Buscar

Direito Administrativo 366 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 365 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 365 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 365 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Administrativo
Direito Administrativo
Aula 1
1
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Assuntos tratados:
1° Horário.
 Intervenção do estado no direito de propriedade / Desapropriação / Espécies / Conceito / Natureza jurídica / Pressupostos / Objeto / Elementos / Momento consumativo / Competência / Indenização
2° Horário.
 Desapropriação indireta / Desapropriações derivadas / Procedimento da desapropriação / Direito de extensão
3° Horário.
 Retrocesssão / Desapropriação social 
Bons estudos.
Atenciosamente,
Coordenação da Monitoria.
1° horário
Intervenção do estado no direito de propriedade
Os pressupostos genéricos da intervenção do Estado no direito de propriedade são: a função social e o argumento jurídico.
O direito a propriedade precisa atender a função social. A CRFB traz as diretrizes básicas nos art. 182, §2° para a propriedade urbana e art. 186, caput para propriedade rural.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. [...]
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
§ 2° - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
- aproveitamento racional e adequado;
- utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
- observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
- exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
O argumento jurídico para alguns doutrinadores será o domínio iminente e para outros o poder de polícia. No primeiro, encontra fundamento na soberania estatal, poder exercido pelo Estado abrangendo todos os bens que se encontram situados em seu território. O segundo a Administração estaria restringindo, limitando ou, até mesmo, suprimindo o direito individual da propriedade em benefício da coletividade, nos termos do art. 78 do CTN.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Desapropriação
Espécies
	Desapropriação comum ou ordinária
	Direta: utilidade pública (Decreto-lei n° 3.365/41), necessidade pública (Decreto-lei n° 3.365/41) e interesse social (Lei n° 4.132/62).
	
	Indireta: art. 35 do Decreto-lei n° 3.365/41
	Desapropriação
	Urbanizatória sancionatória - art. 182, §4°, III da CRFB.
	Extraordinária
	Reforma agrária: art. 184, caput e §3° da CRFB, Lei n° 8.629/93 e LC 76/93.
	
	Punitiva - art. 243 da CRFB e Lei n° 8.257/91
	Desapropriação social: art. 1228, §4° CC
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Observação: A desapropriação ordinária envolve a indenização prévia justa e em dinheiro (art. 5°, XXIV da CRFB), por outro lado a desapropriação urbanizatória prevê a indenização paga por títulos da dívida pública. Já a punitiva não envolve o pagamento de indenização.
Art. 5°, [...] XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
Art. 182, [...]§ 4° - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
- parcelamento ou edificação compulsórios;
- imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
- desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de % produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.
Conceito
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
O conceito de desapropriação envolve quatro perspectivas: procedimento de direito público, direito potestativo do Estado, intervenção supressiva do direito de propriedade, forma de aquisição originária da propriedade.
A desapropriação é o instituto de direito público que se consubstancia em procedimento administrativo pelo qual o poder público, as autarquias ou as entidades delegadas, autorizadas por lei ou contrato exercem direito potestativo, adquirindo para si de forma originária, bens de pessoa física ou jurídica por razão de utilidade pública ou de interesse social, normalmente mediante o pagamento de indenização.
Natureza jurídica
A natureza jurídica da desapropriação será de procedimento administrativo.
Pressupostos
Os pressupostos da desapropriação são os conceitos jurídicos indeterminados: necessidade pública, utilidade pública, interesse social.
Entende-se por necessidade pública a situação de emergência, utilidade pública envolve a conveniência e oportunidade, e o interesse social visa atender a sociedade.
Objeto
O bem para ser expropriado deve ter valor econômico e ser infungível.
Questão de concurso - 9° Concurso - Tribunal Regional Federal 35 Região
30. Acerca do instituto da desapropriação é correto afirmar-se que:
não pode ser considerada como hipótese de utilidade pública, para fins de desapropriação, o funcionamento dos meios de transporte coletivo, pois essa atividade é geralmente objeto de contrato de permissão.
na hipótese de falecimento do expropriado, durante a ação expropriatória, o juiz determinará a suspensãodo processo nos termos da lei processual civil.
é permitida a desapropriação do espaço aéreo, se dela resultar prejuízo patrimonial ao proprietário do solo.
a desapropriação por interesse social deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente dentro de 5 (cinco) anos, contados da data da expedição do decreto, findos os quais este caducará.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Resposta: c
> Comentários:
Alternativa "a": Errada. O art. 5°, j do Decreto-lei n° 3.365/41.
Art. 5o Consideram-se casos de utilidade pública: [...] j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;
Alternativa "b": Errada. Art. 21 do Decreto-Lei n° 3.365/41.
Art. 21. A instância não se interrompe. No caso de falecimento do réu, ou perda de sua capacidade civil, o juiz, logo que disso tenha conhecimento, nomeará curador à lide, ate que se lhe habilite o interessado.
Parágrafo único. Os atos praticados da data do falecimento ou perda da capacidade à investidura do curador à lide poderão ser ratificados ou impugnados por ele, ou pelo representante do espólio, ou do incapaz.
Alternativa "c": Correta. O espaço aéreo e o subsolo são passíveis de desapropriação, desde que gerem prejuízo patrimonial ao proprietário.
Alternativa "d": Errada. O prazo pelo art. 3° do Decreto-Lei n° 3.365/41 por interesse social.
Art. 3o Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.
Observaçãoi: Moeda histórica pode ser desapropriada, pois são infungíveis e detêm valor econômico. A moeda corrente, por sua vez não poderá ser alvo de desapropriação.
Observação2: Pode ser desapropriado somente o aspecto patrimonial dos direitos personalíssimos.
Observação3: O art. 185 da CRFB impede a desapropriação da pequena e média propriedade rural e a propriedade produtiva.
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
- a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra;
- a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.
Observação4: As pessoas jurídicas não podem ser desapropriadas. Todavia, suas ações, quotas e bens poderão.
Observação5: As margens dos rios navegáveis não são desapropriáveis.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Súmula n° 479 / STF - As margens dos rios navegáveis são domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.
Elementos
Os elementos da desapropriação são:
discricionariedade;
onerosidade;
compulsoriedade; e
originariedade.
O art.2°, §2° do Decreto-Lei n° 3365/41 admite a desapropriação de bens públicos, desde que observada hierarquia por interesse, isto é, o ente federativo que detém o interesse de maior relevância prevalece sobre os demais. Dessa forma, o interesse nacional se sobrepõe ao regional e ao local.
Art. 2o Mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.
§ 2o Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.
