Buscar

Tributos em espécie 296 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 296 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 296 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 296 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 1
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
2
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
1
Assuntos tratados:
S Introdução ao Direito Tributário / Noções Históricas
S Conceito de Tributo / Críticas ao Conceito Legal do art. 3°, CTN / Análise do Conceito de Tributo / Prestação / Pecuniária / Em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa Exprimir / Dação em Pagamento / Compulsória / Que Não Constitua Sanção de Ato Ilícito / Extrafiscalidade / Princípio do Non Olet / Direito Penal Tributário e Direito Tributário Penal / Instituída em Lei / Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada
S Espécies Tributárias / Histórico / Classificação Tripartite / Classificação dos Tributos Segundo a Constituição de 1988 / Notas Sobre o Pedágio / Selo-pedágio
Introdução ao Direito Tributário
Noções Históricas
A palavra tributo vem do latim tribuere, que significa "dividir por tribos, repartir, distribuir, atribuir" (Luciano Amaro), representando o tributum "o resultado da atuação estatal, indicando o ônus distribuído entre os súditos".
Nessa acepção bastante ampla pode-se afirmar que a noção de tributo se perde no tempo e no espaço, de modo que a sua noção mais primitiva não se amolda aos contornos atuais do instituto. O termo lembra Luciano Amaro, já foi utilizado para conceituar "desde os pagamentos em dinheiro ou bens, exigidos pelos vencedores aos povos vencidos (à semelhança das modernas indenizações de guerra) até a cobrança junto aos próprios súditos, ora sob o disfarce de donativos, ajudas, contribuições para o soberano, ora como um dever ou obrigação".
O	tributo pode ser considerado, assim, tão antigo quanto a própria comunidade humana.
Nesse sentido, destaca Bernardo Ribeiro de Moraes, que "Tributo, assim, oferece a ideia da carga pública distribuída entre o povo (tribo), podendo ser caracterizado, também, como uma exigência da autoridade para com os seus subordinados, a fim de atender o interesse coletivo. O objeto dessa exigência não é representado, no tempo e no espaço, apenas por uma prestação in pecunia (moeda ou dinheiro), abrangendo, também, os demais tipos de prestações: in natura ou in specie (frutos, cereais, milho, animais, peixes, metais, cobre, vinho, azeite, forragens para animais, gêneros alimentícios etc.) e in labore (qualquer serviço não remunerado
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
prestado obrigatoriamente, fazer farinha, alojar nobres e militares, fazer comida para
as tropas, trabalhar na construção de prédio sagrado, reparar pontes etc.)".
No Brasil, o início da atividade tributária do Estado se deu logo no início da exploração econômica da colônia, em especial do pau-brasil. A atividade extrativa da madeira nobre, desde logo, despertou o interesse da Coroa Portuguesa que o considerou "bem de monopólio real" e proibiu os particulares, sem licença expressa, de cortar a madeira, sob pena de morte e confisco dos bens.
A partir de então, somente através de contrato expresso com a Coroa Portuguesa é que o particular poderia obter a concessão para explorar o pau-brasil, sendo-lhe exigido em troca que erguesse fortificações ao longo da costa, iniciasse a colonização da nova terra - prestações in labore, portanto - e que entregasse a Coroa a quinta parte do produto da venda da mercadoria. Como em Portugal a moeda era o Real, não utilizado no Brasil, o quinto do pau-brasil era pago em madeira (prestação in natura).
Conceito de Tributo
A existência de um sistema tributário racional requer a definição e a delimitação exata do conceito de tributo e das espécies tributárias que compõem o seu ordenamento (natureza jurídica e regime jurídico aplicável).
Conforme Geraldo Ataliba "o conceito de tributo é nitidamente um conceito jurídico-positivo, em torno do qual irá se formar o Direito Tributário".
A construção de um conceito jurídico-positivo de tributo só é possível pela análise das normas jurídicas constitucionais, de modo que boa parte da doutrina sustenta que o conceito (a ideia) de tributo é, sobretudo, um conceito constitucional.
De acordo com Ricardo Lobo Torres, o tributo pode ser entendido como dever fundamental Sestabelecido pela Constituição no espaço aberto pela reserva de liberdade e pela Declaração dos Direito Fundamentais, sendo por eles delimitado e ao mesmo tempo servindo-lhes de garantia, sendo por isso o preço da liberdade, ou melhor, forma de custeio desta
A Carta Política de 1988, além de ter estruturado o sistema tributário nacional, com a previsão de princípios constitucionais, de regras de competência e da previsão de direitos e garantias individuais, estabeleceu no seu artigo 146, III, 'a', que cabe à lei complementar definir tributo.
CRFB, Art. 146. Cabe à lei complementar:
- estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
c/c
CTN, Art. 3° Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Na doutrina, há quem sustente que esta definição teria sido incorporada (constitucionalizada) pela Constituição de 1988 (sendo assim uma definição constitucional de tributo) - Ricardo Lobo Torres. Os autores que não chegam a tanto consideram que a definição do CTN é compatível com a Constituição e com a definição doutrinária de tributo Assim, dado o fato de que tal definição está contida no artigo 3° do CTN, este dispositivo foi recepcionado como lei complementar.
Críticas ao Conceito Legal do art. 3°, CTN
Para parte da doutrina, não é papel de lei estabelecer a definição de institutos jurídicos. Tal atribuição seria da doutrina (Hugo de Brito Machado).
Segundo as lições de Geraldo Ataliba, a existência de uma definição legal pode dar a impressão - inadequada - de que o legislador seria livre para definir tributo como bem entendesse.
Conforme destaca Paulo de Barros Carvalho, o art. 3° não tem uma função meramente descritiva (papel que caberia à "ciência do direito"), pois, ao mesmo tempo que define, o dispositivo também prescreve como devem ser os tributos no Brasil (função prescritiva do direito positivo).
Não obstante, no Brasil, a própria Constituição estabelece ser papel da lei complementar definir tributo, sendo a definição legal atualmente em vigor a contida no art. 3° do CTN.
A doutrina mais moderna sustenta a existência de parâmetros constitucionais de tributo, o que limita a função do legislador infraconstitucional.
Para Ricardo Lobo Torres, o conceito do CTN corresponde ao próprio conceito (e à definição) constitucional de tributo, pois a Constituição, ao mencionar "tributo", o fez levando em consideração tal dispositivo legal.
[1: 	Conceito e definição não se confundem. Conceito é uma ideia, sãoparâmetros, e não a definição de um instituto, que é a sua delimitação.]
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
Destarte, em que pesem as críticas acima apontadas, bem como as ponderações de Luciano Amaro, a doutrina majoritária entende adequada e compatível com a CRFB/88 a definição legal.
O	art. 3° do CTN, portanto, foi recepcionado pela constituição de 67 (EC 01/69) e pela CRFB/88 com status de lei complementar.
Análise do Conceito de Tributo
No Brasil, qualquer exigência, cobrança, obrigação que preencha todos os requisitos do art. 3° é tributo. Por outro lado, se faltar algum dos requisitos do art. 3°, a obrigação não poderá ser qualificada validamente como tributo.
CTN, Art. 3° Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, aue não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Prestação
O	tributo, para ser validamente instituído, deve ser objeto de uma relação jurídica de caráter obrigacional - a relação jurídica tributária (Ricardo Lobo Torres).
