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Concreto leve autoadensável com argila expandida

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MARIA FERNANDA PORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO EXPLORATÓRIO DE CONCRETO LEVE 
AUTOADENSÁVEL COM ARGILA EXPANDIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Londrina 
2018 
 
MARIA FERNANDA PORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO EXPLORATÓRIO DE CONCRETO LEVE 
AUTOADENSÁVEL COM ARGILA EXPANDIDA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao curso de Engenharia 
Civil da Universidade Estadual de 
Londrina, como requisito parcial à 
obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
Orientador: Prof.ª Dr.ª Berenice Martins 
Toralles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LONDRINA/PR 
2018 
 
 
MARIA FERNANDA PORTO 
 
 
 
 
 
ESTUDO EXPLORATÓRIO DE CONCRETO LEVE 
AUTOADENSÁVEL COM ARGILA EXPANDIDA 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao curso de graduação em 
Engenharia Civil da Universidade Estadual de 
Londrina, como requisito parcial à obtenção do 
título de Bacharel em Engenharia Civil. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
_____________________________________ 
Profª Drª Berenice Martins Toralles 
Universidade Estadual de Londrina 
 
 
_____________________________________ 
Me. Gersson Sandoval 
Universidade Estadual de Londrina 
 
 
_____________________________________ 
Meº. Guilherme Perosso 
Universidade Estadual de Londrina 
 
 
 
Londrina, 26 de janeiro de 2018 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Gostaria de agradecer primeiramente aos meus pais, pelo apoio e amor 
incondicional, pela presença constante e por serem o meu maior exemplo de 
determinação e perserverança. 
Aos meus irmãos, Tarcísio, Ricardo, Melissa e Joice, por estarem sempre 
presentes mesmo com a distância e por acreditarem mais em mim do que muitas 
vezes eu acreditei. 
À minha orientadora, Berenice Martins Toralles, por todo conhecimento 
repassado, pela paciência e apoio durante todo este trabalho. 
Aos alunos de iniciação científica, Ester Meira Ramos Amorin e Carlos Lazari 
pelo tempo disponibilizado em favor do meu trabalho. Especialmente ao Carlos, que 
esteve presente em toda a produção do concreto autoadensável. 
À empresa Cinexpan por toda a disposição em fornece o agregado leve 
necessário para a realização desta pesquisa. 
Aos técnicos dos Laboratórios de Materiais pela paciência e auxílio durante os 
ensaios e aos técnicos do Labotório de Maquetes pela disposição em produzir o 
equipamento para as minhas análises. 
Às meninas que dividem apartamento comigo, Luana e Verena, pela paciência 
durante esses cinco anos e por sempre estarem disponíveis quando que eu precisei. 
Aos meus amigos, pelos choros, risadas, madrugadas acordados, por estarem 
presentes em todos os momentos, por compartilharem esses cinco anos de 
engenharia comigo, pela paciência com todas as minhas reclamações e por sempre 
acreditarem em mim. Levarei vocês para sempre comigo. 
E a todos que contribuíram, direta ou indiretamente, para a realização deste 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Um homem feliz está muito satisfeito com o 
presente para falar muito sobre o futuro”. 
Albert Einstein 
 
 
 
 
PORTO, Maria Fernanda. Estudo exploratório do concreto autoadensável leve 
com argila expandida. 2018 p. 111. Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia 
Civil – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2018. 
 
RESUMO 
 
O concreto leve autoadensável (CLAA) é um tipo de concreto de alto 
desempenho desenvolvido a partir do concreto autoadensável (CAA) que une as 
propriedades do concreto leve – diminuição das cargas estruturais, alta capacidade 
de isolamento, resistência contra o fogo e ataques químicos – e do concreto 
autoadensável – aumento da durabilidade, capacidade de preenchimento passagem 
do material e resistência à segregação. Este trabalho tem como objetivo a produção 
do concreto leve autoadensável com a incorporação de agregados de argila 
expandida em substituição aos agregados convencionais, além disso, pretende 
comparar os efeitos de diferentes tipos de adições, em argamassa, com relação às 
propriedades em estado fresco através de testes não normativos desenvolvidos no 
laboratório de materiais de construção da Universidade Estadual de Londrina. Para 
tanto, o procedimento experimental foi dividido em duas etapas, a primeira é chamada 
de etapa exploratória, na qual se realizou os estudos em fase de argamassa e a 
segunda, chamada de etapa de produção do concreto autoadensável leve, trata de 
adequar o traço do concreto leve autoadensável a partir do traço utilizado para a 
produção da argamassa e avaliar as características no estado fresco e endurecido do 
CLAA e da sua referência. Na etapa exploratória, foi possível determinar que os testes 
desenvolvidos nesta etapa necessitam de mais estudos para definir os limites de uma 
argamassa utilizável no concreto autoadensável, além disso, determinou-se que a 
adição de calcário dolomítico produz as argamassas mais fluídas, com pouca 
exsudação enquanto que a utilização da sílica ativa faz com que haja uma diminuição 
significativa da fluidez, porém com um controle maior sobre a exsudação dos 
materiais, por fim, a adição do pó de basalto apresentou um caráter intermediário entre 
as duas outras adições. Já na etapa de produção do concreto leve autoadensável 
notou-se que o concreto autoadensável de referência (CAAREF) ficou aquém das 
características necessárias de autoadensabilidade, enquanto que o concreto leve 
autoadensável (CLAA100) obteve resultados adequados de fluidez - 66 cm de 
espalhamento e t500 de 4,3 segundos no slump-flow e 6 segundos no tempo de 
escoamento no funil V – e não atingiu o requerido para a habilidade passante nos 
ensaios de anel J e caixa L. Com relação as propriedades mecânicas aos 7 dias, o 
CAAREF obteve 35,9 MPa de resistência à compressão, 2,15 kg/dm³ de massa 
específica e 7,19% de absorção. Já o CLAA100 obteve 38,8 MPa de resistência à 
compressão, 1,82 kg/dm³ de massa específica e uma absorção de 9,6%. Tais 
resultados mostram que a substituição do agregado graúdo basáltico pelo agregado 
leve de argila expandida pode gerar resultados satisfatórios na produção do concreto 
leve autoadensável. 
 
Palavras chave: Concreto autoadensável leve (CLAA), argila expandida. 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO, Maria Fernanda. Exploratory study of self-compacting ligthweigh 
concrete with expanded clay. 2018 p. 111. Conclusion Work of Graduation in Civil 
Engineering - State University of Londrina, Londrina, 2018. 
 
ABSTRACT 
 
The self-compacting lightweight concrete (SCLC) is a type of high performance 
concrete developed from the self-compacting concrete (SCC) that join the properties 
of lightweight concrete – reduced structural loads, high insulation capacity, fire and 
chemical resistance – and properties of self-compacting concrete – increase durability, 
filling capacity and resistance to segregation. This work has the goal of producing self-
compacting lightweight with the incorporation of aggregates of expanded clay replacing 
the conventional aggregates, besides that, intends to compare the effects of different 
types of additions, in mortar, in relation to the properties in fresh state through non-
normative tests developed in the laboratory of building materials of the State University 
of Londrina. Therefore, the experimental proceed was divided in two steps, the first, 
was called the exploratory stage, in which the mortar phases studies was carry out. 
The second, called the production stage of self-compacting lightweight concrete, inwhich deals with the adjustment of the trace of the self-compacting lightweight concrete 
from the trace used for the production of the mortar and the evaluation of the 
characteristics in the fresh and hardened state of the CLAA and its reference. In the 
exploratory stage was possible to determine that the non-normative tests developed in 
this stage requires further studies to define the limits of a usable mortar as a self-
compacting concrete. In addition, it was determined that the addition of dolomitic 
produces the most fluid mortars with little exudation during the tests. While the use of 
active silica causes a significant decrease in the flowability, but with a greater control 
over the exudation of the materials. Finally, the addition of the basalt powder presented 
an intermediate character between the two other additions. Meanwhile, in the 
production stage of the self-compacting lightweight concrete, it was noticed that the 
reference self-compacting concrete (CAAREF) do not reach the necessary 
characteristics of self-compacting concrete. The self-compacting lightweight concrete 
(CLAA100) obtained adequate fluidity results - 66 cm of spreading and t500 of 4.3 
seconds in the slump flow and 6 seconds in the time of flow in the funnel V - and did 
not reach the required for the passing ability in the tests of ring J and box L. Concerning 
the mechanical properties at 7 days, CAAREF obtained 35.9 MPa of compressive 
strength, 2.15 kg/ m³ of specific mass and 7.19% of absorption. Already the CLAA100 
38.8 MPa of compressive strength, 1,82 kg/dm³ of specific mass and an absorption of 
9.6%.These results show that basaltic aggregate replacement by the light aggregate 
of expanded clay can generate very satisfactory results in the production of lightweight 
self-compacting concrete. 
 
