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Psicologia Jurídica Aula 01
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Assuntos tratados:
1° Horário.
S Psicologia Jurídica / Psicologia e Comunicação 2° Horário.
S Teoria do Conflito / Resolução de Conflitos / Mediação 3° Horário.
S Obtenção da Verdade Judicial / Problemas Atuais da Psicologia Jurídica / Assédio Moral / Assédio Sexual
1° horário
Psicologia Jurídica
Psicologia e Comunicação
Quanto ao aspecto morfológico, por psicologia tem-se: Psykhé (Alma) + Lógos (Estudo).
Psicologia é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano e animal.
A psicologia possui outros ramos de atuação e, além de uma ciência, pode ser ainda uma disciplina acadêmica ou uma profissão.
A psicologia, enquanto ciência, proporciona ferramentas ao Direito para o entendimento do comportamento humano.
O corpo e a mente são estudados de forma integrada e, não, separadamente.
A Psicologia é uma observação e experimentação passo a passo.
A psicologia observa comportamentos abertos (visíveis a todos: forma de vestir, cor do cabelo, alimentação) ou fechados (não visíveis: felicidade, tristeza, bondade), que são processados de forma consciente ou inconsciente.
O objetivo final é a saúde mental do indivíduo para que este possa ter uma boa qualidade de vida.
A resolução dos problemas psicológicos significa uma situação melhor de relacionamento com a sociedade, família e consigo mesmo (com seus pensamentos, desejos e sentimentos).
Filosofia do Direito
Aula 3
As áreas de atuação do psicólogo jurídico são as seguintes:
1
Acesso nosso site: www.cursoenfase.com.br
Acesso nosso site: www.cursoenfase.com.br
12
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Enigmas;
Atua onde existir violação ou desrespeito ao ser humano como cidadão;
Lida com sofrimento e contingências adversas;
Oferece subsídios para as decisões judiciais;
"Tateia" a "verdade";
Analisa e interpreta contingências de vidas;
Atenta para o relato da pessoa e sua linguagem de corpo.
A importância da psicologia jurídica teve grande crescimento frente às complexidades dos litígios, o aumento da violência urbana, as questões sociais, culturais, familiares, dentre outras.
As questões jurídicas estão relacionadas a uma conduta humana.
As funções da psicologia jurídica são as seguintes:
S Colaborar no planejamento e execução de políticas públicas;
S Direitos humanos;
S Prevenção da violência;
S Desenvolver trabalhos de	intervenção (apoio, mediação,
aconselhamento psicológico,	orientação,	encaminhamento e
prevenção).
A negociação comunicativa é fundamental para um bom desenvolvimento na psicologia e devem se observar as seguintes atuações:
S Pedir que se expresse (a pessoa deve se expressar nos seus próprios termos);
S Escutar;
S Investigar para entender;
S Poder dizer não;
S Agir e não reagir;
S Expressar o que se deseja;
S Explicar e esclarecer;
S Resumir o escutado.
Há, ainda, a psicologia aplicada ao judiciário.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Existem vários fatores que levam o indivíduo a almejar a magistratura, por ser uma carreira atraente, quais sejam: remuneração, vitaliciedade, independência funcional, ascensão profissional e social e aposentadoria diferenciada.
2° horário
O recrutamento para aquele que deseja a psicologia aplicada ao judiciário ocorre por meritocracia, mediante concurso público, em regra, inclusive para os cargos do Ministério Público, Defensoria Pública, dentre outros.
Entretanto, há exceções para o ingresso na carreira, que não ocorrem mediante concurso público, como por exemplo, o quinto constitucional. Ressalta-se que não há eleição para que alguém ocupe um cargo no judiciário.
Quanto ao quadro atual da magistratura, deve-se destacar as seguintes observações: uma tendência à homogeneidade do perfil, poucas discussões sobre o perfil do magistrado e código explícito de conduta (relacionado à ética da magistratura).
Há grande complexidade do ofício de julgar. Dentre as reclamações dos juízes, observam-se as seguintes:
S Atividade "sofrível";
S Remuneração aquém da função;
S Condições precárias de trabalho;
S Leis inadequadas;
S Acúmulo de processos;
S Distanciamento das cúpulas;
S Influência da mídia.
A psicologia sobre o judiciário analisa o ato de julgar com base nos seguintes critérios:
S Para julgar um ser humano, o juiz deve ser humano;
S Problema do excesso de técnica;
S Ênfase na interdisciplinaridade e na sensibilidade;
S Multifocalização do problema;
S Horizontalização da relação com advogados, partes e servidores;
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
S Efeitos da linguagem (verbal e corporal);
S Papel das Escolas de Magistratura.
