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Souza_2005_Servico-social-e-educacao--uma_21317

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Serviço social e educação: uma questão em debate
Iris de Lima Souza
INTERFACE
27
SSERVIÇO SOCIAL
E EDUCAÇÃO:
uma questão em debate
AUTORA
Iris de Lima Souza
Doutoranda e Mestre em Educação, Assistente Social
E-mail: souzairis27@hotmail.com
INTERFACE
INTERFACE - Natal/RN - v.2 - n.1 - jan/jun 2005
28
Serviço social e educação: uma questão em debate
Iris de Lima Souza
INTERFACE
29
RESUMO
Estudos recentes na área da educação como espaço de trabalho do
Assistente Social ganham novas discussões na agenda profissional da
categoria e em seus órgãos de defesa, representação, fiscalização e
formação. A educação, especificamente a educação escolar, é um
campo de trabalho permeado por questões complexas que requer
diferentes saberes e especializações para respondê-las. Nesse sentido,
o presente artigo registra algumas publicações sobre o Serviço Social
na Educação revelando que este não é um campo novo da prática
profissional do Assistente Social, mas que foi perdendo legitimação e
reconhecimento em seu processo de profissionalização.
PALAVRAS-CHAVES
Assistente Social. Educação. Escola
INTERFACE
INTERFACE - Natal/RN - v.2 - n.1 - jan/jun 2005
30
A profissão do Serviço Social contempla em sua origem um campo
vasto para o Assistente Social realizar o seu trabalho, tendo como supor-
te teorias e metodologias que lhes são específicas - Antropologia, Direi-
to, Ética, Filosofia, Psicologia, Fundamentos da História do Serviço Soci-
al e os Instrumentais Técnico-Operativos estão entre os saberes formali-
zados. São conhecimentos de diferentes áreas científicas que constroem
a profissionalização do Serviço Social, enquanto processo de racionali-
zação e integração de saberes necessários para a formação de competên-
cias presentes no agir profissional (RAMALHO; NUÑEZ; GAUTHIER,
2003).
Em qualquer campo de trabalho que atue, o Assistente Social apóia-
se no compromisso em lutar pela garantia dos direitos e contribuir para
o crescimento social, político e cultural dos sujeitos. Especificamente
no campo da educação, o Serviço Social assume como perspectiva tra-
balhar, também, o desenvolvimento do aluno - o despertar desse públi-
co como formadores de opinião, transformadores do seu cotidiano,
responsáveis por seus atos, construtores de idéias inovadoras,
questionadores da sua realidade e partícipes ativos da sua história.
Investigando e refletindo obras sobre a intervenção do Assistente
Social nessa área, registra-se que desde a década de 30 esse é um espa-
ço de significativa contribuição do profissional, dada a dimensão
educativa e política que caracteriza o seu saber e fazer. A intervenção
educativa do profissional objetiva “[...] descontruir as formas defensi-
vas de um comportamento instalado para permitir que o sujeito se
autorize novas formas de existência e de relação, impensáveis até o
momento” (MARPEAU, 2002, p. 162).
Na obra Serviço Social, Infância e Juventude Desvalidas,
lançada em 1939 (reeditada em 1985), Pinheiro procura situar as idéi-
as e técnicas que perpassam o mundo do Serviço Social, o alcance
desta profissão em diferentes áreas de atuação. A escola, enquanto um
desses campos é registrada como espaço de ação social que deve, pelo
menos, prestar o seu subsídio de informações sobre a vida das crian-
ças que a freqüentam. É concebida como uma agência social que se
transformou em lugar de preparação para a vida, onde se há de viver
plena e harmoniosamente. Sua tarefa é estender até o lar a sua ativida-
de educativa. Para isso, tem que ser organizada com o propósito de
buscar elementos positivos do caráter, da personalidade da criança
no seu meio familiar, compreendendo o alunado de acordo com as
influências ambientais, no intuito de modificá-lo para facilitar o tra-
balho educativo de ajustamento social.