A relação jurídica tributária é a que, estabelecida por lei, une o sujeito ativo (Fazenda Pública) ao sujeito passivo (contribuinte ou responsável) em torno de uma prestação pecuniária (tributo) ou não-pecuniária (deveres instrumentais) - definição de Ricardo Lobo Torres.
De acordo com o professor Paulo de Barros Carvalho, a lei descreve, de maneira genérica e abstrata, determinadas hipóteses (aspecto material, temporal e espacial) que, ocorrendo na prática, geram o poder-dever do Estado de constituir o crédito tributário e cobrar o tributo do sujeito passivo ou o dever do contribuinte de declarar e constituir o crédito tributário e pagá-lo ao sujeito ativo.
As leis tributárias preveem, portanto, de um antecedente e consequente.
Exemplo: Ser proprietário de um imóvel (aspecto material), no dia 1° de janeiro (aspecto temporal), na zona urbana do Município do Rio de Janeiro (aspecto espacial) é o antecedente da regra jurídica tributária relativa ao IPTU, ou seja, é uma situação à qual a lei atribui como consequência o poder-dever do Fisco de constituir o crédito (lançamento) e consequentemente ao sujeito passivo (aspecto subjetivo) o dever de pagar uma determinada quantia (aspecto quantitativo) a título de IPTU. Em um sentido
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
mais amplo, o tributo pode representar toda a norma jurídica tributária. Em uma
acepção bem mais estrita, o montante a ser pago pelo contribuinte.[2: 	O professor Paulo de Barros Carvalho trata em seu Curso de Direito Tributário das diversas acepções da palavra tributo no Brasil - vide ANEXO I.]
Pecuniária / Em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa Exprimir
Prestação pecuniária significa prestação em dinheiro. Por isso, esse requisito pode ser conjugado com o contido na expressão utilizada pelo CTN "em moeda ou cujo valor se possa exprimir".
Há quem alegue ter havido um pleonasmo do legislador, uma redundância, não tendo a expressão valor algum (Luciano Amaro).
Outros autores entendem que essa expressão admitiria a indexação do tributo a determinado índice. Exemplo: UFIR. Desse modo, bastaria corrigir o valor da unidade de referência para que se alterasse o valor de todos os tributos previstos na referida unidade fiscal.
Para outros autores, a expressão admitiria a instituição de prestações tributárias in labore e in natura, ou, pelo menos, serviria como base para a previsão da dação em pagamento em matéria tributária.
Tributo in natura e in labore seriam aqueles instituídos por lei, sem qualquer referência a moeda, ou seja, aqueles cuja prestação devida seria a prestação de entregar um bem (diverso de dinheiro) ou prestar um serviço ao Estado. Não é possível a instituição do tributo in natura ou in labore no Brasil.
Nosso ordenamento até prevê alguns casos de prestação in labore: atuar como mesário nas eleições, atuar como jurado no Tribunal do Júri e o serviço militar obrigatório. Não são, contudo, prestações tributárias.
No passado, conforme destaca Bernardo Ribeiro de Morais, existiram diversas prestações não pecuniárias que tinham natureza tributária. Exemplo: construir pontes, alojar e alimentar tropas, entregar parte da produção, etc. No Brasil, por exemplo, existiu o "quinto" do pau-brasil e do ouro.
Atualmente, embora o art. 3° do CTN possa ser interpretado de maneira mais ampla (como, por exemplo, faziam alguns autores no passado, dentre eles Alfredo Augusto Becker), prevalece o entendimento no sentido de que a lei, ao instituir um tributo, deve necessariamente estabelecer como objeto da relação jurídica uma prestação pecuniária, ou seja, em dinheiro, ainda que o seu cumprimento possa se dar de outra forma - por exemplo, através da dação em pagamento.
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
Nesse sentido, a afirmação de Hugo de Brito Machado de que "o direito brasileiro desconhece os tributos in natura e in labore". Se houver previsão legal de outras prestações que não pecuniárias, estas não se enquadrarão no conceito de tributo. É dizer: a norma tributária não pode estabelecer uma prestação diversa de dinheiro, mas pode prever que o contribuinte se exonere através da entrega de um bem.
Dação em Pagamento
Tributo in natura ou in labore não se confunde com a figura da dação em pagamento. Tributo in natura, como já visto, significaria a imposição por lei de uma prestação de fazer algo ou de entregar um bem diverso de dinheiro. A dação em pagamento, por sua vez, significa a possibilidade de se extinguir uma obrigação (prestação pecuniária) mediante a entrega de um bem diverso de dinheiro.
O	art. 3° do CTN trata, na verdade, da prestação, e não da forma de sua extinção (dação em pagamento), mas já foi muito invocado como fundamento para a dação em pagamento antes de sua previsão no rol do art. 156 do CTN.
CTN, art. 156. Extinguem o crédito tributário:
- o pagamento;
- a compensação;
- a transação;
- remissão;
- a prescrição e a decadência;
- a conversão de depósito em renda;
- o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do
disposto no artigo 150 e seus §§ 1° e 4°;
- a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2° do artigo 164;
\IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
- a decisão judicial passada em julgado.
- a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições
estabelecidas em lei. (Incluído pela LC n° 104, de 10-1-2001)
Até 2001, não havia previsão da dação em pagamento no rol do art. 156 do CTN. Com a LC 104/01, passou a haver a previsão da dação em pagamento mediante a entrega de bens imóveis.
• Antes da LC 104/01: a doutrina majoritária entendia possível a dação em pagamento, pois:
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
O	art. 3° do CTN a autorizaria ("em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir");
O rol do art. 156 seria exemplificativo;
Quem pode o mais (remissão - perdão), pode o menos (dação);
A dação de pagamento seria forma de pagamento, prevista no art. 156,
I.
• Após a LC 104/01: a dação passou a estar prevista, mediante a entrega de bens imóveis.
Indaga-se, portanto,se é possível a dação em pagamento mediante a entrega de bens móveis.
Há julgado do STF entendendo que não, ao argumento de que haveria violação ao art. 156 do CTN (art. 146, III da CRFB) e à necessidade de licitação.
Informativo n° 136, STF
Extinção de Crédito Tributário
Deferida medida cautelar em ação direta ajuizada pelo Governador do Distrito Federal para suspender a eficácia da Lei 1.624/97, do Distrito Federal, que prevê o pagamento de débitos tributários das microempresas, das empresas de pequeno porte e das médias empresas, mediante dação em pagamento de materiais destinados a atender a programas de Governo do Distrito Federal. O Tribunal considerou juridicamente relevante a alegação de inconstitucionalidade sustentada pelo autor da ação por aparente ofensa à reserva de lei complementar para a definição das formas de extinção do crédito tributário (CF, art. 146, III, b) e à exigência de processo de licitação para a contratação de obras, serviços e compras pela administração pública (CF, art. 37, XXI). ADInMC 1.917-DF, rel. Min. Marco Aurélio, 18.12.98.
A ADIn veiculada no Informativo 136, acima destacado, data de 1998, e um dos argumentos apontados para afastar a lei distrital foi a ausência de previsão da dação em pagamento em lei complementar, nos termos do art. 146, III, b da CRFB.
Mais adiante, no Informativo 464, dando continuidade à ADIN, o STF voltou a afirmar a taxatividade do rol do art. 156 do CTN.