Keywords: self-compacting lightweight concrete (SCLC), expanded clay. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Comparação entre a composição volumétrica do concreto convencional e 
do CAA. ..................................................................................................................... 19 
Figura 2 - Traços de CAA na literatura nacional e internacional.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 3 - Procedimento de dosagem segundo Okamura, Ozawa e Ouchi .............. 22 
Figura 4 - Procedimento de dosagem segundo Gomes et al (2002) ........................ 23 
Figura 5 - Procedimento de dosagem segundo Tutikian .......................................... 25 
Figura 6 - Procedimento de dosagem segundo Melo ............................................... 26 
Figura 7 - Construção das arquibancadas da Arena Pernambuco. .......................... 27 
Figura 8 - Construção das rampas de acesso da Arena Pernambuco. .................... 28 
Figura 9 - Museu Iberê Camargo realizado em CAA branco. ................................... 28 
Figura 10 - Histórico do concreto autoadensável leve .............................................. 31 
Figura 11 - Tipos de adições e seus efeitos na produção do concreto autoadensável
 .................................................................................................................................. 34 
Figura 12 - Espectro dos agregados leves ............................................................... 37 
Figura 13 - Traços de CLAA obtidos na literatura nacional e internacional.. ............ 40 
Figura 14 - Características obtidas com as dosagens de CLAA. .............................. 40 
Figura 15 – Tronco de cone...................................................................................... 42 
Figura 16 - Slump-flow ............................................................................................. 43 
Figura 17 - Funil V: (a) Concreto, (b) Argamassa ..................................................... 45 
Figura 18 – Anel Japonês ......................................................................................... 46 
Figura 19 - Caixa L ................................................................................................... 48 
Figura 20 - Argila Expandida (AL1) imersa em água. ............................................... 53 
Figura 21 - Argila expandida utilizada na produção do concreto autoadensável leve.
 .................................................................................................................................. 53 
Figura 22 - Fluxograma da metodologia ................................................................... 55 
Figura 23 - Fluxograma da etapa exploratória. ......................................................... 56 
Figura 24 - Curvas granulométricas das areias. ....................................................... 58 
Figura 25 - Infográfico do procedimento de mistura das argamassas. ..................... 61 
Figura 26 - Equipamento para realização do teste A. ............................................... 63 
Figura 27 - Teste B ................................................................................................... 64 
Figura 28 - Fluxograma da etapa de produção do concreto autoadensável leve. .... 65 
 
Figura 29 - Infográfico do primeiro procedimento de mistura utilizado na produção do 
CAAREF e do CLAA100. ............................................................................................... 67 
Figura 30 - Infográfico do procedimento final de mistura utilizado na produção do 
CAAREF e do CLAA100. ............................................................................................... 67 
Figura 31 - Gráfico das médias de velocidades no teste A com o traço 1 de argamassa
 .................................................................................................................................. 71 
Figura 32 - Gráfico do espalhamento no tronco de cone do traço 1 de argamassa . 72 
Figura 33 - Argamassas traço 1 - a) ARG1_SIL, b) ARG1_CAL e c) ARG1_BAS. .. 74 
Figura 34 – Gráfico das médias de velocidades obtidas no teste A com o traço 2 de 
argamassa................................................................................................................. 76 
Figura 35 - Gráfico do espalhamento no ensaio do tronco de cone do traço 2 de 
argamassa................................................................................................................. 77 
Figura 36 - Argamassas traço 2 - a) ARG2_SIL, b) ARG2_CAL e c) ARG2_BAS ... 79 
Figura 37 - Gráfico do teste B no traço 2 de argamassa .......................................... 79 
Figura 38 - Granulometria da argila expandida AL2. ................................................ 83 
Figura 39 - Granulometria do agregado graúdo de basalto. ..................................... 84 
Figura 40 - Granulometria das composições de agregado miúdo e graúdo. ............ 85 
Figura 41 - Primeira tentativa de produção do concreto. .......................................... 86 
Figura 42 - Concreto autoadensável leve após ajuste da quantidade de argamassa.
 .................................................................................................................................. 87 
Figura 43 - Primeira produção do concreto autoadensável leve de referência. ........ 88 
Figura 44 - Traço de concreto autoadensável com adição de sílica ativa. ............... 89 
Figura 45 - Traço final do concreto autoadensável. .................................................. 90 
Figura 46 - Slump-flow teste do concreto autoadensável de referência ................... 91 
Figura 47 - Ensaio do anel J para o concreto autoadensável de referência. ............ 92 
Figura 48 - Ensaio Funil V para o concreto autoadensável de referência. ............... 93 
Figura 49 - Ensaio da caixa L para o concreto autoadensável de referência. .......... 94 
Figura50 - Slump flow teste do concreto autoadensável leve.................................. 95 
Figura 51 - Ensaio do anel J para o concreto autoadensável leve. .......................... 96 
Figura 52 - Ensaio do funil V do concreto autoadensável leve. ................................ 97 
Figura 53 - Ensaio da caixa L do concreto autoadensável leve. ............................... 98 
Figura 54 - Corpos de prova do concreto autoadensável de referência após a 
desmoldagem. ........................................................................................................... 99 
 
Figura 55 - Distribuição dos agregados no corpo de prova do concreto autoadensável 
de referência. .......................................................................................................... 101 
Figura 56 - Corpos de prova do concreto autoadensável leve após a desmoldagem.
 ................................................................................................................................ 102 
Figura 57 - Distribuição dos agregados no corpo de prova do concreto autoadensável 
leve. ......................................................................................................................... 103 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Classificação das adições ........................................................................ 33 
Tabela 2 - Propriedades das argilas expandidas comercializadas no Brasil............. 38 
Tabela 3 - Classe de espalhamento segundo ABNT NBR 15823-1/2017 ................. 43 
Tabela 4 - Classe de viscosidade plástica aparente segundo a ABNT NBR 15823-
1/2017 ....................................................................................................................... 44 
Tabela 5 - Classificação dos resultados do Funil V segundo a ABNT NBR 15823-
1/2017. ...................................................................................................................... 46 
Tabela 6 - Classificação dos resultados do anel japonês segundo a ABNT NBR 15823-
1 (2017) ..................................................................................................................... 47 
Tabela 7 - Classificação dos resultados da Caixa L segundo ABNT NBR 15823-1/2017
 .................................................................................................................................. 48 
Tabela 8 - Propriedades da sílica ativa ..................................................................... 52 
Tabela 9 - Propriedades do superplastificante ADVA CAST 525 .............................. 54 
Tabela 10 - Propriedades do superplastificante CQ Flow 3750. ............................... 54 
Tabela 11 - Propriedades do Látex PVA. .................................................................. 54 
Tabela 12 - Ensaios de caracterização do agregado miúdo ..................................... 57 
Tabela 13 - Composição granulométrica das areias. ................................................ 57 
Tabela 14 - Massa específica, massa unitária e teor de pulverulento das areias. .... 60 
Tabela 15 - Traço unitário 1 da argamassa. ............................................................. 60 
Tabela 16 - Traço unitário 2 da argamassa. ............................................................. 61 
Tabela 17 - Ensaios no estado fresco realizado em argamassa. .............................. 62 
Tabela 18 - Ensaios para caracterização dos agregados graúdos ........................... 65 
Tabela 19 - Traço unitário para o concreto autoadensável obtido através dos ensaios 
com a argamassa. ..................................................................................................... 66 
Tabela 20 - Traço unitário final do concreto autoadensável obtido após os ajustes. 66 
Tabela 21 - Ensaios no estado fresco ....................................................................... 68 
Tabela 22 - Ensaios no estado endurecido ............................................................... 69 
Tabela 23 - Resultados obtidos no teste A do traço 1 de argamassa ....................... 70 
Tabela 24 - Resultados do ensaio do tronco de cone no traço 1 de argamassa ...... 71 
Tabela 25 - Área relativa de espalhamento (Gm) das argamassas - traço 1. ........... 73 
Tabela 26 - Massa específica no estado fresco do traço 1 de argamassa ............... 74 
 
Tabela 27 - Resultados obtidos no ensaio de viscosidade no traço 2 de argamassa
 .................................................................................................................................. 75 
Tabela 28 - Resultados do ensaio do tronco de cone no traço 2 de argamassa ..... 76 
Tabela 29 - Área relativa de espalhamento (Gm) do traço 2 de argamassa. ............ 77 
Tabela 30 - Massa específica no estado fresco do traço 2 de argamassa ............... 80 
Tabela 31 - Massa específica, massa unitária e absorção da argila expandida AL1.
 .................................................................................................................................. 81 
Tabela 32 - Massa específica, massa unitária e absorção da argila expandida AL2.
 .................................................................................................................................. 82 
Tabela 33 - Massa específica, massa unitária e absorção do AGB. ......................... 83 
Tabela 35 - Traço de concreto após ajuste da quantidade de argamassa. .............. 86 
Tabela 36 - Resistência à compressão do concreto autoadensável de referência aos 
7 dias. ...................................................................................................................... 100 
Tabela 37 - Absorção e massa específica do concreto autoadensável de referência.
 ................................................................................................................................ 101 
Tabela 38 - Resistência à compressão do concreto autoadensável leve aos 7 dias.
 ................................................................................................................................ 102 
Tabela 39 - Absorção e massa específica do concreto autoadensável leve. .......... 104 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14 
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 14 
1.2 QUESTÃO DA PESQUISA .................................................................................. 15 
1.3 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 15 
1.4 OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................................... 16 
1.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................... 16 
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................ 16 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 17 
2.1 CONCRETO AUTOADENSÁVEL (CAA) ............................................................. 17 
2.1.1 Dosagem de Concreto...................................................................................... 19 
2.1.1.1 Método Okamura, Ozawa e Ouchi (2000) ..................................................... 21 
2.1.1.2 Método Gomes et al. (2002) .......................................................................... 23 
2.1.1.3 Método Tutikian (2004) ..................................................................................24 
2.1.1.4 Método Repette-Melo (2005) ......................................................................... 25 
2.2 CONCRETO AUTOADENSÁVEL LEVE (CLAA) ................................................. 29 
2.2.1 Histórico ........................................................................................................... 30 
2.2.2 Materiais constituintes ...................................................................................... 31 
2.2.2.1 Cimento ......................................................................................................... 31 
2.2.2.2 Adições .......................................................................................................... 32 
2.2.2.3 Aditivos .......................................................................................................... 34 
2.2.2.4 Agregado miúdo ............................................................................................ 35 
2.2.2.5 Agregado graúdo leve ................................................................................... 36 
2.2.2.6 Água .............................................................................................................. 38 
2.2.3 Dosagem autoadensável leve .......................................................................... 39 
2.2.4 Propriedades do CLAA em Estado Fresco ....................................................... 41 
2.2.4.1 Tronco de cone ............................................................................................. 41 
 