Com essa visão, como o Assistente Social contribui na escola? A
ação do Serviço Social vem apoiar-se como agente de ligação entre o
lar (a família), a sociedade e a escola para dar unidade à ação educaci-
onal, criando um conjunto de medidas de ajuda às famílias através do
provimento de necessidades básicas de subsistência, de vida higiêni-
ca e sadia. Como declara Pinheiro,
Serviço social e educação: uma questão em debate
Iris de Lima Souza
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[...] só o Serviço Social pode criar esse ambiente, pela impossibi-
lidade dos professores cuidarem, simultaneamente, dos alunos e
dos pais. O entrosamento da escola ao lar requer tempo, paciên-
cia, compreensão e trabalho constante das assistentes sob for-
mas inteiramente diversas das dispensadas pelo mestre ao discí-
pulo. O Serviço Social deverá, pois, para desenvolvimento pleno
de sua atividade, ser dividido por zonas, onde cabe conhecer as
condições locais, materiais e sociais, de modo a deduzir as suas
necessidades imediatas. (PINHEIRO, 1985, p. 45).
A família era considerada como a grande responsável pelas difi-
culdades e pelo baixo grau de escolaridade dos alunos. A freqüên-
cia irregular, a fadiga, a debilidade física do aluno, decorrentes da
falta de compreensão dos pais, a alimentação deficiente e as difi-
culdades financeiras são fatores responsáveis pelo nível inferior
na aprendizagem.
O Serviço Social realizava ‘Inquéritos Sociais’ como diagnóstico
da situação familiar, social e escolar dos alunos. O seu trabalho estava
voltado, ainda, para revelar a personalidade do aluno aproveitando suas
aptidões. Para isso, selecionavam-se os alunos que possuíam mais qua-
lidades morais e maiores capacidades de adaptação social – “Assim
sendo, a escola muito pode beneficiar-se desse auxílio, na realização
da tarefa de orientar as aptidões das crianças e de reajustar as mal adap-
tadas, por circunstâncias estranhas, ao seu valor pessoal.” (PINHEI-
RO, 1985, p. 47).2
Destaca-se que no Governo de Pernambuco, em 27 de novembro
de 1928, houve interesse em se criar nas escolas
[...] um corpo de visitadoras, cuja função (era) zelar pela saúde
dos escolares e visitar as famílias dos alunos, a fim de conhecer
o meio em que estes vivem, e incentivar nos pais hábitos sadi-
os; e uma assistência escolar, com administração autônoma
centralizadora de tais instituições ou organizações filantrópi-
cas (PINHEIRO, 1985, p. 46).
Entretanto, a intenção não chegou à linha de ação. A falta de recur-
sos e a incompreensão do professorado a respeito da natureza e fina-
lidade dos serviços sociais para as escolas pode ter sido a causa dessa
não aplicação. Percebe-se, portanto, que o Serviço Social tinha a fun-
ção de orientar os alunos e as famílias para manter a ordem social,
ajustando os sujeitos aos valores morais da época.
Em 1968, ao investigar sobre as Fallas de Desenvolvimiento en
la escuela publica: un enfoque de servicio social de grupo,3
Vinter e Sarri destacam que a evasão escolar, o fracasso, a insuficiên-
cia e a dificuldade na aprendizagem, a má conduta dos alunos interfe-
rindo nas aulas e na disciplina escolar eram questões voltadas para o
Serviço Social. Entretanto, era um trabalho que poderia ser desenvol-
vido junto com outros serviços da escola, no sentido de contribuição
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INTERFACE - Natal/RN - v.2 - n.1 - jan/jun 2005
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sócio-pedagógica para modificar a percepção e a forma de tratamento
que era dada aos alunos mais difíceis:
El servicio social de grupo complementa pero no excluye el
uso de otros servicios más tradicionales para lograr los objeti-
vos pedagógicos. Esta labor se concibe como una parte inte-
grante de los servicios sociales escolares y ha de ser apoyada
por el personal de la escuela y coordinada estrechamente con
sus actividades. Los trabajadores sociales mantenían frecuentes
contactos con los maestros, asesores y consejeros, y el personal
administrativo. (VINTER; SARRI, 1968, p. 10-11).