Questão de concurso - 10° concurso - Tribunal Regional Federal 15 Região
47. Ao processo pelo qual um bem público de uso comum transforma-se em bem dominical, chama-se:
desafetação.
tombamento.
tredestinação.
desapropriação.
Resposta: a
Momento consumativo
O momento consumativo da desapropriação não é tema pacífico. Há três correntes que disputam o tema:
registro da sentença
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
aCUR50
ENFA5E
trânsito em julgado na sentença de desapropriação
pagamento da indenização.
Questão de concurso - 5° concurso - Tribunal Regional Federal - 55 Região
16. Nos termos da legislação vigente no Brasil, um bem expropriado, uma vez incorporado à Fazenda Pública:
não pode ser objeto de reivindicação, devendo a situação resolver-se em perdas e danos.
pode ser objeto de reivindicação, desde que fundada em título constituído há mais de vinte anos.
pode ser objeto de reivindicação, desde que fundada em nulidade do título pelo qual o expropriado era considerado proprietário do bem.
pode ser objeto de reivindicação, desde que fundada em previsão de preferência legal para aquisição do bem.
pode ser objeto de reivindicação, desde que fundada em nulidade do processo de desapropriação.
Resposta: a
> Comentário:
Vide art. 35 do Decreto-Lei 3.365/41.
Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.
Competência
A competência para legislar sobre desapropriação será da União, segundo o art. 22, II da CRFB.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...]
II - desapropriação;
A competência para emitir ato declaratório de desapropriação será da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, nos termos do art. 2° do Decreto-Lei n° 3.365/41.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Art. 2o Mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.
A desapropriação para fins de reforma agrária, somente pode ser realizada pela
União.
A desapropriação urbanizatória sancionatória, por sua vez, somente pode ser realizada pelo Município, pelo art. 8°, caput do Estatuto da Cidade.
Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
O DNIT na forma do art. 14 do Decreto-Lei n° 512/69 pode declarar desapropriação de imóveis para a construção de rodovias.
Art. 14. O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, por ato de seu Diretor-Geral, declarará a utilidade pública de bem ou propriedade, para efeito de desapropriação e afetação a fins rodoviários, e a qualquer tempo, poderá requisitar o ingresso de agente do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, em propriedade pública ou privada, para efetivação de estudos que visem à implantação de estradas ou obras auxiliares, observado o dever de preservação do bem e de indenizar as perdas e danos decorrentes da requisição.
A ANEEL também pode desapropriar nos termos do art. 10 da Lei n° 9.074/95.
Art. 10. Cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, declarar a utilidade pública, para fins de desapropriação ou instituição de servidão administrativa, das áreas necessárias à implantação de instalações de concessionários, permissionários e autorizados de energia elétrica.
A execução da desapropriação será da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, acrescidos de outros entes, como empresas públicas, sociedades de economias mistas, autarquias, fundações, concessionáriase delegatárias de serviços públicos, nos termos do art. 3° do Decreto-Lei n° 3.365/41.
Art. 3o Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.
Questão de concurso - 15° Concurso - Tribunal Regional Federal - 4^ Região
75. Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
De acordo com a Constituição Federal, a competência para legislar sobre desapropriação é concorrente entre os entes federativos.
É devida indenização ao expropriado correspondente aos danos ocasionados aos elementos que compõem o fundo de comércio pela desapropriação do imóvel.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de inadmitir a indenizabilidade das matas e revestimentos florestais que recobrem áreas dominiais privadas, sob o fundamento de que sua preservação decorre de mera limitação administrativa imposta pelo poder público.
Não há prazo legal para o município proceder ao adequado aproveitamento do imóvel desapropriado em razão de não cumprimento de sua função social.
Está correta apenas a assertiva II.
Estão corretas apenas as assertivas I e II.
Estão corretas apenas as assertivas III e IV.
Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.
Nenhuma assertiva está correta.
Resposta: a
> Comentários:
Alternativa I: Errada.
Alternativa II: Correta.
Alternativa III: Errada. Art. 15-A, §3° do Decreto-Lei n° 3.365/41.
Art. 15-A, [...] § 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se também às ações ordinárias de indenização por apossamento administrativo ou desapropriação indireta, bem assim às ações que visem a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público, em especial aqueles destinados à proteção ambiental, incidindo os juros sobre o valor fixado na sentença.
Alternativa IV: Errada. Art.8°, §4° do Estatuto da Cidade.
Art. 8°, [...] § 4o O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.
Indenização
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
A indenização é regra na desapropriação, segundo o art. 5°, XXIV da CRFB que estabelece que ela seja prévia, justa e em dinheiro.
Hely Lopes Meirelles assevera que a indenização deve ser paga antes da imissão na posse, mas a maioria da doutrina entende que o momento será a transferência do domínio.
O pagamento em dinheiro sofre mitigação nas hipóteses de desapropriação urbanizatória, art. 182, §4°, III da CRFB e será paga por títulos da dívida pública.
A indenização justa evita a diminuição patrimonial do proprietário. Calculada através do valor de mercado determinado por perícia, acrescido de juros moratórios e compensatórios. Outros valores estão no art. 25, parágrafo único do Decreto-Lei n° 3.365/41.
Art. 25. O principal e os acessórios serão computados em parcelas autônomas. Parágrafo único. O juiz poderá arbitrar quantia módica para desmonte e transporte de maquinismos instalados e em funcionamento.
2° horário
Questão de concurso - 12° Concurso - Tribunal Regional Federal - 1° Região
54. Na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
não subsiste orientação anterior à Constituição de 1988 de que só a perda da propriedade, ao final da ação de desapropriação - e, não a imissão provisória na posse do imóvel - está compreendida na garantia da justa e prévia indenização;
subsiste, no regime da Constituição Federal de 1988, a jurisprudência firmada sob a égide das Constituições anteriores, assentando que só a perda da propriedade, no final da ação de desapropriação - e não a imissão provisória na posse do imóvel - está compreendida na garantia da justa e prévia indenização;
a primeira alternativa não só é correta, como está revogado o art. 15 do Dec.lei 3.365/45, que admite, em casos de urgência, a imissão provisória na posse do bem expropriado sem a necessidade do pagamento prévio e integral da indenização;
a primeira alternativa não só é correta, como está revogado o art. 15 do Dec.lei 3.365/41 e, tendo-se consumado a imissão provisória na posse sem o
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
cumprimento do pressuposto da avaliação judicial prévia, deve-se corrigir a falha mediante laudo pericial e depósito posterior.
Resposta: b
> Comentários:
Alternativa "a": Errado. A justa indenização ocorre quando há perda da propriedade.