2.2.4.2 Slump-flow ..................................................................................................... 42 
2.2.4.3 Funil V ........................................................................................................... 44 
2.2.4.4 Anel japonês .................................................................................................. 46 
2.2.4.5 Caixa em L .................................................................................................... 47 
2.2.5 Propriedades no Estado Endurecido ................................................................ 48 
2.2.5.1 Resistência à compressão ............................................................................ 49 
3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 51 
3.1 MATERIAIS ......................................................................................................... 51 
3.1.1 Cimento ............................................................................................................ 51 
3.1.2 Sílica ativa ........................................................................................................ 51 
3.1.3 Pó de basalto ................................................................................................... 52 
3.1.4 Fíler calcário dolomítico .................................................................................... 52 
3.1.5 Agregado miúdo ............................................................................................... 52 
3.1.6 Agregado graúdo .............................................................................................. 52 
3.1.7 Aditivo redutor de água .................................................................................... 54 
3.1.8 Água ................................................................................................................. 54 
3.1.9 Látex PVA ........................................................................................................ 54 
3.2 MÉTODOS .......................................................................................................... 55 
3.2.1 Etapa exploratória ............................................................................................ 56 
3.2.1.1 Caracterização do cimento e das adições ..................................................... 56 
3.2.1.2 Caracterização do agregado miúdo .............................................................. 57 
3.2.1.3 Dosagem argamassa .................................................................................... 60 
3.2.1.3 Ensaios em argamassa ................................................................................. 61 
3.2.2 Etapa de produção do concreto leve autoadensável ........................................ 64 
3.2.2.1 Caracterização do agregado graúdo ............................................................. 65 
3.2.2.2 Dosagem e mistura do concreto autoadensável leve .................................... 66 
3.2.2.3 Moldagem e cura ........................................................................................... 68 
 
3.2.2.4 Ensaios no estado fresco .............................................................................. 68 
3.2.2.5 Ensaios no estado endurecido ...................................................................... 68 
4 RESULTADOS E ANÁLISE ................................................................................... 69 
4.1 ETAPA EXPLORATÓRIA .................................................................................... 70 
4.1.1 Argamassa – Traço 1 ....................................................................................... 70 
4.1.2 Argamassa – Traço 2 ....................................................................................... 75 
4.1.3 Conclusões da etapa exploratória .................................................................... 80 
4.2 ETAPA DE PRODUÇÃO DO CONCRETO AUTOADESÁVEL LEVE ................. 81 
4.2.1 Caracterização do agregado graúdo ................................................................ 81 
4.2.2 Ajuste do traço ................................................................................................. 85 
4.2.3 Ensaios no Estado Fresco ................................................................................ 90 
4.2.3.1 Concreto Autoadensável de Referência ........................................................ 90 
4.2.3.1.1 SLUMP-FLOW............................................................................................ 91 
4.2.3.1.2 ANEL JAPÔNES ........................................................................................ 92 
4.2.3.1.3 FUNIL V ...................................................................................................... 92 
4.2.3.1.3 CAIXA L ...................................................................................................... 94 
4.2.3.2 Concreto Leve Autoadensável ...................................................................... 95 
4.2.3.2.1 SLUMP-FLOW............................................................................................ 95 
4.2.3.2.2 ANEL JAPONÊS ........................................................................................ 96 
4.2.3.2.3 FUNIL V ...................................................................................................... 97 
4.2.3.2.4 CAIXA L ...................................................................................................... 98 
4.2.4 Ensaios no Estado Endurecido ........................................................................ 99 
4.2.4.1 Concreto Autoadensável de Referência ........................................................ 99 
4.2.4.2 Concreto Leve Autoadensável .................................................................... 102 
5 CONCLUSÕES .................................................................................................... 105 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 107 
 
 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O concreto autoadensável é considerado como um concreto especial e para 
que sejapossível que o mesmo seja utilizado com mais regularidade sistemas para a 
sua dosagem, fabricação e construção devem ser estabelecidos (OKAMURA e 
OUCHI, 2003). Este material traz como benefícios a redução dos esforços pelos 
operários para realização do lançamento, o que gera redução no tempo de manuseio 
e adensamento, ocasionando maior produtividade e menor custo final da concretagem 
(BORJA, 2011). 
Já o concreto leve, conhecido pela indústria da construção como um material 
de características opostas ao concreto autoadensável, é uma solução para a 
diminuição do peso próprio da estrutura enquanto que o CAA é um material moderno 
que facilita o lançamento e diminui problemas de durabilidade. Por isso foram feitos 
alguns esforços de combinar as vantagens desses dois materiais em um novo material 
chamado concreto leve autoadensável (CLAA) (VAKHSHOURI; NEJADI, 2016). 
A racionalização dos processos construtivos como forma de acelerar a 
produtividade das estruturas de concreto, principalmente em elementos pré-
fabricados, tem estimulado os estudos de estruturas em concreto leve e concreto 
autoadensável em substituição ao uso do concreto convencional (ASSUNÇÃO, 2016). 
Por fim, o concreto leve autoadensável é um tipo de concreto de alto 
desempenho desenvolvido a partir do concreto autoadensável, unindo as 
propriedades do concreto leve – diminuição das cargas estruturais, alta capacidade 
de isolamento, resistência contra o fogo e ataques químicos - e do concreto 
autoadensável – aumento da durabilidade, capacidade de preenchimento, passagem 
do material e resistência a segregação (BORJA, 2011; PAPANICOLAOU e 
KAFFETZAKIS, 2011). 
Desta forma, este trabalho tem o objetivo de agregar conhecimento ao 
desenvolvimento do concreto leve autoadensável realizando um estudo da produção 
do mesmo e assim verificando os principais pontos de dificuldade. 
 
1.1 JUSTIFICATIVA 
 
Apesar das vantagens apresentadas pelo material, há pouca literatura 
disponível sobre o concreto leve autoadensável, sendo que os estudos são 
15 
 
concentrados na região asiática. No Brasil, o tema está sendo pouco estudado e seu 
foco principal é com o uso da argila expandida, porém, em todos os trabalhos o 
assunto foi tratado apenas academicamente, sem aplicações do CLAA na indústria. 
Na literatura internacional, este material tem sido apresentado como ideal para o uso 
em indústria de pré-fabricados (ASSUNÇÃO, 2016). 
O CLAA pode ser a resposta para os crescentes requisitos da construção de 
elementos estruturais mais esbeltos e fortemente armados graças à redução de peso 
e a facilidade de lançamento. Além disso, a vibração de concretos leves tende a ser 
menos eficiente, fazendo com que o concreto leve autoadensável seja mais 
competitivo (BOGAS; GOMES; PEREIRA, 2012). 
A indústria de pré-fabricados vem se destacando no cenário da construção civil 
brasileira como uma legítima representante da industrialização da construção civil 
(DONIAK e GUTSEIN, 2011). Graças a sua rapidez e produtividade, os elementos 
pré-fabricados de concreto encontram-se cada vez mais utilizados em obras 
industriais, comerciais, estádios, edificações habitacionais e obras de infraestruturas. 
Assim, a aplicação de novas tecnologias, como concretos leves autoadensáveis, 
podem contribuir para incrementar o potencial da pré-fabricação no Brasil 
(ASSUNÇÃO, 2016). 
Portanto, o estudo do concreto leve autoadensável se justifica pelo fato do 
mesmo ser um material com grande potencial principalmente para a indústria de pré-
fabricados, por aumentar a rapidez e a produtividade, por produzir peças com menor 
peso próprio e, portanto, com maior facilidade de manuseio e transporte, por diminuir 
o ruído do processo de adensamento e por garantir o melhor acabamento das peças. 
 
1.2 QUESTÃO DA PESQUISA 
 
É possível utilizar agregados leves na produção do concreto autoadensável? 
 
1.3 OBJETIVO GERAL 
 
Produzir concretos leves autoadensáveis (CLAA) com a incorporação de 
agregados de argila expandida em substituição aos agregados convencionais. 
 
 
16 
 
1.4 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
Comparar o efeito de diferentes tipos de adições minerais, em argamassa, com 
relação às propriedades em estado fresco. 
 
