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SEMINARIO TEOLOGICO BATISTA EM SÃO LUIS CURSO DE FORMAÇÃO MINISTERIAL EM TEOLOGIA PASTORAL DANILO COSTA LEITÃO FERREIRA ANÁLISE DE VÍDEO – A IMPORTÂNCIA DA INTERPRETAÇÃO SÃO LUÍS - MA 2019 DANILO COSTA LEITÃO FERREIRA ANÁLISE DE VÍDEO – A IMPORTÂNCIA DA INTERPRETAÇÃO Trabalho apresentado à disciplina: HERMENÊUTICA do Curso de Formação Ministerial em Teologia Pastoral do Seminário Teológico Batista em São Luís, para obtenção de nota. Professor: NEDSON FONSECA. SÃO LUÍS - MA 2019 RELATO DOS PONTOS PRINCIPAIS DO VÍDEO NICODEMUS, Augusto. Vídeo: A importância da Interpretação. Canal; Ministério Fiel: 3 de maio de 2012. Disponível em: <https://youtu.be/mJ9S9yATSu0>. Acesso em: 12 Fev 2019. Todo texto quando lido pressupõe um processo de interpretação consciente ou inconsciente. È importante ter uma interpretação correta para ter uma teologia realmente Bíblica. O método de interpretação-gramatico histórico é o método usado pela reforma protestante. Ele ganha esse nome 200 anos depois, no chamado período do escolaticismo protestante ou pós-reforma. Nem todo método de interpretação cabe para uma Bíblia inerrânte. Os escritos apostólicos desde cedo passaram a circular nas igrejas como fonte última de autoridade substituindo a presença apostólica. As cartas de Paulo são consideradas como Escrituras, 2 Pe 3.15-16, e portanto inspiradas e autoritativas. È possível reconhecer claramente os conceitos que um autor quis transmitir em seus escritos. As vezes, há nesses escritos difíceis trechos de entender. Entretanto esses trechos não permitem interpretações aleatórias: algumas delas são claramente deturpações do sentido original pretendido pelo autor. Os reformadores desde cedo começaram a ter suas diferenças, mas uma coisa tinham em comum: a hermenêutica. O método gramatico-histórico é o que identifica, mais que qualquer outro, o evangelicalismo bíblico ao qual todos os desejamos pertencer e do qual nós declaramos herdeiros em nossas diferentes tradições. Ele aproxima os evangélicos das mais diferentes tradições. A confissão de Fé de Westminster começa com um capitulo sobre as Escrituras onde claramente delineia o método correto de interpretação – o que mais tarde se chamaria gramatico-histórico. A interpretação tem que ser harmônica. O método gramatico-histórico admite que a Biblia é um livro divino e que deve ser lida como nem um outro mais admite também que é um livro humano, porque Deus usou pessoas, e nesse sentido ela deve ser lida como se ler qualquer outro livro. Devemos ler o texto bíblico de forma neutra para deixar o texto falar. O iluminismo e seus efeitos na teologia. - Rejeição do sobrenatural e da revelação. - Interpretação dominada pelo racionalismo. - Impacto na interpretação bíblica: Abandono da doutrina da inspiração e o surgimento do conceito de ¨mito¨. 15. O método histórico-crítico. - Seu objetivo: separar verdade e mito. - Seu método: críticas da forma, redação, etc. - Seu fracasso: sem resultados, sem acordo, sem bíblia e sem membros de igrejas. 16. O método histórico-crítico não respeita a Bíblia. Qualquer método de interpretação tem que se adequar ao objeto de estudo. 17. O método gramático-histórico: - Exige mais tempos dos pastores para orar e estudar. - Ele renuncia o caminho fácil. Ele nos obriga a encarar o que Bíblia esta realmente dizendo e a confrontarmos a nossa tradição. Força as igrejas a investir na preparação de pastores que sejam competentes para interpretar as Escrituras. - Obriga a uma revisão do papel do Espirito Santo na interpretação. - Exige confiança na autoridade da Escritura. 18. Mais que qualquer outro o sistema hermenêutico, o gramático-histórico honra as Escrituras. - Uma das principais características dos evangélicos e do Cristianismo histórico é o alto apreço pelas Escrituras e seus atributos, como inspiração, autoridade, infalibilidade, coerência e suficiência. Ser reformado é ter esta atitude para com as Escrituras. - O método gramatico-histórico parte desta alta afirmativa e apreço pelas Escrituras. - Ser reformado hoje no Brasil, é ter a mesma atitude que o cristianismo histórico tem para com as Escrituras: Palavra de Deus, inspirada e autoritativa, verdadeira em tudo que afirma, juiz supremo em todas as controvérsias. 19. Esse método mantém equilíbrio a tensão entre a oração e a labuta no estudo da Bíblia. - Os reformados, seguindo o Cristianismo histórico, sempre procuraram manter em equilíbrio a espiritualidade e a erudição no labor teológico. - O método gramatico-Histórico adota o binômio orar et labutare : Orare, porque a Bíblia é divina. Labutare porque a Bíblia é humana. - A interpretação alegórica neo-mística descuida do labutare. - O método histórico-critico tente a esquecer o orare. - As novas hermenêuticas tendem a esquecer as duas coisas. 20. O método hermenêutico gramatico-histórico evita a alegorização desenfreada que tem se tornado causa de doutrinas e praticas alheias ao cristianismo histórico. - Os reformados se caracterizam pelo desejo de ter as Escrituras como única regra de fé e pratica. - O método gramatico-histórico ensina que a verdade divina do texto bíblico corresponde ao sentido único do texto, que é aquele pretendido pelo autor humano. - Rejeita o conceito de que a cada texto tem múltiplos e vários sentidos, sendo o mais importante aquele oculto além da letra. - As doutrinas e praticas de seitas e de igrejas ditas evangélicas são hoje defendidas com base na alegorização do texto bíblico. 21. O método G-H preserva a objetividade na interpretação. - Os reformados, mesmo admitindo que há partes difíceis de entender na Bíblia, sempre afirmaram que a sua mensagem central é clara. - O método G-H parte do principio que Deus se revelou proposicionalmente nas Escrituras e que Escrituras e que esta revelação pode ser entendida, sintetizada e transmitida. - Ser reformado é interpretar a Bíblia com convicção que Deus se revelou nela, e que a revelação pode ser suficientemente compreendida, humildemente analisada, adequadamente sintetizada e transmitida com relativa segurança. 22. A verdade vem de Deus não importa da boca que ela saia. 23. Um retorno ao método G-H pode ser crucial para uma reforma no protestantismo brasileiro, como foi na igreja do século XVI. 24. A ferramenta principal dos reformadores foi uma postura para com a Bíblia e uma leitura que rompeu com a quadriga medieval que dizia que cada texto bíblico tem 4 níveis de sentido, o histórico, o anagogico, o topológico e o espiritual. 25 . Foi essa atitude para com a Bíblia que consolidou a Reforma e permitiu a elaboração de uma teologia Bíblica. 26. A crise de identidade que vive o evangelicalismo brasileiro tem como uma das principais causas a falta de consistência e coerência no emprego do método de interpretação que sempre acompanhou o cristianismo histórico.
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