De acordo com a psicologia jurídica, há alguns aspectos para a configuração de uma boa sentença.
S Sentença é uma operação mental do magistrado, então, enseja emoção e sensibilidade;
S Juiz deve ser capaz de criar empatia e alteridade, pois ele deverá fazer escolhas;
S Ricaséns Siches afirma que o juiz decide por intuição e sentimento, e não por inferência ou silogismo;
S Projeção da personalidade do juiz sobre a decisão;
S Decisão judicial não é produto extraído exclusivamente da lei.
Ademais, também existem alguns desafios para se formular uma boa sentença, quais sejam:
S Analisar a verdade real à luz da verdade processual;
S Expor a argumentação na síntese com absoluta clareza;
S Analisar e julgar todos os pedidos formulados pelo autor e pelo réu;
S Lidar de forma inovadora com a quantidade de processos;
S Preservar a imparcialidade.
Teoria do Conflito
Conflitos são impasses entre as pessoas.
A psicologia tem se dedicado a refletir sobre processos construtivos de soluções de conflito. A psicologia jurídica sustenta três pressupostos:
Estimular as partes a desenvolverem soluções criativas que permitam a compatibilização de interesses aparentemente contrapostos;
Pela capacidade das partes ou do condutor do processo de motivar todos os envolvidos para que prospectivamente resolvam as questões sem atribuição de culpa;
Pela disposição das partes ou do condutor do processo de abordar além de questões juridicamente tuteladas, todas e quaisquer questões que estejam influenciando a relação das partes.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
O conflito possui vários sentidos.
S Profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes;
S Choque, enfrentamento;
S Ato ou efeito de divergirem acentuadamente ou de se oporem;
S Contestação recíproca entre autoridades pelo mesmo direito, competência ou atribuição.
No âmbito judicial, um conflito de opostos se apresenta diante do juiz, que deverá ouvir as falas das partes como duas verdades ou duas ficções sobre o tema em debate.
Existem cinco estratégias de negociação quanto aos conflitos, vide quadro
abaixo.
Resolução de Conflitos
Existem mecanismos judiciais e extrajudiciais de resolução de conflitos.
Os métodos alternativos de solução de conflitos são chamados de métodos extrajudiciais ou consensuais.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor emsala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
O método judicial é o mais utilizado no Brasil, pois há judicialização da política e relações sociais (art. 5°, XXXV, CRFB/88).
Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
O método judicial é adversarial, com decisão polarizada e baseada em norma jurídica.
Os métodos alternativos são formas utilizadas pelas partes para pacificar um determinado litígio, sem a necessidade de utilização de um processo judicial perante o Judiciário. As principais modalidades são a arbitragem e a mediação.
Mediação
É processo não adversarial, confidencial e voluntário, no qual um terceiro imparcial facilita a negociação entre duas ou mais partes e auxilia na construção de um acordo mutuamente satisfatório.
Os Princípios basilares da mediação são a autonomia da vontade e empoderamento.
O mediador é um terceiro imparcial que, por meio de uma série de procedimentos próprios, auxilia as partes em conflito a identificarem interesses comuns e a construírem, em conjunto, alternativas de solução visando o consenso e/ou a realização do acordo.
Os atributos da mediação são a imparcialidade, credibilidade, competência e confidencialidade.
3° horário
Os benefícios da mediação são os seguintes:
S Celeridade;
S Empoderamento;
S Preservação da autoria;
S Co-responsabiliade nas decisões construídas;
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
S Atendimento dos interesses mútuos;
S Redução do custo emocional e financeiro;
S Sigilo e privacidade;
S Prevenção na formação e reincidência de conflitos;
S Fluidez na comunicação;
S Melhoria no relacionamento intergrupal e interpessoal.
Os requisitos básicos da mediação são o objeto negociável, o desejo de negociar e os interesses compatíveis.
Há obstáculos para a mediação:
S Ser impaciente;
S Argumentar mais que escutar ou tentar compreender o outro;
S Deixar-se guiar unicamente pelos aspectos emotivos da situação;
S Recusar-se a dar informações;
S Intimidar ou deixar-se intimidar;
S Intensificar os ataques pessoais;
S Prender-se a discussões sem importância.
Obtenção da Verdade Judicial
A obtenção da verdade real é um desafio das carreiras jurídicas. Há diversas formas de se tentar obter o que, de fato, ocorreu.