1.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 
 
Esta pesquisa se aplica ao estudo de concretos autoadensáveis leves 
produzidos com cimento CPIIZ-32 utilizando argila expandida em substituição ao 
agregado graúdo de basalto. Assim como, o estudo da influência das adições 
minerais, em argamassa, com relação às propriedades no estado fresco. 
 
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO 
 
A estrutura do trabalho, para facilitar o entendimento do mesmo, está dividida 
em seis capítulos. No primeiro capítulo encontra-se a introdução sobre o tema, a 
justificativa, o objetivo, a delimitação da pesquisa e a estrutura do trabalho. 
O segundo capítulo contém a revisão bibliográfica apresentando um breve 
histórico do tema, as características do material estudado assim como seus materiais 
constituintes. Além disso, descreve as propriedades no estado fresco, os métodos de 
ensaios para determinação destas características, as propriedades no estado 
endurecido do concreto leve autoadensável e alguns métodos de dosagem. 
O terceiro capítulo trata dos materiais e métodos a serem utilizados para 
alcançar o objetivo deste trabalho. 
Os resultados, assim como as análises do mesmo, estão apresentados no 
quarto capítulo. 
No quinto capítulo estão expostas as conclusões sobre os resultados obtidos 
assim como sugestões para trabalhos futuros. 
Por fim, no sexto capítulo encontra-se as referências bibliográficas 
apresentadas ao longo deste trabalho. 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 CONCRETO AUTOADENSÁVEL (CAA) 
 
O CAA é considerado uma das grandes revoluções ocorridas na tecnologia do 
concreto nas últimas décadas, possibilitando várias vantagens como diminuição do 
tempo da construção e redução da mão de obra no canteiro por eliminar a etapa de 
adensamento. Além disso, proporciona a melhora do acabamento final da superfície, 
18 
 
o que evita falhas no concreto, permitindo a liberdade de formas e uso de peças com 
seção reduzida e, por fim, elimina o ruído do processo de adensamento (TUTIKIAN e 
DAL MOLIN, 2015). 
Um concreto só será autoadensável se alcançar simultaneamente as seguintes 
propriedades: fluidez, coesão necessária para escoamento entre as barras de aço e 
resistência à segregação (EFNARC, 2005). 
Dependendo da abordagem escolhida para controlar a exsudação e a 
segregação, Mehta e Monteiro (2014) classificam os concretos autoadensáveis em 
duas categorias: (a) com grande teor de finos, ou seja, mais de 400kg/m³ de cimento 
+ adições; (b) com aditivos químicos modificadores de viscosidade que diminuem o 
alto consumo de finos. 
As principais diferenças entre o concreto convencional e o concreto 
autoadensável são as características reológicas superiores do último. Este tem por 
característica ser um concreto fluído com abatimento acima de 200mm e um 
espalhamento acima de 600mm, propriedades estas que são alcançadas com uma 
maior proporção de pasta de cimento-agregado e utilização de aditivos modificadores 
de viscosidade e superplastificantes (MEHTA; MONTEIRO, 2014). 
Segundo Borja (2011), a viscosidade do concreto é uma propriedade 
relacionada à sua consistência no estado fresco, quanto maior a viscosidade do 
concreto, maior a sua resistência ao escoamento. 
Viscosidade é medida por um coeficiente que dependedo atrito interno em 
consequência à coesão das partículas de seus componentes. Portanto, quanto maior 
seu coeficiente de viscosidade, menor é a sua fluidez e também menor é a velocidade 
com que o fluído se movimenta (MANUEL, 2005). 
Além disso, viscosidades muito baixas podem ocasionar segregação enquanto 
que viscosidades elevadas podem prejudicar a capacidade de preenchimento. Assim, 
deve-se procurar dosar CAAs com viscosidades relativamente baixas evitando a 
segregação através do correto proporcionamento da mistura, escolha do tipo e teor 
de aditivo, determinação do teor de finos e pela distribuição granulométrica dos 
materiais constituintes. 
Melo (2005) reforça a necessidade de maior atenção quanto à definição do 
traço, uma vez que é indispensável obter a fluidez adequada, evitando qualquer 
segregação e recomendando o ajuste do traço em laboratório a partir da pasta, 
seguindo para argamassa e, por fim, para o concreto. 
19 
 
Basicamente, todos os materiais utilizados na fabricação do concreto 
convencional podem ser utilizados na fabricação do CAA, porém, para obter suas 
características no estado fresco é necessária maior adição de finos, aditivos 
superplastificantes e, eventualmente, aditivos modificadores de viscosidades 
(BORJA, 2011). 
A composição dos materiais utilizados na fabricação do CAA pode ser 
visualizada na Figura 1 por meio da comparação entre as quantidades volumétricas 
encontradas em um concreto convencional e no concreto autoadensável. 
 
Figura 1 - Comparação entre a composição volumétrica do 
concreto convencional e do CAA. 
 
Fonte: Adaptado de Okamura e Ouchi (2003) 
 
A utilização dos melhores materiais disponíveis aliada a uma dosagem perfeita 
e um excelente projeto estrutural não garante um produto final (concreto endurecido) 
com a qualidade desejada, pois os processos de lançamento, vibração e cura do 
concreto são fundamentais e os mais difíceis de ser controlados. Com a utilização do 
CAA, o lançamento e o adensamento deixam de ser os pontos fracos, mas não 
eliminam os cuidados com as outras operações (MANUEL, 2005). 
Por isso, a introdução do CAA no mercado representa um grande avanço 
tecnológico, que pode levar a uma melhor qualidade do concreto produzido e a um 
processo construtivo mais rápido e econômico (SONEBI, 2004). 
2.1.1 Dosagem de Concreto 
20 
 
A dosagem do concreto autoadensável tem sido foco de diversos estudos pelo 
mundo (ASSUNÇAO, 2016; REPETTE, 2011). A dificuldade no proporcionamento do 
CAA ocorre pelo fato de que se deve alcançar características como elevada fluidez, 
resistência à segregação, capacidade de passar por regiões confinadas e de adensar 
através da ação do seu peso próprio (REPETTE, 2011). 
No Brasil, diversos métodos de dosagem foram realizados com destaque para 
os propostos por Gomes (2002), Tutikian (2004), Repette e Melo (2005), Tutikian e 
Dal Molin (2008) (ASSUNÇÃO, 2016). 
Durante a dosagem, alguns princípios básicos devem ser adotados: para 
alcançar a elevada fluidez, a pasta de concreto deve espaçar adequadamente os 
agregados, fazendo com que o atrito interno entre os mesmos não prejudique a 
capacidade do concreto de escoar e para resistir a segregação, o concreto deve ter 
uma viscosidade suficientemente elevada, mantendo os agregados em suspensão, 
evitando a segregação por ação da gravidade ou pela restrição à passagem (bloqueio) 
(REPETTE, 2011). 
Na Figura 2 abaixo podem ser visualizados alguns traços de concreto 
autoadensável encontrados na literatura, além disso, apresenta-se as características 
de resistência à compressão e slump flow obtidas em cada dosagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Figura 2 - Traços de CAA encontrados na literatura nacional e internacional. 
 
CIM=Cimento, CV=cinza volante, FC=Fíler calcário, EAF=Escória de alto forno, SA=Sílica ativa, 
CCA=Cinza da casca de arroz, SP=Aditivo superplastificante, VMA=Aditivo modificador de viscosidade, 
fc28=resistência à compressão aos 28 dias; 
Fonte: Adaptado de Manuel (2005). 
 
