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pensamento filosofico – Unidade II

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Unidade II
HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO
Prof. Dr. Vladimir Fernandes
Conteúdo da segunda aula
Unidade II
 Sócrates 
 Platão 
 Aristóteles
 A Filosofia na Idade Média
 Patrística e Escolástica
Sócrates: filósofo da ágora
 Considerado o patrono da Filosofia;
 Conhecido como filósofo da ágora;
 Filho do escultor Sofronisco com a parteira Fenareta;
 Foi casado com Xantipa;
 Herdou do pai a profissão de escultor;
 Mas pouco se dedicou a tal atividade;
 Preferia filosofar.
Sócrates: filósofo da ágora
Nada escreveu. Por quê?
 Linguagem como pharmakon – droga.
 Pode salvar do esquecimento.
 Pode ser mal interpretada.
 O que sabemos é por meio de seus comentadores. 
Testemunhos diretos:
 Aristófanes – “As nuvens”. 
 Xenofonte – “Apologia e memoráveis”.
 Platão – vários diálogos.
Sócrates: filósofo da ágora
Sócrates. Academia de Atenas. 
Foto de Vladimir Fernandes, 2012.
Sócrates: lemas
 Trouxe a filosofia do céu para terra.
 Preocupação com questões antropológicas e não mais 
cosmológicas.
Tinha como lemas:
 “Só sei que nada sei”;
 “Conhece-te a ti mesmo” (inscrição délfica);
 “Uma vida sem exame não vale a pena ser vivida”.
Sócrates: método
Método: 
 Ironia – ação de interrogar. 
 Maiêutica – arte do parto.
 Busca da verdade por meio da definição dos conceitos.
 Foi condenado à morte. 
 Acusação: corromper a juventude e não acreditar nos deuses 
da cidade.
 Vamos ver a explicação do próprio Sócrates.
Sócrates: defesa
 Discurso de Sócrates perante o tribunal de Atenas.
 Relata a consulta que Querefonte fez ao oráculo de Delfos.
“Uma vez, de fato, indo a Delfos, [Querefonte] ousou interrogar 
o oráculo [...] perguntou-lhe, pois, se havia alguém mais 
sábio que eu. Ora, a pitonisa respondeu que não havia 
ninguém mais sábio.” 
(Platão, “Apologia de Sócrates”)
 Qual a importância do Oráculo de Delfos na Grécia Antiga?
Oráculo de Delfos
 Templo localizado na cidade de Delfos, na Grécia;
 “Conhece-te a ti mesmo” (inscrição délfica);
 A sacerdotisa (Pítia) profetizava em nome do deus Apolo;
 Apolo: deus da luz, da razão, da harmonia, do conhecimento.
Ruínas do oráculo de Delfos Ruínas do Templo de Delfos.
Foto de Vladimir Fernandes (2012).
Apolo 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Apolo
Oráculo de Delfos
 Algumas respostas eram dúbias e enigmáticas.
Exemplos: 
 Consultado rei Creso, da Lídia.
 Consulta antes da invasão persa (480 a.C.).
 O oráculo (deus Apolo) declara Sócrates o homem mais sábio.
Sócrates: defesa
“Ora, a pitonisa respondeu que não havia ninguém mais sábio. 
Em verdade, ouvindo isso, pensei: que queria dizer o deus e qual 
é o sentido de suas palavras obscuras? Sei bem que não sou 
sábio, nem muito nem pouco: o que quer dizer, pois, afirmando 
que sou o mais sábio? Certo não mente, não é possível.” 
(Platão, “Apologia de Sócrates”)
Sócrates: defesa
 Sócrates não se considera o mais sábio.
 Passou a investigar aqueles que se diziam sábios.
“Parece, pois, que eu seja mais sábio do que ele, nisso – ainda 
que seja pouca coisa: não acredito saber aquilo que não sei. 
Depois desse, fui a outro daqueles que possuem ainda mais 
sabedoria que esse, e me pareceu que todos são a mesma 
coisa. Daí veio o ódio também deste e de muitos outros.” 
(Platão, “Apologia de Sócrates”)
Interatividade
O método socrático divide-se em duas partes. A primeira 
começa com o perguntar e a segunda foi inspirada na atividade 
de sua mãe, que era parteira. O método denomina-se, 
respectivamente:
a) Assepsia e obstetrícia. 
b) Diálogo e entendimento. 
c) Ironia e prática. 
d) Mito e razão. 
e) Ironia e maiêutica. 
Sócrates: condenação
 Conclui que muitos se julgam sábios sem serem de fato;
 Com isso irritou muitas pessoas;
 Acusado de corromper a juventude e não acreditar nos 
deuses da cidade;
 Foi condenado à morte.
Sobre a morte, disse: 
“Ou é como um sono sem sonhos e sem despertar ou é uma 
mudança para outro lugar. Não se deve temer a morte.” 