Alternativa "b": Correto
Alternativa "c": Errada. O art. 15 não está revogado.
Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imiti-lo provisoriamente na posse dos bens;
§ 1° A imissão provisória poderá ser feita, independente da citação do réu, mediante o depósito:
do preço oferecido, se este for superior a 20 (vinte) vezes o valor locativo, caso o imóvel esteja sujeito ao imposto predial;
da quantia correspondente a 20 (vinte) vezes o valor locativo, estando o imóvel sujeito ao imposto predial e sendo menor o preço oferecido;
do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento do imposto territorial, urbano ou rural, caso o referido valor tenha sido atualizado no ano fiscal imediatamente anterior;
não tendo havido a atualização a que se refere o inciso c, o juiz fixará independente de avaliação, a importância do depósito, tendo em vista a época em que houver sido fixado originalmente o valor cadastral e a valorização ou desvalorização posterior do imóvel.
Alternativa "d": Errada.
Questão de concurso - 14° Concurso - Tribunal Regional Federal - 4° Região
80. Assinale a alternativa INCORRETA em matéria de desapropriação.
Os juros compensatórios, na desapropriação indireta, incidem a partir da ocupação, calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente.
Os juros compensatórios, na desapropriação direta, incidem a partir da imissão na posse, calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente.
Nas ações de desapropriação, os juros compensatórios são sempre fixados em 12% (doze por cento) ao ano a partir da ocupação.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
A base de cálculo de honorários de advogado em desapropriação é a diferença entre a oferta e a indenização, corrigidas ambas monetariamente.
Nas ações de desapropriação, incluem-se no cálculo da verba advocatícia as parcelas relativas aos juros compensatórios e moratórios, devidamente corrigidas.
Resposta: c
> Comentários:
Alternativa "a" e "b": Corretas. Art. 15-A do Decreto-Lei n° 3.365/41.
Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública e interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros compensatórios de até seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros compostos.
§ 1o Os juros compensatórios destinam-se, apenas, a compensar a perda de renda comprovadamente sofrida pelo proprietário.
§ 2o Não serão devidos juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terrae de eficiência na exploração iguais a zero.
Alternativa "c": Errada.
Alternativa "d": Correta. Art. 27, §1° da Lei de Desapropriação.
Art. 27, [...] § 1° A sentença que fixar o valor da indenização quando este for superior ao preço oferecido condenará o desapropriante a pagar honorários do advogado, que serão fixados entre meio e cinco por cento do valor da diferença, observado o disposto no § 4o do art. 20 do Código de Processo Civil, não podendo os honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e cinqüenta e um mil reais).
Alternativa "e": Correta.
Desapropriação indireta
O art. 35 da Lei de Desapropriação versa sobre o tema.
Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.
A natureza jurídica da desapropriação indireta é alvo de divergência doutrinária. Para uma primeira corrente, trata-se de esbulho possessório, uma segunda corrente tempera a primeira, por entender ser esbulho passível de
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
aCUR50
ENFA5E
reintegração do bem, ainda não afetado (Maria Sylvia Zanella Di Pietro); e para a corrente dominante seria a desapropriação meramente irregular.
Desapropriações derivadas
A desapropriação poderá abranger a área contígua e por áreas valorizadas extraordinariamente, nos termos do art. 4° da Lei das Desapropriações. A primeira visa facilitação da execução da obra e o expropriante não pode revender o bem, contudo a segunda o expropriante irá revender o bem para amortizar o custo da obra.
Art. 4o A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço. Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda.
Procedimento da desapropriação
O procedimento é bifásico: fase declaratória e fase executória.
A fase declaratória inicia o procedimento expropriatório, individualiza o bem expropriado e marca o início de caducidade para que a Administração inicie a fase executória, conforme art. 10 da Lei das Desapropriações.
Art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará.
Neste caso, somente decorrido um ano, poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração.
Parágrafo único. Extingue-se em cinco anos o direito de propor ação que vise a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público.
Os efeitos da declaração são: limita o direito de construir (súmula n° 23 do STF), estabelece regime de benfeitorias (art. 26, §1° da Lei das Desapropriações) e cria o direito de penetração (art. 7° da Lei das Desapropriações).
Súmula n° 23 / STF - Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede a declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na indenização, quando a desapropriação for efetivada.
Art. 26, [...] § 1° Serão atendidas as benfeitorias necessárias feitas após a desapropriação; as úteis, quando feitas com autorização do expropriante.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Art. 7° Declarada a utilidade pública, ficam as autoridades administrativas autorizadas a penetrar nos prédios compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxílio de força policial.
Àquele que for molestado por excesso ou abuso de poder, cabe indenização por perdas e danos, sem prejuízo da ação penal.
Questão de concurso - 13° concurso - Tribunal Regional Federal - 4° Região
23. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.
A declaração de utilidade pública que antecede a desapropriação guarda por si mesma o condão de transferir a propriedade do futuro expropriado ao Estado, em razão do que se deve inibir a realização das benfeitorias.
O licenciamento para realização de obras na área expropriada não pode ser negado; todavia, a Administração não será obrigada a indenizá-las quando efetivada a desapropriação.
A declaração de utilidade pública não pode perdurar indefinidamente, havendo prazo de caducidade a ser respeitado, mesmo que subsista o interesse público na expropriação do bem.
Caso seja alienado ^o imóvel à incorporadora imobiliária antes de concluído o processo expropriatório, tal ato jurídico padecerá de vício insanável, não guardando sequer existência no universo jurídico.
Estão corretas apenas as assertivas I e III.
Estão corretas apenas as assertivas II e III.
Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.
Resposta: b
> Comentários:
Alternativa "I": Errada. A desapropriação não transfere a propriedade e é instituído um sistema especial
Alternativa "II": Correta.
Alternativa "III": Correta.
Alternativa "IV": Errada.
A fase executória pode se esgotar na via administrativa ("desapropriação amigável") ou ser ajuizada uma ação de desapropriação.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
A primeira característica é a imissão antecipada na posse, que corresponde a uma antecipação dos efeitos da tutela pretendida, art. 15, § 1° do Decreto-Lei 3.365/41.
O âmbito de defesa é limitado, nos termos do art. 20 da Lei das Desapropriações.
Art. 20. A contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do preço; qualquer outra questão deverá ser decidida por ação direta.
O expropriado ignorado é tratado no art. 18 da Lei das Desapropriações, prevendo a prevalência do interesse público.