2.1.1.1 Método Okamura, Ozawa e Ouchi (2000) 
 
O método foi apresentado pela primeira vez em 1998 na Universidade de 
Tóquio e sua base considera que o concreto é dividido em duas fases: argamassa e 
CIM CV F EAF SA CCA AREIA BRITA ÁGUA SP VMA
Slump 
flow (mm)
fc28
350,0 134 0 0 0 0 852 934 175 0,54% 0 700 40,0
Ravindrarajah 
et al., 2003
350,0 168 0 0 0 0 835 917 192,5 2,79 0 740 55,6
Ravindrarajah 
et al., 2003
285,0 0 265 0 0 0 915 770 180 5 0 650 50,9
Zhu e Bartos, 
2002
330,0 0 178 0 0 0 825 830 180 7,2 0 695 42,0 Ho et al., 2001
515,0 0 196 0 0 0 688 818 160 12,04 0 615 59,6 Nunes, 2001
498,0 0 190 0 0 0 703 779 177 8,84 0 600 46,6 Nunes, 2001
506,0 0 193 0 0 0 719 742 180 9,09 0 622 51,0 Nunes, 2001
421,0 0 211 0 0 0 727 799 211 4,9 0 770 37,3 Lisbôa, 2004
378,0 200 0 0 0 0 714 818 181 0,95% 0 680 - Takada, 2004
285,0 122 0 0 0 0 772 905 187 5,76 0 679 39,1 Ferreira, 2001
518,0 0 284 0 0 0 295 974 254 3,37 0 590 43,0 Tutikian, 2004
501,0 200 0 0 0 0 771 721 190 8,8 0 660 77,5 Gomes, 2002
350,0 0 100 0 0 0 788 815 200 4,05 1,28 700 -
Djelal et al., 
2004
500,0 0 80 0 0 0 1080 420 200 9,4 0 650 40,0
Corinadelsi e 
Moriconi, 
2004
350,0 115 0 0 0 0 785 735 175 7,8 0,56 755 48,5
Poon e Ho, 
2004
375,0 275 0 0 0 0 690 660 190 9,7 0 760 63,5
Poon e Ho, 
2004
250,0 160 0 0 0 0 742 837 225 0,50% 0 600 25,3 Sonebi, 2004
362,0 191 0 0 0 0 641 942 164 2,93 0 708 -
Grünewald e 
Walraven, 
2001
400,0 0 0 170 0 0 815 815 181 5,2 0 800 -
Han e Yao, 
2004
391,0 0 168 0 0 0 689 809 223 5,9 0 - -
Chopin et al., 
2004
485,0 208 0 0 0 0 620 945 200 1,60% 0 - 79,6
Xie et al., 
2004
408,0 45 0 0 0 0 1052 616 174 1602 0 710 -
Ouchi et al., 
2003
529,0 53 0 0 0 0 1236 530 179 7,0 0 710 46,6 Leite, 2007
527,0 0 0 0 52,7 0 1236 530 179 7,0 0 655 64,8 Leite, 2007
493,0 49 0 0 0 0 1040 818 167 6,6 0 815 68,2 Leite, 2007
491,0 0 0 0 49,1 0 1040 818 167 6,6 0 745 80,6 Leite, 2007
325,0 0 48,3 0 0 0 785 987 188 4,6 0 - 42,3
Mebrouki et 
al., 2014
328,4 0 0 0 0 115,82 821,04 844,42 232,28 2,34 0 605 33,2 Mendes, 2015
358,1 0 0 0 0 125,19 816,9 844,55 219,87 2,25 0 720 34,6 Mendes, 2015
408,9 0 0 0 0 143 726,53 856,74 224,26 2,96 0 665 35,7 Mendes, 2015
404,1 0 101 0 0 0 782,1 871,2 202 0,11% 0 705 38,3 Petry, 2015
Materiais (kg/m³) Características do CAA 
Autor, ano
22 
 
agregado graúdo; e que os componentes pasta, relação água/materiais finos e aditivo 
superplastificante são decisivos para a obtenção da autoadensabilidade e da 
resistência do material (GOMES e BARROS, 2009). 
Na Figura 3 é possível observar os procedimentos propostos para a obtenção 
do concreto autoadensável segundo os elaboradores da metodologia. 
 
Figura 3 - Procedimento de dosagem segundo Okamura, 
Ozawa e Ouchi 
 
Fonte: Assunção (2016) 
 
Durante o procedimento, para determinar os componentes da mistura é 
necessário: fixar os volumes de agregados, assumir a relação água/materiais finos, 
em volume, de 0,9 a 1,0, determinar a dosagem do superplastificante de modo a 
atender as características de fluidez e viscosidade e testar a autoadensabilidade do 
concreto em ensaios do tipo U, espalhamento e Funil-V (GOMES e BARROS, 2009). 
Os principais parâmetros da dosagem deste método são determinados por 
meio de ensaios realizados nas fases de pasta e argamassa através de ensaios 
espalhamento com o tronco cônico e tempo relativo de escoamento pelo Funil-V 
(ASSUNÇÃO, 2016). 
A dosagem do superplastificante é determinada através de ensaios em 
argamassa por meio da relação superplastificante/materiaisfinos e da relação 
água/materiais finos (GOMES e BARROS, 2009). Já os ensaios em pasta auxiliam na 
determinação da composição ideal de finos (cimento + adição mineral), pois para cada 
composição de pasta (cimento + adição mineral + água), elaborada com diferentes 
23 
 
relações de água/volume de finos, determina-se o espalhamento relativo 
(ASSUNÇÃO, 2016). 
 
2.1.1.2 Método Gomes et al. (2002) 
 
A metodologia propõe a obter um CAA de alta resistência através da otimização 
da composição da pasta e do esqueleto granular separadamente, misturando esses 
elementos através da definição do volume ideal de pasta (FOCHS; RECENA; SILVA, 
2013). O modelo sugere que a viscosidade e a fluidez da pasta governem o 
comportamento do fluxo do concreto. (GOMES e BARROS, 2009). 
A dosagem é dividida em três fases: obtenção da composição da pasta, 
determinação da proporção de mistura dos agregados e seleção do conteúdo de pasta 
(GOMES e BARROS, 2009). Na Figura 4 pode-se visualizar a esquematização do 
método. 
 
Figura 4 - Procedimento de dosagem segundo Gomes et al (2002) 
 
Fonte: Adaptado de Gomes; Gettu; Agulló (2003). 
 
24 
 
Na primeira etapa define-se a combinação entre cimento, água, adição e 
superplastificante que levará à uma pasta com fluidez máxima, menor relação de 
superplastificante/cimento e com resistência à segregação. Na segunda etapa define-
se a composição de agregado graúdo com agregado miúdo que gerará o menor índice 
de vazios. E, por fim, na terceira etapa, determina-se o volume de pasta necessário 
para atender as características de autoadensabilidade através dos ensaios de 
espalhamento, funil V, caixa L e tubo U (FOCHS; RECENA; SILVA, 2013). 
 
2.1.1.3 Método Tutikian (2004) 
 
O método de Tutikian (2004) tem por base o método de dosagem para 
concretos convencionais exposto por Helene e Terzian (1992) cujo princípio básico é 
a obtenção de um concreto autoadensável a partir de um concreto convencional cujo 
teor de argamassa deve ser previamente determinado (MANUEL, 2005). 
O procedimento pode ser dividido em seis passos, como visualizado na Figura 
5, sendo eles: (TUTIKIAN, 2004) 
1. Escolha dos materiais constituintes de acordo com as características 
que se desejar obter; 
2. Determinar o teor de argamassa da mistura que deve ser mantido 
constante até o final da dosagem; 
3. Definir os traços rico, intermediário e pobre para que sejam desenhadas 
as curvas de dosagem para as famílias de materiais selecionados; 
4. Transformação do concreto convencional em CAA através da 
incorporação do aditivo superplastificante; 
5. Concomitantemente ao quarto passo, adição dos materiais finos que irão 
corrigir a segregação do material; 
6. Realização dos ensaios de autoadensabilidade. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Figura 5 - Procedimento de dosagem segundo Tutikian 
 
Fonte: Tutikian (2004) 
 
É importante notar através da Figura 5 que além das etapas que determinam 
as características de autoadensabilidade do CAA, Tutikian também propõe uma etapa 
extra para analisar a substituição de parte dos finos por aditivos modificadores de 
viscosidades (VMA), determinando qual medida para aumento da coesão é mais 
vantajosa para a produção. Além disso, há a etapa de determinação da resistência à 
compressão das amostras produzidas. 
 
2.1.1.4 Método Repette-Melo (2005) 
 
Esta metodologia foi desenvolvida por Melo e tem como base a obtenção de 
composição de CAA para resistência à compressão pré-determinadas, sendo a 
relação água/cimento obtida através de resistência conhecidas para o cimento 
utilizado na mistura (PETRY, 2015). 
Inicialmente, determina-se o teor de substituição do cimento por adições em 
pastas produzidas com relação água/aglomerante definidas de forma que não haja 
exsudação ou segregação nessas misturas (GOMES e BARROS, 2009). 
Em seguida, determina-se a relação volumétrica do agregado 
miúdo/argamassa, através dos ensaios de espalhamento e fluidez nas argamassas, 
alterando-se o teor de aditivo (PETRY, 2015). 
26 
 
Já o volume de agregado graúdo é determinado em relação ao volume total de 
concreto para que se obtenha resultados adequados nos ensaios de espalhamento, 
fluidez, e Caixa-L, além disso, verifica-se sua estabilidade e distribuição através de 
uma análise visual. Por fim, ajusta-se o concreto conforme obtém-se os resultados 
dos ensaios acima citados (PETRY, 2015). 
Na Figura 6 é possível observar o fluxograma da dosagem do método Repette-
Melo (2005). 
 
Figura 6 - Procedimento de dosagem segundo Melo 
 
Fonte: Melo (2005) 
 
2.1.2 Aplicações 
 
Desde a primeira aplicação no Japão – um edifício em 1990 – a utilização de 
concreto autoadensável em estruturas aumentou gradualmente graças a sua 
diminuição do tempo de construção, por assegurar a compactação em zonas esta 
apresenta problemas e por eliminar os ruídos durante a etapa de adensamento 
(OKAMURA e OUCHI, 2003). 
Os mesmos autores também apresentam como produção em larga escala a 
ponte suspensa Akashi-Kaikyo, inaugurada em abril de 1998 com o maior vão livre do 
mundo da época. Nesta obra, foi utilizado fíler calcário como adição e agregado com 
dimensão máxima de 40 mm, notou-se então que a utilização do CAA reduziu o prazo 
de execução de dois anos e meio para dois anos. 
Segundo Tutikian e Dal Molin (2015), o desenvolvimento do concreto 
autoadensável é maior no setor de pré-fabricados do que in loco, pois sua produção 
27 
 
é mais fácil de controlar em um ambiente industrializado. Desta forma, os mesmos 
citam obras como a do tabuleiro de concreto autoadensável pré-fabricado e protendido 
do metro do Amsterdã Arena, no qual a utilização do CAA aumentou a vida útil das 
formas, gerando ganho econômico; pilares pré-fabricados de fundação que trocaram 
sua execução de concreto convencional para concreto autoadensável e tiveram uma 
redução no tempo da produção de 7,5 minutos para 1,5 minutos, entre outras 
aplicações. 
No Brasil, um dos exemplos da aplicação do concreto autoadensável é a Arena 
Pernambuco, arena multiuso construída para a Copa das Confederações de 2013 e 
para a Copa do Mundo de 2014. Dentre todo o volume de concreto utilizado na obra, 
40% do mesmo era autoadensável, tendo como exemplo desta utilização as estruturas 
pré-moldadas das arquibancadas, pilares, vigas de apoio, degraus e paredes das 
rampas de acesso (CALADO et al., 2015). Nas Figuras 7 e 8 é possível visualizar as 
arquibancadas e rampas de acesso executadas. 
 