As atividades desenvolvidas pelos Assistentes Sociais referiam-se:
ao trabalho direto comos alunos que apresentavam condutas que in-
terferiam nas aulas e/ou que apresentavam rendimento insuficiente
(contatos individuais e em grupo); à mediação com os professores e
demais pessoal da escola para falar sobre os alunos que apresentavam
dificuldades (era um intercâmbio de informações para se decidir que
tratamento seria dado ao aluno com problemas, ou para modificar as
práticas dos professores em relação a forma de tratar os seus alunos); à
consultoria para os professores, em relação às estratégias para melho-
rar as aulas, mudanças na política educacional e nos procedimentos da
escola; à relação com famílias e instituições das comunidades para so-
lucionar problemas e ajudar a família a participar de programas comu-
nitários que favoreciam crianças com algum tipo de dificuldade.
Nessa perspectiva, o Assistente Social atuava com um público di-
verso, ocupando um lugar estratégico na escola ao ter contato mais
próximo com alunos, professores, demais profissionais, famílias, ins-
tituições extra-escolares. Como defendem Vinter e Sarri,
[...] os Assistentes Sociais “tienen la oportunidad de ayudar a
los maestros y administradores a descubrir aquellas prácticas y
disposiciones escolares que inadvertidamente contribuyen al
mal desenvolvimiento y ponen trabas al estúdio y a la
adaptación. (VINTER; SARRI, 1968, p. 17).
Outra obra de teórico latino-americano, Ander-Egg, publicada em
1974, sobre El Trabajo Social como acción liberadora retrata os
seguintes campos de atividade em que o Assistente Social exercia seu
trabalho: saúde e hospitais, bem-estar familiar, proteção ao menor,
indivíduos e grupos com necessidades especiais, indústria, educação,
programas de habitação, desenvolvimento de comunidade, seguridade
social, benefício, sindicato.
Específico ao Serviço Social na educação escolar, o Assistente So-
cial tinha o papel de estabelecer e fortalecer as relações entre a escola
e os pais, integrar as crianças que tinham dificuldades de adaptação à
vida escolar e desenvolver seu trabalho em articulação com outros
Serviço social e educação: uma questão em debate
Iris de Lima Souza
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profissionais que atuavam na escola. O Programa de Serviço Social é
desenvolvido em escolas primárias, em algumas de nível secundário e
em Universidades, e nos Departamentos de Bem-Estar ao Estudante.
Sobre a articulação entre profissionais, Ander-Egg documenta que
[...] el Trabajo Social y la Psicopedagogía se interrelacionan; por
eso son necesarias las técnicas de los trabajadores sociales em
la integración y funcionamiento de departamentos de bienestar
estudiantil... El trabajo social escolar contribuye también a la
formación y desarrollo de actividades de las asociaciones de
padres de familia, maestros y vecinos, vitaliza los objetivos
educativos y recreativos de alumnos y ex-alumnos, organiza
programas de toda clase, para formar bibliotecas, actos sociales,
que constituyen fuentes de ingresos que posibilitan más
educación, a través de fondos de becas, ayudas, etc. Además y
esta es una de sus principales labores, proporciona atención
individual y en grupo a aquellos estudiantes con problemas que
interfieren sus estúdios (ANDER-EGG, 1974, p. 25).
Nas Universidades, o Assistente Social tinha como atividades orga-
nizar as refeições e residências estudantis, aprovar bolsa de estudo e
ter atenção à saúde dos estudantes. E, ainda, a tarefa de sensibilizar os
universitários em relação aos problemas da comunidade, promoven-
do conferências sobre problemas da atualidade e a realização de ativi-
dades em bairros marginalizados, como destaca o autor.