Informativo 464, STF
ADI e Pagamento de Débitos Tributários mediante Dação em Pagamento O Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Governador do Distrito Federal para declarar a inconstitucionalidade da Lei distrital 1.624/97, que dispõe sobre o pagamento de débitos das microempresas, das empresas de pequeno porte e das médias empresas, mediante dação em
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
pagamento de materiais destinados a atender a programas de Governo do
Distrito Federal. Entendeu-se que a norma impugnada viola o art. 37, XXI, da CF, porquanto afasta a incidência do processo licitatório, por ele exigido, para aquisição de materiais pela Administração Pública, bem como o art. 146, III, da CF, que prevê caber à lei complementar o estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária, eis que cria nova causa de extinção de crédito tributário.
ADI 1917/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 26.4.2007. (ADI-1917)
Por outro lado, há outro julgado do STF admitindo de forma genérica a dação em pagamento ao argumento de que o rol do art. 156 seria exemplificativo. Nos Informativos 260, 288 e 289, o STF admitiu a possibilidade de uma lei sul-rio-grandense estabelecer outras formas de extinção dos créditos tributários daquele Estado, além das previstas no art. 156 do CTN.
Informativo n° 260, STF
Crédito Tributário e Dação em Pagamento
Iniciado o julgamento de medida liminar em ação direta ajuizada pelo Governador do Estado do Rio Grande do Sul contra a Lei 11.475/2000 do mesmo Estado, que introduz alterações em leis estaduais relativas ao procedimento tributário administrativo e à cobrança judicial de créditos inscritos em dívida ativa da fazenda pública estadual. Inicialmente, o Tribunal, por maioria, indeferiu a suspensão cautelar do inciso III do art. 1° da Lei atacada, que cria, como modalidade de extinção de crédito tributário, a dação em pagamento. O Tribunal, alterando o entendimento proferido na ADInMC 1.917-DF (v. Informativo 136), considerou ausente a relevância jurídica da alegação de inconstitucionalidade por ofensa ao art. 146, III, b, da CF ("Art. 146. Cabe à lei complementar: ... III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:... b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;"), por entender que o Estado-membro pode estabelecer regras específicas de quitação de seus próprios créditos tributários. Vencidos os Ministros Maurício Corrêa e Marco Aurélio que, reafirmando o que decidido na ADInMC 1.917-DF, deferiam a suspensão cautelar do dispositivo mencionado. Em seguida, o Tribunal, também por maioria, indeferiu o pedido de medida liminar quanto ao art. § 1° do art. 114 da Lei estadual 9.298/73, na redação dada pela Lei 11.475/2000 — que determina, quando feita a dação em pagamento e o bem oferecido não for suficiente para cobrir o débito, "o saldo eventualmente remanescente deverá ser pago de uma só vez, integralmente ou mediante moratória" — por considerar juridicamente irrelevante a alegada ofensa aos arts. 150, § 6°, e 155, § 2°, XII, g, da CF, por se tratar de norma pendente de regulamentação por meio de lei específica e por não ser a moratória hipótese de favor fiscal. Vencidos o Min. Maurício Corrêa, que deferia a liminar com base no precedente citado, e o Min.
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
Marco Aurélio, que também deferia a liminar para suspender a expressão "ou mediante moratória", contida no mencionado § 1° do art. 114 por entender que a moratória é um benefício que instala a guerra fiscal, ofendendo, aparentemente, o art. 155, § 2°, XII, g, da CF — que exige, em se tratando de ICMS, a celebração de convênio entre os Estados para a concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais. Em seguida, verificada a quebra do quorum, o julgamento foi suspenso. ADInMC 2.405-RS, rel. Min. Ilmar Galvao, 14.3.2002. (ADI-2405)
Resta saber se, diante do que estabelece o art. 146, III, b da Constituição, o rol do art. 156 o CTN é ou não taxativo.
CRFB, art. 146. Cabe à lei complementar:
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre:
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
Como se viu, a questão é controvertida, e há julgados contraditórios do próprio STF a respeito da matéria. Podemos resumir o tema da dação em pagamento em três perguntas básicas.
CO É possível o pagamento de tributos:
Mediante dação em pagamento de bens imóveis? - Sim, desde que haja uma lei própria (federal, estadual ou municipal) que a autorize.
Mediante a entrega de bens móveis? - Não, pois, além de não estar prevista no rol do art. 156 do CTN, tal modalidade de extinção do crédito tributário violaria a necessidade de licitação.
Através da prestação de serviços? - Não há decisão do STF. Em tese, não é possível, por não representar a forma de contratação de serviços pelo Estado prevista na Constituição.
Compulsória
Para Luciano Amaro, toda relação jurídica de caráter obrigacional envolve uma prestação compulsória. Para este autor, houve uma impropriedade do legislador, na medida em que "prestação" e "compulsória" são expressões redundantes.
Não obstante isso, a maioria da doutrina utiliza a expressão para justificar que a obrigação tributária tem natureza ex lege, e não ex voluntate. Assim compreende, por exemplo, Bernardo Ribeiro de Morais.
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
A obrigação tributária decorre da lei, ou seja, a lei prevê uma determinada
situação que, ocorrendo na prática, gera o dever do contribuinte de efetuar o
pagamento do tributo.
A doutrina costuma mencionar a compulsoriedade (natureza ex lege) como critério para distinção entre as taxas (natureza tributária) e os preços públicos e tarifas (natureza contratual). Os regimes jurídicos são distintos, vide Súmula 545 do STF.
Súmula 545
PREÇOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS E TAXAS NÃO SE CONFUNDEM, PORQUE ESTAS, DIFERENTEMENTEDAQUELES, SÃO COMPULSÓRIAS E TÊM SUA COBRANÇA CONDICIONADA À PRÉVIA AUTORIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, EM RELAÇÃO À LEI QUE AS INSTITUIU. [3: 	ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 3. ed. rev., atual. ampl. Rio de Janeiro: Forense. São Paulo: Método, 2009.]
Tabela comparativa entre taxa e preço público3
	Taxa
	Preço público (tarifa)
	Regime jurídico de direito público;
	Regime jurídico de direito privado;
	O vínculo obrigacional é de natureza tributária (legal), não admitindo rescisão;
	O vínculo obrigacional é de natureza legal. Admite rescisão;
	O sujeito ativo é uma pessoa jurídica de direito público;
	O sujeito ativo pode ser uma pessoa jurídica de direito público ou privado;
	O vínculo nasce independentemente da manifestação de vontade (compulsório);
	Há necessidade de válida manifestação de vontade para o surgimento do vínculo (facultativo);
	Pode ser cobrada em virtude de utilização efetiva ou potencial do serviço público;
	Somente pode ser cobrado em virtude da utilização efetiva do serviço público;
	A receita arrecada é derivada;
	A receita arrecadada é originária;
	Sujeita-se aos princípios tributários (legalidade, anterioridade, noventena, etc.).
	Não se sujeita aos princípios tributários.
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFASE
2.2.4.
Que Não Constitua Sanção de Ato Ilícito
Para Geraldo Ataliba, esse trecho do conceito é fundamental, pois permite diferenciar tributo de multa. Tributo e multa se distinguem tanto em relação à finalidade quanto em relação à forma.
A finalidade da multa é punitiva. A finalidade do tributo é arrecadar (finalidade fiscal) ou estimular/ desestimular (finalidade extrafiscal) uma conduta por parte do contribuinte.