Figura 7 - Construção das arquibancadas da Arena Pernambuco. 
 
Fonte: Portal 2014 (2012a) 
 
 
 
 
 
28 
 
Figura 8 - Construção das rampas de acesso da Arena Pernambuco. 
 
Fonte: Portal 2014 (2012b) 
 
Outro exemplo de aplicação no Brasil é a obra do Museu Iberê Camargo 
realizada em Porto Alegre com a utilização de concreto autoadensável branco de alta 
resistência, como apresentado na Figura 9. 
 
Figura 9 - Museu Iberê Camargo realizado em CAA branco. 
 
Fonte: Vieira (2008). 
 
29 
 
Além disso, o CAA também tem sido utilizado em recuperações de estruturas 
antigas nas quais a vibração não é aconselhada pois poderia aumentar as falhas ou 
até haver a ruptura do elemento. Um exemplo desta utilização é a ponte The 
Katelbridge na Holanda que foi recuperada em 2002 utilizando-se um concreto 
autoadensável de 35 MPa (TUTIKIAN e DAL MOLIN, 2015). 
 
2.2 CONCRETO AUTOADENSÁVEL LEVE (CLAA) 
 
Este material pode ser considerado como uma evolução com relação ao CAA, 
principalmente por conta das possibilidades geradas pela série de vantagens deste 
tipode concreto, como por exemplo, a redução do peso próprio das estruturas, 
gerando redução no custo das fundações e a melhora no conforto termo acústico 
(HELA; HUBERVOTÁ, 2005 apud ASSUNÇÃO, 2016). 
A baixa massa específica pode contribuir de forma desfavorável aos métodos 
de dosagem atualmente utilizados para concretos autoadensáveis convencionais, 
principalmente, na caracterização das propriedades reológicas (BORJA, 2011). 
O aparente contraste entre a baixa massa específica ou a baixa energia da 
mistura durante a fluidez e a autoadensabilidade, característica esta que depende 
desta energia, faz com que a produção do concreto autoadensável leve seja adversa. 
Porém, desde que seja adequadamente produzido, o CLAA pode alcançar os 
requisitos de desempenho em alto nível (PAPANICOLAOU e KAFFETZAKIS, 2011). 
Haist et. al (2003 apud Papanicolaou e Kaffetzakis 2011) afirmam que as 
elevadas quantidades de finos nas argamassas tornam o CLAA um material ideal para 
o bombeamento, desde que o problema da absorção de água pelos agregados leves 
sob a pressão do bombeamento seja tratado pela correta composição da pasta. Este 
desempenho foi conferido graças a estrutura porosa do agregado leve e, portanto, sua 
capacidade de absorver pasta e depois liberá-la. 
O CLAA, ao levar em conta a redução de peso e a facilidade de aplicação, pode 
ser a resposta para as crescentes exigências da construção de elementos estruturais 
mais delgados e mais fortemente armados. O aumento do custo de produção de um 
concreto leve autoadensável é menor quando comparado ao autoadensável 
convencional pois, concretos leves vibrados necessitam de maiores volumes de 
material aglomerante, tornando a diferença menos significativa (BOGAS; GOMES; 
PEREIRA, 2012). 
30 
 
 
2.2.1 Histórico 
 
As utilizações do concreto leve datam dos períodos da República Romana, 
Império Romano e Império Bizantino entre os anos de 509 a.C e 1453 d.C, cujo 
material era uma combinação de cal com rochas vulcânicas. Entre as obras mais 
importantes com a utilização deste material no período temos: diversas paredes e 
fundações do Coliseu romano (75 a 80 a.C), a cúpula do panteão do Roma (125 a.C), 
a Catedral de Santa Sofia em Istambul (532 a 537 d.C), entre outros. Com a queda do 
Império Romano, a utilização do concreto leve só voltou a ser impulsionada com a 
produção dos agregados leves artificiais (VERZEGNASSI, 2015). 
A primeira produção de concreto autoadensável teria ocorrido na década de 80 
pela necessidade de um material que possuísse coesão e elevada fluidez para que 
fosse lançado 40.000 m³ submersos de concreto na obra da doca de São Marco em 
Trieste na Itália (MEHTA e MONTEIRO, 2015). 
Segundo Klein (2008) o precursor do concreto autoadensável teria sido o 
professor Hajime Okamura da Kochi Univesity of Technology em 1986 no Japão. A 
necessidade de um produto que eliminasse a etapa de adensamento veio da redução 
do número de trabalhadores qualificados no país para a execução de elementos 
estruturais e do aumento dos problemas de durabilidade. 
Na década de 90, a produção do CAA se difundiu para outros países 
interessados no concreto de alto desempenho, como Suécia, Holanda, França, Irlanda 
e Inglaterra. Sendo que mais recentemente, os estudos passaram para EUA, Canadá, 
Índia, China, Espanha, Portugal, Brasil e outros países (LEITE, 2007). 
Domone (2007) faz um levantamento sobre os estudos em concreto 
autoadensável e cita apenas dois estudos utilizando agregado graúdo leve até aquele 
momento, em um tabuleiro de ponte e outro em painéis estruturais. 
No Brasil, destacam-se os estudos de concreto leve autoadensável de Borja 
(2011), Verzegnassi (2015) e Assunção (2016) todos utilizando argila expandida como 
agregado graúdo em diferentes porcentagens de substituição e diferentes tipos de 
adições. 
Na Figura 10 apresenta-se uma linha do tempo com as informações 
apresentadas neste histórico. 
 
31 
 
Figura 10 - Histórico do concreto autoadensável leve 
 
Fonte: A Autora. 
 
2.2.2 Aplicações 
 
As aplicações de concreto leve autoadensável são raras ou geralmente 
relacionadas à indústria de pré-moldados (PAPANICOLAU e KAFFETZAKIS, 2011). 
Segundo os mesmos autores, alguns exemplos de aplicações incluem painéis pré-
moldados, pré-fabricado de espessura reduzida, assentos de estádio pré-moldados, 
lajes de piso compostas e vigas protendidas. 
 
2.2.2 Materiais constituintes 
 
Os materiais constituintes do CLAA são, em sua maioria, os mesmos utilizados 
na produção do CAA, ou seja, há uma grande quantidade de materiais finos – 
aglomerantes e adição minerais - superplastificantes, aditivo modificadores de 
viscosidade, agregado miúdo e graúdo. Este item tem a finalidade de descrever todos 
os materiais acima citados. 
 
2.2.2.1 Cimento 
 
Segundo Tutikian e Dal Molin (2015) os concretos autoadensáveis são 
produzidos com os mesmos cimentos utilizados nos concretos convencionais, desde 
que atendam às exigências de durabilidade e de projeto. 
32 
 
Porém, segundo Gjork (1992 apud Tutikian e Dal Molin 2008), quanto maior a 
superfície específica do cimento, maior é a quantidade dessas partículas em contato 
com a água, o que aumenta a frequência de colisão entre elas, reduzindo a tensão de 
escoamento e aumentando a viscosidade da mistura. Assim, cimentos de maior 
superfície específica são mais indicados desde que tomados os devidos cuidados com 
calor de hidratação e retração do material. 
O CAA necessita de uma grande quantidade de finos, que compreendem 
principalmente o cimento, porém, seu teor deve ser limitado para evitar efeitos 
indesejados como os acima mencionados, além do alto custo que este insumo 
representa (MELO, 2005). 
A quantidade ideal de cimento está em torno de 200 a 450 kg/m³, segundo 
Gomes e Barros (2009), dependendo das utilizações de adições. Quando a dosagem 
ultrapassa 500 kg/m³, cuidados adicionais devem ser tomados com relação à retração 
do material, enquanto que para valores inferiores a 300 kg/m³ deve-se assegurar a 
utilização de outro material cimentício, como cinza volante ou escória. 
Melo (2005) cita que na literatura há um expressivo número de publicações 
empregando o cimento Tipo I da ASTM C 150 – semelhante ao CPI da NBR 5732 – 
com finura (Blaine) de 360 m²/kg na confecção de CAA. Há também alguns autores 
utilizando cimentos compostos, cujos principais são o cimento Portland com escória 
de alto-forno – equivalente ao CPIII da NBR 5732 – e cimentos Portland pozolânicos 
tipos P e IP da ASTM C 595 – sendo o último equivalente o CPIV. 
 