Psicologia do testemunho: A prova testemunhal é de grande importância, o testemunho abrange diversas formas de linguagem e necessita de tempo para decisão e análise.
Há técnicas que auxiliam na obtenção da verdade real, quais sejam:
S Verificar pontos de convergência (elementos comuns);
S Tempo que a testemunha esteve frente aos fatos;
S Idade da testemunha (idoso, jovem, criança);
S Verificar estado da testemunha (fadiga, stress);
S Profissão da testemunha;
S Visão possui preponderância sobre olfato e audição.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
De acordo com a psicologia, a testemunha ideal deve possuir algumas características específicas, tais como: Interpretação, emotividade, interesse (em grau mínimo); nível cultural, lógica (em grau médio) e; memorização, linguagem (em grau máximo).
A valoração do testemunho ocorre mediante a observação dos seguintes critérios:
S Qualquer percepção sempre é uma análise parcial da situação;
S Estados emotivos (amor, ódio, ciúme, cólera, inveja);
S Posição de interesse da testemunha (amizade, parentesco);
S Influência do tempo;
S Influência do primeiro depoimento;
S Influência do inquiridor;
S Depoimentos sucessivos (narração de outra testemunha);
S Depoimento espontâneo e resultante de interrogatório (perigo de perguntas com respostas implícitas);
S Distância em que se pode reconhecer uma pessoa;
S Influência do ambiente;
S Influência da cultura e da situação econômica da testemunha;
S Multidão;
S Quem arrolou a testemunha;
S Comportamento da testemunha durante a tomada de seu depoimento;
S Testemunha profissional;
S Acareação.
O testemunho baseado em mentira consciente pode ser influenciado pelo medo, interesse, afeto, vingança, corrupção, paixão, vaidade, dentre outros.
Para a psicologia jurídica, o juiz deve realizar comportamentos ideais quando ouvir um testemunho, quais sejam:
Não estar imbuído de prejulgamento;
Saber ouvir (postura desarmada, neutro);
Não buscar provar o que entende ter acontecido;
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Consciência de que a prova não se destina somente ao convencimento do Juiz singular, mas também ao Tribunal;
Retratar com fidelidade as declarações prestadas pelas partes e testemunhas;
Perigo de estar dando a sua visão a respeito dos fatos, emprestando relevância a alguns aspectos em detrimento de outros, afastando-se do que realmente foi relatado;
Ter paciência ao inquirir (ouvir com interesse e atenção, sem provocar inibições);
Vencer os obstáculos da posição, ambiente e situação da testemunha;
Perguntas genéricas no início;
Após, relato global (indagações específicas acerca de pontos dúbios, lacunosos, contraditórios);
Não fazer perguntas inibitórias, que revelem desaprovação ou o julgamento acerca dos fatos;
Não interromper a testemunha;
Deve buscar a complementação dos pontos faltantes;
Não formular perguntas tendenciosas, induzindo respostas, nem autorizar que os advogados assim procedam;
Deve evitar discutir, convencer, impor sua autoridade;
Não dizer se está certa ou errada a informação prestada;
Não deve menosprezar a parte ou indicar eventuais erros do advogado.
Diante de um testemunho que envolva mentira, o juiz deverá se portar das seguintes formas:
S Não deve irritar-se, nem demonstrar, desde logo, que está percebendo a existência de inverdades;
S Deve, sem perder a elegância e a calma, solicitar detalhes, pois, por mais que tenha preparado a versão, não terá condições de suprir o que só a riqueza da vida pode propiciar;
S Observar quando a testemunha busca socorro, olhando para quem a orientou;
S Observar quando a testemunha busca ganhar tempo, simulando não ter entendido a pergunta. Tosse, mostra sinais corporais;
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
S Observar se a testemunha, ao sair, olha para quem a orientou, como a perguntar se desempenhou bem o papel confiado.X C U R 5 O
ÊNFASE
Problemas Atuais da Psicologia Jurídica
Os problemas atuais da psicologia jurídica com reflexo no Direito se referem a diversos conteúdos, entretanto, primordialmente, destacam-se o assédio sexual e o assédio moral.
Assédio Moral
O assédio moral existe há muito tempo e basta que existam relações de trabalho, sobretudo quando hierarquizadas.
Cumpre ressaltar algumas conclusões obtidas através de estudo divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT):
S A violência moral no ambiente de trabalho é um fenômeno internacional;
S 8% (oito por cento) dos trabalhadores da União Européia sofreram assédio moral (12 milhões).