No que diz respeito à forma, a lei, ao instituir um determinado tributo, descreve uma determinada ação ou omissão como sendo contrária àquela conduta que o contribuinte deveria adotar (infração) e prescreve, como consequência, a aplicação de uma multa (sanção). Nos tributos, a lei descreve uma determinada conduta lícita que, uma vez praticada pelo contribuinte, gera como consequência o dever de pagar uma quantia ao Estado. Exemplo: não emitir nota fiscal gera, como consequência para o contribuinte, a imposição de uma multa tributária.
Extrafiscalidade
Há uma situação limite que é a utilização dos tributos com um caráter extrafiscal. A extrafiscalidade significa a utilização de um tributo com finalidade diversa da simples arrecadação. O que se pretende é estimular ou desestimular condutas lícitas e desejáveis ou indesejáveis. É o que se observa na tributação elevada do fumo (IPI) ou das aplicações financeiras de curto prazo (IR).
A extrafiscalidade não se confunde com a sanção de ato ilícito. A sanção representa punição a uma infração (conduta ilícita). Na extrafiscalidade, há condutas lícitas que são desestimuladas.
Há divergência na doutrina a respeito do IPTU progressivo no tempo (art. 182, §4° da CRFB). Para a doutrina majoritária, trata-se de extrafiscalidade - um meio para os Municípios organizarem e planejarem a ocupação de suas regiões metropolitanas. Para Hugo de Brito Machado, trata-se de uma hipótese de sanção de ato ilícito. Estaria o constituinte expressamente prevendo a utilização da tributação como sanção de ato ilícito, a atingir o proprietário de propriedade que descumpre com a sua função social.
CRFB, art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes.
§ 4°. É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
- imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
Princípio do Non Olet[4: "Todos conhecem a passagem histórica de Vespasiano com o seu filho Tito. Tendo Vespasiano criado um tributo sobre mictórios públicos (ditos cloacas) seu filho Tito sugeriu-lhe a extinção do imposto, em razão da origem do mesmo. Vespasiano, no mesmo momento, tomou uma moeda e fez Tito cheirá-la, indagando: 'fede?' Incontinenti seu filho respondeu: 'non olet' (não fede). Após o fato, Vespasiano mostrou ao seu filho que o dinheiro arrecadado com a tributação, na sua materialização, não é acompanhado com o cheiro do fato tributado" (Bernardo Ribeiro de Moraes, Compêndio de Direito Tributário, Segundo Volume, p. 352 e 353).]
É preciso diferenciar a sanção de ato ilícito da tributação de condutas ilícitas.
Como explicita Hugo de Brito Machado, "a lei não pode incluir na hipótese de incidência tributária o elemento ilicitude. Todavia, um fato gerador de tributo (fato imponível, para Geraldo Ataliba) pode ocorrer em circunstâncias ilícitas".[5: Segundo a divisão proposta por Geraldo Ataliba, a hipótese de incidência corresponde a previsão genérica e abstrata de situações lícitas passíveis de tributação, ao passo que o fato imponível corresponde a concretização, no mundo dos fatos, de uma determinada situação que se enquadra na definição legal. A lei não descreve situações ilícitas, como hipótese de incidência de tributos, mas é possível a tributação ainda que o fato imponível decorra de situações ilegais.]
O STF teve a oportunidade de se manifestar duas vezes sobre o tema, tendo invocado o princípio do non olet (ou pecunia non olet). A primeira delas no HC 77.530- 4/RS, em caso de sonegação fiscal perpetrada por narcotraficantes, e no Informativo 637, em caso relacionado ao jogo do bicho.
EMENTA: Sonegação fiscal de lucro advindo de atividade criminosa: "non olet".
Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas, com lucros vultosos subtraídos à contabilização regular das empresas e subtraídos à declaração de rendimentos: caracterização, em tese, de crime de sonegação fiscal, a acarretar a competência da Justiça Federal e atrair pela conexão, o tráfico de entorpecentes: irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, da renda subtraída à tributação. A exoneração tributária dos resultados econômicos de fato criminoso - antes de ser corolário do princípio da moralidade - constitui violação do princípio de isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética. (HC 77530, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, julgado em 25/08/1998, DJ 18-09-1998 PP-00007 EMENT VOL-01923-03 PP-00522)
Informativo 637, STF
"Non olet" e atividade ilícita
É possível a incidência de tributação sobre valores arrecadados em virtude de atividade ilícita, consoante o art. 118 do CTN ("Art. 118. A definição legal do fato
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos"). Com base nessa orientação, a 1$ Turma conheceu parcialmente de habeas corpus e, na parte conhecida, por maioria, denegou a ordem. Na espécie, o paciente fora condenado pelo crime previsto no art. 1°, I, da Lei 8.137/1990 ("Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzirtributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias") e sustentava a atipicidade de sua conduta, porque inexistiria obrigação tributária derivada da contravenção penal do jogo do bicho (Decreto-Lei 6.259/44, art. 58). O Min. Dias Toffoli, relator, assinalou que a definição legal do fato gerador deveria ser interpretada com abstração da validade jurídica da atividade efetivamente praticada, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Ressaltou que a possibilidade de tributação da renda obtida em razão de conduta ilícita consubstanciar-se-ia no princípio do non olet. Assim, concluiu que o réu praticara sonegação fiscal, porquanto não declarara suas receitas, mesmo que resultantes de ato contravencional. O Min. Luiz Fux aludiu ao caráter sui generis da teoria geral do direito tributário. Acrescentou que seria contraditório o não-pagamento do imposto proveniente de ato ilegal, pois haveria locupletamento da própria torpeza em detrimento do interesse público da satisfação das necessidades coletivas, a qual se daria por meio da exação tributária. Vencido o Min. Marco Aurélio, que concedia a ordem por entender que recolhimento de tributo pressuporia atividade legítima. Precedente citado: HC 77530/RS (DJU de 18.9.98).
HC 94240/SP, rel. Min. Dias Toffoli, 23.8.2011. (HC-94240)
Direito Penal Tributário e Direito Tributário Penal
Outro ponto importante é diferenciar o direito penal tributário e o direito tributário penal.
Não há consenso na doutrina quanto à nomenclatura a ser utilizada. No âmbito tributário, atualmente, prefere-se a expressão "direito tributário sancionador". O direito penal tributário trata dos crimes contra a ordem tributária, nos quais a responsabilidade é subjetiva (dolo ou culpa). O direito tributário penal trata das infrações administrativas (de natureza não criminal), nas quais a responsabilidade é, em regra, objetiva (art. 136 do CTN).
CTN, Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do
responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
O STJ, porém, mitiga o rigor do art. 136 e entende que, quando não há a
intenção de lesar o erário e nem prejuízo para a Fazenda, não se justifica a imposição
de multa.
CO Quanto à responsabilidade prevista no art. 136 do CTN, há diversas posições:
O artigo não estabeleceu a responsabilidade objetiva, apenas afasta a necessidade do dolo (mas não da culpa);
O dispositivo é inconstitucional, pois não pode haver punição sem dolo, ou, pelo menos, culpa;
O dispositivo é constitucional e deve ser aplicado como regra.
2.2.5. Instituída em Lei
Trata-se de expressão do princípio da legalidade.[6: O princípio em comento será estudado, mais adiante, em profundidade, quando se tratar dos princípios constitucionais tributários.]