2.2.2.2 Adições 
 
Segundo Mehta e Monteiro (2014) as adições minerais são geralmente 
materiais silicosos finamente divididos, adicionados ao concreto em quantidades 
variadas, desde 6 até 70% por massa do material cimentício total com a funcionalidade 
de melhorar características como trabalhabilidade, aumento da resistência final, 
fortalecimento da zona de transição e aumento da durabilidade com relação ao ataque 
por sulfato e à expansão pela relação álcali-agregado. 
Uma das características principais do CAA é a sua elevada resistência a 
segregação, apesar de sua alta fluidez ou deformabilidade no estado fresco. Para 
atingir esta característica, normalmente são utilizadas adições minerais e/ou aditivos 
modificadores de viscosidade (TUTIKIAN e DAL MOLIN, 2015). 
33 
 
Ainda segundo Tutikian e Dal Molin (2015) as adições minerais podem ser 
divididas em dois grandes grupos: adições minerais quimicamente ativas e sem 
atividade química. O primeiro pode ser tanto um material pozolânico, ou seja, depende 
do cimento Portland para atuar como a sílicaativa, o metacaulim e a cinza da casca 
de arroz, ou um material cimentante, ou seja, que possui hidróxido de cálcio na sua 
composição como a escória granulada de alto forno. Já o segundo tipo, sem atividade 
química ou inertes, são os fílers cuja ação se resume a um efeito físico de 
empacotamento granulométrico e ação como pontos de nucleação para hidratação 
dos grãos de cimento. Como exemplo de adição sem atividade química temos o pó 
de calcário e o pó granítico. 
A EFNARC (2005) afirma que devido às propriedades requeridas no estado 
fresco, adições inertes e pozolânicas/hidráulicas são comumente usadas para 
melhorar a coesão e a resistência a segregação. A adição também irá regular o teor 
de cimento para reduzir os efeitos do calor de hidratação e de retração. 
Ainda segundo a EFNARC (2005) as adições podem ser classificadas de 
acordo com a sua capacidade de reação com a água, como apresentado na Tabela 
1. 
 
Tabela 1 - Classificação das adições 
Tipo I Inertes ou semi-inertes 
Fíler mineral (calcário, dolomítico, etc) 
Pigmentos 
Tipo II 
Pozolânica 
Cinza volante 
Silica ativa 
 Hidráulicas Escória de alto-forno 
Fonte: EFNARC (2005) 
 
Por fim, Tutikian e Dal Molin (2015) recomendam que as adições minerais 
devem ser escolhidas de acordo com críticos técnicos e econômicos desde que 
apresentem área específica maior que os elementos que estão substituindo, quando 
for o caso. 
 Na Figura 11 é possível visualizar alguns exemplos de adições, suas 
características e seus efeitos na produção do concreto autoadensável. 
 
 
 
 
34 
 
Figura 11 - Tipos de adições e seus efeitos na produção do concreto autoadensável 
 
Fonte: Adaptado de Tutikian e Dal Molin (2015) e Repette (2011) 
 
 
2.2.2.3 Aditivos 
 
A ABNT NBR 11768:2011 define que aditivos para concreto são produtos 
adicionados durante o processo de produção do concreto, em quantidades menores 
que 5% da massa do material cimentício com objetivo de modificar as propriedades 
do concreto no estado fresco e/ou endurecido. 
Os dois principais tipos de aditivos usados no CAA são: os superplastificantes 
e os modificadores de viscosidade (AMV). Os primeiros permitem que se alcancem 
elevada fluidez na mistura e são divididos de acordo com a sua composição química. 
Já os AMV são produtos à base de polissacarídeos que oferecem aumento da coesão, 
prevenindo-se a exsudação e segregação do material, utilizado em substituição aos 
componentes finos (TUTIKIAN e DAL MOLIN, 2015). 
É inevitável a utilização de superplastificantes no concreto autoadensável, pois 
ele é o responsável por garantir uma das principais propriedades do mesmo, a fluidez. 
Os superplastificantes são uma categoria especial de agentes redutores de água, 
geralmente empregados quando há exigida alta fluidez com baixa relação 
água/cimento (GOMES e BARROS, 2009). 
35 
 
Tutikian e Dal Molin (2015) afirmam que os aditivos superplastificantes à base 
de policarboxilatos são os mais utilizados no CAA pois a dispersão das partículas com 
a utilização deste material é mais eficiente, isso ocorre graças às suas cadeias 
ramificadas que aumentam sua área superficial em contato com as partículas de 
cimento. 
O tipo e finura do cimento interferem na adsorção do aditivo durante a 
hidratação do cimento. Teores acima do ponto de saturação não melhoram o 
desempenho dos aditivos superplastificantes, podendo retardar a pega, provocar a 
exsudação, diminuir a resistência à segregação e aumentar os custos (HARTMANN 
et al, 2011). 
A influência dos aditivos nas propriedades do concreto depende da dosagem 
do cimento, da consistência, do processo de mistura, da temperatura ambiente, da 
natureza do cimento e da granulometria dos agregados (FOCHS, 2011). 
 
2.2.2.4 Agregado miúdo 
 
Segundo a ABNT NBR 7211:2009 os agregados miúdos podem ser definidos 
como grãos que passam pela peneira ABNT 4,8 mm e ficam retidos na peneira ABNT 
0,075 mm. 
Todas as areias, de uma forma geral, podem ser utilizadas na produção de 
concretos autoadensáveis, podendo-se empregar tanto areais naturais quanto às 
obtidas de processos industriais. As primeiras são mais recomendadas por possuírem 
forma mais arredondada e textura mais lisa. Já as industriais normalmente 
apresentam composição granulométrica com descontinuidades, podendo ser 
corrigidas realizando-se composições com outras areias (TUTIKIAN e DAL MOLIN, 
2015). 
A influência dos agregados miúdos nas propriedades do CAA é 
significativamente maior que a do agregado graúdo. Frações de partículas de tamanho 
inferior a 0,125 mm devem ser incluídas no teor de finos da pasta e também devem 
ser consideradas no cálculo da relação água/finos (EFNARC, 2005). 
O formato das partículas do agregado miúdo influencia diretamente na 
deformabilidade do CAA no estado fresco. Quanto mais anguloso for o seu formato, 
maior a dificuldade no escoamento do concreto (OKAMURA e OUCHI, 2003). 
36 
 
A forma e a distribuição do tamanho das partículas do agregado também são 
importantes e afetam a compactação e o índice de vazios. A umidade, a absorção de 
água, a classificação e as variações nas quantidades de finos dos agregados devem 
ser cuidadosamente monitoradas para manter a qualidade do CAA (GOMES e 
BARROS, 2009). 
Segundo Fochs (2011) a maior presença de finos melhora a coesão da mistura, 
já a forma lamelar aumentar o índice de vazios e reduz a trabalhabilidade da mistura. 
O alto volume de pasta nas misturas ajuda a reduzir o atrito interno entre as 
partículas de areia, porém ainda é necessária uma boa distribuição granulométrica. 
Muitos métodos de dosagem usam areias misturadas para ajustar o agregado com 
uma curva granulométrica otimizada e isso também ajuda na redução do teor de pasta 
(EFNARC, 2005). 
Segundo Gomes e Barros (2009), o volume comum de agregado miúdo para a 
produção do concreto autoadensável varia entre 40% e 50% do volume de 
argamassa. 
 
2.2.2.5 Agregado graúdo leve 
 
Agregados que possuem massa unitária menor do que 1120 kg/m³ são, 
geralmente, considerados leves e encontram aplicação na produção de vários tipos 
de concretos. O menor peso do agregado leve se deve à sua microestrutura celular 
ou altamente porosa (MEHTA e MONTEIRO, 2014). 
A massa unitária dos agregados leves pode variar de 80 a 900 kg/m³, 
agregados mais porosos são, geralmente, mais frágeis e, portanto, mais adequados 
para a produção de concreto não estruturais, enquanto que, agregados menos 
porosos são mais resistentes e, portanto, adequados para fins estruturais (MEHTA e 
MONTEIRO, 2014). 
A obtenção dos agregados leves naturais ocorre através da britagem de rochas 
ígneas vulcânicas, como pedra-pomes, escória ou tufo, enquanto que os agregados 
leves sintéticos são produzidos pelo tratamento térmico de alguns materiais, como 
argilas, folhelho, ardósia, diatomita, perlita, vermiculita, escória de alto forno e cinza 
volante (MEHTA e MONTEIRO, 2014). 
O único agregado leve produzido no Brasil é a argila expandida, cuja produção 
ocorre em fornos rotativos nas seguintes etapas: homogeneização, desintegração, 
37 
 
mistura e nova homogeneização, laminação, pelotização, secagem e queima, 
resfriamento, classificação e estocagem (SANTOS et al, 1989 apud VERZEGNASSI, 
2015). 
A Figura 12 apresenta o espectro dos agregados leves, ou seja, a variedade de 
agregados leves desde os mais porosos até os menos porosos, assim como suas 
possíveis aplicações. 
 