(Platão, “Apologia de Sócrates”)
“A morte de Sócrates”
“The Death of Socrates”, Jacques-Louis David, 1787
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Death_of_Socrates 
“A morte de Sócrates”
Suas últimas palavras:
 “Críton, devemos um galo a Asclépio; 
não te esqueças de pagar essa 
dívida.” (Platão, “Fédon”)
Asclépio. Deus da medicina. 
Museu do Vaticano. Roma. 
Foto de Vladimir Fernandes, 2012.
Platão e Sócrates 
 Platão (428-347 a.C.), principal discípulo de Sócrates.
 Conheceu Sócrates quando este contava com 60 
anos e ele com 20 anos.
 Seu nome era Aristócles e pertencia a uma família 
aristocrática.
 Conviveu com seu mestre por quase uma década.
 Escreveu cerca de 30 diálogos nos quais Sócrates 
aparece em sua maioria.
Platão: “A alegoria da caverna”
 Escreveu a famosa “Alegoria da caverna” (ou mito). 
 Que se encontra no livro VII, de “A República”.
 Ilustra sua concepção epistemológica e política.
 Elementos: caverna, prisioneiros, sombras, mundo externo.
 Processo de libertação de um prisioneiro.
Platão: “A alegoria da caverna”
“Imaginemos uma caverna subterrânea onde [...] seres humanos 
estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão 
algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre 
no mesmo lugar e a olhar apenas para frente [...]. A luz que ali 
entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e 
os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho 
ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta [...].” 
(CHAUI, 1997)
Platão: “A alegoria da caverna”
“Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam 
estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, 
animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, 
os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as 
sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem 
ver as próprias estatuetas, nem os homens que as 
transportam.” 
(CHAUI, 1997)
“A alegoria da caverna”
“Sair da caverna”
 E se um prisioneiro fosse levado para fora da caverna?
 A princípio, seus olhos ficariam ofuscados pelo brilho da luz.
 Não seria capaz de ver.
 Processo de adaptação à claridade.
 Contemplar as sombras, as imagens refletidas na água, os 
objetos.
 Durante a noite poderá contemplar as estrelas e a Lua.
 Depois, no dia seguinte, o próprio Sol.
“Fora da caverna”
 Ele concluirá que antes contemplava apenas sombras.
 Agora enxerga as sombras, os objetos e a própria luz.
 Ficará feliz com sua descoberta.
 Ficará com pena dos antigos companheiros.
 Ele deve retornar à caverna para tentar libertar seus antigos 
companheiros?
Interatividade
Sobre Platão e Sócrates é correto afirmar:
a) Sócrates não existiu, foi apenas um personagem de Platão.
b) Sócrates escrevia em forma de versos e Platão em forma de 
diálogos. 
c) Platão não existiu, foi apenas um personagem de Sócrates.
d) Platão escreveu vários diálogos nos quais Sócrates aparece 
em sua maioria.
e) Não há certeza nem sobre a existência de Sócrates, 
nem de Platão.
“Retornar à caverna”
 Retornando à caverna, o ex-prisioneiro ficaria desnorteado 
pela escuridão.
 Caçoariam dele porque ele não consegue enxergar.
 Por sua vez, ele contaria o que viu e tentaria libertar os outros.
 Irritados, os prisioneiros tentariam espancá-lo.
 Se ele insistisse, eles acabariam por matá-lo.
Análise da alegoria
 Quem são os prisioneiros?
 O que são as sombras?
 Quem é aqueleque sai da caverna?
 Quem são aqueles que projetam sombras no interior da 
caverna?
 Por que, segundo Platão, o ex-prisioneiro, agora filósofo, 
termina assassinado? 
 Análise da imagem da caverna.
Análise da alegoria
“Sair da caverna”
 Como “sair da caverna”? 
 Força do hábito x força do eros.
 Filosofia é desejo de conhecer.
 A reflexão filosófica possibilita sair da caverna.
 O ex-prisioneiro deve retornar à caverna para tentar libertar 
seus ex-companheiros.
Platão: Heráclito x Parmênides
 Heráclito: tudo está em movimento. 
 Parmênides: não há movimento.
 A verdade (alétheia) está no pensamento e a opinião (doxa) 
está nos sentidos. 
 O argumento de que “os sentidos enganam” era usado para 
tentar provar teses contrárias.
 Movimento x imobilidade.
Platão: concepção epistemológica
 A definição das coisas está condicionada ao princípio de 
identidade e permanência. 
 Uma coisa é aquilo que é e não outra e deve ser sempre do 
mesmo modo. 
 No mundo sensível, isso não é possível. É múltiplo e mutável. 
 É o mundo das aparências, das sombras. 
 Mera cópia do mundo das ideias, do mundo real. 
Platão: concepção epistemológica
Mundo sensível (concreto)
 Mundo das aparências – múltiplo, mutável – regido pela doxa
(opinião).
 Refere-se ao devir de Heráclito.
Mundo das ideias
 Idêntico e permanente – regido pela episteme (conhecimento).
 Refere-se ao ser de Parmênides.