CRFB, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
- exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; c/c
CTN, art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
- a instituição de tributos, ou a sua extinção;
- a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
- a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3° do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
- a fixação da alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
- a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
- as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
A lei deve tratar de todos os elementos necessários para que o tributo possa incidir e ser cobrado no caso concreto.
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Aula 1
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Aula 1
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
16
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
15
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFASE
2.2.6.
Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada
Uma vez ocorrido o fato gerador do tributo, não há discricionariedade do Fisco no sentido de exigir ou não o tributo.
Segundo Leandro Paulsen, ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa tem o dever de apurá-lo, de constituir o crédito tributário, através do lançamento, e de exigir o cumprimento da obrigação pelo contribuinte.
Cumpre esclarecer que a administração tributária também pratica atos discricionários, principalmente porque a lei não pode prever e estabelecer as consequências de todas as situações que possam vir a ocorrer no dia-a-dia da Administração. Entretanto, as atividades de lançamento e cobrança normalmente envolvem atos vinculados, pois, salvo previsão legal, as autoridades administrativas não podem deixar de constituir e cobrar os créditos tributários.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
Espécies Tributárias
Histórico
Da Constituição de 1891 à EC 18/65, havia uma classificação bipartida de tributos: em impostos ou taxas. A distinção levava em consideração basicamente a destinação do produto da arrecadação. Os impostos eram os tributos destinados a custear as despesas gerais do Estado, e as taxas, os tributos destinados a custear despesas específicas.
Essa classificação deixava de fora as contribuições de melhoria e os empréstimos compulsórios. A contribuição de melhoria, embora já existisse, não era considerada tributo, conforme decidira o STF em 1957, no RE 207945. Na ocasião, entendeu-se como não aplicável à espécie o princípio da anualidade, reservado apenas aos tributos.
O mesmo se dava em relação ao empréstimo compulsório, chamado pelo Supremo Tribunal Federal de contrato coativo de direito público.
Súmula 418, STF[7: Cancelada.]
O empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está sujeita à exigência constitucional da prévia autorização orçamentária.
Classificação Tripartite
De acordo com o CTN, as espécies tributárias são impostos, taxas e contribuições de melhoria (art. 5°).
CTN, Art. 5° Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
O critério utilizado pelo Código é o critério do "fato gerador". A expressão fato gerador significa, aqui, a situação definida em Jei como suficiente e necessária ao nascimento da obrigação tributária (art. 114), que a doutrina prefere denominar hipótese de incidência tributária.
CTN, Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Segundo o critério do fato gerador, se o dever de pagar o tributo decorre de uma atividade exercida pelo Estado, o tributo é vinculado a uma atividade estatal. Se o
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-sea complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
dever de pagar o tributo não pressupõe qualquer atuação do Estado, o tributo é não
vinculado. Sendo assim, o código divide os tributos em:
Tributos não vinculados a qualquer atuação do Estado, pois a lei que o institui prescreve que o dever de pagar não decorre de uma atuação estatal, de um fato do Estado, mas sim de uma situação relacionada ao contribuinte (patrimônio, rendimentos ou atividade do contribuinte). Exemplo: IR (renda); IPVA (propriedade - patrimônio); ISS (prestação de serviços - atividade do contribuinte).
CTN, Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Taxas: tributos vinculados a uma atuação estatal, pois a lei, ao estabelecer a situação que gera o dever de pagar, estabelece que a obrigação tributária decorre de uma atuação estatal - prestação de um serviço público ou exercício do poder de polícia. Exemplo: taxa de coleta domiciliar de lixo (o fato gerador é a prestação do serviço público de coleta domiciliar de lixo, que é uma atuação estatal).
CTN, Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Contribuições de melhoria: são tributos vinculados, pois pressupõem a atuação do Estado (realização de uma obra pública), da qual decorra valorização imobiliária (fato do contribuinte).[8: Embora tratadas pela doutrina como tributos vinculados, as contribuições de melhoria também pressupõem um dado do contribuinte, que é a valorização imobiliária. Pode-se dizer, assim, que se encontram numa posição intermediária, mista.]
CTN, Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é
k instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
aCURSO
Atenção:
De acordo com o CTN, eram irrelevantes a denominação do tributo e a destinação legal do produto da arrecadação;
CTN, Art. 4° A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
- a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
- a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Os empréstimos compulsórios tinham (desde o CTN) natureza tributária, e eram geralmente uma modalidade de imposto restituível, pois incidiam sobre o patrimônio, o rendimento e as atividades do contribuinte;
As contribuições nem sempre tiveram natureza tributária, mas, quando consideradas tributos, eram classificadas geralmente como impostos com finalidade e destinação específica.
Classificação dos Tributos Segundo a Constituição de 1988
Embora haja doutrina em sentido contrário (Geraldo Ataliba, Paulo de Barros Carvalho, Roque Carrazza, dentre outros) prevalece o entendimento de que a Constituição de 88 estabeleceu uma classificação quinquipartite ou pentapartite das espécies tributárias, na qual devem ser incluídos, além dos tributos previstos no art. 145 (impostos, taxas e contribuições de melhoria - tributos de competência comum, que podem ser instituídos por todos os entes políticos) os tributos de competência exclusiva da União, que são: o empréstimo compulsório (art. 148) e as contribuições especiais (art. 149).
CRFB, Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
- impostos;
- taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Aula 1
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Aula 1
- contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
17
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
18
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
#
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6°, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
A Constituição prevê um regime jurídico próprio para os empréstimos compulsórios e contribuições especiais, no qual se destaca a finalidade e a destinação do produto da arrecadação de tais tributos. São tributos finalísticos, pois instituídos para atender a um determinado fim, objetivo. O montante arrecadado através desses tributos é constitucionalmente destinado a atender às finalidades que deram causa à sua instituição e cobrança.
Atenção:
De acordo com essa classificação, o critério estabelecido pelo art. 4° e a classificação do art. 5° do CTN estão superadas pela Constituição de 88.
No STF, já foram adotadas duas classificações:
Quadripartite (impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios) - Min. Carlos Velloso;
"... Quanto a essas contribuições, a sua característica está justamente na sua finalidade, ou na destinação do produto de sua arrecadação. É dizer, o elemento essencial para a identificação dessas espécies tributárias é a destinação do produto de sua arrecadação". (trecho do voto Min. Carlos Velloso na ADIN 2925- 8/DF)
Pentapartite (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais) - Min. Moreira Alves.
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
"... De fato, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria), a que se refere o art. 145, para declarar que são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
20
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br19
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
Municípios, os arts. 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributárias, para cuja instituição só a União é competente: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas". (RE 146.733-9/SP. Rel Min Moreira Alves, julg em 20.06.1992)[9: 	O Ministro chamava de "contribuições sociais" o gênero que hoje se tem por "contribuições especiais",das quais são espécies as contribuições sociais, a CIDE, CICPE e a CILP (EC 39/2002).]
Existem algumas classificações menos relevantes para fins de prova, como a de Bernardo Ribeiro de Moraes, que inclui o empréstimo compulsório com espécie de imposto restituível. Já a classificação didática de Leandro Paulsen merece atenção, devendo ser realizada sua leitura em confronto com os dispositivos constitucionais.[10: Inserimos, para fins didáticos, tal classificação na forma de anexo ao presente material. Vide ANEXOII.]
