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AÇÃO PAULIANA direito civil

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AÇÃO PAULIANA
Abordaremos nesta etapa, assunto relevante, a AÇAO PAULIANA nos NEGOCIOS JURIDICOS. 
Após o estudo, pesquisa e discussão, de toda teoria acerca da Ação Paulina análise do acórdão infra citado e inteiro teor em anexo, conclui-se:
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO PAULIANA. SUCESSIVAS ALIENAÇÕES DE VEÍCULO QUE PERTENCIA AO DEVEDOR. ANULAÇÃO QUE NÃO ALCANÇA OS TERCEIROS DE BOA-FÉ. 1.- Em consonância com o art. 109 do CC/1916 (com redação correspondente no art. 161 do CC/2002), tendo havido sucessivos negócios fraudulentos, cabe resguardar os interesses dos terceiros de boa-fé e condenar tão somente os réus que agiram de má-fé, em prejuízo do autor, a indenizar-lhe pelo valor equivalente ao do bem transmitido em fraude contra o credor. 2.- Recursos Especiais providos.
(STJ - REsp: 1145542 RS 2009/0116221-0, Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data de Julgamento: 11/03/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 19/03/2014)
Descrição do caso: 
O caso trata de transmissão onerosa de bem, de tal modo que necessita o credor comprovar, para ver reconhecida a fraude, que as alienações ocorreram depois de constituída a obrigação, que era notória ou conhecida da outra parte contratante a insolvência do alienante - eventus damni - e que havia conluio fraudulento entre os contratantes consiliun fraudis-. Inteligência dos artigos 106 e 107 do CC de 1916, lei aplicável ao caso porque vigente à época dos fatos. Requisitos preenchidos. Fraude contra credores reconhecida. Nulidade da alienação.
2. No que diz com as alienações subseqüentes, em que pese a boa-fé dos adquirentes, restam anuladas por conseqüência da anulação do negócio precedente, respondendo os alienantes pelos riscos da evicção
Decisão de 1 grau:
Dá-se provimento a ambos os Recursos Especiais, julgando improcedente o pedido de ineficácia da alienação do veículo em relação aos ora recorrentes, ANEDY FONTINEL e MAURO VILLANI RUY & COMPANHIA LTDA, cuja boa fé foi expressamente declarada pelo Acórdão Recorrido, nas respectivas negociações, determinando, ainda, o cancelamento da restrição imposta ao veículo junto ao DETRAN, invertidos os ônus sucumbenciais, na mesma proporção em que fixados pela sentença.
Órgão julgador:
Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça
Razoes de reforma ou manutenção da decisão:
Ação Pauliana. Fraude contra credores. O caso trata de transmissão onerosa de bem, de tal modo que necessita o credor comprovar, para ver reconhecida a fraude, que as alienações ocorreram depois de constituída a obrigação, que era notória ou conhecida da outra parte contratante a insolvência do alienante - eventus damni - e que havia conluio fraudulento entre os contratantes consiliun fraudis-. Inteligência dos artigos 106 e 107 do CC de 1916, lei aplicável ao caso porque vigente à época dos fatos. Requisitos preenchidos. Fraude contra credores reconhecida. Nulidade da alienação.
2. No que diz com as alienações subseqüentes, em que pese a boa-fé dos adquirentes, restam anuladas por conseqüência da anulação do negócio precedente, respondendo os alienantes pelos riscos da evicção.
Por esse dois motivos o voto unanime da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça concede recursos especiais.
Opinião do grupo e fundamentação da resposta 
A ação pauliana consiste numa ação pessoal movida por credores com intenção de anular negócio jurídico feito por devedores insolventes com bens que seriam usados parapagamento da dívida numa ação de execução. A ação pauliana pode ser ajuizada sem a necessidade de uma ação de execução anterior.
A ação pauliana é movida contra todos os integrantes do ato fraudulento:
Devedor insolvente
Pessoa que com ele celebrou o negócio
Terceiro adquirente que agiu de má-fé.
 
"A fraude contra credores é vício social. É praticada com o intuito de prejudicar terceiros, ou seja, os credores. A sua regulamentação jurídica assenta-se no princípio do direito das obrigações segundo o qual o patrimônio do devedor responde por suas obrigações. É o princípio da responsabilidade patrimonial. O patrimônio do devedor constitui a garantia geral dos credores. Se ele o desfalca maliciosa e substancialmente, aponto de não garantir mais o pagamento de todas as dívidas, tornado-se assim insolvente, com o seu passivo [dívidas] superando o ativo [créditos, capital], configura-se a fraude contra credores. Esta só se caracteriza, porém, se o devedor já for insolvente, ou tornar-se insolvente em razão do desfalque patrimonial promovido. Se for solvente, isto é, se o seu patrimônio bastar, com sobra, para o pagamento de suas dívidas, ampla é a sua liberdade de dispor de seus bens." (GONÇALVES, 2007, p. 170.) 
"Só estão legitimados a ajuizar ação pauliana (legitimação ativa) os credores quirografários [os que não tem garantias, como penhor, hipoteca, etc., sendo sua única garantia o patrimônio do devedor, passível de execução] e que já o eram ao tempo da ação fraudelenta (CC, art. 158, "caput" e § 2º). Os que se tornaram credores depois da alienação já encontraram desfalcado o patrimônio do devedor e mesmo assim negociaram com ele. Nada podem, pois, reclamar." (GONÇALVES, 2007, p. 173.) 
Os credores com garantia real (real, do latim "res", "coisa", ou seja, coisa, bem dado em garantia: hipoteca, por exemplo) não têm direito à ação, salvo se for necessário completar a garantia insuficiente.
BIBLIOGRAFIA 
Direito Civil Brasileiro Vol. 1, Parte Geral, 11. ed. rev. ampl. e atual. - São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.
Acórdao ação pauliana<http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/24994089/recurso-especial-resp-1145542-rs-2009-0116221-0-stj/inteiro-teor-24994090?print=true>acesso 10 junho 2015
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil: Parte Geral (Sinopses Jurídicas). 15ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 
CÓDIGO CIVIL. Vademecum. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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