Art. 18. A citação far-se-á por edital se o citando não for conhecido, ou estiver em lugar ignorado, incerto ou inacessível, ou, ainda, no estrangeiro, o que dois oficiais do juízo certificarão.
O poder público pode desistir da desapropriação, até o momento primeiro valor que o expropriado, vide o art. 33, §2° da Lei das Desapropriações.
Art. 33. O depósito do preço fixado por sentença, à disposição do juiz da causa, é considerado pagamento prévio da indenização.
§ 2° O desapropriado, ainda que discorde do preço oferecido, do arbitrado ou do fixado pela sentença, poderá levantar até 80% (oitenta por cento) do depósito feito para o fim previsto neste e no art. 15, observado o processo estabelecido no art. 34.
Questão de concurso - 8° Concurso - Tribunal Regional Federal - 35 Região
20) Quanto à desapropriação por utilidade pública, pode-se afirmar que:
o poder expropriante não poderá valer-se do procedimento expropriatório para constituir servidão.
os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, somente poderão ser objeto de reivindicação se fundada esta em nulidade absoluta do processo de desapropriação.
a contestação do expropriado somente poderá versar sobre impugnação do preço.
aquele cujo bem for prejudicado extraordinariamente em sua destinação econômica pela desapropriação de área contígua terá direito a reclamar perdas e danos do expropriante.
Resposta: d
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
> Comentários:
Alternativa "a": Errada.
Alternativa "b":Errada. Art. 35 da Lei das Desapropriações.
Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.
Alternativa "c": Errada.
Alternativa "d": Correta. Vide art. 37 da lei das desapropriações.
Art. 37. Aquele cujo bem for prejudicado extraordinariamente em sua destinação econômica pela desapropriação de áreas contíguas terá direito a reclamar perdas e danos do expropriante.
Direito de Extensão
O direito de extensão foi inserido pelo Decreto Federal n° 4.956/1903. O CC/16 também disciplinou o tema. Contudo, o Decreto-lei n° 3.365/41 é silente.
O tema retornou no art. 4° da LC n° 76/93.
Art. 4° Intentada a desapropriação parcial, o proprietário poderá requerer, na contestação, a desapropriação de todo o imóvel, quando a área remanescente ficar:
- reduzida a superfície inferior à da pequena propriedade rural; ou
- prejudicada substancialmente em suas condições de exploração econômica, caso seja o seu valor inferior ao da parte desapropriada.
Questão de Concurso - 12° Concurso - Tribunal Regional Federal - 1° Região
53. O direito de extensão, na desapropriação, refere-se:
à possibilidade de a desapropriação abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra;
à possibilidade de desapropriação de zonas que se valorizem extraordinariamente em consequência do serviço implantado, para efeito de revenda pelo expropriante;
à desapropriação para fins de ampliação de distritos industriais e atividades correlatas;
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
aCUR50
ENFA5E
ao prejuízo extraordinário na destinação econômica do bem, em razão da desapropriação parcial ou de áreas contíguas, ensejando, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública, reclamação de perdas e danos e, na desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária, requerimento para que a área remanescente também seja desapropriada.
Resposta: d
> Comentários:
Alternativa "a": Errado.
Alternativa "b": Errado.
Alternativa "c": Errado.
Alternativa "d": Correta.
3° horário
Retrocessão
A retrocessão encontra fundamento no art. 35 da Lei das Desapropriações e art. 519 do CC.
Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.
Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa.
O tema é alvo de divergência. Para uma primeira corrente, adotada pelo STF e STJ a retrocessão é direito real e o antigo proprietário poderá readquirir o bem diante vício na destinação do bem. Outros entendem tratar de direito pessoal, cabendo apenas indenização.
Questão de concurso - 5° concurso - Tribunal Regional Federal - 15 Região
40. A obrigação imposta ao expropriante, de oferecer o bem ao expropriado, mediante devolução do valor da indenização, caso não utilizado no interesse,
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
necessidade ou utilidade públicos motivadores da desapropriação, denomina-se:
retrovenda:
resgate;
retrocessão;
investidura.
Resposta: c
A tredestinação é aquela na qual há mudança da finalidade específica daquele bem, em sede de desapropriação. A tresdestinação não enseja retrocessão.
A desdestinação é espécie da tredestinação, ou seja, um bem afetado a uso especial será destinado a particulares.
Questão de concurso - 8° concurso - Tribunal Regional Eleitoral - 15 Região
32. O Município de Anápolis expropriou o terreno onde seria instalada nova fábrica da Coca Cola, objetivando construir um novo espaço de lazer aos seus munícipes. Passados mais de dois anos, com a eleição e posse do novo prefeito, este resolveu mudar completamente o projeto original e construiu no local um grande aterro sanitário. Essa alteração de finalidade caracteriza:
retrocessão, tendo o expropriado direito à recuperação do bem;
simples mudança do objeto específico da desapropriação, incapaz de ensejar direito a reaquisição do bem;
retrocessão, assistindo ao expropriado complementação de pagamento, a título de perdas e danos;
transformação da desapropriação direta em indireta.
Resposta: b
Questão de concurso - 8° concurso -Tribunal Regional Federal - 15 Região
31. Em matéria de desapropriação por interesse social não é acertado afirmar que:
para fins de reforma agrária, a indenização da terra nua se fará mediante pagamento em títulos públicos, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis em no máximo 20 anos;
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
o Ministério Público intervirá, obrigatoriamente, após manifestação das partes, antes de cada decisão no feito expropriatório, em qualquer instância;
havendo dúvida quanto ao domínio, o valor da indenização ficará depositado à disposição do juízo até que os interessados resolvam seus conflitos em ações próprias;
as benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias serão indenizadas em dinheiro, somente após o trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.
Resposta: d
> Comentário:
Alternativa "d": Errada. Vide art. 5°, §1° da Lei n° 8.629/93.
Art. 5° A desapropriação por interesse social, aplicável ao imóvel rural que não cumpra sua função social, importa prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária.
§ 1° As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
Questão de concurso - 25° concurso - Ministério Público Federal
11. EM RELAÇÃO À DESAPROPRIAÇÃO, É CORRETO AFIRMAR QUE:
toda desapropriação pressupõe, nos termos da Constituição, justa e prévia indenização, ressalvada a desapropriação urbanística sancionatória, que tem natureza punitiva e confiscatória;
 são inexpropriáveis, em qualquer hipótese, ações, cotas ou direitos representativos do capital de empresas cujo funcionamento esteja sujeito a autorização do poder público federal;
não há direito de retrocessão quando, apesar de recebida uma destinação diversa daquela indicada no ato declaratório de interesse social, o bem expropriado é utilizado para realização de outra finalidade pública, configurando-se, assim, a chamada tredestinação lícita;
 os juros moratórios, tanto na desapropriação direta como na desapropriação indireta se contam desde o trânsito em julgado da sentença.
