas técnicas e para escolas do ensino médio, também exigem a produção de um texto dissertativo. A linguagem de um texto dissertativo, geralmente pede o tempo presente e o modo indicativo. A variedade linguística empregada é a padrão. A linguagem é predominantemente a impessoal – 3ª. pessoa. Esse tipo de texto revela maior preocupação com a precisão das informações. Sequências textuais Sequências textuais Argumentativa Ordenação ideológica de argumentos e/ou contra-argumentos; Elementos modalizadores, verbo introdutores de opinião, operadores argumentativos; uma forma verbal com o verbo ser no presente e um complemento. Enunciado de qualidade. Debate, editorial, artigo de opinião, manifesto, carta aberta, carta de reclamação,resenha, crônica, monografias, dissertação, tese... Ex.:A obsessão com a durabilidade nas Artes não é permanente. Sequências textuais Expositiva - Análise ou síntese de representações conceituais numa ordenação lógica Exposição sintética pelo processo de composição. Um sujeito e um predicado(no presente) e um complemento com um grupo nominal; Enunciado de identificação de fenômenos; Conectores lógicos; verbetede enciclopédia, reportagem, ensaio,..... Ex.:Uma parte do cérebro é o córtex. Exposição analítica pelo processo de decomposição; Um sujeito, um verbo da família do verbo ter(ou verbos como contém, consiste, compreende) e um complemento que estabelece com o sujeito uma relação parte-todo; Enunciado de ligação de fenômenos Seminário,editorial, relatório..... .Ex.:O cérebro tem dez milhões de neurônios. O que é escrita? Quando construímos nosso discurso, sempre trazemos de antemão o todo da nossa enunciação, na forma tanto de um determinado esquema de gênero quanto de projeto individual de discurso. Não enfiamos as palavras, não vamos de uma palavra a outra, mas é como se completássemos com as devidas palavras a totalidade. (BAKHTIN, 1992:292). O que você vê? O que acontece? Qual a sua opinião acerca do que está sendo representado na imagem? Redija três parágrafos respondendo a estes questionamentos.
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