 É necessário sair do mundo das aparências e ascender até o 
mundo verdadeiro das ideias.
Platão: Her e a visão do outro mundo 
(“A República” – livro X)
 Her morreu em combate e após doze dias ressuscitou.
Relatou o que viu no reino dos mortos:
 As almas contemplam as ideias verdadeiras e aguardam o 
momento de reencarnarem para purificarem os erros do 
passado.
 No retorno à Terra devem atravessar o rio Letes (rio do 
esquecimento).
 Aquelas que bebem muita água esquecem de todas as 
verdades contempladas.
 Conhecer implica em recordar o que já se sabe, mas foi 
esquecido.
O empirismo de Aristóteles
 Foi discípulo de Platão. 
 Foi professor de Alexandre.
 Fundou sua própria escola (O Liceu).
 Critica a filosofia dualista de Platão. Mundo sensível x mundo 
das ideias.
 Não julga o mundo aparência ou ilusão.
 Seu modo de existir é o devir.
 É possível conhecer as causas do devir por meio do 
estudo do ser.
Interatividade
Sobre a “Alegoria da Caverna” de Platão, é correto afirmar:
a) Retrata como era a vida nas cavernas nos primórdios da 
existência.
b) Simboliza a impossibilidade de alcançar o verdadeiro 
conhecimento.
c) Apresenta, metaforicamente, fases ou níveis de 
conhecimento. 
d) Por se tratar de um mito inventado por Platão, não tem valor 
filosófico.
e) Serve para provar que as correntes da ignorância não podem 
ser quebradas. 
Platão e Aristóteles 
“Escola de Atenas”, 
Rafael 
Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/
wiki/Escola_de_Atenas
O empirismo de Aristóteles
“Por natureza, todos os homens desejam o conhecimento. Uma 
indicação disso é o valor que damos aos sentidos; pois, além de 
sua utilidade, são valorizados por si mesmos e, acima de tudo o 
da visão.”
“É pela memória que os homens adquirem experiência, porque 
as inúmeras lembranças da mesma coisa produzem finalmente o 
efeito de uma experiência única.” 
(Aristóteles, “Metafísica”) 
Conhecimento como processo acumulativo
 Sensação: 1o passo para o conhecimento 
(ver, ouvir, sentir etc.).
 Memória: retenção dos dados sensíveis.
 Experiência: “saber fazer” pela repetição.
Ex.: Olho para o céu e digo: “vai chover”. Como eu sei?
Ex.: Vou construir um novo quarto para minha casa.
Conhecimento como processo acumulativo
 Arte/técnica: conhecimento das regras. Sabe-se o porquê das 
coisas (técnico).
 Teoria/ciência: saber teórico contemplativo (ex.: matemática, 
leis da natureza).
 Sabedoria/Filosofia: conhecimento das causas primeiras 
universais (ex.: natureza do mundo, causa de todas as 
coisas).
A filosofia medieval
 A Idade Média vai do século V ao século XV. 
 A Igreja Católica nasce dentro do Império Romano.
 A princípio é proibida e perseguida.
 Vai se fortalecendo até se tornar a religião oficial do Império 
(380 d.C.).
 É detentora da escrita e do conhecimento. 
 Torna-se a força espiritual e política do período. 
 Questão discutida: relação entre teologia e filosofia, ou seja, 
entre fé e razão. 
Patrística
 Filosofia dos padres da igreja (séc. II ao V).
Objetivos: 
 Converter os pagãos (não batizados).
 Combater as heresias (doutrinas contrárias as da Igreja).
 Justificar a fé.
 Recorre-se à razão.
 A razão é vista como auxiliar da fé.
 Representante: Santo Agostinho (354-430). Faz uma releitura 
de Platão. 
 “Creio para que possa entender.”
Santo Agostinho (354-430 d.C.)
Disponível em: www.consciencia.org
Escolástica
 Filosofia cristã ensinada nas escolas clericais (séc. IX ao XIV).
 Continua-se a recorrer à razão para justificar as verdades da fé.
 A Filosofia é considerada serva da Teologia.
Representante: 
 São Tomás de Aquino (1225-1274). Faz uma releitura de 
Aristóteles.
 Valorização do mundo sensível para a aquisição de 
conhecimento. 
 O mundo sensível é uma criação divina e é digno de ser 
conhecido pelo cristão.
São Tomás de Aquino (1225-1274)
http://tuporem.org.br/como-tomas-de-aquino-pode-ajudar-os-evangelicos/
Características gerais
Idade Média 
 Teocentrismo.
 Geocentrismo.
 Dogmatismo.
Interatividade
Sobre o conhecimento na Idade Média é correto afirmar:
a) É o período de maior valorização e aceitação da filosofia 
grega.
b) Os padres da Igreja consideram a razão mais importante 
que a fé.
c) A Teologia é considerada serva da Filosofia.
d) A Filosofia é considerada serva da Teologia.
e) Os mitos gregos são valorizados como os portadores da 
verdade.
ATÉ A PRÓXIMA!

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