Figura 12 - Espectro dos agregados leves 
 
Fonte: Mehta e Monteiro (2014) 
 
Algumas características do agregado leve podem influenciar nas propriedades 
finais doconcreto produzido, entre elas estão a forma e textura superficial, a 
porosidade e a absorção de água. 
A forma e a textura superficial dependem, essencialmente, do seu processo de 
fabricação e afetam diretamente a resistência mecânica do concreto pois estão 
relacionadas ao consumo de água necessário para obter a trabalhabilidade desejada. 
Além disso, também podem afetar a bombeabilidade e a relação entre agregados 
miúdo e graúdo (ROSSIGNOLO, 2009; BORJA, 2011). 
Por ser capaz de absorver mais água do que o agregado convencional, a 
porosidade e a absorção de água são importantes propriedades no agregado leve, 
sendo que estes podem absorver até 25% em massa seu peso em seco. Estas 
características podem aumentar a retração por secagem, formar excesso de bolhas 
de ar, aumentar a massa específica e diminuir a resistência ao fogo (ROSSIGNOLO, 
2009; BORJA, 2011). Por causa do excesso de absorção de água, Rossignolo (2009) 
recomenda que haja a pré-saturação do agregado, para evitar prejuízos à 
trabalhabilidade do mesmo. 
38 
 
Um benefício ocorrido em detrimento da saturação do agregado é a melhora 
da cura interna, pois estas partículas agem como reservatórios que podem liberar 
água para a hidratação cimentícia, retardando a retração por secagem (MEHTA E 
MONTEIRO, 2014). 
Outra vantagem da absorção é a melhoria das propriedades da zona de 
transição e melhora da cura interna do concreto (HOLM; BREMNER, 1994 apud 
ROSSIGNOLO, 2009, p.39). 
Agregados como a argila expandida apresentam superfície lisa e formato 
arredondado o que leva a uma diminuição da absorção de água, gerando melhor 
trabalhabilidade com menor relação água/cimento, porém o formato esférico facilita a 
segregação (ROSSIGNOLO, 2009). Na Tabela 2 é possível visualizar as propriedades 
das argilas expandidas comercializadas no Brasil. 
 
Tabela 2 - Propriedades das argilas expandidas comercializadas no Brasil 
Nome comercial 
Massa 
específica 
(kg/dm³) 
Massa unitária 
(Kg/dm³) 
Dimensão 
(mm) 
Absorção de 
água 24h (%) 
0500 1,5 0,9 0 – 4,8 6 
1506 1,1 0,6 6,3 – 12,5 7 
2215 0,6 0,5 12,5 - 19 10 
Fonte: Adaptado Rossignolo (2009) 
 
2.2.2.6 Água 
 
Apesar de ser um componente que não exige controle de qualidade, é o 
parâmetro mais importante no controle das propriedades do estado fresco e 
endurecido. A quantidade de água na mistura depende de vários fatores como: tipo 
de cimento, propriedades dos agregados, quantidade de finos na mistura, uso de 
aditivos e adições, entre outros. A relação água/cimento pode variar de 0,32 a 0,50 
(GOMES e BARROS, 2009). 
Na prática, alterações de 5 a 10 litros/m³, ocorridas principalmente devido a um 
controle falho da umidade dos agregados, podem fazer com que a dosagem do 
concreto não apresente a trabalhabilidade necessária, ou ainda, que haja segregação 
da mistura (VERZEGNASSI, 2015). 
 
 
39 
 
2.2.3 Dosagem autoadensável leve 
 
Para dosagem de concreto leve autoadensável pode-se utilizar um método de 
dosagem de concreto autoadensável, porém é necessário conciliar as características 
do CLAA, como propriedades reológicas e propriedades dos agregados leves, para 
que haja a adequação do método utilizado. Adequar essas características na 
produção do CLAA é objeto de inúmeras pesquisas (ASSUNÇÃO, 2016). 
Borja (2011) produziu concretos leves autoadensáveis a partir de traços de 
concretos leves estruturais, utilizando areia natural e argila expandida. A dosagem foi 
realizada a partir do método da ACI 211.2-98 para concretos leves estruturais e a partir 
de tentativa e erro adequada para obter as características de autoadensabilidade. 
Bogas, Gomes e Pereira (2012) produziram concretos leves autoadensáveis 
utilizando argilas expandidas disponíveis da Península Ibérica através do método de 
dosagem de Okamura e Ouchi (2003) com alterações recomendadas por 
Nepomuceno (2005). Detectou-se que é possível produzir CLAA com adequada 
estabilidade e autoadensabilidade com resistências à compressão entre 37,4 MPa e 
60,8 MPa, utilizando-se de 490 a 599 kg/m³ de materiais finos e 33% de cinza volante 
em massa relativa ao cimento. 
Já Assunção (2016) desenvolveu CLAA com argila expandida a partir do CAA 
referência utilizando-se da metodologia de Okamura, Ozawa e Ouchi (2000) com 
algumas modificações. Notou-se então que o teor de argila na composição de 
agregados graúdos do concreto autoadensável interfere significativamente nas 
características como fluidez, coesão e resistência à segregação. 
Kaffetzakis e Papanicolaou (2016) propõem uma metodologia baseada no 
conceito de ponto de empacotamento ideal (optimum packing point), desenvolvida 
pelos mesmo autores em 2012, em uma análise estatística do conjunto. Porém, seu 
estudo não foi realizado com argila expandida e sim com agregados de pedra-pomes. 
Dessa forma, na Figura 13 apresenta-se os traços elaborados por diversos 
autores nacionais e internacionais e na Figura 14 as características obtidas com cada 
traço. 
 
 
 
 
40 
 
Figura 13 - Traços de CLAA obtidos na literatura nacional e internacional. 
 
CIM=Cimento, F=Fíler calcário, CC = Cinza de biomassa de cana-de-açucar, MET= Metaulim, SA = 
Sílica Ativa, CV=cinza volante, SP=Aditivo superplastificante, VMA=Aditivo modificador de viscosidade, 
AIA = Aditivo Incorporador de ar, (a) Composição volumétrica de agregados. 
Fonte: A Autora. 
 
Figura 14 - Características obtidas com as dosagens de CLAA. 
 
fc7=resistência à compressão aos 7 dias e fc28=resistência à compressão aos 28 dias; 
Fonte: A Autora 
 
CIM F CC MET SA CV
AGREGADO 
MIÚDO
AGREGADO 
GRAÚDO 
LEVE 
AGREGADO 
GRAÚDO 
NORMAL
ÁGUA SP VMA AIA
1 555,5 0 0 0 0 0 493,8 561,3 0 230 6,7 0 0
2 500 0 27,8 27,8 0 0 493,8 561,3 0 230 6,7 0 0
3 500 0 0 55,6 0 0 493,8 561,3 0 230 6,7 0 0
4 500 0 55,6 0 0 0 493,8 561,3 0 230 6,7 0 0
5 444,5 0 111,1 0 0 0 493,8 561,3 0 230 6,7 0 0
6 320 175 0 0 0 0 945 363 0 195 4,5 0 0
7 360 140 0 0 0 0 945 363 0 195 5,0 0 0
8 440 69 0 0 0 0 945 363 0 195 6,2 0 0
9 460 0 0 0 46 0 814,2 0,266(a) 0,066(a) 175,4 4,6 0 0
10 325 0 0 0 0 164 839 0 0 173 3,7 0 0
11 460 0 0 0 0 0 861 234 405 175 0,5 a 2% 0 0,023
12 460 0 0 0 0 0 861 469 0 175 0,5 a 2% 0 0,023
Materiais (kg/m³)
Item 
Slump 
flow 
(mm)
T500 
(s)
Funil 
V 
(s)
Caixa L
Anel J 
(mm)
Massa 
específica 
(kg/m³)
fc7 
(MPa)
fc28 
(MPa)
Absorção 
(%)
1 560 3,8 5,39 0,83 - 1746 27,5 36 21,3 Borja, 2011
2 610 5,4 4,87 0,88 - 1749 23,7 30 11,5 Borja, 2011
3 620 5,0 5,1 0,9 - 1720 27,3 36,3 15,5 Borja, 2011
4 550 8,9 5,33 0,75 - 1724 22,7 32,2 13,1 Borja, 2011
5 600 4,5 4,17 0,81 - 1733 24,6 25,6 13,3 Borja, 2011
6 630 3,0 13 0,8 540 1770 24,6 26,7 11,6
Verzegnassi, 
2015
7 620 3,0 8,5 0,8 540 1890 28,9 28,9 10,4
Verzegnassi, 
2015
8 655 3,0 8,5 0,84 590 1840 35,3 35,3 9,7
Verzegnassi, 
2015
9 590 2,93 - - 600 1921 37,8 46,5 - Assunção, 2016
10 660 2,0 13 0,85 - 1888(b) - 46,9 38,1
Bogas, Gomes e 
Pereira, 2012
11 680 7,0 14 - - 2135 - 45 - Choi et al., 2006
12 690 6,8 21 - - 1965 - 34 - Choi et al., 2006
Autor
Características do CLAA 
Item 
41 
 
2.2.4 Propriedades do CLAA em Estado Fresco 
A determinação das propriedades no estado fresco do CLAA tem sido feita 
utilizando-se os dispositivos, ensaios e especificações propostos para o concreto 
autoadensável (ASSUNÇÃO, 2016). 
É comum, em bibliografias, a utilização dos ensaios de slump flow, funil V, caixa 
U, caixa L para avaliar as características em estado fresco do material (BOGAS; 
GOMES; PEREIRA, 2012; CHOI, et al., 2006). Dispositivos

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