Diz Luciano Amaro que, com a Constituição de 1988, "a destinação legal do produto da arrecadação passou a ser aspecto relevante para a determinação da natureza jurídica do tributo". Também para o STF, a finalidade e a destinação, além da hipótese de incidência (fato gerador em abstrato), são relevantes para a definição da natureza jurídica do tributo. Mas o critério atualmente adotado - conjugação do fato gerador com a finalidade e destinação do produto da arrecadação - não é absoluto, e comporta algumas exceções. São elas:
O imposto extraordinário de guerra, cujo montante deve ser destinado para uma finalidade específica;
CRFB, Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Além disso, a CRFB prevê:
A vinculação da receita de impostos a despesas com saúde e educação, dentre outras (vide art. 167, IV); e
CRFB, Art. 167. São vedados:
- a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2°, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8°, bem como o disposto no § 4° deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 42, de 19.12.2003)
A desvinculação de receitas de contribuições (DRU - ADCT).
ADCT, Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2015, 20% (vinte por cento) da arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 68, de 2011).
Q Para fins de prova, atenção:
O CTN estabeleceu uma classificação tripartite com base no fato gerador.
Essa classificação está superada pela CRFB/88. De acordo com a Constituição, é necessário verificar também a finalidade e a destinação do produto da arrecadação.
Alguns autores mantêm, até hoje, a classificação tripartite (Paulo de Barros Carvalho e Roque Carrazza, por exemplo), que, para fins de prova, somente deve ser adotada se a questão mencionar expressamente o CTN.
Não é possível diferenciar um imposto de uma contribuição especial com base no CTN, pois, pelo critério do CTN, o imposto de renda e a COFINS (por exemplo) seriam impostos (art. 16 do CTN), pois ambos são cobrados independentemente de uma atuação estatal relacionada ao contribuinte. As contribuições especiais e os empréstimos compulsórios têm fatos geradores próprios de impostos. O que os difere é a finalidade e a destinação.
Tirando a contribuição previdenciária paga pelo empregado, em que há uma certa peculiaridade (a contrapartida consistente na existência de um seguro social), nos demais casos, as contribuições são pagas independentemente de uma atuação específica relativa ao contribuinte. Ressalte-se que, mesmo nas contribuições previdenciárias pagas pelo empregado, o fato gerador é próprio de imposto (segundo o critério do CTN), pois o fato gerador é ser devida e paga ao trabalhador quantia em dinheiro, pelo serviço prestado, e não a prestação de um serviço pelo Estado.
Notas Sobre o Pedágio / Selo-Pedágio
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Aula 1
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
O STF tem um julgado no sentido de que o pedágio instituído pela lei 7.712/88 tinha natureza tributária (taxa de serviço). Há discussão na doutrina. Há quem entenda que seria:
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
22
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
21
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFASE
1. Preço
público;
Taxa;
Um tributo autônomo;
Taxa ou preço público, conforme o caso.
Para alguns autores, se for cobrado pelo próprio Estado, o pedágio tem que ser necessariamente tributo (Roque Carrazza). Para outros, será tributo se não houver uma via alternativa para o contribuinte. Atualmente, porém, o pedágio é cobrado como modalidade de preço público (tarifa), regulada pelo contrato de concessão celebrado com o poder público (Lei 10.233/01, art. 26, IV e §2°).
EMENTA: - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PEDÁGIO. Lei 7.712, de 22.12.88. I.- Pedágio: natureza jurídica: taxa: C.F., art. 145, II, art. 150, V. II.- Legitimidade constitucional do pedágio instituído pela Lei 7.712, de 1988. III.- R.E. não conhecido. (RE 181475/RS. Rel Min Carlos Velloso. Julg em 04.05.1999)
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
ANEXO I
Acepções do Vocábulo "Tributo" (Paulo de Barros Carvalho)
Acepções Do Vocábulo "Tributo"
O vocábulo "tributo" é utilizado pelos textos do direito positivo, pela doutrina e pela jurisprudência com seis significações diversas:
quantia em dinheiro;
prestação correspondente ao dever jurídico do sujeito passivo;
direito subjetivo de que é titular o sujeito ativo;
sinônimo de relação jurídica tributária;
norma jurídica tributária
norma, fato e relação jurídica.
Tributo como quantia em dinheiro. A palavra tributo é utilizada para expressar uma importância pecuniária. Essa menção corriqueira é veiculada não só no "falar comum dos leigos", mas também nas leis, regulamentos e portarias, como, por exemplo, no art. 166 do Código Tributário Nacional: "A restituição de tributos que comportem...". O vocábulo tributo é utilizado, portanto, para indicar o objeto da prestação, ou seja, o conteúdo do dever jurídico cometido ao sujeito passivo, conforme a seguinte representação gráfica:
Sujeito Ativo$	Sujeito Passivo.
(TRIBUTO)
Direito subjetivo	Dever jurídico
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Prestação correspondente ao dever jurídico do sujeito passivo. O vocábulo é utilizado para mencionar o "comportamento de certa pessoa, física ou jurídica, que se consubstancia no pagamento de determinada importância pecuniária". A ênfase é colocada na prestação pecuniária, no dever jurídico do sujeito passivo e fica nítida na exposição de Arnaldo Borges: "Tributo é conduta humana. Esta conduta é conceituada por uma endonorma que estabelece o dever de alguém dar ao Estado certa soma de dinheiro...". Assim, ressalta-se o comportamento do sujeito passivo, ao satisfazer o dever jurídico que lhe fora atribuído, conforme a seguinte representação gráfica:ENFftSE
(TRIBUTO)
Sujeito Ativo	$	Sujeito Passivo.
Direito subjetivo	Dever jurídico
Direito subjetivo de que é titular o sujeito ativo. O acento é posto na exigibilidade que o liame jurídico provoca em favor do sujeito ativo. O núcleo semântico é o do direto subjetivo de que está investido o sujeito ativo para exigir o objeto da prestação, conforme a seguinte representação gráfica:
(TRIBUTO)Sujeito Ativo
$
Sujeito Passivo.
Direito subjetivo	Dever jurídico
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
Sinônimo de relação jurídica tributária. O quarto âmbito de significação cogita do vínculo como um todo, isto é, "tributo" como equivalente a obrigação tributária, relação jurídica tributária. A significação repousa no laço obrigacional como uma entidade integral. Tributo, nessa acepção, é a relação jurídica que se instaura por virtude do acontecimento do fato previsto no antecedente da norma. Abrange o complexo formado pelo direito subjetivo, pelo dever jurídico e pelo objeto da relação, conforme a representação gráfica a seguir:
(TRIBUTO)
Sujeito Ativo	$	Sujeito Passivo.
Direito subjetivo	Dever jurídico
Norma jurídica tributária. O termo tributo assume a grandeza semântica de regra de direito, preceito normativo. É o que ocorre quando a Constituição estabelece que compete à União instituir o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. Instituir, criar, decretar um tributo é tarefa legislativa que se contém na edição de normas jurídicas, determinadas e peculiares, cuja estrutura ante-supõe a descrição de um fato a que o legislador associa o surgimento de um vínculo jurídico.
Norma, fato e relação jurídica. O termo exprime toda a fenomenologia da incidência, desde a norma instituidora, passando pelo evento concreto, nela descrito, até o liame obrigacional que surde à luz com a ocorrência daquele fato. É com esse conteúdo que o art. 3.° da Lei n. 5.172/66 se propõe determiná-lo.