O Serviço Social na educação escolar na América Latina, segundo
Ottoni (1978), atuou depois da Segunda Guerra Mundial para reorga-
nizar a sociedade para trabalhar frente a um universo com diversida-
des de formação e divergências entre os egressos das escolas e as ge-
rações de profissionais. Escolas e profissionais mais antigos resisti-
ram às mudanças propostas. No primeiro Congresso Pan-Americano,
em 1945, quando estava ocorrendo uma evolução da teoria do Servi-
ço Social em termos de se trocar experiências e discutir sobre a pro-
fissão, a Saúde e a Educação tiveram lugar de destaque nas discussões.
Entretanto, Ottoni revela que a escola surgiu enquanto campo de
atuação do Assistente Social em 1906, nos Estados Unidos,
 [...] quando os Centros Sociais designaram visitadoras para esta-
belecer uma ligação com as escolas do bairro, a fim de averiguar
por que as famílias não enviavam seus filhos à escola, as razões
da evasão escolar ou a falta de aproveitamento das crianças e a
adaptação destas à situação da escola. (OTTONI, 1978, p. 66-67).
Bartlett (1979), em sua obra A Base do Serviço Social, destaca que
no fim dos anos 20 emergiram os seguintes campos de atividade para
o Serviço Social: bem-estar social, serviço social médico, psiquiátrico
e escolar. O Serviço Social Escolar voltava-se para os problemas de
menores nos programas educacionais e na escola, entretanto, traba-
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lhava-se desarticuladamente com os três eixos básicos de sua ação:
escola, aluno, família.
Pinheiro; Angelides, destacando a obra Serviço Social na Esco-
la Especializada para Deficientes Mentais, observam o trabalho
do Assistente Social nesse cenário com o objetivo de
[...] desenvolver, valorizar e capacitar o homem, preocupando-
se com a prestação de serviços diretos e nível de clientela indi-
vidual, grupal e comunitária”. Funcionando, ainda, como liga-
ção entre escola-família-comunidade para “uniformizar a ma-
neira de lidar com o educando, para que o trabalho da escola
não sofra solução de continuidade no lar e adaptar a família a
melhores formas de vida junto à comunidade. (PINHEIRO;
ANGELIDES, 1984, p. 91).
Em tempos mais atuais, continua presente, nas obras de Oliva
(1987), Backaus (1992) e Amaro et al (1997), o Assistente Social com a
função de identificar os casos de desajuste social e escolar, integrar
família-escola e adaptar a família aos valores da escola.
Descrevendo a experiência do Serviço Social na Secretaria de Edu-
cação de Pernambuco, Oliva (1987), em seu livro Política de Estado
e Prática Social revela que a atuação dos Assistentes Sociais é requi-
sitada através da Divisão de Serviço Social Escolar.4 Dentre as suas
competências encontram-se o estudo da situação de vida dos alunos,
a integração entre alunos, pais e professores, a divulgação da finalida-
de e atuação do Serviço Social Escolar. O que se exigia do profissional
de Serviço Social é que ele ajustasse os desajustados, ajudasse os ne-
cessitados, integrasse os alunos à sociedade.
Na verdade, a instituição do Serviço Social Escolar atende não
somente a metas de aperfeiçoamento dos procedimentos pe-
dagógicos, mas também à adequação dos objetivos do ensino
às orientações mais gerais do Governo. (OLIVA, 1987, p. 39).
Cabia aos Assistentes Sociais da Divisão de Serviço Social Escolar
resolver problemas como evasão, repetência, desmotivação, dificul-
dades nos relacionamentos, absenteísmo às aulas e demais desconfor-
tos escolares que apresentassem como causas a precariedade da rela-
ção familiar, do local de moradia e a falta de educação escolar dos pró-
prios pais. No entanto, não se questionava o porquê dessas dificulda-
des, considerando-se as contradições e a exploração de classes. Par-
tindo dessa constatação, indaga-se: como trabalhar com questões de
evasão, de absenteísmo se não trabalhar com a realidade social, famili-
ar dos educandos? Conhecer de perto o mundo sócio-familiar dos alu-
nos é uma das condições para pautar uma ação profissional que não
se resuma a perceber aspectos quantitativos e mensuráveis.