Resposta: c
Questão de concurso - 7° Concurso - Tribunal Regional Federal - 55 Região
Com relação à situação hipotética apresentada acima, julgue os itens a seguir.
aCUR50
ENFA5E
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
38 - Em face da tredestinação, é possível a retrocessão do bem aos herdeiros, uma vez que, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a retrocessão tem natureza de direito real.
Resposta: Errado.
39 - Caso a desapropriação do imóvel tivesse ocorrido em razão do cultivo ilegal de plantas psicotrópicas, não haveria a necessidade de ato declaratório de utilidade pública, necessidade pública ou interessesocial, podendo a destinação do imóvel desapropriado para fins de construção de interligação entre duas rodovias federais ser definida no âmbito da ação judicial própria.
Resposta: Errado.
Questão de concurso - 9° Concurso - Tribunal Regional Federal - 1° Região
27. Em se tratando de desapropriação para fins de reforma agrária é incorreto afirmar:
são insuscetíveis de desapropriação a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra.
a propriedade produtiva é também insuscetível de expropriação, desde que sejam cumpridos os requisitos legais relativos a sua função social, salvo se possuir extensão superior a dez mil hectares, hipótese em que, mesmo sendo produtiva, se constituirá em latifúndio não excepcionado no texto constitucional.
a indenização relativa à terra nua será prévia, muito embora representada por títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos.
as benfeitorias necessárias serão sempre indenizadas em dinheiro.
Resposta: b
Questão de concurso - 23° Concurso - Ministério Público Federal
25. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A desapropriação por utilidade pública deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente dentro de dois anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará;
>v C U R 5 O
ENFA5E
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Na hipótese de desapropriação por interesse social o prazo de caducidade é de cinco anos a partir da decretação da medida, sendo que, decorrido um ano, poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração;
Podem os Estados e Municípios desapropriar imóveis rurais para fins de utilidade pública não, porém para fins de reforma agrária, privativa da União;
Por ser forma de originária de aquisição de propriedade, não ficam sub- rogados no valor pago a título de indenização, quaisquer ônus ou direitos reais que recaiam sobre o bem expropriado.
Resposta: c
1.15. Desapropriação social
O art. 1228, §4° do CC trata da desapropriação social.
Art. 1228, [...]
§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.
§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante.
Essa nova modalidade de aquisição da propriedade visa beneficiar uma coletividade de possuidores. A natureza do instituto é mista podendo ser considerado usucapião onerosa ou desapropriação social.
As características da desapropriação social são:
posse ininterrupta e de boa-fé;
por mais de cinco anos;
de considerável número de pessoas;
realização de obras e serviços;
indenização.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Assuntos tratados:
1° Horário.
S Bens públicos / Bibliografia / Principais temas / Conceito / Classificação / Regime jurídico / Características / Formas de aquisição dos bens públicos / Gestão dos bens públicos / Forma de uso
2° Horário.
S Formas de uso privativo dos bens públicos / Autorização de uso de bem público / Permissão de uso de bem público / Concessão de uso de bem público / Concessão de direito real de uso / concessão de uso para fins de moradia / Concessão florestal / Cessão de uso
3° Horário.
S Instrumentos próprios de alienação de bens público / Espécies de bens públicos
1° horário
Bens públicos
Bibliografia
> CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Editora Atlas.
Principais temas
Classificação;
Titularidade dos bens;
Formas de uso privativo dos bens públicos;
Decreto Lei n° 9.760/46 e Lei n° 9.636/98.
Conceito
O conceito de bem público está presente no art. 98 do CC.
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
A doutrina tradicional define bem público como aquele pertencente a pessoa jurídica de direito público ou afetado a prestação de serviço público. Todavia, a doutrina moderna, José dos Santos Carvalho Filho e Lúcia Valle Figueiredo, entende que os bens das pessoas administrativas privadas (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito privado), devem ser caracterizados como bens privados, mesmo que na extinção dessas pessoas o patrimônio retorne as pessoas de direito público.
A Lei n° 11.284/06 trouxe exceção ao conceito de bem público estabelecido no CC. A lei considera como florestas públicas (bens públicos) aquelas localizadas nos entes públicos e nas entidades da administração indireta, sem fazer distinção entre as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado. Sua ratio legis é a ampliação protetiva dos ecossistemas e da biodiversidade.
Observação: O domínio iminente é o poder político que deflui da soberania e permite ao Estado submeter a sua vontade os bens situados em seu território.
Domínio iminente engloba o domínio público e sujeitam os bens públicos em sentido amplo, privados e os bens adéspotas (ou res nullius).
Afetação ou consagração é a destinação de determinado bem a prestação do serviço público. Tanto a afetação, quanto a desafetação podem ocorrer de forma expressa, através de uma lei ou ato administrativo; ou tácita, por meio do fato jurídico.
Todavia, não se admite a desafetação por desuso, ou seja, se pessoa jurídica deixar de usar determinado bem não significa que houve a perda do caráter público.
Classificação
Quanto à titularidade
Os bens podem pertencer à União (art. 20 da CRFB), Estados (art. 26 da CRFB) e Municípios.
Art. 20. São bens da União:
- os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
- as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
- os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
- os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
- o mar territorial;
- os terrenos de marinha e seus acrescidos;
- os potenciais de energia hidráulica;
- os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
- as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
- as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1° - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
§ 2° - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
- as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
- as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
- as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
- as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
Quanto à destinação.
Há três espécies: bens de uso comum do povo, bens de uso especial e bens dominicais.
Uso comum do povo: são aqueles destinados ao uso indiscriminado por qualquer um do povo.
Com relação a eles, inexistem privilégios ou exclusividade para qualquer pessoa, o que não afasta regulamentação pelo Poder Público para o seu uso.
O uso desses bens pode ser gratuito ou oneroso, nos termos do art. 103 da CC. Exemplo: mares, ruas e praças em circunstâncias normais.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Uso especial: consiste em bens usados como estabelecimento dos entes públicos ou destinados a execução de serviço público. Exemplo: museus, hospitais e universidades.
Observaçãoi: As terras ocupadas pelos índios são consideradas bens de uso especial, pois se destinam a preservação da cultura indígena.