A Definição do art. 3.° do Código Tributário Nacional
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
A menção à norma jurídica que estatui a incidência está contida na cláusula "instituída em lei", firmando o plano abstrato das formulações legislativas. Ao explicitar que a prestação pecuniária compulsória não pode constituir sanção de ato ilícito, deixa transparecer que haverá de surgir de um evento lícito e, por via oblíqua, faz alusão ao fato concreto, acontecido segundo o modelo da hipótese. Finalmente, por três insinuações diretas dá os elementos que integram a obrigação tributária, enquanto laço jurídico que se instala ao ensejo da ocorrência fática.
Norma Jurídica
	Fato Jurídico
	Sujeito Ativo
	$ Sujeito Passivo
	Tributário
	
	
	
	Direito subjetivo
	Dever jurídico
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
26
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
25
ENFftSE
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
ANEXO II - Classificação Analítica de Tributos Segundo Leandro Paulsen
IMPOSTOS
(i) Nominados (arts. 145, I, 153, 155 e 156, CRFB)
(ii) Residuais (art. 154, I, CRFB)
(iii) Extraordinários de guerra (art. 154, II, CRFB)
TAXAS
(i)
De poder de polícia (art. 145, II, primeira parte, CRFB)
(ii) De serviços públicos específicos e divisíveis (art. 145, II, segunda parte, CRFB)
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (art. 145, III, CRFB)
CONTRIBUIÇÕES
ESPECIAIS
(i)
Gerais
(art. 149, 1? parte, CRFB)
De
Seguridade
Social
Nominadas (art. 149, 1? parte, c/c art. 195, I, II, III e IV, CRFB)
Residuais (art. 149, 1? parte, c/c art. 195, §4°, CRFB)
De previdência do funcionalismo público estadual, distrital e municipal (art. 149, §1°, CRFB)
Sociais
(ii) De intervenção no domínio econômico (art. 149, 2? parte, CRFB)
(iii) Do interesse de categorias profissionais ou econômicas
(artigo 149, 3? parte, CRFB)
(iv) De iluminação pública municipal ou distrital (art. 149-A, CRFB)
EMPRÉSTIMOS
COMPUSLÓRIOS
(i) Extraordinários de calamidade ou guerra (art. 148, I, CRFB)
(ii) de investimento (art. 148, II, CRFB)"
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
ANEXO III - Caderno de Questões
Banca CESPE
Prova: CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia
Taxas sujeitam-se aos princípios tributários, o que não ocorre com preços públicos. Certo Errado
Prova: CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios - Advogado
Julgue os itens a seguir, acerca do Sistema Tributário Nacional, da competência tributária e dos tributos. Tributo, definido como prestação pecuniária compulsória em moeda, pode constituir sanção de ato ilícito, cobrada mediante atividade judicial ou administrativa.
Certo Errado
Prova: CESPE - 2004- Concurso Público Nacional. Delegado de Polícia Federal
A fiscalização tributária apreendeu em estabelecimento farmacêutico controle paralelo de vendas de três anos anteriores à fiscalização, sem emissão de notas fiscais, de cápsulas para emagrecimento compostas de substância capaz de causar dependência psíquica e acionou imediatamente a polícia, que efetuou a prisão em flagrante do sócio-gerente por tráfego de entorpecente, já que tal substância estava estocada em prateleira, vindo a ser proferida sentença condenatória com trânsito em julgado. Com base na situação hipotética acima, julgue os itens a seguir:
O proprietário do estabelecimento cometeu, em tese, crime contra a ordem tributária.
Certo Errado
Prova: CESPE - 2004- Concurso Público Nacional. Delegado de Polícia Federal
A responsabilidade penal tributária e a tributária penal não se confundem, apesar de ambas adotarem a responsabilidade subjetiva.
Certo Errado
O presente material constitui resumo elaborado por equipede monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFASE
Prova: CESPE -
2006 - ADVOGADO DA UNIÃO
Com relação às espécies de tributos existentes no âmbito federal, o CTN trouxe uma distribuição tripartite, que foi mantida pela Constituição Federal.
Certo Errado
Prova: CESPE - 2008 - SERPRO - Analista - Advocacia
A definição de tributo depende da destinação legal do produto de sua arrecadação.
Certo Errado
Prova: CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia
A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, devendo-se considerar, necessariamente, para qualificá-la, a destinação legal do produto de sua arrecadação.
Certo Errado
Prova: CESPE - 2006- TRF - 5^ REGIÃO - JUIZ FEDERAL
Apesar da proibição constitucional de vinculação da receita de imposto a órgão, fundo ou despesa, Geraldo Ataliba manteve sua classificação dos impostos em dois grupos: os vinculados e os não-vinculados. Para aquele jurista, as contribuições especiais corresponderiam aos impostos vinculados e os tributos denominados constitucionalmente de impostos seriam os impostos não-vinculados. Relativamente ao fragmento de texto acima e a aspectos associados ao tema por ele abordado, julgue os itens a seguir.
A partir do texto, é correto afirmar que, se determinadas regras constitucionais transitórias impõem a desvinculação da receita da União (DRU) de parcelas das contribuições sociais, essas parcelas passam a ser classificadas como impostos não vinculados, ou seja, entram no conceito formal de imposto previsto na Constituição Federal e no Código Tributário Nacional (CTN), dado que o único critério que distingue as contribuições sociais, exceto as previdenciárias, dos impostos é exatamente a vinculação à seguridade social.
As contribuições previdenciárias dos empregados e autônomos, diferentemente das demais contribuições sociais, distinguem-se dos impostos formais não apenas por terem vinculação de suas receitas à seguridade social, mas também por financiarem um sistema de seguro social para o qual se contribui com expectativa de benefício pessoal.
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes, para qualificá-la, tanto a denominação e demais características formais adotadas pela lei quanto a destinação legal do produto da sua arrecadação. Todavia, com o advento da Constituição de 1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais assumiram o status de espécies tributárias. Algumas dessas exações, todavia, têm fato gerador idêntico ao dos impostos, o que torna inaplicável a citada regra do
CTN.
Prova: CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia
Ao contrário do que ocorre com os impostos, as taxas são conhecidas como tributos não-vinculados.
Certo Errado
Prova: CESPE - 2004- PROCURADOR FEDERAL
De acordo com o Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa vinculada. Com referência aos tributos existentes no ordenamento jurídico brasileiro e à repartição da receita deles decorrente, julgue os seguintes itens: O exercício de atividades de fiscalização, por ser decorrente do poder de polícia, poderá ensejar a instituição de uma taxa.
Certo Errado
Prova: CESPE - 2004- PROCURADOR FEDERAL
Os empréstimos compulsórios não têm natureza tributária, uma vez que não transferem definitivamente recursos dos particulares para o Estado, devendo ser restituídos nos termos da lei.
Certo Errado
Bancas Diversas
Prova: Prova: ESAF - 2010 - SMF-RJ - Agente de Fazenda
O conceito de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as seguintes conclusões, exceto:
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade.
não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa para a legislação do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo, a origem lícita ou ilícita de determinadas mercadorias, desde que reste configurada a hipótese de incidência do referido tributo, qual seja, a circulação dessas mercadorias, para que possa ele ser exigido.
nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas somente aquelas que reúnam o conjunto dos requisitos previstos na definição de tributo, consoante o Código Tributário Nacional.
o Estado exige os tributos compulsoriamente das pessoas, portanto, a obrigação de pagar tributos não decorre da vontade do contribuinte, sendo esta, aliás, irrelevante nessa matéria.
embora sendo uma obrigação de direito público, absolutamente indisponível por parte da administração, admite-se, desde que haja a respectiva previsão legal, a delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas, como empresas públicas e sociedades de economia mista.