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Iris de Lima Souza
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Pode-se aferir que o olhar da Secretaria de Educação de Pernambucosobre a profissão do Serviço Social ainda é muito restrita (considerando
a época da pesquisa). O trabalho do Assistente Social é concebido como
positivo e necessário à Secretaria quando realiza suas competências de
prestação de serviços assistenciais (triagem, encaminhamento, ajuda
supletiva), prestando assistência aos educandos em suas necessidades
materiais (alimentar, financeira, transporte) e supervisionando os des-
locamentos das bolsas de estudo. É uma prestação de serviços com cu-
nho político, no sentido de ser uma estratégia para reforçar as estruturas
de poder, uma vez que contribui para a reprodução da força de trabalho
e para o exercício do controle social e o domínio ideológico.
A dimensão educativa do profissional de Serviço Social pauta-se,
nesse contexto, com o único propósito de adaptação do homem aos
novos tipos de civilização. É evidente, então,
[...] a preocupação com a legitimidade de uma ordem imposta,
porquanto o Serviço Social não é chamado, na verdade, a empre-
ender a análise crítica de uma realidade concreta, e sim à prepa-
ração dos grupos que orienta na direção dos aspectos psicossociais
necessários ao desenvolvimento. (OLIVA, 1987, p. 47).
Portanto, o trabalho do Assistente Social na Secretaria de Educa-
ção de Pernambuco é permeada pela ideologia e pelos objetivos
institucionais, pois se trata de uma instituição que acaba por subesti-
mar a dimensão social, política e educativa desta ação, com uma análi-
se fragmentária e genérica da realidade, constituindo-se como elemen-
to de unificação do poder institucional.
Uma outra experiência na área do Serviço Social Escolar ocorreu
no ano de 1990, quando a Assistente Social Backhaus sistematizou sua
vivência como estagiária em uma instituição escolar no município de
Canoas/RS.
No convívio com a equipe pedagógica e alunos da escola, a profis-
sional detectou que o trabalho dos Assistentes Sociais centrava-se na
luta pela interação grupal, “[...] articulando formas de relações com
os outros agentes da comunidade escolar na produção de novas alter-
nativas de intervenção.” (BACKHAUS, 1992, p. 39).
A compreensão da escola sobre o trabalho do Serviço Social res-
tringia-se ao nível do assistencialismo – uma profissão voltada para
resolver os males sociais, contribuindo na restauração do bom funci-
onamento da estrutura escolar. No entanto, ao atuar no espaço esco-
lar, Backhaus pôde construir junto à equipe pedagógica, e aos própri-
os alunos, uma outra visão do trabalho do Assistente Social nesse ce-
nário – “[...] o papel do Serviço Social passou a ser interpretado pela
escola de uma maneira mais consistente”, percebendo a necessidade
de um trabalho articulado, fomentando o diálogo, as trocas de saberes
e experiências (BACKHAUS, 1992, p. 53).
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No estudo de Amaro et al (1997, p. 51), realizado no Rio Grande do
Sul, o Serviço Social foi implantado como Serviço de Assistência ao
Escolar em 25 de março de 1946, sob o Decreto nº 1394, objetivando
[...] à identificação de problemas sociais emergentes que reper-
cutissem no aproveitamento do aluno, bem como à promoção
de ações que permitissem a ‘adaptação’ dos escolares ao seu
meio e o ‘equilíbrio’ social da comunidade escolar.5
Assim, a intervenção profissional tinha como base preparar indi-
víduos para servir à lógica capitalista. Para isso, encontravam-se den-
tre as suas funções a identificação da situação sócio-econômica dos
alunos e suas famílias, e os casos de desajuste social para que se pudes-
se orientar pais e mestres no tratamento adequado. Salienta-se que a
escola, com esse caráter meramente legitimador da ordem do capital,
conformou-se até a metade da década de 70.