Observação2: Os cemitérios públicos também são bens de uso especial. Cemitério é atividade que envolve interesse local e, por isso, de competência municipal.
O STF já declarou a inconstitucionalidade de norma de Constituição Estadual e de lei estadual, nas quais era prevista gratuidade de sepultamento e procedimentos a ele necessários em favor de desempregados e de pessoas reconhecidamente pobres.
Bens dominicais ou bens do patrimônio administrativo disponível: O
conceito é dado por exclusão, porque nessa categoria se situam todos os bens que não se caracterizem como de uso comum do povo ou de uso especial.
Há quem utilize bens dominicais e bens dominiais como sinônimos, e há quem diferencia, entendendo que dominiais se refereririam a domínio, e englobaria todos os bens públicos.
O CC define bens dominicais de forma pouco precisa no art. 99 do CC.
Art. 99. São bens públicos:
- os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
- os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
- os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Regime jurídico
Imprescritibilidade
Os bens públicos são imprescritíveis, conforme art. 102 do CC. Assim, eles não se sujeitam a usucapião, segundo súmula n° 340 do STF.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Súmula n° 340 / STF - Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Consequentemente, o Estado sempre poderá formular pretensão reintegratória, ainda que a ocupação em área de domínio público se estenda por longo período, sendo equivocada a alegação de omissão administrativa.
Além disso, não são indenizáveis as acessões e benfeitorias realizadas sem a autorização do ente público, consoante art. 90 do Decreto Lei n° 9.760/46.
Art. 90. As benfeitorias necessárias só serão indenizáveis pela União, quando o S.P.U. tiver sido notificado da realização das mesmas dentro de 120 (cento e vinte) dias contados da sua execução.
O poder público pode adquirir bens por usucapião, embora não possa ter seus bens usucapidos.
A imprescritibilidade é absoluta, inexistindo exceções.
Observação: O Estatuto da Terra (Lei n° 4.504/64) prevê o instituto da legitimação de posse, que consiste em transferência voluntária de posse com caráter social. Ela ocorre, cumpridos os seguintes requisitos:
Área de, no máximo, 100	ha;
Moradia permanente;
Cultivo da terra;
A pessoa não pode ter outra propriedade rural.
Ele não se confunde com a usucapião.
A Lei n° 11.977/09 (Programa Minha Casa, Minha Vida) no art. 60, caput realizou uma atecnia legislativa. Na hipótese, inexiste usucapião, na verdade, ocorre aquisição de propriedade decorrente de autorização legislativa.
Art. 60. Sem prejuízo dos direitos decorrentes da posse exercida anteriormente, o detentor do título de legitimação de posse, após 5 (cinco) anos de seu registro, poderá requerer ao oficial de registro de imóveis a conversão desse título em registro de propriedade, tendo em vista sua aquisição por usucapião, nos termos do art. 183 da Constituição Federal.
Impenhorabilidade
A impenhorabilidade é absoluta e decorre do sistema de precatórios, nos termos do art. 100 da CRFB.
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
Para alguns autores, a não onerabilidade (impossibilidade de estabelecimento de direitos reais em favor de terceiros) - em âmbito constitucional é decorrente do próprio sistema de precatórios; em âmbito legal, consequência do disposto no código civil, segundo o qual só aquele que pode alienar poderá hipotecar, dar em anticrese ou empenhar. Qualquer estipulação nesse sentido seria nula.
Inalienabilidade relativa ou alienabilidade condicionada
A previsão também está no art. 100 e 101 do CC. Assim, é preciso a prévia desafetação dos bens de uso comum e bens de uso especial para que ocorra a alienação.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
A alienação de bem móvel deve atender a algumas etapas: prévia avaliação, comprovação que a alienação é de interesse público e licitação do bem.
Além dos requisitos acima, a alienação de bens imóveis possui algumas peculiaridades:
se o bem pertencer a administração direta, autarquia ou fundação será necessária autorização legislativa. E, no caso de imóvel da União, além da autorização legislativa, é necessária autorização do Presidente da Repúblicaatendendo ao art. 23 da Lei n° 9.636/98.
Para imóveis, a licitação atende ao disposto na Lei n° 8.666/93. É necessária licitação, na modalidade concorrência dispensada em alguns casos: a) dação em pagamento; b) doação; c) permuta; d) investidura; e) venda a outro órgão da Administração etc.
Art. 23. A alienação de bens imóveis da União dependerá de autorização, mediante ato do Presidente da República, e será sempre precedida de parecer da SPU quanto à sua oportunidade e conveniência.
§ 1o A alienação ocorrerá quando não houver interesse público, econômico ou social em manter o imóvel no domínio da União, nem inconveniência quanto à preservação ambiental e à defesa nacional, no desaparecimento do vínculo de propriedade.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
§ 2o A competência para autorizar a alienação poderá ser delegada ao Ministro de Estado da Fazenda, permitida a subdelegação.
No que tange à regularização fundiária de áreas federais da Amazônia legal, destaca-se que a dispensa alcança a alienação e a concessão de direito real de uso.
O STF examinando situações de regularização fundiária legitimou leis estaduais que previam a alienação direta de áreas aos respectivos ocupantes, considerando tratar-se de hipótese de inexigibilidade de licitação, já que ausente a competitividade.
É possível a realização de leilão para a alienação de bens da Administração Pública, nos termos dos art. 17 e 19 da Lei n° 8.666/93.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: [...]
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:
- avaliação dos bens alienáveis;
- comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
- adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.
A lei permitiu a doação apenas para entidades administrativas (com exceção do previsto nas alíneas f, h e i do art. 17, I - referentes a programas habitacionais do governo e programas de regularização fundiária).
No julgamento da ADI 927-3, o STF entendeu que a União extrapolou sua competência legislativa para a edição de normas, ao regular os bens de outras unidades federativas no art. 17, inciso II, "b" e "c" (doação de bem imóvel e permuta de bem móvel). Assim, o Supremo deu interpretação conforme a tais dispositivos, decidindo que somente se aplicam em âmbito federal.
ADI 927-3 / STF
CONSTITUCIONAL. LICITAÇÃO. CONTRATAÇÃO ADMINISTRATIVA. Lei n. 8.666, de 21.06.93. I. - Interpretação conforme dada ao art. 17, I, "b" (doação de bem imóvel) e art. 17, II, "b" (permuta de bem movel), para esclarecer que a vedação tem aplicação no âmbito da União Federal, apenas. Identico entendimento em relação ao art. 17, I, "c" e par. 1. do art. 17. Vencido o Relator, nesta parte. II. - Cautelar deferida, em parte.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;
venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
Há exceções no que tange ao regime de inalienabilidade relativa, exemplo art. 225, §5° da CRFB.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 5° - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
Questão de concurso - Tribunal Regional Federal 2^ Região - 2009
Assinale a opção correta acerca dos bens públicos
São bens do domínio público do Estado considerados afetados a uma finalidade pública os de uso comum do povo e os dominicais.