O assédio moral consiste na exposição do trabalhador a situações de constrangimento, humilhação, degradação, menosprezo, inferiorização, ridicularização, culpabilidade, descréditodiante dos colegas e afins.
Existem algumas características do assediador que merecem relevância.
O assediador, na maioria dos casos, é um superior hierárquico. Mas há, também, colegas de trabalho que, por se acharem em "situações privilegiadas", corroboram com a prática e, até mesmo, a incentivam ou a exercitam diretamente.
O assediador pode caracterizar-se pela agressividade, muito embora também possa adotar atitudes menos explícitas, tais como desprezo, ironia, "superioridade".
As principais vítimas de assédio moral são os empregados com estabilidade, afastados por licença-médica, portadores de LER (lesão de esforço repetitivo), mulheres e empregados com salário elevado (rescisão onerosa).
Com base em estudos realizados através da psicologia jurídica, definiram-se algumas estratégias utilizadas pelo assediador com a vítima de assédio moral, quais sejam:
S Isolar a vítima do grupo;
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
S Impedi-la de se expressar, sem explicar o porquê;
S Responsabilizá-la publicamente, por falhas, fazendo comentários de sua incapacidade, inclusive, em relação a outras situações, como a vida social ou familiar;
S Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar a vítima, diante de seus colegas de trabalho;
S	Desestabilizar emocional e profissionalmente a vítima, levando-a
gradativamente a perder a sua autoconfiança, o seu interesse e a sua disposição pelo trabalho;
S Estabelecer uma vigilância acentuada e constante sobre tudo o que a vítima faz no ambiente de trabalho (patrulhamento);
S	Impor ao coletivo a sua "autoridade", a fim de aumentar a
produtividade, ampliando/forçando a exclusão da vítima.
Diante de tais fatos, há medidas preventivas que devem ser realizadas.
Conscientização dos empregados, envolvendo todos os níveis hierárquicos da empresa, sobre a existência do problema, sua considerável freqüência e a possibilidade dessa prática ser evitada;
Adoção de um código de ética, que vise ao combate de todas formas de discriminação e de assédio moral ;
A difusão do respeito à dignidade e à cidadania, que se exige dos empregados;
Manter sempre ativa algumas urnas de sugestões, reclamações e denúncias anônimas (ouvidoria);
Apresentar metas proporcionais as condições do trabalhador;
Verificar se a função desempenhada por seus empregados corresponde a função contratada;
Entrevistar os empregados demitidos e principalmente os que solicitaram dispensa da empresa.
Assédio Sexual
O assédio sexual se caracteriza pelo abuso do poder.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Assedia-se alguém com violação de dever do cargo, ministério ou profissão, exigindo, direta ou indiretamente, prestação de favores sexuais como condição para criar ou conservar direito, ou para atender a pretensão da vítima.
Diferentemente de relação amorosa no trabalho, o assédio sexual se configura por chantagem.
A relação amorosa diz respeito a uma experiência sentimental e conta com a conquista ou a sedução do outro, o que implica em sua concordância voluntária.
O assédio utiliza intimidação e pode ensejar punição ou consequências laborais se não for atendido.
Quando o indivíduo estiver diante de assédio sexual, deve tomar algumas atitudes, quais sejam:
S Registrar todas as humilhações impingidas (detalhes como data, forma, testemunhas, etc.);
S Dar visibilidade ao assédio (procurando outras vítimas do mesmo agressor e informando colegas sobre os fatos);
S Evitar contato com o agressor quando não há testemunhas e, no caso de assédio sexual, deixar clara sua recusa ao assediador;
S Exigir que "determinadas" ordens sejam feitas por escrito;
S Arquivar documentos (piadinhas e folhetos afixados em quadros).
S Comunicar ao setor/responsável superior, por escrito e com cópia e protocolo, os atos do agressor (caso exista resposta do setor ou do agressor, arquivá-la);
S Procurar a sua entidade de classe e relatar o acontecido e fazer o mesmo em outras instâncias (Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos; Centro de Referência em Saúde dos Trabalhadores; Delegacia de Mulheres ou outra Delegacia);
S Procurar apoio recorrendo a médicos, assistentes sociais ou psicólogos e contar a humilhação sofrida;
S Sempre buscar apoio de familiares, amigos e colegas;
Afeto e solidariedade são fundamentais para recuperação da autoestima e da dignidade enfraquecidas pelo assédio.

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