A experiência do Serviço Social Escolar retratada por Costa; San-
tos (2001), destaca um profissional presente na Coordenadoria Edu-
cacional de Gestão Democrática, da Secretaria Estadual de Educação
de Alagoas. Sua ação se realiza de maneira interdisciplinar desenvol-
vendo formas de cooperação num nível crítico e criativo, favorecen-
do a realização de consensos de saberes e práticas em torno do proje-
to democrático, participando de um plano de trabalho que tem a in-
tenção de uma educação transformadora.
O Assistente Social atua sob outra forma de intervenção, diferente das
citadas anteriormente nas demais obras sobre o Serviço Social Escolar.
Seu papel é de assessorar Professores, Pedagogos e Psicólogos que estão
em processo de avaliação e implementação dos mecanismos de política
da Gestão Democrática na Rede Pública Estadual de Ensino de Alagoas.
Refletindo o processo de democratização da escola pública e a
mediação do Assistente Social, os citados autores revelam que os Pro-
fissionais do Serviço Social iniciaram em 1997 um trabalho de prepa-
ração das escolas para implementar os Conselhos Escolares enquanto
espaço de participação da comunidade escolar na gestão. Por falta de
vontade política do gestor estadual em viabilizar uma política de ges-
tão democrática6 nas escolas, o trabalho não teve continuidade.
Contudo, em 1999, o processo de gestão democrática é
(re)implementado pelo Governo da época, instituindo uma equipe
composta de doze profissionais para a Construção e Acompanhamento
da Gestão Democrática Educacional (ECAGDE). Nesta equipe, seis
eram Assistentes Sociais trabalhando objetivamente para traçar as li-
nhas estratégicas da Gestão Democrática Educacional, desencadean-
do e implementando o processo de democratização educacional em
todas as escolas da Rede Estadual.
Portanto, percebem-se nas experiências supracitadas, as múltiplas
demandas que permeiam trajetoriamente a profissão do Serviço Soci-
Serviço social e educação: uma questão em debate
Iris de Lima Souza
INTERFACE
37
al Escolar, considerando-se o tempo histórico, a realidade, as mudan-
ças sociais, políticas e econômicas que direcionavam e direcionam as
reflexões e intervenções dos Assistentes Sociais na educação e na es-
cola. O papel do Serviço Social na escola, para Faleiros
[...] consiste na elaboração consciente e conseqüente, teórica,
política e técnica das relações sociais (vínculos) presentes no
relacionamento profissional, para a construção de estratégias
e táticas de solução dos problemas, pela modificação das rela-
ções de força existentes, tendo em conta os interesses em pre-
sença nas questões complexas apresentadas (FALEIROS apud
COSTA et al., 1998, p. 319-320).
Desta forma, tendo a função de garantir a reprodução social e cultu-
ral, a escola está cumprindo um papel que não lhe é única. A família, os
grupos sociais, os meios de comunicação exercem também este con-
trole. Para Sacristán e Gómez, ainda que a escola cumpra esta função,
[...] contribui decisivamente para a interiorização das idéias,
dos valores e das normas da comunidade, de maneira que me-
diante este processo de socialização prolongado a sociedade
industrial possa substituir os mecanismos de controle externo
da conduta por disposições mais ou menos aceitas de
autocontrole (SACRISTÁN; GÓMEZ, 1998, p. 14).
Segundo Libâneo (2001), a escola, a educação escolar, passou a ser,
por volta dos anos 80, um meio indispensável de elevação do nível
cultural, de formação para a cidadania, de desenvolvimento de conhe-
cimentos e capacidades para se enfrentar a complexidade social: “[...]
as escolas enquanto organizações educativas ganham dimensão pró-
pria – como um lugar onde também se tomam importantes decisões
educativas, curriculares e pedagógicas.” (LIBÂNEO, 2001, p. 20).