Em execução de título executivo judicial na qual a União tenha sido condenada a pagar valor elevado, o exequente pode requerer ao juiz a penhora de bem da executada, desde que não tenha destinação pública.
Os bens de uso comum que têm como característica a inalienabilidade absoluta são imprescritíveis
O bem imóvel dominical da União pode ser alienado, desde que se demonstre interesse público e haja prévia avaliação, autorização legislativa e regular procedimento licitatório.
a utilização de uma rua, durante 24 horas, pela comunidade, para a comemoração de festejos regionais, caracteriza uso normal de bem público.
Resp.: d
Questão de concurso- Ministério Público Federal - 2012
Assinale o item verdadeiro
os bens de uso comum do povo são, por suas características e destinação, titularizados pelas pessoas políticas, não podendo ser geridos por pessoas da administração pública indireta;
as terras tradicionalmente ocupadas por inddígenas são bens de uso comum do povo, inalienáveis, imprescritíveis e indisponíveis, só podendo ter sua destinação alterada mediante autorização prévia do Congresso Nacional;
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Os terrenos de marinha são bens dominicais são bens dominicais, podendo ser, nessa condição, objeto de ocupação por particulares, mediante pagamento de prestação anual calculada com base no valor do domínio pleno do bem.
os bens públicos de uso especial destinam-se à prestação de serviços públicos ou à satisfação de necessidades internas da Administração, não podendo ser, em qualquer hipótese, consumidos por particulares.
Resp.: c
Questão de concurso - Tribunal Regional Federal - 15 Região - 2013
Bens públicos não podem ser desapropriados, razão pela qual a União, estados e municípios não podem desapropriar bens pertencentes a qualquer ente federativo.
Resp.: Errado
Questão de concurso - Tribunal Regional Federal - 4^ Região - 2010
O ajuizamento de ação contra o foreiro, na qual se pretende usucapião do domínio útil do bem, não viola a regra de que os bens públicos não se adquirem por usucapião, prevista no artigo 183, § 3°, da Constituição Federal.
Resp.: Certo
Forma de aquisição dos bens públicos
Contratual
A aquisição contratual se procede por normas de direito privado, porém derrogadas em alguns aspectos por regras públicas. É necessária licitação, prévia dotação orçamentária etc. Além disso, os contratos não transferem a propriedade. O que irá transferir será a tradição, no caso de bens móveis, ou o registro, no caso de imóveis.
O município ou o DF e a União poderão adquirir bens causa mortis através da herança, nos casos do art. 1844 e herança jacente, 1822 ambos do CC.
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementaçãodo estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão.
Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou tendo eles renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal.
Natural
Decorrente de fenômenos da natureza como aluvião e avulsão.
Jurídicas
A aquisição jurídica decorre de situações a que a lei confere efeito especial translativo.
A Administração poderá adquirir bens através da Lei de Loteamento (Lei n° 6766/79) que dispõe sobre parcelamento do terreno urbano e a reserva a criação de ruas e praças.
Além disso, poderá receber os bens que são instrumentos do crime como efeito genérico e automático da pena, nos termos do art. 91, II do CP.
Art. 91 - São efeitos da condenação: [...]
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:
dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
O art. 18 da Lei de improbidade administrativa (Lei n° 8.429/92) estabelece a perda do bem havido ilicitamente.
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
A reversão dos bens é outra forma de aquisição de bens pelo Estado e possui previsão art. 35, §1° Lei n° 8.987/95.
Art. 35, [...] § 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
O confisco possui previsão no art. 243 da CRFB e incidirá nas glebas localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicos e valores econômicos decorrentes do tráfico.
Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.
Gestão dos bens públicos
A gestão não inclui o poder de alienação, oneração e aquisição dos bens segundo Hely Lopes Meirelles e Carvalho Filho.
A gestão dos bens públicos é regulada pelo direito público. Eles podem ser usados por seus próprios donos, ou por particulares.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro diferencia quanto à destinação dada aos particulares quanto ao uso normal e o uso anormal do bem público. O uso normal se destina ao uso principal, exemplo, rua para tráfego de veículos; o uso anormal é realizado de forma diferenciada, embora não haja prejuízo, exemplo, fechar rua para realização de uma festa.
José dos Santos Carvalho Filho destaca que uso anormal ou quando se tratar de hipóteses especiais de uso normal será necessária autorização estatal específica para que o uso do bem seja legítimo.
Forma de uso
A forma de uso poderá ser comum ou especial
A forma de uso será comum se destina aos bens de uso comum do povo e os de uso especial, por exemplo, acesso a uma repartição de pública de aberta ao público. Por sua vez, o a forma de uso especial, o sujeito irá se submeter a normas específicas e consentimento estatal.
A doutrina majoritária, defendida por Maria Sylvia Zanella Di Pietro entende que o uso remunerado de bem de uso comum não o descaracteriza como tal, conforme art. 103 do CC. José dos Santos Carvalho Filho e Hely Lopes Meirelles, em
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
sentido diverso, compreendem que o art. 103 comporta impropriedade legislativa, isto é, se o uso for remunerado o bem passa a ser de uso especial.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
O uso compartilhado é aquele em que pessoas públicas ou provadas, prestadoras de serviços públicos, precisam utilizar-se de espaços integrantes de pessoas diversas. Essa situação é comum em serviços públicos, exemplo, compartilhamento de infraestrutura de dutos de comunicações instalados no subsolo.
Observação: Os cemitérios podem ser públicos ou privados. A dominilialidade privada não afasta o forte controle estatal, em razão questões como higiene e saúde púbica.
Os terrenos dos cemitérios públicos pertencem, em regra, aos municípios e apenas de forma excepcional aos demais entes federativos.
O serviço funerário pode ser prestado de forma direta ou indireta. Há duas relações jurídicas subjacentes ao direito de uso: direito geral de uso que decorre da relação entre município e concessionário; e o direito especial de uso que se desenvolve entre o concessionário e administrado e que gera para o administrado o direito a sepultura (ou ius sepuchri).
Essa contratação pode ter por objeto direito de natureza pessoal de uso temporário (contrato de arrendamento de sepulturas) ou natureza de direito real e ser perpétuo.