Prova: ESAF - 2009 - MF - Assistente Técnico-Administrativo
A determinação da natureza jurídica do tributo de acordo com o Código Tributário Nacional, decorre, especificamente:
do fato gerador da respectiva obrigação.
da destinação legal do produto da arrecadação.
da denominação.
da fixação do agente arrecadador.
das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação.
Prova: ESAF - 2007 - PFN - PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL
Contribuição previdenciária classifica-se como:
contribuição de intervenção no domínio econômico.
taxa vinculada à prestação de benefícios previdenciários de natureza continuada.
contribuição corporativa.
contribuição social.
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
contribuição de seguridade vinculada ao tesouro da União, em razão da universalidade de cobertura e de atendimento.
Prova: FCC - 2012 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município - Gestão Tributária - Prova 1
Um contribuinte deixou de emitir o documento fiscal referente a uma prestação de serviço tributada pelo ISS, tributo de competência municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada penalidade pecuniária pelo descumprimento dessa obrigação acessória (art. 230, caput, inciso V, alínea "a" do Decreto Municipal 52.703/11)
Essa penalidade pecuniária
é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.
não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza compulsória.
é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme estabelece o Código Tributário Nacional.
não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser definida como tributo.
é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo descumprimento de uma obrigação acessória.
Prova: FCC - 2005 - PGE-SE - Procurador
Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo
pode constituir sanção de ato ilícito.
está submetido à reserva legal.
pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza.
deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária.
é toda prestação pecuniária facultativa.
Prova: FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal
Um tributo que tenha por características ser não vinculado a uma atividade estatal, admita, por expressa e excepcionalprevisão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não admita previsão de restituição ao final de determinado período classifica-se como
Aula 1
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Aula 1
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
aCURSO
ENI^SE
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
29
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
34
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
35
taxa.
contribuição de intervenção no domínio econômico.
imposto.
empréstimo compulsório.
contribuição social.
Prova: COPS-UEL - 2011 - PGE-PR - Procurador - do Estado
Dentre as alternativas abaixo, aponte aquela que estiver correta:
somente os impostos são classificados como tributos vinculados;
as taxas são tributos que podem ser instituídos tanto em razão do exercício do poder de polícia quanto somente pela efetiva utilização de serviços públicos específicos e divisíveis;
as contribuições de melhoria são classificadas como tributos não vinculados porque não decorrem da utilização de serviços públicos, específicos e divisíveis, e sim de obras públicas;
compete à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas;
n. d. a.
GABARITO:
Certo
Errado
Certo
Errado
Errado
Errado (a questão levou em consideração a redação literal do CTN)
Errado (a questão levou em consideração a redação literal do CTN)
Certo
Certo
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFASE
10) Certo
	11)
	Errado
	12)
	Certo
	13)
	Errado
	14)
	Letra E
	15)
	Letra A
	16)
	Letra D
	17)
	Letra D
	18)
	Letra B
	19)
	Letra C
	20)
	Letra E
QUESTÕES MAGISTRATURA FEDERAL - ANTIGAS
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL - P REGIÃO X CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGO DE JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
77. Instituído o imposto, por lei:
o contribuinte pode exigir do governo a contraprestação em serviços públicos pertinentes.
o Estado não pode ser coagido à realização de serviços públicos, por desvinculado, o imposto, de qualquer atividade estatal específica.
o contribuinte pode reter o pagamento por falta de cumprimento das obrigações estatais básicas, como segurança, conservação de estradas, saúde, educação etc.
em qualquer hipótese, pode ser cobrado no exercício financeiro em que publicada a lei.
Gabarito: letra b
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA REGIÃO
3° CONCURSO. 26§ Questão: Qual a diferença entre "taxa" e "tarifa"?
8° CONCURSO. 1§ QUESTÃO: É possível o pagamento de tributo in natura ou in labore? E mediante dação em pagamento? Justifique a resposta, indicando a base legal.
8° CONCURSO.2^ QUESTÃO: É possível que rendimento auferido em atividade ilícita esteja sujeito a tributo? Justifique a resposta, indicando a base legal.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3 REGIÃO
DIREITO TRIBUTÁRIO I CONCURSO - Questões: de 80 a 94 93. Assinale a alternativa correta.
Lei municipal estabelece que casas residenciais, construídas em desacordo com as posturas municipais aplicáveis, ficam sujeitas ao imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana em dobro, até que se façam as devidas correções. A cobrança deste imposto em dobro, na circunstância apontada:
é possível, pois os impostos podem ter fins extrafiscais;
é possível porque a definição legal do fato gerador do imposto é interpretada com abstração da validade jurídica dos atos praticados pelo contribuinte;
é possível, pois a parcela que excede o valor normal do imposto é uma taxa que corresponde ao exercício, pela Prefeitura, do seu poder de polícia, até que a correção seja feita;
não é possível porque tributo não pode constituir sanção de ato ilícito;
é possível, pois o imposto em dobro é sucedâneo da multa que a Prefeitura poderia aplicar ano após ano, até que a situação fosse corrigida.
GABARITO: letra d
II CONCURSO - Questões: de 71 a 83
Assinale a alternativa correta.
Tributo cuja base de cálculo seja o valor de uma coisa de propriedade do contribuinte é:
imposto;
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Aula 1
acurso
ENI^SE
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
de serviço;b) taxa
contribuição;
taxa de polícia.
Gabarito: letra a
Assinale a alternativa correta.
Lei que crie tributo tendo por base de cálculo o embelezamento de uma área urbana é:
contribuição de melhoria;
imposto com destinação específica;
taxa;
imposto inconstitucional.
Gabarito: anulada
Assinale a alternativa correta.
Lei ordinária que crie imposto federal destinado à seguridade social:
deverá ter como hipótese de incidência atividade previdenciária;
poderá ter hipótese de incidência de impostos federais previstos na Constituição Federal;
terá eficácia no exercício seguinte;
será inconstitucional por não ser lei complementar.
Gabarito: letra d
77. Assinale a alternativa correta.
Taxa, cuja obrigação tributária nasce de prestação de serviços públicos, tem por base de cálculo o valor de coisa pertencente ao contribuinte e é designada tarifa:
é devida, por ser constitucional;
é indevida por designar-se tarifa;
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Módulo de Direito Tributário - Professor Érico Teixeira
Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
é devida por fundar-se em serviço público;
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
36
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
40
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2° andar - Tel.: (21) 2223-1327
Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
39
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.ENFftSE
Gabarito: Letra dd) é indevida por impropriedade da base de cálculo.
CONCURSO - Questões: de 26 a 35
Impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio econômico e empréstimo compulsório podem ser instituídos:
Os três primeiros pelos Estados e os dois últimos pelo Distrito Federal e pela União;
Os cinco enumerados pela União;
Os dois primeiros pelos Municípios e os três últimos pelo Distrito Federal e pela União;
Os quatro primeiros pelo Distrito Federal e os dois últimos pela União.
Gabarito: Letra

Continue navegando