Já na década de 90, até os dias atuais, o profissional do Serviço
Social passa a intervir em casos antes direcionados e trabalhados ape-
nas por profissionais como o médico e o psicólogo: envolvimento
com drogas, gravidez precoce, maus-tratos, depressões infantis. Po-
rém, pontua-se que estas situações requerem um trabalho articulado
entre profissionaisde áreas de conhecimento específicas e não uma
ação isolada para casos tão complexos.
Registra-se, ainda, frente ao todo aqui construído para demons-
trar a existência de experiências do Serviço Social em escolas, e rea-
firmar a sua importância no campo da educação, algumas idéias mais
recentes sistematizadas pelo Professor Ney Almeida no que se refere
à Educação Pública e Serviço Social.
Não querendo justificar que a necessidade deste profissional na
escola diz respeito, necessariamente, à precariedade e à irrelevância
com que a educação hoje é apresentada, Almeida ressalva que com a
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38
implementação de programas e ações assistenciais nesse espaço cria-
se uma rede de estratégias de intervenção governamental que se tor-
nam importantes “[...] para o enfrentamento de problemas de acesso
e permanência na rede de ensino.” (ALMEIDA, 2000, p.72).
Desta forma, o Assistente Social deve pensar esta realidade como
meio, também, de contribuir no enfrentamento de mais um grave
problema social: a não transformação da educação em um direito so-
cial de fato. Para Almeida
[...] o campo educacional torna-se para o assistente social hoje
não apenas um futuro campo de trabalho mas sim um compo-
nente concreto do seu trabalho em diferentes áreas de atuação
que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de
uma ampliação teórica, política e instrumental da sua própria
atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que se
expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais nesta
passagem de milênio. (ALMEIDA, 2000, p. 74).
Em artigo mais recente sobre esta temática, o autor compreende
que a rediscussão sobre o Serviço Social ao campo educacional é
[...] caudatária dos avanços e acúmulos teóricos da profissão nos
debates em torno das políticas sociais como lócus privilegiado
da ação profissional, assim como da própria organização política
da categoria e das estratégias de articulação aos movimentos so-
ciais que atuam na construção de um novo projeto societário,
onde a luta pela conquista da cidadania se tornou um compo-
nente fundamental para sua unidade. (ALMEIDA, 2003).
Portanto, falou-se de trabalho com famílias, com os alunos, com os
professores, de situações de desajuste, desordem, dificuldades. Pon-
tuou-se sempre, nestas experiências, as demandas que o Serviço Soci-
al é chamado a intervir. Demandas, no sentido de ações, de questões
que ventilam a necessidade de algo ou alguém para trabalhá-las,
prevení-las ou superá-las.
O Assistente Social, enquanto profissional que tem a realidade so-
cial como seu núcleo de ação, em suas múltiplas representações e lin-
guagens, possui competência para planejar, propor, elaborar e execu-
tar os seus projetos sociais em defesa do respeito à diversidade huma-
na e à ética como fortalecimento da cidadania e da democracia.
O Assistente Social se fortalece no campo da educação por atuar
em um espaço onde a diversidade humana, cultural e econômica es-
tão presentes, as relações interpessoais estão em constante processo
de ruptura e aliança, a competição, o individualismo, a dualidade de
poderes reclamam ações que transformem o ser humano enquanto
autor e ator de uma história com posturas éticas. Apesar de a educa-
ção escolar ainda não ser um campo fértil de trabalho dos Assistentes
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Sociais são as próprias alterações processadas no mundo educacio-
nal, da informação e da tecnologia que demandam a sua inserção em
articulação com os demais profissionais.