2° horário
Formas de uso privativo dos bens públicos
Elas incidem sobre qualquer uma das três categorias de bens públicos.
As formas são impróprias e não incidem sobre bens privados, ainda que pertençam a entes estatais.
O uso privativo possui quatro características:
privatividade,
instrumentalidade formal,
precariedade do uso,
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
sujeição ao regime de direito público, apenas para as formas de direito
público.
Autorização de uso de bem público
A autorização de uso de bem público é ato administrativo discricionário, precário, o interesse primordial é o interesse do particular, independe de lei e não se exige licitação.
Será concedida em caráter gratuito ou oneroso, por tempo determinado ou indeterminado. Se concedida por tempo determinado, haverá autorização qualificada e diante o prazo determinado, os autores entendem que irá trazer ao particular estabilidade, afastando a discricionariedade administrativa.
Exemplos: autorização para uso de terreno baldio e autorização de retirada de água proveniente de fonte não aberta ao público.
O art. 9° da MP 22.20/2001 criou um novo tipo de autorização: a autorização de uso de natureza urbanística.
Art. 9o É facultado ao Poder Público competente dar autorização de uso àquele que, até 30 de junho de 2001, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinqüenta metros quadrados de imóvel público situado em área urbana, utilizando-o para fins comerciais.
§ 1o A autorização de uso de que trata este artigo será conferida de forma gratuita.
§ 2o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentarsua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 3o Aplica-se à autorização de uso prevista no caput deste artigo, no que couber, o disposto nos arts. 4o e 5 desta Medida Provisória.
Essa forma de autorização tem regime jurídico próprio:
Na autorização de uso urbanística, a discricionariedade é restrita. Ela somente pode ser concedida mediante atendimento aos requisitos.
A autorização não é revogável, logo não existe precariedade.
Nessa hipótese, há uma ligação mais intensa ente particular e imóvel.
Requisito temporal, até 30 de junho de 2001
Requisito espacial, imóvel urbano de até 250 m2.
Finalidade comercial.
Algumas situações o legislador previu que a autorização pode proceder em local diverso do ocupado pelo particular.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Permissão de uso de bem público
Trata-se de ato administrativo unilateral, discricionário, precário, porém os tribunais conferem maior estabilidade para a permissão.
Na permissão, há equilíbrio dos interesses do estado e do particular.
O interesse coletivo deverá ser resguardado, pois se o particular não usar o bem pode ser revogada a permissão. Haverá indenização quando for condicionada a atividade do particular ou determinada por prazo certo.
A licitação será necessária sempre que possível e havendo diversos interessados.
A permissão tem caráter personalíssimo, logo é vedada sua transmissão a terceiro, sem que haja consentimento expresso da autoridade permitende, consoante art. 17, I, "f" e "h" da Lei de licitações.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
- quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: [...]
alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; [...]
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
Concessão de uso de bem público
Trata-se de contrato discricionário, pois existe exame de conveniência e oportunidade. Normalmente se destina atividades de maior vulto.
O interesse prevalente na concessão será irrelevante. Importa apenas a forma contratual.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
No caso de concessão, a licitação é necessária, sendo inexigível quando não houver possibilidade de competição. Ela pode ser gratuita ou onerosa.
Existe seguimento doutrinário que afasta a possibilidade da Administração usar de regime privado. Esse entendimento é equivocado, pois a própria lei excepciona.
Para a concessão de uso de bem público será sempre por prazo determinado. Exemplo: restaurante em aeroporto.
Concessão de direito real de uso
A concessão de direito real de uso é contrato administrativo pelo qual o poder público confere ao particular um direito real resolúvel de uso de terreno público ou sobre espaço aéreo que o recobre para fins que prévia e determinadamente o justificou. Regulado pelo Decreto Lei n° 271/67. Entre os objetivos do instituto está a regularização fundiária, aproveitamento sustentável das várzeas, a preservação das atividades tradicionais e seus meios de subsistência.
Também está previsto no art. 1225, XII do CC.
Art. 1.225. São direitos reais: [...]
XII - a concessão de direito real de uso.
Essa modalidade exige lei autorizadora e licitação na modalidade concorrência. Sendo dispensada nas hipóteses do art. 17, §2° da Lei de licitações.
Art. 17, [...] § 2o A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar- se:
- a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel;
- a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na Amazônia Legal, superior a 1 (um) módulo fiscal e limitada a 15 (quinze) módulos fiscais, desde que não exceda 1.500 ha (mil e quinhentos hectares);
concessão de direito real de uso de imóveis em favor de outro órgão ou pessoa administrativa ou a pessoa natural que haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na Amazônia Legal, superior a 1 (um) módulo fiscal e limitada a 15 (quinze) módulos fiscais, desde que não exceda 1.500ha (mil e quinhentos hectares);
direito real sobre imóveis residenciais, ou de uso comercial de âmbito local, com área de até 250m2, ser concedido em função de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos pela Administração. A
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
situação da dispensa de licitação quando o direito real recair sobre imóveis residenciais.
Pode ser gratuita ou onerosa.
Concessão de direito real de uso se assemelha a concessão de uso, mas se difere em dois pontos:
concessão de uso se traduz de caráter pessoal e outra de direito real, enquanto no presente tipo de concessão de uso é outorgado ao concessionário direito real;
concessão de uso de direito real traduz interesse social, na concessão de uso comum nem sempre esses fins nem sempre esses fins estão presentes.
Apenas podem ser objeto da concessão de direito real de uso terrenos públicos que não existam benfeitorias ou que haja espaço aéreo acima da superfície.
É possível instituir direito de garantia (art. 1473, IX do CC). O direto real de garantia fica limitado a duração do prazo do contrato administrativo.
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca: [...]
IX - o direito real de uso;
Além disso, a concessão de direito real de uso e transmitida inter vivos ou causa mortis. Apesar da transmissibilidade os fins da concessão devem ser observados.
O instrumento é a escritura pública ou termo administrativo. É preciso lei autorizadora e licitação prévia.
A concessão de direito real de uso representa mecanismo de salvaguarda do patrimônio da administração, pois o bem continua pertencendo ao patrimônio do ente estatal.
Concessão de uso para fins de moradia
O art. 183, da CRFB instituiu a usucapião de imóvel urbano, mas esse instituto se refere apenas a imóveis urbanos de propriedade privada. Como os bens públicos não podem ser usucapidos a MP 2.220/01 instituiu esse instrumento para os mesmos, com o objetivo de atender a necessidades de politica urbana.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro

Outros materiais