Defende-se, portanto, que o Assistente Social é um dos profissio-
nais relevantes para atuar na educação dada a sua formação, a qual lhe
confere: uma aquisição de conhecimentos que o permite responder
às demandas sociais; capacidade e flexibilidade de conquistar novas e
potenciais dimensões do saber e do fazer; uma análise e compreensão
da realidade social; princípios éticos que redefinem suas posturas pro-
fissionais; instrumentais técnico-operativos para subsidiar suas ações
sociais, pedagógicas, políticas e culturais. Como também, as dimen-
sões que ela tem que desenvolver, as quais formam a totalidade social:
teórico-metodológica, ético-política, investigativa e formativa. (GUER-
RA, 2005).
Atuando em escolas nos tempos atuais, o Assistente Social tem
como viés a preparação do indivíduo para seu auto-conhecimento e
compreensão, como também a compreensão do outro, procurando
torná-lo mais consciente de suas raízes através da descoberta das
multiplicidades cultural e humana, e com capacidade de dominar o
seu próprio desenvolvimento.
Acredita-se que o trabalho do Assistente Social nas escolas é uma
estratégia que poderá criar condições para o exercício da cidadania,
para o empoderamento e o protagonismo contribuindo, assim, para
a inclusão social de crianças, adolescentes e adultos. Como também, o
Serviço Social vem a ser uma especialidade que colabora junto ao cor-
po técnico-administrativo e docente ao pensar na formação continu-
ada, na construção e realização de pesquisas e projetos, na proposi-
ção de espaços de debates temático-transversais.
Os inúmeros problemas que atingem os educandos, principalmen-
te os que estudam em escolas públicas causam, como detectado no
estudo, baixo rendimento e desinteresse pelo aprendizado,
vulnerabilidade às drogas e à exploração sexual, atitudes e comporta-
mentos agressivos e violentos, evasão escolar. Os níveis atuais da po-
breza e da miséria têm expressão direta na educação escolar revelan-
do, portanto, a necessidade de estratégias e categorias profissionais
de diferentes especialidades para trabalhar com esses desafios.
O Assistente Social poderá propiciar não só o diagnóstico destas
questões, mas a proposição e alternativas de minimização, realizando
um elo entre a escola e o Estado. Entretanto, tem-se claro que este não
é um caminho curto a ser percorrido e que as propostas nem sempre
se concretizam na prática.
Reafirma-se, portanto, que Educação e Serviço Social são áreas
afins, cada qual com sua especificidade, que se complementam na
busca por objetivos comuns e projetos político-pedagógicos pauta-
dos sob a lógica da igualdade e da comunicação entre escola, família,
comunidade e sociedade.
INTERFACE
INTERFACE - Natal/RN - v.2 - n.1 - jan/jun 2005
40
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NOTAS
1
 
Este artigo conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – CNPq – Brasil. Sendo uma extração da Dissertação
de Mestrado em Educação (2003), sob título “Assistentes Sociais nas escolas:
revelando demandas para legitimar espaço”.
2 O texto foi reeditado tal qual escrito no ano de 1939, conservando a ortogra-
fia e a linguagem da época.
3
 
Esse estudo foi realizado em cinco escolas públicas do Sudeste de Michigan,
onde existia a presença do Trabalhador Social de Grupo integrando o Serviço
Social Escolar: una comunidad rural, una de académicos de la clase media,
dos industriales y una no industrial urbanas.
4
 
Conforme Decreto nº 391/1958. Salienta-se, ainda, que se reporta às formas
de pensar e atuar datadas na década de 50/60, sendo, portanto, passível de
profundas mudanças no decorrer da História.
5
 
É a antiga ênfase na ordem social, em descobrir e consertar as anormalidades
sociais para não desequilibrar a sociedade e, nesse contexto, a escola.
6
 
A gestão democrática foi contemplada na Constituição Federal de 1988 e pela
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, com o intuito das escolas terem
um mecanismo que garantisse o direito à participação de todos os represen-
tantes da comunidade através de práticas inovadoras na relação escola-comu-
nidade (COSTA; SANTOS, 2001).
TRAMITAÇÃO
Recebido em: 14/02/05
Aceito em: 29/04/05

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